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História The Last Time - Capítulo XII - Futuro e... Luna...


Escrita por: RafaScarlet

Notas do Autor


Hey Minna!!
Me desculpem a demora, mas está aí um capítulo novinho para vocês ❤
Não me matem!
Aproveitem a leitura e nos vemos nas notas finais o/

Capítulo 12 - Capítulo XII - Futuro e... Luna...


[Lucy Pov's On]

Uma vez, no ensino médio, meu professor de Português nos pediu para escrever uma redação sobre como minha vida estaria em dez anos. Lembro que enquanto meu papel ainda estava em branco, todos os meus colegas escreviam animadamente sobre seu futuro. Fiquei duas aulas encarando aquela folha branca enquanto nada vinha em minha mente. Naquela época, eu não poderia imaginar que isso fosse acontecer comigo.

– Lucy! Respira fundo! – Natsu, que também está com ferimentos grave por todo seu corpo, grita para mim, enquanto corria junto dos médicos. – Aguente firme! – Ele foi deixado para trás e os médicos continuavam a correr. Antes da porta em que nos separou se fechar, fui capaz de olhar nos olhos dele e ali, vi o quanto ele está preocupado comigo.

Tudo que eu me lembro é da forte luz de um carro bater em nós. Ficamos preso na ferragem por um bom tempo e pelas dores que senti na minha barriga, minha princesinha resolveu nascer na pior hora possível.
Só sei que, pelas dores, parece que estou em um pesadelo. E que eu nunca vou acordar.

*****

– Você está indo muito bem... – Dizia a enfermeira enquanto eu fazia força. Não havia nada em minha mente agora e tudo que eu sei é que a dor é insuportável.

– Onde... Está... O Natsu? Aaaahhh... – Digo com muita dificuldade de respirar e recebo apenas "Eu não sei". Irritada, comecei a xinga-lo das piores formas possíveis, apesar de saber que ele está sendo tratado.
E foi em meio a tanto palavrões, raiva e dor que a minha princesa nasceu.
Aliviada, respirei fundo e sorri. Ela finalmente havia nascido.
Porém o sorriso some quando eu não ouço o tão emocionante chorinho.

– P-p-por que ela não está chorando!? – Grito louca por satisfações. A médica e as enfermeiras pareciam preocupadas. Fizeram todos os procedimentos para que ela chorasse, mas isso não aconteceu. Lágrimas já começaram a cair pelo meu rosto. – Me respondam!!!

– Preciso levar ela à cirurgia imediatamente! – A médica grita para a equipe e assim fui deixada sozinha naquela sala imensa.
E é por isso que odeio planejar o futuro. Porque é incerto o que realmente vai acontecer. Porque sequer sabemos se estaremos vivos para vivê-lo.

****

Fui tratada. Quebrei uma perna e tive ferimentos grave na cabeça. Me limparam, costuraram meus ferimentos e logo fui encaminhada para um quarto onde me pediram calma até que tenham novas notícias. Porém eu, toda linda e maravilhosa, não fiquei calma. Gritava. Gritava. Gritava muito. E foi assim que me botaram para dormir.
Quando acordei, sem noção de quanto tempo havia passado, fiquei surpresa ao ver Natsu, também com muitos curativos e um braço engessado, sentado na poltrona ao meu lado.

– Oi... – Digo em um tom baixo com a voz falha e ele, assustado, se levanta rapidamente.

– Oi!! Oi... Você está bem? – Ele me diz surpreso mas com a voz gentil.

– Só com.. Dores.. – Digo com dificuldade ao me sentar. – E nossa bebê? – Pergunto já esperando pelo pior. Fecho os olhos e respiro fundo para ouvir sua resposta.

– Já faz horas que me mandaram pra cá. Estou a espera de notícias, mas... Não tenho certeza se ela está bem.. – Ele também respira fundo. – Sinto muito.
Pensei em voltar a gritar, mas desisti da ideia. Invés disso, chorei. Natsu, que também parecia estar esgotado, envolveu seu braço livre ao meu redor e eu retribui. E juntos ficamos a espera com a esperança de que tudo ficaria bem. Subitamente, me veio a cabeça alguns dias atrás, onde planejavamos o futuro dela.

[Duas semanas atrás]

– Não sei... – Digo pensativa. – Não gosto disso. – Natsu suspira.

– Imaginei mesmo... Desde pequena sempre odiou coisas rosas e todas as coisas femininas restante. Por isso parecia um moleque. – Me indiguino com tais palavras.

– Eu só não vejo a necessidade de deixar o quarto todo rosa só porque ela é menina! Por que não azul?

– Por que ela não é menino! – Rio com sua resposta.

– E desde quando precisa desse padrão ridículo? O mundo precisa parar de distinguir garotas com roupa rosas e garotos de azul. Simples, garotas tem perereca e garotos tem o gravetinho!

– Gravetinho? – Diz Natsu e vejo em seu rosto uma enorme vontade de rir.

– Você entendeu! – Solto uma gargalhada junto dele.

– Vamos fazer assim. Eu decido a cor do quarto e das roupas e você decide o nome. – Ele diz. Penso em sua proposta encarando aquele ridículo quarto rosa. Meus olhos doem. Tudo que você pode imaginar é rosa por aqui.
Porém, é tentador. O nome.

– Você não vai se opor a qualquer escolha minha? – Ele calado, hesita muito para responder. – Natsu!

– Não. O que você escolher vai estar ótimo para mim. – Ele responde triste, o que para mim está de bom tamanho.

– Ótimo. Agora, vou sair daqui para.. Deixa-lo a sós com esse quarto que tanto preza e vou escolher o NOME da minha filha. – Dou ênfase no nome e ele me olha sério.
E assim faço. Vou para o quarto e após me deitar na cama, fico pensando em vários nomes e nada, nada vem na minha cabeça. Ainda mais em meios as dores porque ela não parava de se mexer. Acariciava e pedia para ela ter calma, mas nada adiantou.
Não se passa nem dez minutos e avisto cabelos róseos aparecer na porta.

– Mudei de ideia. Não posso ficar sem escolher o nome dela. Isso é importante. – Reviro os olhos e solto um sorriso convincente de vitoriosa, por não ter sido a primeira a desistir do acordo.

– Porque será que é tão difícil escolher um nome? – Pergunto a ele que caminhava em minha direção.

– Não sei.. – Se senta ao meu lado, de frente para mim. – E o que pensou até agora? – Levou as mãos para minha enorme barriga, fazendo carinho. Sentiu ela mexer e sorriu com minha cara de dor. – Hey, princesa. Mamãe está fazendo caras feias de novo. Por que não dorme um pouquinho? – As dores parou. Fico indignada com isso, pois sempre acontece. Ela sempre escuta mais o Natsu do que a mim. Foi por isso que fizemos uma aposta (grande pais nós somos) de quem ela iria preferir quando nascesse. Quem perdesse trocaria as fraldas por um mês. Parece que vou perder. Droga!

– Queria de algum modo, misturar nossos nomes. E não tenho certeza de como fazer isso. – Respondi a ele, voltando ao assunto anterior.

– Então, temos então quatro sílabas, que é Na, Tsu, Lu e Cy... Ou Shi que é como Meiko te chama.. – Balanço a cabeça em concordancia e logo começamos.

– Nalu...
– Não. Lembra que chamavam a gente assim na escola? – E realmente chamavam. Bastou começarmos a namorar e pronto. Tava feito o shipp. Sorrio com a lembrança.

– Nacy...

– Parece nome de cachorro.

– Lutsu. – Rimos.

– Já da pra ter uma ideia de como ela vai sofrer na escola.

– Luna.. – Nossos olhos brilham.

– Até que ele é bom.. Bonito e simples. E me lembra Harry Potter. – Sou obrigada a concordar com ele, pois sou apaixonada pela saga.

– Além desse temos Nashi..  – O encaro séria. Os dois nomes eram perfeitos. E nós dois gostamos deles. O problema é ter que escolher apenas um.

[Agora]

Se nós decidimos? Não... Discutimos isso tantas vezes que nem me lembro mais o quanto. Decidimos esperar ela nascer para vermos seus rostinho e a partir dali, decidiriamos.
O que não foi possível por que nem mesmo eu fui capaz de vê-la. E mesmo se passado horas, ela ainda não está aqui...

– LUNA!! – Grito de repente, quebrando o silêncio que caíra entre nós. – "Minha mãe dizia que as coisas sempre acabam voltando para a gente - as vezes não da forma que esperamos..." – Citei Harry Potter, mais especificamente, a fala de Luna. Como amo essa personagem. – Ela vai voltar para nós Natsu..

– E acho que isso já é um grande motivo para esse belo nome. – Ele diz sorrindo, apesar de saber o que ele está pensando. Sequer sabemos se ela vai voltar viva.

– Então está decidido? – Pergunto a ele tentando ser forte.

– Parece que sim.. – Ele volta a me abraçar. Mais uma vez o silêncio cai sobre nós.

– Como estão se sentindo? – Bickslow diz assim que entra em nosso quarto. Uma pergunta completamente sem noção, até porque estou com uma perna quebrada e sem minha filha em meus braços. Respira Lucy, esse é o trabalho dele.

– Se não estiver aqui para falar de minha filha, não perca seu tempo. – Diz Natsu, irritado, lendo meus pensamentos.

– Na verdade estou sim.. A doutora Mavis está bastante ocupada. – Ele faz uma palsa. Natsu e eu o olhavamos sem nem mesmo piscar. – Ela está bem.
Suspiramos aliviados.

– Por conta do acidente, ela não foi capaz de respirar. Enfim, com a cirurgia, ela está melhor, e agora estaremos monitorando-a até que ela consiga respirar sem ajuda de aparelhos. Mavis virá aqui dar os detalhes, mas agora, podem respirar aliviados.

Mavis veio minutos depois. Ela é gentil e meiga. Seus cabelos loiros claros e longos me causou inveja. Um pouco pequena e tinha aparência de uma criança,perfeita para a pediatria, literalmente.
Eu e Natsu estávamos morrendo de ansiedade e dava para perceber isso pela forma em que ele mordia os lábios frequentemente e eu roía as unhas (que quase nem existiam mais). Ela nos falou o que exatamente aconteceu — palavras dificílimas que fui incapaz de entender. Como ela garantiu que Luna ia ficar bem, não me preocupei em entender o que ela disse. Pediria para Natsu me explicar depois já que, infelizmente, ele entendeu as palavras difíceis por ter vivido quase dez anos ouvindo palavras difíceis. Minha prioridade agora é ver ela, minha tão linda Luna.

– Tenho certeza que ela está ansiosa para ve-la, Sr. Heartfilia. – Ela me respondeu quando pedi (implorei) para vê-la.

– Pode me chamar de Lucy.. – Disse no meio de meu gentil sorriso.

– Até logo, Lucy..

Nos cumprimentou com a cabeça e assim saiu fechando a porta em seguida. Natsu e eu nos entre olhamos e não tardou para um sorriso bobo aparecer em nossos rostos. "Ela está bem!" é o que ele dizia em seu surto animado.
Bickslow apareceu com minha cadeira de rodas, e riu muito do casal de palhaços que não tirava o sorriso do rosto. Ele me apelidou de Gato de Cheshire e Natsu de Gato que RI – ambos o nome do gato do Alice no País das maravilhas, aquele que tem um sorriso enorme, sabe?

Natsu estava tão animado que, tenho certeza de que se ele estivesse me levando, estaria correndo comigo pelos corredores do hospital. Tenho certeza também que o que impediu ele de fazer isso é seu braço quebrado. Óbvio.
Quando chegamos, já não consegui ficar parada. Estava quase me levantando da cadeira e comprometendo minhas pernas para correr até ela. E se eu pensei que ia encontrar uma bebê saudável, que ia sorrir para mim quando me visse? Pensei. Eu estava errada sobre isso? Completamente.
Dois tubos, um grande em sua boca e um menor em seu nariz. Uma agulha em seu bracinho e muitos fios em seu peito que tinha um curativo reto que ia do pescoço ao umbigo. Ela talvez teria uma cicatriz ali. Ela estava em uma caixa transparente com aberturas apenas dos lados.

Natsu passou as mãos em minhas costas ao ver minha cara horrorizada. Sabia que ia receber um belo não se pedisse para pega-lá – Eu e meus pensamentos óbvios – por isso pedi apenas para segurar sua mãozinha. Disseram que sim e meu coração quebrou mais ainda ao senti-la gelada. Natsu foi do outro lado e também a segurou.

– Ela não está com frio, Lucy. – Ele garantiu para mim. – É apenas a falta de oxigênio. – Apenas? Pensei comigo.
Mas não iria discutir com ele, pois sabia era errado falar qualquer coisa sobre termos médicos com ele, quando o mesmo já deve ter passado por isso. Me surprendi comigo mesma quando minha voz começou a sair. Suave. Com uma cantiga que ouvi milhares de vezes em um filme. [Notas finais]

No fundo do prado, debaixo do salgueiro
Uma cama de grama, um macio travesseiro
Deite sua cabeça, e feche seus olhos
E quando eles abrirem, o sol nascerá

Aqui é seguro, e aqui é quente
Aqui as margaridas te guardam de qualquer mal
Aqui seus sonhos são doces -
e o amanhã os tornará realidade
Aqui é o lugar onde eu te amo

No fundo do prado, escondido bem distante
Uma capa de folhas, um raio de luar
Esqueça seus problemas e deixe-os estendidos
E quando novamente for manhã, eles serão purificados

Aqui é seguro, e aqui é quente
Aqui as margaridas te guardam de qualquer mal
Aqui seus sonhos são doces -
e o amanhã os tornará realidade
Aqui é o lugar onde eu te amarei...

Aqui é o lugar onde eu te amarei...

Os batimentos dela acelerou e me contentei com isso, por hoje.
Não havia termos médicos para isso.
Ela acelerou ao ouvir a voz de sua linda mãe.

– Eu te amo, viu querida? E não vou sair do seu lado, momento algum... – Disse ainda baixinho como se estivesse contando um segredo apenas para ela. Não entendi o porque de Natsu estar quieto, apenas olhando com uma expressão vazia. Toda animação dele foi embora.

– Está tudo bem? – Perguntei a ele que olhou para mim, ainda com aquele olhar. Um sorriso torto surgiu e ele fez que sim. Mas eu sabia que não. Novamente não discuti. Quando saíssemos dali — Com certeza não nos deixariam ficar ali o tempo todo, mesmo que eu fosse contra – falaria com ele. E tenho quase certeza qual era sua preocupação. Bastou eu olhar para aquela discreta cicatriz escondida pelos seus cabelos que cobriam seus olhos.
Quando nos pediram gentilmente para sairmos, acho que uma hora depois, não discuti muito. Natsu muito menos.

–Oh, gatos de Cheshire.. O que não daria para ver vocês sorrir agora. – Dei um sorriso de canto com o comentário, mais nada além disso. Ia falar com Natsu a respeito quando estivéssemos no quarto, sozinhos. Mas quando chegamos, vi que não seria possível.

– Como você gosta de preocupar os outros, não é? Gosta também de não contar para sua melhor amiga! – Ai está, a modesta Erza. Roupa social. Olhos cansados. E a voz levemente alterada. Já anoiteceu então imagino que ela tenha acabado de chegar do trabalho e Yuri avisou a ela. Assustada, ela veio correndo para cá mesmo que o acidente tenha acontecido a mais de oito horas atrás.

– Avisei Yuri. Yuri avisou você. Ponto. – Disse a ela enquanto Bickslow me colocava na cama. Voltou a colocar o soro em meu braço e depois que me pediu para descansar, saiu dali nos dando privacidade.

– Pequena Jellal não conta. – Sim ela pegou esse apelido e agora só a chama assim. – Ligasse no meu celular.

– Erza, ela sabia que você tinha uma importante audiência hoje. Não queria incomodar. – Yuri diz porém Erza a ignora. As duas passaram a discutir sobre a importância de ter avisado ela mais cedo e blá blá blá. Minha atenção mudou para Natsu que ainda estava perdido em seus pensamentos. E como se ele soubesse o que eu iria falar em seguida, abriu a boca e falou alto suficiente para todos naquela sala ouvir.

– E se ela... Herdar meu câncer? – Diz ele bastante horrorizado e fui capaz de imaginar o quão assustado ele estava.
Como eu disse.. Pensar no futuro nunca é uma boa ideia. Ele pode nos surpreender, mas também nos assustar. E muito.


Notas Finais


Então... O que acharam?
O que acham que vai acontecer com Luna? E o que acharam do nome?
Haha, apenas comentem que fará de mim uma pessoa muuuito feliz...

Sei que há várias canções de ninar no mundo, mas achei perfeita para essa ocasião (Eu estava assistindo exatamente essa cena quando escrevi o cap). Muito amor por Jogos Vorazes ❤❤❤ Ta aqui a música... Não achei em português 💔 – https://youtu.be/E-FJyvaOXwo


Enfim galera!
Obrigada por ter lido e aguardo ansiosamente por opiniões :D

Até o próximo amores meu ❤


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