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História The Last Voyage - Regresso



Capítulo 6 - Regresso


Troy

Eu estava quieto desde que soube que havia mais gente procurando o Andrew, e aqui estava eu, em um país que eu nem conhecia direito com 2 estranhos irritantemente comunicativos. Não estava esperando nada disso, e aparentemente eu não era bem-vindo junto a eles, logo todos os músculos do meu corpo ficaram rígidos, deslizei a mão no bolso até encontrar minha carteira, deixei três notas de 20 dólares sob a mesa e me levantei com pressa dando passos rígidos até a saída, abri a porta do restaurante e corri o mais rápido o possível pra me distanciar daquelas pessoas.

 Abaixei a cabeça para descansar, arfando, me recompus e prendi meus cabelos em um coque.

Nota mental: Tenho que me exercitar mais, e cortar meu cabelo também – falei com uma voz rouca enquanto procurava meu celular em meu bolso traseiro.

                Abri um aplicativo de reserva de hotéis, logo eu já tinha um lugar para passar a noite, o quarto não era tão confortável, mas era o máximo que se consegue por uma diária de 80 dólares.

Resolvi andar um pouco pela cidade, Bogotá era linda, mas estava esquentando e eu tirei meu suéter e dobrei as mangas da minha camisa social até o meu antebraço, eu tinha esquecido como isso desconfortável. A cidade era consequentemente grande, caminhei por volta de 10 minutos até encontrar um Cyber café.

Olá, posso ajudá-lo? – disse-me uma atendentes loira, ela era baixa e tinha olhos castanhos mel, o sotaque era do Canadá, continuei –Pode, um chococcino com creme e canela, use leite desnatado por favor.
Acho que o leite desnatado acabou, gostaria de pedir outra coisa? - pensei um pouco e acabei optando por um chá de ervas, eu tinha uma alergia específica à leite integral, e cafeterias me traziam péssimas memórias. Procurei uma mesa próxima a uma janela e conectei meu celular ao Wifi do local. Aproveitei pra mudar meu status nas redes sociais de "deitado na cama e completamente entediado" para "completamente entediado em Bogotá”

                Cerca de 20 minutos depois eu resolvi ir embora, o hotel que eu havia reservado ficava a uns 5 minutos do Cyber café, antes de ir embora abri minha mala e peguei minha câmara, tirei algumas fotos de dentro do local e algumas assim que eu sai, se havia alguma coisas que valia a pena nessa viagem eram as fotos que eu tirei.

Cheguei ao hotel quase 19hrs00 dá noite, a recepção era comum mas mesmo assim mais receptiva que o Hostel e o atendente tão de mal da vida quanto eu naquele momento, fiz o check-in e peguei a chave do meu quarto, ele era todo branco e tinha uma cama de casal bege no meio, uma cômoda de carvalho encostada no canto da parede e 2 criados mudos ao lado da cama. O banheiro tinha um chuveiro minúsculo, uma pia encostada na porta, a privada era tão pequena quanto.

 Soltei meu cabelo e tirei minha roupa o mais rápido o possível, eu precisava tomar um banho logo, meu corpo estava cansado e dolorido. Depois do banho eu estava com tanta preguiça que acabei deitando de toalha e dormindo assim mesmo.

 Acordei 8hrs e aproveitei pra selecionar as melhores fotos que eu havia tirado, eu era muito apegado as fotos que eu tirava, então, pra mim todas estavam ótimas. Levantei-me preguiçosamente e me espreguicei na falha tentativa de afastar o sono, vesti uma camisa xadrez e uma calça jeans rasgada nos joelhos presa por um suspensório, arrumei minhas coisas e fui fazer meu checkout no hotel.

 Estava muito cedo pra ir direto ao aeroporto então resolvi ir a alguma livraria que estivesse ao redor. Não demorou e logo encontrei uma, ela era ampla e com uma faixada bem convidativa, pelo menos pra pessoas esquisitas como eu. Perguntei em inglês mesmo ao atendente:

Você por acaso tem algum livro sobre leitura de mapas e coordenadas? – complementei – Digo... Preciso muito pra um trabalho escolar.
Vou checar, um instante – disse o homem enquanto digitava habitualmente no computador portátil logo a sua frente, logo complementou –Temos sim, você é americano né? A versão em inglês custa 30 dólares – assenti rapidamente.

Paguei o livro e enquanto ele subia para o segundo andar da loja pegar o livro no estoque. Eu nem sei bem porque estava fazendo isto, sempre fui bem curioso, então ia estudar a carta e o mapa que Andrew me enviou, porém, iria estudá-los no conforto de Portland.

Assim que sai da livraria coloquei meu mapa dentro do livro, em uma página que havia o mapa mundo inteiro e fechei o livro, voltei ao cyber café do dia anterior e fui atendido pela mesma garota

Olá novamente, o mesmo pedido de ontem? Hoje temos leite desnatado – disse a garota em um sorriso largo, das duas uma, ou ela estava dando em cima de mim ou ela havia recebido um aumento, relutante eu apenas acenei com a cabeça que sim.

 Peguei o café e fui me sentar no mesmo lugar do dia anterior, eu era um tanto metódico em relação acentos e lugares que visito, sempre repetindo rituais mentais que eu mesmo criava. Enquanto bebia resolvi checar meu voo, sabe, esses aplicativos de reserva de hotel, passagem e etc.

CO-COMO ASSIM MEU VÔO SAI AS DEZ E MEIA?! DROGA! JÁ SÃO DEZ E VINTE E CINCO – Me levantei o mais rápido possível e que acabei derrubando meu café todo na mesa, eu era um desastre ambulante!

Corri nervoso pela rua até que vi um táxi vindo do aeroporto, pulei na frente dele e disse:

-              PELO A-AMOR D-Deus – Droga, eu esqueci que quando fico preocupado acabo gaguejando, no caso, multo – PARA... Para O... AE... AÉROPORTO, JÁ!

                Dei o dobro da corrida e o taxista fez o máximo possível para me levar rapidamente até lá, desci do táxi correndo e fui à área de compra de passagens, com facilidade eu peguei a minha, bom, ainda faltavam alguns minutos até o avião chegar então me dirigi à seção de embarques e esperei na fila.

 Ela era enorme, suspirei ao perceber isso. Aproveitei para folhear o livro, abri na página em que eu havia deixado meu mapa quando eu acabei percebendo, Não eram apenas mapas isolados, era uma espécie de puzzle, definitivamente a garota dos olhos bonitos e Aiden também deveriam ter mapas iguais, talvez Andrew quisesse que nós os juntássemos, eu precisava descobrir.

O Embarque havia começado e eu estava indeciso, quando, acabei vendo Liz correndo em minha direção e suspirei frustrado, como ela sabia que eu estava aqui? Sou tão previsível assim?

 



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