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História The Last Photo - The Shallows


Escrita por: massiekur

Notas do Autor


Olá, serumaninhos! Banner atualizado 21/06/17 (eu NÃO abandonei a fic, gente, kk!) <3
✽ Achei que vocês deveriam conhecer mais sobre o Justin, então esse capítulo realmente é sobre ele. Está bem diferente, mas é esse capítulo que vai dar embalo para todos os acontecimentos que estão previstos para a história;
✽ Não deixem de ver o trailer da fanfic (link nas notas finais);
✽ Obrigada a todos que realmente leram, favoritaram e comentaram suas opiniões, vocês são uns amores. ♡
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Boa leitura!

Capítulo 4 - The Shallows


Fanfic / Fanfiction The Last Photo - The Shallows

A luz do dia invadia o grande cômodo por entre as cortinas brancas. Suas mãos foram instantaneamente para o rosto, em meio a um bocejo insistente. Com os olhos semicerrados, alcançou o celular no móvel ao lado e forçou ainda mais a vista quando a luz do aparelho foi de encontro à sua retina. Ainda faltavam dois minutos antes de tocar o despertador, e como não seria preciso este trabalho, desativou o alarme antes mesmo que ele soasse. Encheu os pulmões de ar e logo soltou, deixando o celular na cama e colocando-se em pé. Mais um dia estava começando, exatamente como todos os outros em que Justin Bieber iria para seu trabalho.

Após tomar um banho para despertar melhor, vestiu-se com seu terno de trabalho e desceu as escadas indo em direção à cozinha. Ficou um tanto surpreso ao ver o mais velho sentado na bancada, numa leitura silenciosa de um jornal.

— Que surpresa, nada melhor para começar o dia – Justin se pronunciou, ironicamente. O mais velho sorriu amargamente e olhou para o filho. — O que te traz aqui a essa hora da manhã? Sua mulher cansou de você?

— O que há de errado em tomar o café da manhã com o meu filho? – respondeu com outra pergunta, dobrando o jornal cuidadosamente.

— Diz logo o que você quer, pai. Hoje tenho coisas a fazer antes de ir trabalhar – o loiro disse sentando-se e comendo algumas torradas que Andrea, a empregada da casa, havia preparado. Andrea era uma moça já bem mais velha e trabalhava para Justin desde o início, fazia refeições deliciosas. Era uma boa pessoa e se preocupava com o rapaz.

— Eu sei, primeira semana do mês – disse Jeremy. — Não quero nada, Justin. Até quando vai ser ingrato comigo por ter passado todo o meu cargo a você? Você tem exatamente tudo. Eu só queria que você fosse...

— Fosse o quê? O filho patético e milionário que lidera a sua empresa só porque você fez a cabeça dele? – Justin praticamente gritou, mostrando toda a sua raiva. — Você queria que eu fosse assim, mas não era o que eu queria! Se você tivesse continuado na sua empresa idiota eu teria tomado o melhor rumo da minha vida, fazendo alguma faculdade de meu interesse, estaria me divertindo com meus amigos que eu praticamente abandonei por sua causa, e eu não precisaria me preocupar com a porcaria da primeira semana do mês todos os meses!

Ele estava furioso. Sabia que a culpa de tudo sempre fora de seu pai, e por mais que o amasse, não conseguia ser grato por algo que ele não queria e simplesmente foi forçado. Justin gostava de esportes, de adrenalina, de sentir o vento no rosto enquanto corria e se divertia com seu time. Mas graças ao seu pai, seu sonho de ser um grande jogador foi levado pelo ralo e agora sua vida era dentro de um terno.

— Vou te deixar em paz por hoje – Jeremy se pronunciou após o filho terminar de falar. O mais novo soltou uma grande lufada de ar, tentando manter a calma. — Você continua sendo meu filho, Justin. Tenha um bom dia, eu amo você.

Após Jeremy ir embora, Bieber comeu mais algumas torradas e uma das panquecas que Andrea havia preparado.

— O senhor sabe que eu não gosto de me meter, mas seu pai parece mesmo querer o seu bem – a voz feminina surgiu repentinamente, pregando um susto no rapaz.

— Por Deus, Andrea, não faça isso! Você sabe que não gosto quando aparece assim do nada, não custa dar um aviso antes, faz barulho de sirene quando estiver chegando, sei lá! – a mais velha riu.

— Desculpe, querido Justin, não quis assustá-lo. Eu só dizia que...

— Por favor, não quero falar sobre isso – ele interrompeu e a mais velha assentiu. — Tenho que ir, obrigado pelo café da manhã, Andy – se levantou, pegando seus pertences e a chave de seu carro. Andrea gostava quando ele a chamava pelo seu apelido. Por mais que Pattie fosse uma mãe excelente e presente na vida do rapaz, Andrea o considerava seu filho.

Bieber saiu de casa dirigindo até o banco, e após fazer os procedimentos de sempre, entrou novamente em seu carro e deu partida para a cafeteria. Por um momento, lembrou-se de Faye e sorriu sozinho ao sentir uma pequena vontade em encontrá-la ali. Olhou as horas em seu relógio de pulso que marcavam quase o mesmo horário do dia anterior, quando ele havia visto-a no parque.

Estava frio e a chuva não demorou a cair, ficando cada vez mais forte. Após a compra de seu café costumeiro, Bieber saiu às pressas do estabelecimento em direção ao seu carro, e num ato um tanto precipitado seu corpo se chocou com o da morena que, também às pressas, entrava na cafeteria para esconder-se da chuva. Bieber estava pronto para falar quando se deteve ao ver o rosto da moça em sua frente.

— Meu Deus, me desculpe! – Faye disse ofegante. O loiro segurava os braços da morena, um ato instantâneo após seus corpos se chocarem. Ela olhou para cima e soltou uma lufada de ar ao reconhecer seu chefe. — Senhor Bieber... Foi sem querer – gaguejou, fazendo-o sorrir.

— Não se desculpe – ele disse levando-a para dentro da cafeteria

— Eu não fazia ideia de que iria chover – Faye disse para si mesma, procurando por algo em sua bolsa. — Droga.

— Eu posso te dar uma carona. – o chefe disse sem maldade.

Faye recusara a oferta inúmeras vezes enquanto comprava seu Baunilha Latte. Bieber dissera que ela se atrasaria para o trabalho se ficasse esperando a chuva passar para poder ir embora. Mas ela não queria simplesmente entrar no carro de seu chefe, sentia-se estranha. Porém, depois de muita insistência, lá estava ela. A chuva congestionou algumas ruas, dificultando a passagem dos automóveis e fazendo-os ficarem parados por um tempo na extensa avenida.

— Droga de chuva – Bieber murmurou.

— Ora, quem deseja ver o arco-íris precisa aprender a gostar da chuva – ela respondeu, tirando sua câmera da bolsa e capturando algumas imagens pelo vidro do carro.

Ele sorriu com sua resposta. Justin jamais ficara tão absorto com as palavras de alguém. Era como se as falas daquela moça tocassem fundo o coração do rapaz e ele as ouvia como música. Por mais que ela exalasse um ar doce e inocente de menina, exalava também a inteligência de mulher. Ao mesmo tempo que sentia-se receoso, sabia que Faye era apenas sua secretária. A última coisa que Justin queria era um relacionamento, e além do mais, ela também parecia querer apenas sua amizade.

. . .

Ao cair da noite, Bieber encontrava-se novamente no The Shallows. Era ali que ele afundava todas as suas mágoas e rancores para poder se sentir melhor. Justin gostava dali, sentia-se bem com a decoração interna do local, sentia-se leve e disposto a beber o quanto for necessário, sem ninguém para atrapalhá-lo. O telefonema que Justin tivera pouco antes de ir até o The Shallows, o deixara – mais uma vez – frustrado. Era um assunto delicado demais e que partia seu coração em pedaços, e nada ele poderia fazer, uma vez que este não envolvia o seu pai. Ficava sentado sozinho no balcão, repetindo as doses de bebida na intenção de livrar-se daqueles malditos pensamentos. Malditas lembranças. Para Justin, pensamentos vão e voltam o tempo todo, mas lembranças se eternizam com atitudes e gestos que já tivera na vida. Culpava-se profundamente por isso.

O loiro deixou no balcão uma nota alta, sem se preocupar com qualquer troco e retirou-se do bar. Seu carro, estacionado ali perto, serviu de apoio para seu corpo enquanto respirava o ar fresco que ele tanto precisava. Aquele fora um dos dias que ele mais bebera.

— Droga, vai começar a chover, mãe. Preciso desligar e me apressar para a faculdade – a voz feminina disse, olhando para os dois lados da rua antes de atravessá-la, logo avistando o carro e o homem conhecidos. — Temos que parar de nos encontrar assim – a morena dirigiu-se à Justin, que olhou-a instantaneamente. Faye logo percebera o estado do rapaz. — Você bebe?

— Você não? – ele respondeu com outra pergunta. Faye balançou a cabeça negativamente. — Todo mundo fica chapado às vezes, sabe. O que mais podemos fazer quando nos sentimos pra baixo? – citou.

— Por que está se sentindo pra baixo? – perguntou cuidadosa, aproximando-se mais do rapaz. Justin não estava sóbrio e Faye percebia isso. Preocupava-se com ele, sem ter um motivo. Apenas se preocupava e sentia vontade em abraçá-lo ali mesmo, sentia que havia algo errado com seu chefe. Eles não se conheciam bem, ela não sabia nada sobre ele, mas sentia a necessidade em ajudar.

— Por que é que o tempo não leva consigo todas as drogas de lembranças? Era pra levar, não era? – ele riu enquanto falava, os olhos brilhando. — Por que é que não leva consigo esse passado que quer tanto se fazer presente? – ele já estava quase a gritar, totalmente embriagado.

Justin não fazia ideia do que exatamente estava fazendo, mas no fundo sabia que não podia estar falando nada daquilo.

— Você sabia que as más lembranças ensinam a viver? – ela sussurrou olhando-o com pena. Nesse momento, Justin soltou a maldita lágrima que tanto insistia em esvair-se, como se sua ferida tivesse sido cutucada mais forte.

Num ato impensado e com um leve sentimento de culpa, Faye o abraçou. Um abraço forte que a fazia sentir o coração de Justin bater, parecendo pedir por socorro. Faye gostaria de usar tudo o que tinha dentro de si para ajudar o chefe, mesmo ela não fazendo ideia do que seria o sofrimento deste. A jovem sentia o desejo de mostrar a ele coisas novas e que o fizessem bem. Talvez ela pudesse se tornar amiga do rapaz, e realmente sentia essa vontade. O que vem de dentro sempre fala mais alto.

 Na frente de todos, o empresário firme e milionário. Sozinho consigo mesmo, o ser humano como qualquer outro que ansiava por uma cura dentro de um bar. Faye sabia que Justin não era aquele homem que demonstrava ser na empresa. Era mais do que isso.

À medida que o rapaz se acalmou, Faye se pronunciou:

— Escute... Eu sei que mesmo não estando sóbrio, você pode me ouvir e compreender – ela sussurrou bondosa contra o ouvido do rapaz, sem desvencilhar o abraço. — Você me salvou da chuva, agora é a minha vez de te ajudar.


Notas Finais


E então, gostaram? Talvez tenha um pouco de mistério, mas não se assustem, a história realmente é fofinha. Comentem aí o que acharam, e até o próximo capítulo! ♡

✦ TRAILER: https://www.youtube.com/watch?v=CDFGHSXz32s


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