História The last of the darkness - Capítulo Um

Caindo. Era isso que estava acontecendo.
O chão estava tão longe que quase não conseguia distingui-lo através das névoas cinzentas que turbilhonavam à sua volta. Ali, na escuridão, fazia frio. Ela só conseguia escutar o bater de asas de criaturazinhas e o vento frio que vinha contra seu corpo.
Aalish olhou em volta para ver de onde o som familiar vinha. Morcegos descia com ela, em espiral, longe de seu alcance, seguindo-a na queda.
A escuridão girava, estonteante, à sua volta. Às névoas cinzentas uivavam.
Buzinas. Era agora. Ela conseguia escutar o som dos carros logo em baixo. Aalish girou o quadril, se virando para baixo, e pode vê: o chão corria agora em sua direção. As ruas espalhava-se por baixo dela. Agora conseguia ver com clareza o que estava acontecendo. Por que ela estava caindo?
As luvas lançaram impulso elétrico contra a capa, fazendo o tecido se enrijecer e fazendo com que Aalish conseguisse planar por cima dos veículos.
Mais uma noite normal.
Os morcegos a seguiam, batendo as asas com rapidez para acompanhar Aalish, eles estavam sendo atraídos pela sequência de sons e vibrações que viam por meio do capacete da garota.
Ela analisou um lugar para aterrissar, já estava perdendo altura.
Arqueou as costas e deu uma cambalhota por cima de um ônibus, rolando para frente, e por fim rolou sobre os pés e usou o impulso para ficar ereta sob o veículo ainda em movimento. Os morcegos passaram por ela e seguiram noite à fora.
Ela viu alguma coisa voando, grande demais para ser um dos seus pequenos companheiros, que pouso em cima de um prédio por onde o ônibus passava bem na frente.
Sua visão se focou na silhueta.
Aalish ergueu o braço direito, que de um dispositivo localizado ali, lançou uma corda de aço longa o bastante para alcançar a beira do prédio e se enrolar em um cano por ali, a puxando para cima.
Ao pousar,os pés dela se fixaram no concreto, as lentes especiais, que possuía visão noturna, que ela usava junto com o capuz a ajudou a detectar a sombra de um homem em meio a escuridão. A visão em infravermelho a fez reconhecer quem era o sujeito, que ela já tinha visto antes, antes dele voar para o outro prédio ali por perto. — Near Kent. - Os cantos dos lábios da garota se curvaram para cima.
Ela flexionou os joelhos, lançou outra corda de aço e planou de novo entre os prédios, atrás do sujeito que voava em direção a um prédio ali perto.
— Olha só quem eu achei por aqui, devidamente uniformizada. - Near falou, ao observar Aalish encontrando um lugar para pousar a sua frente. Ela estalou a língua no céu da boca, dando de ombros.
— Você está em minha cidade, esperava que me encontrasse aonde ?
— Não sabia que Bruce tinha comprado Gotham. - Near ergueu as sobrancelhas, analisava Aalish que se encontrava tão perto de si que ele quase conseguia sentir o cheiro da fibra especial que o uniforme da garota era feito.
Eles se conheciam desde pequenos.
Ela, filha mais nova de Bruce Wayne. Ele, único filho de Clark Kent. Seria improvável eles não se conhecerem.
— Como você é engraçado, Near. Quase me fer rir.
— Mas então - ele segurou a base do capuz dela, com a mão direita, puxando o rosto dela para mais perto do dele. — Normalmente te acho nas cidades vizinha vadiando por ai.
Ela estreitou os olhos, fitando aqueles intensos olhos azuis.
— Como se você tivesse alguma moral para falar alguma coisa de mim, né não ? Não é você que gasta o pouco do dinheiro que possuí com prostitutas ? - Falou com sarcasmo, afastando o rosto do contato dele.
Ela achou que tais palavras iria deixá-lo irritado, mas Near apenas esboçou um belo sorriso de dentes brancos e bem alinhados, depositou um beijo sobre o capuz da garota, na região de onde os lábios delas estavam localizados, já que o capuz da mesma cobria todo seu rosto, e saiu voando para longe dali.