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História The Last Time - Capítulo XIII - Por quê?


Escrita por: RafaScarlet

Notas do Autor


Oi oi genteee! Obrigada pelos comentários e favoritos no capítulo anterior e aqui está um capítulo novinho para vocês!
Está curto mas espero que gostem.. Bjoo ❤

Capítulo 13 - Capítulo XIII - Por quê?


Fanfic / Fanfiction The Last Time - Capítulo XIII - Por quê?

[Lucy Pov's On]

Já pararam para pensar em como a vida insiste em ser filha da... Mãe! — Para não falar outra coisa.

Em como ela é tão injusta com pessoas que as vezes — Muitas vezes — não merece tão injustiça?

Lembro-me claramente que quando era criança, sempre me indagava o por que das coisas. E uma dessas questões em minha mente foi: Se Deus é assim tão bom, por que existe crianças com câncer e por que há pessoas passando fome na África?

Lembro-me também em como minha mãe ficou brava esse dia, o que era muito raro de se acontecer.

Não estou  querendo misturar religião com meu pensamento de como a vida consegue destruir a gente. Longe disso.
Porém, existe uma grande quantidades de por que's que carrego comigo e que juro, faria de tudo para obter respostas.

E agora, nesse momento, sentada em uma cama de hospital, enquanto vejo meu melhor amigo, irmão e marido — É, marido ainda não, mas finge que sim — com suas mãos em sua cabeça chorando, vários por que's rodam em minha cabeça, e todos eles são principalmente em por que a vida quis ser tão filha da puta (Ops) com ele.

– E se.. Ela herdar meu câncer? – Foi a pergunta que ele fez, antes de se encolher na cadeira e começar a falar cada possibilidade de tortura que nossa filha pode passar.

Não o respondi nada. Não havia como dizer que ela ia ficar bem. Tá certo que ela pode morrer agora, ou daqui a cinco anos em um simples tombo. Até mesmo daqui a oitenta anos de velhinha. Não canso de dizer que não podemos prever o futuro. Só que agora, a certeza de que ela tem de morrer de câncer é bem mais alta do que a certeza de que a terra é redonda. Exagero meu, eu sei.. Porém agora sou mãe e mães são exageradas, não é?

Natsu teve câncer. Minha mãe teve o mesmo que ele. Eu também estou na lista de espera dessa maldita doença.

Antes a ideia de estar grávida e que teria uma linda garota com pernas gordinhas correndo pela casa, era um sonho. Um sonho lindo e encantador. A felicidade mal cabia em meu peito. Agora é assustador.

– Natsu! Natsu! Olha pra mim! – Erza agarrou Natsu pelos ombros o sacudindo forte. Eu também estou perdida e mal conseguia acompanhar a bagunça que estava aquele quarto. – Ela não vai ficar doente! Não vai! Está me entendendo?

O olhar dele ainda estava perdido e ele precisava de apoio. Por que não consigo ser esse apoio agora?

– Assim como Lucy tem feito consultas a cada seis meses para ver se tem algo de errado com ela, sua filha também vai fazer!!! – Escuto Erza gritar e só então me lembro que estamos no século XXI. Como não pensei nisso antes? Não há cura pro câncer. Fato! Mas há maneiras de evita-lo. Outro fato!

– Ela vai ficar bem, Natsu... – Digo com a voz embriagada e só então percebo que estava chorando. Chorando muito.

– Eu estou bem, não estou? Ela também vai ficar!

Com muito esforço me aproximo dele, colocando os pés para fora da cama e me abaixo para segurar sua mão.

Essas palavras não o convenceram, mas ele se acalmou. Respirou fundo e pediu desculpas pelo ataque repentino. Yuri que estava muito assustada, respirou fundo e soltou um suspiro de alívio.
Erza ficou mais um tempo, mas logo precisou ir. Meiko queria a mãe e ninguém mais além dela.. Quando tudo se acalmou...
– Venha aqui.. – Digo pra Natsu que estava deitado naquela desconfortável poltrona. Se aconchegou ao meu lado. Deitei minha cabeça em seu peito e ali fiquei ouvindo seu batimento a noite inteira. Hora acelerava. Hora acalmava. Era bom ouvi-lo. Me trazia paz. Apesar de tudo aqui dentro de mim estar em guerra. O mesmo acontecia com ele.
Nossa preocupação era tanta, que mal reparamos o quão ótimo era estarmos abraçados sem aquela enorme barriga.

– Em algumas de suas consultas... Apareceu alguma coisa? – Ele pergunta depois de muito tempo ao perceber que não conseguiríamos dormir.

– Tumor? Nem um pontinho.. – Respondo. Ele suspira.

– Por que não me contou sobre isso?

– Não queria assustar você.. Não queria que você se preocupasse com qualquer coisa que eu fizesse, como por exemplo, espirrar ou tossir.. Você é super protetor, Natsu... Sabia disso? – Suspirou mais uma vez.

– Ela é linda, não é? – Percebi um sorriso em sua fala. Levanto minha cabeça e o olho. Ele ainda estava muito preocupado, mas o sorriso em seu rosto significa que ele vai ficar bem. Eu espero.

– Claro que é... Se parece comigo.. – Fecho os olhos e digo isso com um ar de superioridade.

– Convencida. Não acredito que ela nasceu com cabelo rosa. – O sorriso em seu rosto aumentou.E eu solto uma gargalhada.

– Parece que vamos ser considerados pais irresponsáveis por conta disso. Vão pensar que somos malucos por pintar seu cabelo. – Sinto ele me apertar para um abraço mais forte.

– Contanto que não nos prendam em um hospício. Por mim esta tudo bem...

– Por mim também... – Um novo silêncio brota entre nós, porém dessa vez, foi agradável...

– Por que não tentamos dormir? – Ele diz depois de um tempo. – Se não nossa filha é quem vai achar que somos loucos por causa das olheiras...
Rio com sua conclusão e depois de sussurrar um "tudo bem", novamente ficamos quietos e depois de pouco tempo, ouvi sua respiração pesada. Ele realmente dormiu. Sua feição relaxada fez meu coração acelerar. Meus olhos começaram a ficar pesados e isso significa que realmente preciso dormir... Boa noite, Luna... Fique bem...

– eleessa madrugada, ela teve duas paradas cardíacas. Estamos fazendo de tudo Lucy, mas não sei se ela vai resistir mais essa noite. – Disse Mavis, pela manhã. Todas as forças e esperanças que eu tinha, se esgotaram.
Novamente estamos aqui, ao lado dela. E ao contrário do que Mavis disse, ela até mesmo ganhou mais cor e não parece estar assim, tão mal...
Ilusão a minha..

É isso o que chamam de Súbita.
eles
A pessoa tende a melhorar antes de sua morte e de repente, se vai...

Natsu estava conversando com ela quando, novamente, os batimentos dela aumentou.

– Sabia que suas vovozinhas e seus vovôzinhos são estrelinhas lá no céu? Eles são o que mais brilham! – Ele dizia animado à bebê inconsciente na nossa frente. E eu? Chorava. – Então, quando você se transformar em uma estrelinha, diz para eles que estamos com muuuita saudade!

Ele continuou a falar, mas minha mente já não estava aqui. Tudo que eu conseguia pensar é em como minha vida vai virar uma bagunça se minha Luna virar uma estrela.

Em como Natsu vai voltar a depressão, já que foi ela quem o tirou. E em como eu sequer vou ser capaz de ajuda-lo.
Em como toda a nossa vida vai parar por causa disso.

Inconscientemente, levei minhas mãos a cadeira de rodas. Rapidamente, me retirei dalí, ignorando Natsu gritando por mim.

– Você tem que curá-la! – É a primeira coisa que grito a Mavis quando entro em sua sala. Sei que talvez eu não esteja pensando direito e que a pior coisa que eu deveria fazer é gritar com a médica da minha filha. O problema é que não estou em minhas melhores condições agora, então... Ops.

– Senhorita Lucy.. – Ela diz surpresa, mas logo se recompõe. – Como eu disse antes, tudo vai depender da bebê.

– Não me importa o que você disse! E também não me importa se você se tornou médica apenas pelo dinheiro! Estou pedindo para fazer seu trabalho e salvar ela! É difícil?

Senti a cadeira sendo levada e cada vez mais Mavis foi ficando longe. Sem expressão. Sem respostas para o que eu disse.

Vi Bickslow me levar em silêncio, enquanto eu soluçava de tanto chorar e assim foi o caminho até meu quarto.

Após ser colocada na cama com muito cuidado, ele parou e passou a me encarar.

– Sei que me descontrolei, tá bem? – Digo antes que ele me repreendesse com alguma regra do hospital e blá blá blá. Ele sussurrou um tudo bem depois de injetar uma agulha em meu braço.

Parece que toda vez que eles não conseguem lidar comigo, me colocam para dormir.

Acordei várias vezes, mas logo perdia a consciência. As vezes via cabelos rosados, mas apenas borrões antes de apagar novamente. Quando acordei sem apagar de novo já era de noite.

Que maravilha, dormi o dia inteiro, ou dias, não sei.. Ainda um pouco sonolenta, me sentei tentando recobrar a consciência.

O que aconteceu nesse tempo que dormi? Onde está Natsu?
Com a visão embasada, tentei focar na pequena pessoa que entrou no quarto.
Mavis...

– Está se sentindo melhor? – Ela pergunta examinando o soro acima de minha cabeça. Respondo que sim. – Sinto muito que você tenha que passar por isso..

– Não sinta.. – Digo com desgosto. Agarro meus lençóis brancos e passo a encarar as pessoas através da janela de meu quarto. Formiguinhas. Andando para lá e para cá, indo embora para suas casas após um longo dia de trabalho. Que inveja dessas pessoas.

– Sou uma médica pediatra. Diariamente vejo crianças doentes e na maioria das vezes elas saem daqui saudáveis. Porém eu, como qualquer outro médico, as vezes não sou capaz de curar os pacientes.. E você, por um acaso, acha que é fácil?

– Deveria ser.. Ensinaram isso a você... – Minha voz saiu fria. Quem me conhece, nunca que acreditaria que tais palavras saíram de minha boca.

– Na faculdade, de fato, dizem que devemos ser frios. Não apegar a pacientes. Mas são crianças, Lucy... Eu curo crianças! E dinheiro nenhum substitui o sorriso que elas me dão quando eu as curo... – Um peso caiu sob minhas costas. "Não importa se você se tornou médica por causa do dinheiro". Parece que ela se ofendeu com isso. Volto meus olhos aos seus olhos verdes claros. Estavam transbordando em lagrimas. Tenho certeza que já alguma história por trás delas. Seria errado eu perguntar qual é? – Entendo que você talvez odeie médicos e hospitais. Mesmo antes de Luna, já a vi nesse hospital milhares de vezes. Mas, por favor Lucy, não pense que somos todos iguais aos médicos inúteis que não foram capazes de salvar sua mãe. – Agora sim, ela mexeu na ferida que estava bem inflamada.

– Ela não tem nada a ver com isso! Se eu acho que poderiam ter feito mais para salvá-la? Acho sim! Mas ela se foi! Assim como meu pai e toda a minha família! Eu só.. Eu só... Estou cansada de perder pessoas importantes para mim! Perder Luna significa que toda a minha vida vai virar de ponta cabeça! E eu estou com medo! Me desculpe se te ofendi mais cedo... Me desculpe se eu deixei meu medo atingir você! Eu só... Cansei... – Ela suspirou. Limpei minhas lágrimas e me recompus. Céus, ando chorando muito esses dias.

– Você dormiu por dois dias e nesse tempo Luna começou a engasgar... – Comecei a tremer involuntariamente. – Ela estava recusando o tubo que a estava ajudando a respirar.. – Pronto. Foi suficiente para todas as forças que eu tinha acabar por completo. Ele vai dizer que ela se foi...

– Ela está respirando sozinha já faz algumas horas. E acredito que essa melhora não seja a "Súbita".

– O quê?... Aí meu Deus..

– À dez anos atrás, minha irmã, chamada Zera, foi diagnosticada com anemia. Sua morte foi negligência médica. Me formei em medicina pois prometi a ela que curaria o máximo de crianças que eu pudesse... Não foi diferente com Luna... Boa noite.

E então ela saiu por aquela enorme porta me deixando sem respostas. Estava feliz demais para me importar com isso.

Tirei as agulhas de meu braço e sem me importar com cadeiras de rodas, sai do quarto. Mancando, fui "correndo" até a UTI. Médicos e enfermeiros me ignoravam enquanto eu corria desajeitadamente pelo enorme corredor desse hospitais. Estavam ocupados demais para se preocupar com uma maluca toda descabelda, eu acho.

Entrei naquele quarto sufocante onde o cheiro de álcool e desinfetante é muito mais forte e fui recebida por Natsu a segurando no colo.
Eu pagaria milhões para ver novamente o sorriso que os dois deram ao me ver...


Notas Finais


Então seus lindos?
O que acharam?
💎Digam aí, pleeeease!
Até o próximo capítulo ~ Que por sinal já está pronto!
Kissuuuus! ❤❤❤❤❤


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