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História The Last Tears - Inesperado - Especial MelKook


Escrita por: SugaFree0907 e Hayley182

Notas do Autor


Um divertido, fofo e sexy especial para vocês ^^
Boa Leitura ^^

Capítulo 27 - Inesperado - Especial MelKook


MELANIE

-Mais será possível? Só pode ser perseguição! -Pensei em voz alta ao ver JungKook pela terceira vez em dois dias.

-Eu que deveria dizer isso! O que você faz aqui?

Rio sarcástica.

-E por um acaso você é o único fã do Justin Bieber em toda a Coréia? Ah! É óbvio que não.

JungKook fica vermelho de nervoso.

-Já agora sei por que o Min Yoongi te trocou pelo meu Jimin... -Comenta provocador.

-O quê? Primeiro que o Jimin NUNCA foi seu, e segundo que...

-Segundo que...?

-Eu não lembro o que eu ia dizer, mas era algo importante!

JungKook gargalha fervorosamente.

-Ei quieto! -Dou um tapa em seu ombro.

Mais que merda de azar! Creio que necessito de um banho de sal grosso! Já não basta encontrar esse idiota ontem no shopping, hoje à tarde a caminho da bilheteria e agora, nesta enorme casa de shows...

-Você fez isso de propósito né?

-Isso o quê? -Perguntou se fazendo de desentendido.

-Isso. Comprar um assento bem ao meu lado!

Ele ri novamente.

-Este era o único assento vago nesta área. Acha mesmo que eu iria comprar este lugar, sabendo que teria o desprazer da sua companhia?

-Pois eu preferia ficar de pé, lá no final do que aqui com você! -Reclamo furiosa.

-Ótimo! Vai para lá então, mas eu duvido que vá ver alguma coisa tendo meio metro.

Eu acabei mesmo de ouvir o que acho que acabei de ouvir?

Esse idiota com "I" maiúsculo me chamou de baixinha?

-Seu... -Sem conseguir formular um chingamento à altura, eu agarro o pescoço dele e começo a sacolejá-lo de um lado para o outro, enquanto as Coreaninhas sem sal cobrem a boca com as mãos e começam a gritar com aquelas vozinhas irritantes!

-Sua louca! -JungKook grita enquanto tenta inutilmente me afastar com as mãos.

Sem que eu pudesse me dar conta, eu já estava sendo arrastada por dois brutamontes para fora da casa de shows.

(...)

-Viu o que você fez? -Indaga retoricamente sentado a minha frente.

Agora estamos trancados em um pequena sala mal iluminada, que pela maca e estante de medicamentos é obviamente o local de primeiros socorros, que é obrigatório em praticamente todo lugar público. Além dos objetos medicinais há uma mesa à nossa frente e duas desconfortáveis cadeiras de madeira na qual estamos sentados, os seguranças nos disseram que precisamos ficar aqui até o fim do show, quando eles voltaram acompanhados de um autoridade que irá avaliar nosso caso de "violência".

-Cala a boca! Foi tudo culpa sua!

-Minha? Foi você que pulou no meu pescoço!

-Mas você me xingou de "meio metro".

-Menti, por acaso? -Perguntou com cara de sonso.

Bufo irritada.

-Você não sabe mesmo como tratar uma garota!

-Garotas como você, realmente não sei.

Como assim... "garotas como você"?

-O que quer dizer com isso?

-Garotas ignorantes, violentas e burras!

Normalmente eu pularia no seu pescoço pela segunda vez e não soltaria até que retirasse o que acabou de dizer, porém, por alguma razão idiota, me senti magoada com as palavras dele.

-Não vai dizer nada? -Perguntou mediante meu silêncio.

-Não. -Repliquei secamente.

-Mas voc...

-Você tem razão JungKook! -O interrompi.

-Ham? O que deu em você?

-Nada. Só estou dizendo que você tem razão na sua leitura quanto a mim.

-Por que isso agora?

-Estou concordando ué, não era isso que queria?

-Então você é mesmo uma ignorante, violenta e burra?

-Não.

Ele revira os olhos confuso.

-Só a parte do burra. -Disse seriamente.

-Ah... Está falando isso por conta da nossa primeira conversa...

-Talvez tivesse razão em tudo o que me disse aquela noite...

 

Flash Back On

-Já vai! Já vai! -Grito, enquanto me levanto preguiçosamente para ir atender o apressado (a) que toca a campainha sem pausa.

-Melanie? -Um garoto que não me é estranho, indaga ofegante na entrada.

-Sim?

Acho que já o vi em uma foto, ele trabalha com o Suga.

-Qual é o seu problema? É lesada ou só burra mesmo?

Peraí...

Quem esse fedelho acha que é?

-Mais que porra é essa? Quem você acha que é para vim até minha casa me ofender?

-Sou a pessoa que perdeu quem ama.

Sério? Que bosta!

-Hum... Então somos dois.

-... Por sua culpa. -Afirmou petulante.

-Ham? Minha culpa?! Ah, faça-me um favor e vai embora!

-Por que deixou o Yoongi ir? Eu ia fazer o Jimin se esquecer dele! -Disse com os olhos marejados, ignorando totalmente minha ordem.

-Você "acha" que iria fazê-lo esquecer, mas não iria. -Afirmei o mais paciente possível.

-Com o tempo nós...

-Não. -O interrompi prevendo o que ia dizer. -Por um momento eu também pensei assim, que com o tempo podíamos viver bem, mas em algum lugar dentro de mim, eu sabia que era se como não fosse real, o Yoongi podia até gostar de mim, entretanto ele sempre iria amar Park Jimin. Eu preferi não viver uma vida na qual, seja apenas eu a pessoa realmente feliz.

-Você também poderia fazê-lo feliz, assim como eu tenho certeza que faria o Jimin... Perdeu a sua única chance de ser feliz, por estupidez e burrice!

Flash Back Off

Após esse evento em minha casa, JungKook foi embora sem olhar para trás, suas palavras ficaram remoendo em minha mente, e a partir deste dia, comecei a me sentir dividida, em dúvida, se foi ou não a atitude certa a se tomar. Com esse nosso primeiro "encontro" tomamos certa antipatia um pelo outro, um ódio gratuito que sempre vinha à tona a cada novo encontro casual, podia ser na Kim art's onde faço artes cênicas agora, ou um esbarro pela rua, sempre tem que ter uma discussão.

-Não tenho mais tanta certeza quanto à minhas palavras naquela noite. -Falou encarando o chão.

-E o que te fez mudar de ideia?

-O que você disse sobre praticamente forçar a outra pessoa a viver contigo quando apenas você está feliz na relação. -Explicou pensativo.

-Às vezes soa como egoísmo... -Comentei.

-Você escolheu ver a felicidade de quem ama... Acho bonito isso.

-Não é tão fácil para mim quanto parece. E também não sou tão boa assim.

-Meu pescoço que o diga! -Comentou divertido.

-Desculpa por isso! -Peço entre risadas. -Me deixa ver. -Me levantei e fui até sua cadeira, observando atentamente seu pescoço ferido por minhas unhas.

-Ai. -Reclamou exageradamente com meu toque leve.

-Nem está tão ruim.

Ele toca o local e encara os dedos.

-Não? Isso está sangrando!

-Nada que vá te matar! -Disse despreocupadamente.

Pego um vidro de iodo na estante e umedeço o algodão com o mesmo, e delicadamente passo nos ferimentos que, sendo sincera, não estão nada bons.

-Você até que é boa nisso. -Me dá um elogio mascarado.

-Claro, estou quase concluindo a faculdade de enfermagem. -Falei orgulhosa.

(...)

-Pronto. -Falei após colocar os curativos.

-Shhhh... -JungKook cobre minha boca com sua mão, ficando bem próximo. -Escuta só, o show começou.

-Adoro essa música... -Falei extasiada.

-"There’s nothing like us, there’s nothing like you and me

Together"

-Até que canta bem... -Devolvo o elogio mascarado e ele abre um sorriso.

Ficamos ouvindo todo o show de dentro da sala, sentido-me privilegiada por ouvir Justin Bieber e JungKook cantando juntos. Deitada da maca encarando o teto e conversando com JungKook -que se mostrou não ser tão infantil enquanto eu pensava- o tempo passou rápido, e quando me dei conta um policial estava na sala nos perguntando sobre o evento de agressão, focando principalmente em mim, como se eu fosse à vítima, sendo que foi exatamente o contrário.

-Foi tudo um grande engano! Não estávamos brigando, tudo não passou de uma brincadeira nossa. -JungKook cobre os curativos com a gola da camiseta.

-A senhorita confirma? -O policial se dirige a mim.

-Sim! Nós somos muito... -Olho para ele receosa. -... amigos. -Ele sorri quando digo a última palavra.

-Então, queiram perdoar o transtorno, creio que os guardas interpretaram errado.

-Certamente. -Afirmei.

Educamente os organizadores se desculparam e nos perguntaram se queríamos nosso dinheiro de volta ou passe-livre para o próximo show no local que ocorrerá na próxima semana, ficamos em dúvida, mas quando eles disseram que o show seria do BigBang nossos olhos brilharam, assim descobri mais uma coisa em comum com JungKook, ele também é fã do BigBang!

(...)

Na volta para a casa, JungKook me oferece uma carona que eu aceito rapidamente, uma vez que é um saco consegui um táxi a este horário.

-Sabe o que eu estava pensando... -Disse na escuridão interior do automóvel.

-O quê?

-Se nós estávamos brigando, por que eles nos colocaram na mesma sala? Isso não seria pior?

JungKook concorda com a cabeça enquanto sorri.

-Talvez eles pensassem que poderíamos nos resolver se estivéssemos de cabeça fria.

-E funcionou? -Indaguei hesitante.

-Para mim sim. -Respondeu.

Ele para o carro em frente meu apartamento.

-Acho que você não tão chato quando pensei...

-Acha? -Perguntou divertido.

-É eu acho! Porque você me chamou de baixinha!

-Mas você é... -Ele para de falar quando vê minha expressão. -Digamos que sua altura é estritamente proporcional.

-Rum!

Ambos caímos na risada.

-Acho melhor eu entrar. Boa noite JungKook-Disse e o abracei em seguida, em sinal de despedida.

Ele congelou, e só assim eu me toquei que não estamos no ocidente. Afastei-me dele vagarosamente.

-Desculpe! Eu sempre me esqueço que os costumes aqui são diferentes!

-Tudo bem. -Ele sorri sem graça. -Então...

-Até logo. -Completei.

Quando coloco a mão sobre a fechadura, JungKook chama por mim:

-Melanie!

-Sim?

Surpreendendo-me JungKook devolve meu abraço, e de uma maneira estranha, eu gosto de sentir o calor do seu corpo próximo ao meu. Após alguns segundos, ele me segura pelos ombros e delicadamente me afasta, mas ainda assim, estamos próximos, com nossos rostos a poucos centímetros de distância.

-Eu não sei o que estou fazendo. -JungKook sussurra, e mesmo no blecaute, vejo seus pequenos olhos cerrados.

Eu também não sei o que estou fazendo!

Posso facilmente tirar suas mãos de mim, e sair deste carro, mesmo assim não o faço.

O silêncio é quebrado apenas com o fundo musical de "tell me good bye" uma das minhas músicas favoritas do BigBang.

-JungKook, acho melhor eu...

Inesperadamente JungKook me cala com um beijo.

Oh my God! Ele beija tão bem!

(...)

Após o momento "uau! ele beija bem pra porra" eu volto a mim e vagarosamente o afasto.

-Desculpa Melanie... -JungKook diz franzindo o cenho.

No exato momento minha mente está tão confusa que não sei o que pensar o que dizer, ou como fazer desaparecer o momento "constrangedor" que esse beijo nos deixou. Então tomo a atitude faz infantil e ridícula que alguém poderia ter.

Dou um tapa divertido em seu ombro.

-Isso tudo era para me fazer calar a boca? Tudo bem, desta vez admito que você venceu.

Ham? Se existe alguém mais retardada que eu, por favor, me apresente, precisamos formar uma dupla!

Depois que já falei me toquei o quão idiota eu fui, então na falta de um buraco para enfiar minha cara, faço o possível para sair logo dali.

-Vou indo, tchau JungKook! -Falei rápido e saltei do carro.

-Espera! -JungKook chamou por mim. -Posso te ligar?

-Aqui! -Jogo um cartão com meu número e redes sociais dentro do carro e atravesso a rua correndo, causando um buzinaço na rua.

(...)

Ao chegar ao meu apartamento me joguei na cama ofegante pelo cansaço e susto de quase ter sido atropelada no percurso. Agora mais calma, dou risada de mim mesma, coitado do menino, deve estar com o nó na mente. Primeiro eu sou a estúpida que ajudou o cara que ama a ficar com outro, depois sou a baixinha violenta, a promissora estudante de enfermagem, a depressiva arrependida, a retardada, e a louca infantil que sai correndo em uma avenida movimentada. Sem contar que eu tenho um cartão!

Que tipo de jovem tem um cartão?!

Caí na risada mais uma vez, cartão é coisa de velho, eu sei, preciso explicar depois que tenho por conta dos estágios.

Mas não é só a mente dele que está confusa, a minha também...

Ele não era gay? Então por que...

Aish!

Preciso de um longo banho e umas dez horas de sono para me recuperar desta noite louca.

(...)

Ao decorrer da semana, a rotina me fez esquecer do JungKook, porém tudo volta na sexta-feira à noite, quando recebo uma mensagem.

Desconhecido: Ainda de pé o show amanhã?

Pelo texto, deduzi que era obviamente do JungKook. Salvo seu número e respondo em seguida.

Eu: Não sei...

JK: Isso é pelo beijo que te dei?

Oshe! Convencido!

Eu: Meu mundo não gira em torno de você!

JK: Vai começar de novo? :p

Eu: Okay... Só estou cansada, é isso.

JK: Posso te ligar?

Não!

Demoro responder pensativa.

Qual o problema Melanie? Tem dez anos de idade agora?!

Eu: Claro.

Em exatos dois minutos, meu celular vibra, e eu adulta como sou, só atendo após vinte segundos.

...Dezoito, dezenove, vinte!

-Oi JungKook!

-Então está cansada?

Direto hein?!

-Sim, comecei um estágio há dois dias.

-Isso é bom. Parabéns!

-Obrigada. Mas está literalmente tirando meu sono, não é fácil associar o estágio, com a faculdade e estudos em casa.

-Entendo. Por isso parou de freqüentar as aulas de artes cênicas... -Afirmou pensativo. -Mais um motivo para ir ao show, poderá se distrair, e descansar faz parte.

-Realmente.

-Isso é um sim?

Por que minha presença importa?

-Pode ser com uma condição...

-Qual?

-Desta vez eu te dou uma carona.

Ouço uma leve risada abafada.

-Pensei que não tivesse carro...

-E não tenho. -Sorrio. -Vou com o do Yoongi, estou cuidando do carro ele enquanto está fora.

-Ah... Se está é a condição, eu aceito.

-Tudo bem se eu te pegar na estação?

-Por quê? Está com medo de vim a minha casa?

Nossa! Que irresistível!

Bufo irritada e ele gargalha novamente.

-É muito fácil te irritar! Desculpa Melanie, mas não resisti.

-Ha,ha,ha engraçadinho. -Falei sarcástica.

-Agora falando sério... Desculpa mesmo por ontem, não sei o que deu em mim, carência talvez.

Caramba! Estou mesmo no fundo do poço, sendo beijada por carência!

-Não precisa se preocupar com isso, eu nem lembrava mais.

-De uma maneira turva, acabei encontrando uma amiga em você. -Comentou sério.

Pensei em dizer algo como "eu também JungKook" mas ele voltou a falar antes que pudesse prosseguir.

-Sabe, ultimamente eu tenho me sentido muito sozinho, mesmo com meus amigos e alunos na Kim art's, sinto como se não houvesse ninguém por mim. -Desabafou, e imediatamente pude sentir melancolia no tom da sua voz. -Consegue entender?

Mais do que imagina...

-Pelo menos você tem amigos e família mesmo esta estando distante, já eu, não me sinto sozinha, eu sou sozinha.

-Oh... sinto muito.

-Já me acostumei com isso, então tudo bem.

-Não acho que alguém possa se acostumar com a solidão.

-Eu pude. -Respondi secamente.

E nossas vozes dão lugar há um terrível silêncio.

-Melanie?

-Oi.

-Não vai dizer nada?

-Estou sem assunto.

Ele sorri.

-Eu também, mas não quero desligar porque não tenho nada melhor para fazer.

-Que ótimo! Última opção de jovens deprimidos, há que ponto eu cheguei! -Disse irônica.

-Não seja tão dramática, que nem tem mais idade para isso! -Replica no mesmo tom.

-Está me chamando de velha?

Falei com falsa irritação, e ambos caímos na risada.

-Espere um segundo. -JungKook pede, e coloca a chamada em espera por quatro minutos.

Quando estou quase pegando no sono, sua voz nos meus fones de ouvido, me fazem sobressaltar.

-Ainda está aí?

-Sim... -Respondi tentando disfarçar a sonolência.

-Desculpa a demora. Era o Tae no telefone.

-Seu... ex-quase namorado? -Indaguei confusa.

-Não exatamente. -Sorriu desconfortável. -Sendo sincero, comecei a ficar com ele para provocar ciúmes no Jimin, mas não deu muito certo e agora ele se apaixonou, e...

-Resumindo... Você foi um canalha que o usou, e agora está ferindo seus sentimentos porque não sente nada emocional por ele.

-Você falando desse jeito, me sinto um mostro.

-É a realidade.

-Não posso fazer mais nada. Já deixei tudo bem claro para ele inúmeras vezes. Sei bem como é horrível ser rejeitado, porém não posso ficar com alguém que não amo.

-Percebeu? Seu caso é praticamente idêntico ao seu e do Jimin.

-Pensei algumas vezes sobre isso, e por esta razão disse que você agiu certo quando liberou o Yoongi para que pudessem ser felizes.

Eu ainda não me recuperei da dor que a falta do Yoongi me faz, ele era meu tudo, e agora... Agora voltei a estar sozinha, e evitando reabrir a ferida em mim, mudei rapidamente de assunto.

-Quando descobriu que gostava de garotos?

Melanie indelicada!

-Não gostava até conhecer o Jimin.

-Hã?

-Na minha cidade, eu namorava garotas, nunca havia sentido nenhuma atração sequer pelo mesmo sexo, o que mudou quando eu conheci o Jimin na Kim art's, ele era tão perfeito, que o que menos importava era seu sexo.

-Então agora é bem resolvido quanto a gostar de meninos... -Refleti para mim mesma.

-Não. -Respondeu rápido. -Eu também gosto de meninas. -Sorriu. -Na verdade, detesto rótulos, me interesso principalmente pela pessoa, personalidade, atitudes e fisionomia, ignorando seu gênero.

-Bissexual? -Indaguei, meio perdida.

-Pode se dizer que sim.

Ta. Por que saber disso me deixou nervosa?

Creio que antes, por pensar que era "totalmente" gay, me sentia mais à vontade, neste começo de amizade, mas...

Que merda estou a pensar?! Isso não muda nada, estamos abalados com nossos frustrados amores, precisando de diversão e comphania, então, será ótimo sermos amigos.

-Legal. -Falei após um breve silêncio. -Te pego as oito, na estação, okay?

-Marcado.

-Até breve. Boa noite.

-Boa noite Melanie.

 

JUNGKOOK

Pensando bem, eu a Melanie somos mais parecidos do que pensava, sozinhos e mal amados.

Penso após encerrar a chamada.

Caramba! Já são quase duas da manhã, o tempo passou tão rápido!

Mesmo a altas horas, tenho uma terrível insônia, sem ter o que fazer vasculho as redes socias da Melanie.

Meu Deus ela é tão chata! Só há coisas sobre medicina e algumas fotos suas com o sem sal do Min Yoongi -não sei o que vêem dele- é incrível como podemos ser tão semelhantes em alguns pontos e tão distintos em outros.

(...)

Pontualmente às oito horas, espero a Melanie na estação de trem, sentado em um cadeira de plástico qualquer, e ouvindo música pelos fones. Diferente de mim, a Melanie se atrasou por quase uma hora, e as oito e quarenta e seis, vejo um carro velho em alta velocidade andando sozinho na rua, é óbvio que é ela, impossível uma pessoa dirigir pior, sem contar que mal dá para ela dentro do automóvel, devido sua falta de altura.

Derrubando a lata de lixo, o que atrai olhares curiosos, ela "estaciona" o carro a minha frente, subindo na calçada e por pouco me atropelando.

-Desculpa o atraso. Entra aí. -Falou despreocupadamente.

Contorno o carro e entro, só entrei porque estava tão envergonhado que não conseguia mais sentir todos aqueles olhares em minha direção.

-Esse coreanos são lerdos viu! Deus me livre! -Bufa inconformado.

-Quer que eu dirija? -Perguntei contendo a enorme vontade de ri.

-Imagina... Adoro dirigir! Vamos indo...

Ela gira a chave e arranca com o carro projetando meu corpo para trás.

-Se segura! -Ordena animada, e eu obedeço imediatamente colocando o cinto, e me segurando na poltrona.

É hoje que eu morro.

Paralisado igual a uma estátua de museu, fechava meus olhos muitas vezes quando já podia ver Deus me chamando no fim do túnel escuro, os faróis me cegavam, e minha voz ficava presa na garganta, e tudo o que a Melanie fazia era cantar alto, mexendo o volante juntamente com o corpo, andando em zig-zag na rua e pouco se importando com os xingamentos dos outros motoristas.

-Me-Melanie... onde tirou sua habilitação? -Consegui indagar com esforço.

-Ainda não tenho, fui reprovada três vezes seguidas, você sabe, os coreanos são muito cheio de mimimi. -Falou encarando a estrada.

Não sei quem é mais louco, ela para dirigir feito uma suicida, ou eu por andar de carona com uma suicida.

Com o passar do tempo, não conseguia ver mais os faróis, à minha frente apenas uma longa e escura estrada.

Já devíamos ter chegado...

-Não errou o caminho? -Perguntei com o medo duplicado, se é que isto é possível.

-Não. Peguei um caminho diferente. -Respondeu virando o rosto na minha direção, sem dá a mínima para a estrada. -Você parece tenso... Algum problema?

-Olha pra frente Melanie! -As palavras saltam dos meus lábios.

-Relaxa! Sabe, -Finalmente ela volta a olhar para a estrada- Eu e o Suga íamos muito a essa casa de shows, e sempre passávamos por aqui, por que ele odeia trânsito! -Gargalha nostálgica. -Era muito engraçado como ele ficava mal humorado quando éramos obrigados a entrar em um engarrafamento e...

Um barulho esquisito ecoa na lataria a fazendo se calar, mais alguns metros e o carro para.

Obrigado Deus!

-O que será que aconteceu... -Ela sai do carro e abre à lataria, uma nuvem de fumaça surge do interior do motor, e ela tem uma crise tosse, me fazendo dar risada.

Também saio do carro, e dou um giro de trezentos e sessenta graus.

Misericórdia! Onde nos estamos?

-Melanie que lugar é esse? -Perguntei caminhando em sua direção.

-JungKook! Isso importa agora? Olha o meu estado! E o carro quebrou.

Até o momento eu evitei me exaltar com ela, porém, agora é o fim!

-Como é que você pega essa lata-velha sem habilitação, dirige feita uma louca suicida e ainda nos deixa perdido no meio do nada com o carro quebrado! Você é louca?! Poderíamos ser presos sabia? Ou pior, poderíamos morrer! -Arfo por ar, enquanto a encaro.

-Você é mesmo um cavalo viu?! Não tenho culpa se ninguém desta cidade dirige direito, e que você é um patético medroso!

Bufo irritado e fico de costas para ela.

Minha atenção é atraída quando ouço um barulho estranho e ao me virar vejo que a louca está de pé em cima do carro.

-O que acha que está fazendo?

-Cala a boca, JungKook medroso, pode esperar dentro do carro se quiser eu vou ligar para um mecânico!

Ao vê-la andando de um lado para o outro erguendo o celular, suspeito que o local não tenha sinal, o que confirmo com o meu próprio telefone.

-Não acredito nisso! Não acredito nisso! Não acredito nisso!

Repito como uma mantra andando em linha reta.

-Tem uma placa ali! -Exclamou animada.

Corro para o local e ilumino a mesma com a laterna do celular.

"Bem-vindo a Seoul"

-MELANIEEEEE, EU TE MATO!

-O quê aconteceu? -Perguntou assustada enquanto descia do capô do automóvel.

-Estamos fora da cidade é isso que aconteceu!

-Mas... -Franze o cenho pensativa.

-Você tinha que ter virado para a esquerda! Que carma!

-E por que você não disse antes!

-Estava preocupado demais em não morrer!

Pisando fundo ela começa a andar na direção oposta a minha.

-Ei, onde pensa que vai?

-Encontrar ajuda ué, deve ter algo por aqui.

-Não saia andando sozinha nesta escuridão! É perigoso! -A repreendo andando rápido para alcançá-la.

-Não finja que se importa! Espera dentro do carro, que eu resolvo tudo.

Puxo-a pelo braço direito e viro seu corpo em minha direção.

-É sério! É perigoso sair andando sozinha!

Melanie morde o lábio inferior furiosa.

-Me solta! -Se desvencilha da minha mão e volta caminhar.

Corro até ela, e começo a andar ao seu lado.

-Então eu vou com você! -Afirmei teimoso.

-Não mesmo!

-Dá pra parar de ser infantil e voltar para o carro? Não tem nada próximo daqui!

Inconformada ela volta para o carro, e sozinha começa a empurrá-lo para o acostamento.

-Guie o volante, eu faço isso. -Ordeno e estranhamente ela obedece.

(...)

Com portas e vidros fechados, ficamos mudos dentro do automóvel -sem aquecedor-, sendo cada vez mais atacados pelo frio crescente.

Melanie deitou à poltrona e se encolheu na mesma de costas para mim, encarando o vidro embaçado pelo sereno.

-Desculpa... Não queria ter dito aquelas coisas... -Peço arrependido.

-Eu estraguei a noite, então não precisa pedir desculpas, disse a verdade.

-Você está chorando? -Perguntei por notar certa mudança no seu tom de voz.

Melanie não responde, mas posso ouvi-la fungando baixinho.

-Esta assim pelo o que eu disse? Ah Melanie, já pedi desculpa, haverá muitos outros shows do BigBang e logo alguém passa para nos ajudar. -Disse sentido-me culpado.

-Eu quebrei o carro do Suga! É uma herança dos avós dele! -Murmurou.

-Ah é isso? Um mecânico dará um jeito fácil. -Falei otimista, apesar de não ter tanta convicção, uma vez que é difícil encontrar novas peças para carros antigos.

-Te devo dois shows agora. -Falou se virando para mim, voltando a ser a Melanie que eu conheci.

-E eu vou cobrar!

-Acho que te devo desculpas.

-Certamente.

Revira os olhos sarcástica.

-Desculpa. -Cochichou.

-O quê? Eu não ouvi. -Disse zombetereiro.

-Chato. -Melanie diz.

-Louca. -Revidei.

-Infantil.

Olha só quem fala!

-Orgulhosa.

-Convencido.

-Baix...

Antes de terminar a palavra ela cobre minha boca com a mão direita.

Instintivamente coloco minha mão sobre a sua mão pequena, e assim ficamos nos olhando imóveis. Delicadamente ela desliza a mão pelo meu rosto parando sobre as bochechas as acariciando. Faço o mesmo, toco seu rosto mal iluminado e retiro uma mecha do seu cabelo longo da sua face, colocando-a atrás da sua orelha.

Vagarosamente me movo na poltrona, me aproximando, tudo que podemos ouvir é o barulho do estofado devido meus movimentos, os grilos da mata nas laterais e nossa respiração irregular.

-JungKook... -Sussurra meu nome, e eu coloco o indicar no meio dos seus lábios, indicando para não dizer o que está prestes a externar.

-Shhh... Desta vez eu sei bem o que estou fazendo. -Murmuro próximo ao seu ouvido, e suavemente selo nossos lábios.

Diferente do primeiro, desta vez nosso beijo é mais intenso, posso sentir desejo da parte dela também. Pensando sobre o assunto nem eu consigo por em palavras meu envolvimento com a Melanie, entretanto algo nela despertou algo em mim, e mesmo que antes tenha sido por carência, o mesmo não ocorre agora, quando ambos demonstramos uma forte cobiça.

Nosso beijo que começou suave, se tornou quente, minha mão envolve sua cintura e a sua minha nuca, nossos corpos buscam o calor alheio colados, dividindo agora o mesmo espaço do assento. A ponto de cair da poltrona, eu me projeto para o banco de trás, trazendo seu corpo junto ao meu, a deito sobre mim, enquanto minhas mãos deslizam por suas curvas, sinto meu corpo enrijecido e a cada segundo que passa tenho mais vontade de levantar seu vestido apertado. Sorrateiramente pouso a palma da minha mão em sua bunda, e aos poucos a sinto entregue.

Em um movimento rápido me ergo, e acabo batendo a cabeça no teto do automóvel, quebrando um pouco o clima.

-Ai! -Reclamo perante a dor.

Melanie gargalha da minha desgraça, enquanto acaricia o local da batida.

-Vem aqui. -Com agilidade a agarro pelo quadril, colocando-a sentada de frente no meu colo.

Por sorte ela é bem pequena e sua cabeça não fica batendo no teto.

Meu membro ereto pulsa com o contato de nossos órgãos, desço as mãos por sua cintura fina e agarro sua bunda com força, que a faz soltar um gemido reprimido dentro da minha boca, fazendo movimentos verticais e horizontais ela passa mãos sobre meu tronco, parando muitas vezes em meu abdômen e apertando meus ombros.

Paro nosso beijo por um curto instante a fim de recuperarmos o fôlego, aproveito o tempo para perguntar minha óbvia intenção.

-Você também quer? -Murmurei ofegante em seu ouvido, dando leves mordidas no lóbulo da sua orelha durante a questão.

-Quero. -Replica com a voz sexymente rouca, enquanto removia minha jaqueta dos ombros.

Retiro a jaqueta por completo, removendo com um pouco de dificuldade a camiseta no segundo seguinte.

Deliciosamente envolvo seus seios com as mãos, sentido-os caberem perfeitamente nas palmas das minhas mãos. Alternando entre leve mordidas e chupões na região do seu pescoço eu desço o zíper do seu vestido que fica nas costas, removo as mangas descendo-o até a linha da cintura, deixando seus seios expostos para contato, já que não usava sutiã. Melanie não contém seus gemidos quando eu abocanho seu seio direito enquanto estimulando o esquerdo com a ponta dos dedos, no ápice do tesão, retiro o cinto e abro a calça, descendo-a com a ajuda da Melanie até os joelhos. Nos abraçamos forte, e fico maravilhado com a sensação de ter seus seios roçando no meu peitoral, ela me deixa marcado com unhadas nas laterais das costas, e eu toco toda a extensão do seu tronco fino e delicado. A afasto por poucos segundos e retiro meu membro de dentro da cueca liberando-o, Melanie apenas observa a ação atentamente.

-Não tenho preservativo aqui. -Falei após me recordar desse fator importante.

Ignorando minha revelação, ela retorna para o meu colo, e sente nossos órgãos separados apenas pela sua peça íntima.

-Eu tomo remédio. -Cochichou instigante em meu ouvido, me fazendo abrir um sorriso malicioso.

Ergo seu quadril, toco sua vagina com a mão e espasmos de prazer correm pelo meu corpo, apressado removo a calcinha da sua entrada colocando-a de lado, então a Melanie se senta sobre meu membro, e eu me delicio de prazer enquanto vou cada vez mais fundo. Como estava sentado, ela ficou responsável de fazer os prazerosos movimentos de entrada e saída, depois rebolou sobre mim, e nós alcançamos o clímax juntos.

(...)

-Isso foi loucura! -Comentou já devidamente vestidos, abraçados no banco de trás.

-Foi bom para você também? -Perguntei enquanto acariciava seu cabelos, tendo-a deitada entre minha pernas, com a cabeça apoiada em meu peitoral.

-Se eu disser que sim, você vai ficar convencido! -Falou divertida. -Mas... sim. -Ela sussurrou a última palavra.

Sorrio orgulhoso de canto de boca, mas felizmente ela não pode ver.

-Eu sei. -Sussurrei provocador em seu ouvido, e ambos rimos.

Após isso eu fiquei cantando para ela, e sem que nos déssemos conta acabamos por dormir.

(...)

Sem noção de quanto tempo se passou, somos despertados com leves batidas na janela.

-Ei... Ei... Garotos!  -Uma voz grossa falou repetidas vezes.

Primeiro ficamos assustados, depois tranquilos quando o homem se identificou um policial.

Melanie abre a janela ainda um pouco receosa.

Com uma forte laterna em nossa direção que nos obriga a fechar os olhos, ele vasculha o interior do automóvel.

-Aqui não é lugar de namorar não. -Falou brusco, ao constatar que não havia nada de anormal no interior.

-Não somos namorados!

-Não somos namorados!

Falamos em uníssono, e rimos ao olhar um para o outro.

-Anham sei... -O policial é sarcástico.

-É sério, nosso carro quebrou. -Expliquei calmamente.

-Me deixa dar uma olhada. -Pede, e a Melanie e eu saímos para o frio congelante que faz do lado de fora, a abraço por esse fator.

Ele gira a chave e imediatamente o motor ronca.

Quê?

Ele nos olha com uma expressão que diz "mentirosos" e nos entreolhamos confusos e envergonhados.

O Sr. Jung Sung Joo pelo o que está escrito em sua farda, sai do carro e vai até o local do motor, levanta o capô, o analisa e o fecha em seguida.

-Carros antigos ainda usam carburadores para a gasolina, quando o carro fica muito tempo parado, ou este mecanismo está entupido, é natural que a gasolina não passe como deveria e o motor esquente, isso melhora com um copo de água fria direto no motor, ou deixar um tempo desligado, que foi o que fizeram. -Explicou articulado.

Alternamos entre nos encarar e encarar o policial, sinceramente não entendemos uma só palavra do que ele acabou de dizer, mas pelo menos não passamos por mentirosos.

-Vocês possuem habilitação e documentação do veículo?

-Aqui. O apresento rapidamente e a Melanie pega os documentos dentro do carro.

-Estão liberados. -Falou secamente e entrou na viatura deixando o local.

Felizmente eu volto dirigindo, e paro em frente em meu apartamento.

-Não vai subir? -Perguntei antes de descer do carro.

-Não posso, trabalho amanhã.

-Melanie, amanhã é domingo.Entra logo, não quero deixar que volte dirigindo sozinha, dorme na minha cama e eu no sofá, pela manhã te levo em casa.

Ela hesita mas acaba entrando.

(...)

Do lado de dentro ela, começa falar envergonhada:

-JungKook o que aconteceu hoje... foi um erro.

-Um erro.

-Nunca mais vai acontecer novamente.

-Anham, nunca mais... -Falei me aproximando dela.

-É sério! -Reclamou quando a agarrei pela cintura.

Ignorando seu nervosismo eu a beijo.

-Não... -Disse com a voz bem mais amena.

-Eu paro se você pedir... -Falei instigante, dando selinhos em seu pescoço.

Então a beijo novamente, e ela se entrega agarrando minha nuca, pego-a no colo e a sento sobre a mesa da cozinha, ficando de pé entre suas pernas e derrubando alguns objetos ao mesmo tempo.

 

MELANIE

E foi assim que se iniciou esse casal maluco e totalmente inesperado, denominado carinhosamente como "MelKook".

 

The end.

^^


Notas Finais


E aí? o que acharam do casal mais inesperado de todos?
(o especial é para que relaxem mediante os acontecimentos do cap anterior)
Espero que tenham gostado hihi (eu amei <3)
Até o prox queridos TLT
Nós os amamos ^^
2kiss/kissses
bye bye
*--------------------------*


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