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História The leaves of a daily - Roast Bitch


Escrita por: FANFICTLOAD

Notas do Autor


AMOREESSS OLHA O CAPÍTULO BIG POWER PARA VOCESSSS

Manas o capítulo ia ser dividido em parte 1/2, massss como é uma surra de acontecimentos bafos não tinha como deixar vocês na ansiedade para ler um dos melhores capítulos dessa temporada!!!

Se sobreviverem a tudo olhem as notas finais!

Aproveitemmm!!!

Capítulo 47 - Roast Bitch


Fanfic / Fanfiction The leaves of a daily - Roast Bitch

 

 

     A Velha da Palvin não parecia está brincando ou falando da boca para fora e me olhava como se eu tivesse feito uma merda muito grande para que ela tivesse que tomar essa decisão. Mas a real...

 

     Que porra eu fiz? 

 

  Não me lembro realmente da última vez que fiz uma merda grande o suficiente nessa escola para que ficasse no limite de ser expulso e mesmo todas as merdas que já fiz, jamais deram nisso. Tem algo de errado acontecendo. 

 

    Olhei confuso para Palvin, que ficou me olhando esperando que eu falasse algo. Mas é ela quem tem que explicar que porra está acontecendo aqui, por que eu não faço ideia.

 

-O que eu fiz dessa vez? - Perguntei sem entender merda nenhuma, fazendo a Palvin me lançar um olhar de repressão, como se eu estivesse mentido sobre não saber do que se trata. 

 

-O senhor realmente não precisa fingir que não sabe, isso entrou no meu conhecimento agora, mas parece que convive com você diariamente! - Respondeu um pouco grossa. - Apenas pegue as suas coisas e sai dessa instituição, eu fui bastante clara sobre você arrumar problemas aqui dentro e esse é irreversível! - Ressaltou de forma séria e eu neguei. Ninguém me acusa de uma coisa, que não faço a porra da ideia do que, seja assim.

 

   -Não vou sair dessa sala até você me dizer, que porra eu fiz! - Falei pausadamente, para ver se ficava claro a cabeça dessa mulher. 

 

    Quando faço merdas, eu geralmente me lembro delas, a menos que eu esteja drogado ou bêbado. Mas não tem nada que possa justificar minha expulsão e não saio dessa escola até ela me explicar exatamente tudo. 

 

-Não vou entrar em detalhes, para preservar a identidade, mas eu recebi uma denúncia, deixada na caixa de reclamações a um mês atrás, relatando abusos, ameaças e violência do Senhor para com uma aluna do terceiro ano! - Explicou. - Nessa reclamação detalhada, foi dito tudo sobre o Senhor, até sobre a tal  gangue que lidera....- Enfatizou me fazendo ficar surpreso.

 

    Poucas coisas me pegam de surpresa nessa vida, mas essa pegou de jeito. Alguém me denunciou, falou sobre a gangue e sabe se lá mais que porras, sobre mim.  Não posso acreditar que isso esteja acontecendo, que eu sou um bandido acho que Palvin não tem essa dúvida a anos, porém, ela não tinha prova nenhuma, nem ao menos uma confirmação minha. Mas agora com essa denúncia, ela conseguiu exatamente o que precisava para me chutar daqui.

 

    Eu ainda estou confuso com muitas coisas e as palavras de Palvin não estavam fazendo muito sentido. Fui expulso, além de por ser de uma gangue, mas também por abusos, ameaças e violência contra uma aluna do terceiro ano...

 

      Minha cabeça começou a raciocinar finalmente e o que Palvin falou foi fazendo sentido para mim. Mas ainda não posso acreditar que seja exatamente o que estou pensando. 

 

  -Como você pode ter certeza que é real? - Perguntei olhando para um canto qualquer da sala, ainda enterrado em meus pensamentos, tentando achar uma explicação além da que minha cabeça está me levando.

 

-Por que a denunciante não é uma aluna que costuma se meter em confusão por aí, jamais veio a minha sala, mantém excelentes notas e com certeza não perderia o tempo dela falando mentiras sobre o Senhor! - Ressaltou, me fazendo volta a olhá-la completamente sem reação. 

 

   Um pensamento único rondava a minha cabeça agora, ainda mais depois dessas palavras de Palvin, só não quero ter que acreditar nisto. Não posso acreditar que ela tenha me denunciado a diretora. 

 

   Essa porra não faz sentido algum.

 

-Liz..- Murmurei não querendo acreditar de jeito nenhum que ela tenha feito isso comigo. È impossível, a ultima pessoa desse mundo que me trairia dessa forma è ela. 

 

-Pelo visto sua memória foi refrescada, agora irá negar que realmente as acusações de abusos, violência e ameaças, são mentiras? - Palvin perguntou rígida, olhei seriamente para ela, sentindo um incômodo enorme pelas palavras.

 

-Eu nunca fiz isso! - Afirmei, mesmo que em algum momento eu tenha feito.

 

       Essa porra não pode está acontecendo. 

 

      Não tem chance nenhuma da Liz ter me denunciado, ela está de boa comigo agora e nem ao menos parecia está escondendo alguma coisa de mim desse tipo, ainda mais uma coisa dessas. Ela sabe como ninguém o quando eu preciso acabar essa merda de ensino médio e não seria capaz de fazer isso comigo. De jeito nenhum foi a Liz que fez essa denúncia, mesmo que tenha falado sobre ela, não foi ela, não pode ter sido. 

 

-O Senhor machucou a Senhorita Smith no pulso a mais ou menos um mês atrás? - Questionou olhando para um papel que tinha sobre a sua mesa e eu acompanhei seu olhar. - O senhor foi quem disparou tiros nas dependências da escola no primeiro dia de aula, para assustar a aluna? - Ela continuava lendo e constatei que aquela era a tal denúncia. 

 

     Sem pensar duas vezes, me estiquei para pegar o papel da sua mesa e me coloquei de pé imediatamente com o mesmo em mãos. Palvin levantou assustada com a minha atitude, mas eu liguei o foda-se para ela e me concentrei em ler o que havia naquele papel. A data estava exatamente a um mês e dois dias atrás, esse foi o dia seguinte da minha briga com a Liz, quando ela descobriu de Kato e todas as mentiras. Liz estava puta comigo, não queria me ver de jeito nenhum e no mesmo dia ela pediu para sair da sala de matemática. 

 

   São muitas coincidências ao mesmo tempo. 

 

-Bieber, você não pode ter conhecimento da denúncia! - Palvin chiou furiosa e lancei um olhar mortal para ela, começando a sentir uma forte tensão dentro de mim. 

 

-Cala a porra da boca! - Sibilei seriamente e ela me olhou incrédula pelas minhas palavras. Foda-se essa mulher, eu só quero saber o que tem nessa carta.

 

    Comecei a ler, mesmo com Palvin falando algumas coisas que não prestei nenhum pouco de atenção. 

 

 

  " Meu nome é Liz Blue Smith, sou da turma terceiro ano A, estudo nesse colégio desde o primeiro ano, sempre fui da classe mais avançada e esse ano seria tudo normal como sempre.

      Mas, no primeiro dia de aula, eu descobri de uma forma nada boa, que a turma C faria aulas de matemática com a turma A. Nesse mesmo dia também, reencontrei uma pessoa que não gostaria de ver nunca mais. 

     Dois dias antes do início das aulas eu fui a uma boate e acabei esbarrando em um homem, ele se estressou, me ofendeu e joguei bebida no rosto dele por pura defesa, que por sua vez, mandou caras armados atras de mim e da minha prima, com certeza para machucar. Consegui fugir, mas, para o meu azar, ele estuda nessa mesma escola e é do terceiro ano C.    

      Justin Drew Bieber, é o cara que me ameaçou na boate e justamente quem caiu para comigo nos trabalhos de matemática. Eu juro que iria contar tudo desde o início, mas alguns segundos antes de eu vim até a diretoria, Justin me ameaçou, correu atras de mim e atirou, foi quando me sequestrou, me levou para sua cara e apresentou toda a sua grande gangue, da qual é líder. Eu estava tentando ser corajosa naquele dia, mas para sobreviver, tive que aceitar ficar calada e ajudá-lo a passar de ano fazendo todos os trabalhos de dupla sozinha, caso ao contrario, eu morreria. O tempo passou e tudo foi ficando melhor, nossa convivência principalmente. Até que vi de novo aquele cara violento e mau que me sequestrou. 

    Justin mentiu, me enganou, tudo isso para que eu ficasse mais calma com ele e não pensasse em desistir de ajudá-lo. Quando fui enfrentá-lo, Justin machucou meu pulso, torcendo e causando uma lesão leve. Isso foi ontem à tarde e me sinto acuada em estar nas mesma dependências que ele, sinto que a qualquer instante ele tentará me machucar novamente. 

    Peço ajuda da escola para me proteger de algum jeito, não da mais, não consigo olhar para ele sem me sentir mal, usada e violada. 

   Se puderem fazer algo para me ajudar urgentemente, eu agradeço. 

 

 Assinado: Liz Blue Smith"

 

 

   Minha cabeça estava girando levemente, mas tudo estava fazendo um sentindo doido e real. Liz me denunciou, me traiu da pior forma e tudo isso por está com raiva das minhas mentiras. 

 

    Depois de cada letra que li, notei que essa carta obviamente só poderia ter sido escrita por Liz. Havia a assinatura dela no rodapé da folha. Mesmo que isso seja doloroso demais para eu acreditar. Confiei nessa menina mais do que tudo nesse mundo e não consigo aceitar de jeito nenhum, que na primeira oportunidade ela me lançou na merda, como se não se importasse nem um pouco com as consequências que essa denúncia me traria. Não estou nessa porra de colégio para me forma e ficar feliz, como qualquer outro merdinha no mundo. Tenho vinte e um anos, lidero uma gangue e só estou aqui ainda para tirar do meu pai tudo que era da minha mãe, que só se torna meu por direito quando concluir o colégio. 

 

      Liz sabe disso, sabe de tudo isso e mesmo assim não pensou duas vezes em fazer o que fez. 

 

    Eu sentia uma coisa ruim crescer dentro de mim e não sei ao certo se é raiva, fúria, ou magoa. Gosto pra caralho daquela garota e isso é de verdade, já deixei isso claro inúmeras vezes.

 

    Mas agora ela acabou de foder com a minha vida. 

 

 -Me devolva a carta! - Palvin voltou a se manifestar e me virei lentamente para olhá-la. - Preciso arquiva-la junto com toda a papelada da sua expulsão! - Esticou a mão para mim com receio, vendo a minha expressão furiosa. 

 

   -Que se foda! - Cuspi jogando aquela folha na mesa novamente e sentindo a precipitação queimar dentro de mim, junto com outros inúmeros sentimentos, de uma forma que nunca vi antes. 

 

    Me virei e sai da sala batendo a porta com força, não querendo mais ouvir nenhuma merda vindo da boca daquela velha. Eu sentia o meu estômago embrulhar, com uma coisa diferente crescendo junto com toda a fúria e a raiva. 

 

    Não sei dizer exatamente em que estado estou agora, com certeza já não é mais o de confuso, por que as coisas estão bem claras para mim no momento e não tem para onde fugir. Mas a porra que não entra na minha cabeça, é saber que a Liz me traiu dessa forma, acho que só vou aceitar completamente quando olhar nos olhos dela e ouvir tudo. 

 

     Olhei para o pátio e os alunos já tinham sido liberados, ou seja, a chance da Liz está aqui é quase mínima. 

 

   Não pensei duas vezes antes de me virar e ir apressado para o estacionamento. Não vou conseguir entender até ouvir a Liz confessar na minha cara o que fez. Eu estou puto da vida e furioso pra caralho, com certeza isso no passado me renderia mais umas mortes nas costas, inclusive do fofoqueiro que me fizesse ser expulso. Mas, por incrível que pareça, eu não estou com vontade de matar a Liz, nem ao menos quero machuca-la, só consigo sentir uma mágoa grande dentro de mim, além de uma indignação forte. 

 

   Preciso ouvir da Liz tudo, o motivo e todas as porras que a fizeram me trair, mesmo durante a raiva que estava de mim. Talvez, se ela confesse e explicar de alguma forma convincente e se mostrar arrependida, eu releve tudo isso. 

 

   Nem estou me reconhecendo direito.

 

   Mas se a Liz falar as verdades, eu estou disposto a perdoa-lá por isso de alguma forma. Não sei o que tem dentro de mim, mas não consigo me imaginar longe dela de novo, mesmo que Liz tenha feito uma merda do caralho, gosto tanto dela que a ideia de afastá-la, justo agora que nos aproximamos, parece ser loucura. 

 

   Eu estou idiotamente caído por essa garota. 

 

    Não vou negar que estou com raiva, mas se Liz confessar que fez sem pensar e se arrepende, podemos voltar a essa escola e dizer que tudo foi um mau entendido ou qualquer porra do tipo e é a isso que estou me prendendo. 

 

    Liz vai rever a merda que fez. 

 

   

 

 

     Dirigi o mais rápido que o trânsito infernal de Atlanta me permitia e estacionei rapidamente em frente à casa da Liz. Não esperei para sai do carro e correr até a porta, começando a tocar a campainha rapidamente. O que pareceu ser uma eternidade até ela se abrir e revelar Rachel, que me olhou de cima a baixou com um olhar confuso. Não esperei ela falar para começar a entrar. 

 

-Liz está aí? - Perguntei nervoso e Rachel parecia ainda mais confusa e um pouco indignada pela forma abusada que entrei em sua casa.

 

-Ela ainda não chegou, deve está a caminho...- Murmurou meio desconfiada e assenti rapidamente. 

 

    Esqueci que ela vem de ônibus e obviamente não é tão rápido quanto um carro. 

 

    Rachel continuou me olhando atentamente a cada reação minha e eu estava visivelmente nervoso, o que ela já deve ter notado no segundo que abriu a porta. Não consigo fingir que não estou irritado, ainda mais quando estou com a tensão por todo o meu corpo. 

 

-E então, o que você quer com a Liz? - Rachel perguntou me olhando antes de finalmente fechar a porta. Virei meus olhos para ela novamente, que parecia esperar uma resposta.

 

   Bem que Liz disse, essa mulher é invasiva e chata pra cacete. Tô a mais de um minuto na presença dela e já me sinto bastante incomodado, como se ela estivesse curiosa com cada respiração minha de uma forma bastante irritante. Além de ter algo família nos seus olhos que eu nunca havia reparado antes, mas não sei dizer de onde reconheço. 

 

-É particular! - Afirmei sendo um pouco grosso e não gostando nada dos olhares duvidoso dela. 

 

   Rachel não parecia convencida com essa reposta e pelo o que sei dela, não deve está mesmo. Mas apesar disso, se calou e ficou apenas me olhando atenta, me deixando mais tenso. Odeio que me encarem dessa forma e como o meu humor não está um dos melhores agora è melhor essa mulher parar antes que eu a mande ir a merda. 

 

-Você tem pais? - Perguntou depois de uns dois minutos em silêncio e não achei que ela iria aguentar tanto sem fazer outra pergunta invasiva. 

 

     Olhei com uma cara nada boa para Rachel, que não pareceu se abalar com isso e ainda esperava a resposta da sua pergunta. Ela è tão petulante que me irrita só por olhá-la, claramente ela não se ameaça com caras feias. 

 

-Tenho, óbvio que tenho..- Murmurei desviando o olhar dela, para ver se entendia que não quero assunto. 

 

-Não parece...- Sussurrou indiferente e voltei a olhá-la, sentindo que o limite da minha paciência ia ser estourado. 

 

      Meio complicado manter a calma quando está quase a perdendo e tem uma pessoa chata te fazendo perguntas idiotas. Eu deveria ganhar um prêmio por aguentar mais porras irritantes por dia do que qualquer outra pessoa. 

 

- E você, tem filhos? - Perguntei petulante, sabendo que a resposta è não, até por que acho impossível essa mulher amarga colocar alguém no mundo. 

 

     Rachel me olhou como se não acreditasse na minha pergunta e apenas ficou me encarando, como se nem ao menos tivesse que se da ao trabalho de responder, mas ao mesmo tempo parecia incomodada por não fazer isso. 

 

-Não tenho...- Sibilou lentamente e com um olhar diferente do que apresentava antes. Seja lá o por que, mas consegui fazer Rachel ficar sem reação por alguns segundos. 

 

    Não gosto dela, nem è por implicar comigo, ou com a Liz e sim por algo diferente. Rachel parece amarga e fria demais para uma mulher normal, que mora em bairro pobre de Atlanta. Tem algo de estranho nela, algo que parece muito óbvio, mas ainda não captei o que é. Já falei que o olhar dela me è muito familiar e o jeito de falar também, mas não me lembro exatamente de onde e não faço ideia se isso significa que já a vi em outro lugar ou qualquer porra do tipo. 

 

      Só è estranho. 

 

   O silêncio se estalou novamente e rezei para que ele durasse. 

 

    A porta da sala se abriu e Agatha passou por ela seguida de Liz, as duas conversavam sobre algo, mas pararam assim que me viram na sala e com Rachel. Ambas pareciam perdias e confusas com minha presença. Prendi meus olhos unicamente em Liz, que me olhava como se quisesse me questionar várias coisas e ao mesmo tempo não pudesse. 

 

   Olhar para ela me tira um pouco da certeza que Liz tenha realmente me denunciado para a diretora. Mas as provas estavam nas minhas mãos, eu vi tudo e realmente aconteceu, só preciso saber o por que, para que ela repare esse erro. 

 

-O que está acontecendo? -Agatha foi a primeira a falar e era visível como ela estava perdida. Respirei fundo antes de explicar.

 

-Liz, precisamos conversar, em particular! - Falei extremamente sério e ela trocou olhares com Agatha antes de assentir lentamente, ainda sem entender muito bem o que está acontecendo. 

 

-Tudo bem..- Murmurou olhando rapidamente para Rachel. - Vem! - Me chamou indo em direção às escadas, a segui, sentindo os olhos da Rachel sobre nós de forma intensa. 

 

    Ignorei isso é tentei focar unicamente no meu problema maior agora. Eu fui expulso por que Liz resolveu contar toda a verdade, a única que ela não poderia contar, para a diretora, nenhuma outra escola dessa cidade vai me aceitar e se eu perder as coisas da minha mãe para o meu pai, aí as pessoas vão me ver irritado de verdade. Mas ainda tem uma saída e è a Liz desfazer o que fez. 

 

- O que você faz aqui com a Rachel? Não te disse ontem que ela está desconfiada? Então evita ficar muito perto dela! - Liz gritou em sussurro assim que abriu a porta do quarto para que eu entrasse. 

 

   Ela realmente parecia nervosa com o fato de Rachel ter ficado alguns minutos sozinha comigo. Porém esse não é o grande problema aqui. 

 

    Entrei no quarto ainda em silêncio, esperei Liz fechar a porta, olhar diretamente para mim e assim começar a falar. Não quero parecer nervoso, furioso e todas essas porras, apesar de está exatamente assim. 

 

-Não importa a Rachel, eu só vim por que eu precisava falar urgente com você! - Ressaltei, recebendo um aceno de cabeça e um olhar de dúvida mais intenso de Liz. 

 

-E o que è tao sério? - Questionou curiosa, respirei fundo tentando manter a calma e posso dizer que pelo fato de eu não ter nem ao menos alterado o tom de voz, mostra que estou bastante controlado diante de uma situação descontrolada. 

 

-Você me denunciou na escola! - Afirmei olhando nos olhos dela. - Contou tudo que aconteceu entre nós, desde a boate até o dia que te machuquei... sem querer! - Ressaltei isso. - Escreveu uma carta, pedindo proteção a diretora! - Não sei nem o porque expliquei sendo que ela deve saber bem do que estou falando. 

 

   Apesar do que achei, Liz me olhou com a testa franzida em confusão e parecia que eu estava falando uma língua que ela não conhece.

 

-O que? - Exclamou. - Do que você está falando? - Perguntou me olhando e esperando respostas. 

 

   Mantive meus olhos fixos nos dela por alguns segundos, buscando algum sinal de mentira. Mas não parecia mentira, Liz estava realmente confusa ou fingindo perfeitamente está. 

 

-A diretora me chamou hoje, eu li a carta, lá falava tudo que nos aconteceu, exatamente tudo, coisas que jamais poderiam ter sido inventadas por aquela velha e muito menos contadas para alguém, a menos que você tenha contado a mais alguém! - Afirmei de forma séria e esperei que ela respondesse que contou a alguém, coisa que fiz ela jura que não faria. 

 

        Mas ao contrário disso, Liz negou rapidamente e completamente indignada com o que acabei de dizer. 

 

-Eu não contei a ninguém, Agatha só soube de tudo tem uns três dias! - Enfatizou seria, como se isso não devesse nem ser questionado. 

 

     Eu estava começando a ficar sem paciência e a me estressar. Agatha só soube de tudo agora, então não tem chances de ela ter feito isso por maldade, apesar de agora ela, aparentemente, ir mais com a minha cara do que antes. Então, não vejo outra forma daquela carta ter ido parar lá. 

 

-Foi escrita um dia depois da nossa briga, quando você descobriu de Kato! - Tentei não aumentar o tom de voz mas foi quase inevitável. 

 

     Por que ela parece tão perdida na própria merda? 

 

-O que você quer dizer...- Liz desfez a cara de dúvida e me olhou sem expressão alguma. - Você acha, que fui eu? É isso? - Questionou incrédula. - Acha que eu escrevi essa carta e entreguei? Para que? - Cruzou os braços e parecia está começando a ficar ofendida com as minhas acusações. 

 

    Tentei não me levar pelo nervosismo, mas estava ficando bastante complicado manter a calma sendo que a conversa não está chegando a lugar nenhum. Não estou acusando a Liz de nada, apenas estou lendo os fatos e mesmo que eu queira que não, é óbvio que foi ela, só preciso que assuma.

 

-Para se ver livre de mim! - Exclamei. - Você naquela época me queria longe, a gente sabe disso! Vai dizer que não foi uma das primeiras coisas que passou pela sua cabeça quando a gente brigou! - Liz assentiu lentamente, pensativa, mas depois de olhar alguns segundos para mim e ver a cara de indignação que fiz para a confirmação dela, começou a negar rapidamente.

 

     Então ela acabou de afirmar que durante a nossa briga, sentiu vontade de me ferrar. Não consigo acreditar nisso. 

 

     Toda a mágoa e a raiva começaram a me dominar de uma forma rápida e intensa. Eu já me sentia furioso no segundo seguinte e apenas não conseguia encara-lá sem demonstrar o quanto estava puto pra caralho com tudo isso. 

 

-E mesmo que eu tivesse feito...- Começou a falar me olhando com atenção. -  Como você poderia achar que...

 

-Mesmo que você tivesse feito? Você fez! - Me exaltei um pouco mais, a interrompendo e já estava me sentindo extremamente raivoso. - Eu fui expulso, porra! Você sabia o que isso significava para mim! - Apontei para ela, sentindo vontade de gritar pela cara de surpresa que Liz fez.

 

     Não é possível que ela esteja me fazendo de idiota dessa forma. 

 

-Você foi expulso... Meu Deus...- Murmurou espantada e eu assenti firmemente, esperando que agora ela confessasse tudo. - Não me olha com essa cara! - Disse visivelmente intimidada. Me fazendo fechar os olhos e tentar respirar fundo, o que foi quase um sacrifício. 

 

-Liz, olha para mim..- Pedi suavemente mais ainda sentindo que as palavras saiam com intensidade. Liz assentiu lentamente sem tirar os olhos de mim. - Se você contar a verdade, eu não vou ficar com raiva de você...

 

-Justin, você já está com raiva! - Afirmou apontando para mim e parecia incomodada com isso. - Eu não te denunciei! - Afirmou cruzando os braços seriamente e se encostando na porta, esperando que isso me fizesse acreditar. 

 

     Eu deveria, eu sei que deveria está acreditando na Liz se digo gostar tanto dela, mas as coisas não funcionam assim, não tem outra explicação para toda a história, não tem outra forma de aquela carta, assinada pela própria Liz, ter ido parar nas mãos da diretora. Mas eu vou da mais um voto de confiança para ela e ver se tem alguma parte nessa história que esteja errada. 

 

-Ok, então vamos pensar! - Sugeri andando até o outro lado do quarto. - Na carta, cita que te machuquei no pulso. Quem mais, além de eu, você, Nash, Dak, Matt e Melissa, sabe desse fato? - Fiz a pergunta chave, sabendo que dependendo dela tudo pode mudar. 

 

     Meus amigos não fariam isso, nem com bastante raiva de mim. A solução está se mais alguém, além das pessoas que estavam no momento, sabe dessa história e aí sim podemos começar a pensar em alguém ter armado para nós dois. 

 

    Liz ponderou a cabeça e parecia pensar. Mas não demorou nem cinco segundos para ela suspirar pesadamente e colocar uma mexa de cabelo atras da orelha, como se as próximas palavras não fosse ser boas.

 

-Kato só soube do meu pulso tem poucos dias e a Agatha também..- Explicou em voz baixa, antes de desviar o olhar de mim. - Ninguém mais sabe..- Afirmou juntando os lábios. - Mas eu juro que não foi eu! - Me olhou um pouco desesperada. 

 

      Nem ao menos consegui controlar o meu olhar de pura raiva quando ela disse as palavras. Sentia tudo queimar dentro de mim, querendo sair de qualquer forma para que eu desconte na porra que for. Minha paciência já estava em um porcento e apesar de eu gostar muito da Liz, nesse momento quero gritar com ela até que confesse a merda que causou.

 

-Liz, você precisa ir na escola e retirar tudo que escreveu naquela carta! - Rosnei como uma ordem e Liz me lançou um olhar sério. 

 

-Não, eu não vou! - Afirmou aumentando bastante o tom de voz. - Eu não vou por que não foi eu! Qual parte você não entendeu? - Questionou bastante ofendida. Mas para mim não tem mais nada que ela diga que vá mudar os fatos. 

 

   Liz fez isso e mesmo que negue até a morte, foi ela e não tem como não ter sido. O que me deixa mais puto e furioso, è saber que Liz está tendo coragem de mentir na minha cara, da forma mais ridícula e imatura possível. Nem eu, quando inventei aquelas merdas sobre Kato, não insistir no erro sabendo que já haviam descoberto tudo. Isso só piora as coisas, tudo seria mais simples se ela confessas e acabasse com essa merda, mas não, Liz prefere mentir e me enganar como se eu fosse um grande otario. 

 

     E talvez eu realmente seja por gostar tanto dessa garota. 

 

-Você fodeu a minha vida! - Cuspi amargamente. - Me diz agora o que eu vou fazer? - Gritei furioso. - Anda porra, me da uma solução para isso que você causou! Por que não adianta dizer que não foi, tudo leva a você, unicamente a você! - Me aproximei dela em passos largos. - Só não achei que você seria tão vadia! - Afirmei olhando nos olhos dela, que vacilaram por alguns instantes antes de me encarar de frente de novo. 

 

-Vou levar isso que você disse, como uma raiva por tudo que te aconteceu! - Sibilou seriamente. - Agora, se você acha que realmente eu seria capaz de mentir para você dessa forma e ainda contribuir para a sua expulsão, você não gosta de mim de verdade então.....- Murmurou e pareceu mais uma perguntando do que uma afirmação. 

 

-Eu só quero que você confesse e mude a merda que fez! - Gritei novamente. - Você sabe que eu poderia te forçar a fazer isso, na verdade eu posso...- Falei entre dentes sentindo a raiva pingar pelas minhas palavras. Liz me olhou sem reação.

 

-Então me força, coloca uma arma na minha cabeça e me faz ir lá, como você faria no início! - Me desafiou. - Você só não pode me fazer confesse algo que não fiz! - Ela parecia magoada, mas estava se mantendo firme ao me encarar. Me aproximei mais ficando a centímetros do rosto dela.

 

   Eu posso arrasta-la até o colégio e fazer-la mudar tudo. Mas eu não consigo, não sei nem como eu poderia machuca-la novamente e não vou tocar em nenhum fio de cabelo da Liz. Se ela quer fingir que não fez tudo isso, agir como se não tivesse acabado com a porra toda, o que eu posso fazer além de olhá-la ser uma bela traíra. 

 

-Você me traiu...- Murmurei ainda sem acreditar que ela tenha feito tudo isso. - Quebrou a porra da confiança que eu tinha em você e quero que saiba..- Cheguei mais perto, agora quase encostando meus lábios nos dela. - Quando quebram a minha confiança, nunca conseguem reconstrui-la! - Contei em voz baixa, sentido a respiração pesada de Liz contra o meu rosto. 

 

-Eu é que não suporto alguém que não confia em mim, que dúvida da minha palavra! - Disse ríspida. - Que dúvida até mesmo dos meus sentimentos...- Sussurrou. - Minha intensão nunca foi trair você, em nenhuma das circunstâncias e eu espero que você coloque a mão na consciência e veja a tamanha injustiça que está fazendo comigo. - Cuspiu seriamente. 

 

      Ela só pode está brincando com a minha cara. Está deixando eu parecer o monstro da história, o cara filho da puta que está fazendo tudo errado de novo e magoando o coração frágil da menina que gosta. Mas isso é a porra totalmente contrária. Liz é quem está me magoando nessa história toda, me fazendo de otario na cara de pau e mentindo quando não tem mais saída. 

 

    Infelizmente eu gosto muito da Liz e sei que não consigo ficar muito tempo longe dela e essa porra vai ser destrutiva para mim um dia, se ela souber a dimensão do efeito que tem sobre mim, vai foder tudo. Mas apesar de tudo isso, não quero ficar perto dela enquanto essa raiva durar e nem sei se um dia acabará. Só não consigo olhá-la sabendo da merda imensa que Liz fez na minha vida e ficar de boas com isso. Não, isso seria assinar o atestado de idiota e ninguém me faz de idiota, nem essa garota. 

 

-Você è quem tem que pensar no que fez...- Falei me afastando dela. - Até lá, fica bem longe de mim! - Disparei não querendo dizer essas palavras, mas já que Liz diz gostar tanto de mim, talvez funcione para que ela fale a verdade. 

 

    Liz me olhou atentamente, para ver se as minhas palavras eram sérias ou não e assim que notou que eram sérias, respirou fundo fechando os olhos. 

 

-Sai da minha casa! - Balbuciou. - Sai da minha casa! - Gritou abrindo a porta. - Quando você aprender a confiar nas pessoas com quem tem uma relação, aí você me procura! Até lá.... Faça o que quiser com a sua vida! - Berrou bastante irritada e nem ao menos olhou para mim. 

 

    Eu estava pronto para responder, mas iria ser ruim demais as palavras que eu queria soltar de volta para ela. Não sou eu o babaca da história, è a Liz que está completamente errada aqui e eu não vou parecer o bandido mal, não hoje. 

 

      Passei pela porta sem dizer mais nada e sentindo uma mágoa enorme me dominar, quase maior que a raiva. Ela está me expulsando da casa dela como se eu fosse um merda qualquer. 

 

   Isso não pode ficar assim. 

 

   -Aliás, quem disse que a gente tem uma relação, ou qualquer outra porra do tipo! - Me virei para Liz, já no corredor e gritei para ela, que apareceu na porta novamente e não parecia muito assustada com as minhas palavras. 

 

-Sai da minha casa! - Gritou novamente me lançando um olhar furiosa e assenti indo em direção às escadas. 

 

    Eu sabia que ela vinha logo atras de mim, mas não olhei para trás nem por um instante. Apenas tratei de descer as escadas bem rápido e quando cheguei na sala nem me dei o trabalho de olhar para aqueles olhos que me encaravam e apenas sai porta fora batendo a mesma e indo até o meu carro, destravando e entrando. Passei as mãos nos cabelos sentindo todos aqueles sentimentos me deixarem tontos. Bati no volante com força várias vezes, para tentar descontar um pouco dessa fúria dentro de mim. Mas não adiantou nada, ainda tinha tudo vivo e intenso. 

 

   Liguei o carro e acelerei para longe.

 

 

P.O.V Liz Blue. 

 

    Parei no meio da escada assim que Justin saiu pela porta. Eu só queria ver mesmo se ele teria coragem de fazer isso. 

 

     E fez.

 

   Não acredito que Justin realmente veio até aqui me acusar de ter denunciado ele no colégio e causado a sua expulsão. Eu jamais faria algo assim, nem ao menos quando estava com raiva e mesmo que tudo indique que fui eu, simplesmente não foi. 

 

    Me sinto mau pela acusação, por todas as palavras ásperas de Justin. È quase igual a darem socos no meu peito constantemente, a dor è tão forte que quase me arranca completamente o ar.

 

   Eu não denunciei ele, eu juro.

 

    Só queria que Justin acreditasse em mim. 

 

  Senti as lágrimas dominarem meus olhos e escorrem de forma intensa pelo meu rosto, fazendo toda a dor e mágoa saírem dessa forma. Como se fosse aliviar alguma coisa, mas não vai. È tao terrível ser acusa de algo que não fez. Me sinto culpada sem ao menos ter feito. 

 

  Virei a cabeça um pouco para o lado e encarei a sala, com todas as minhas tias, mais minhas duas primas, todas olhando diretamente para mim e pareciam sem reação alguma nem para se mexerem. Visivelmente em choque.

 

     Não acredito que ela viram toda essa confusão, meu Deus que vergonha. Eu poderia sumir nesse momento se pudesse ou apenas correr para o meu quarto e me esconder lá, mas parece que meus pés fincaram no assoalho da escada me prendendo ali. 

 

   Limpei minhas lágrimas que insistiam em cair, bem lentamente. O silêncio dominava o ambiente e o clima pesado tomava conta do ar. 

 

-Mas o que aconteceu dessa vez? - Agatha murmurou assustada. - Vocês acabaram de voltar..- Acrescentou incrédula e depois fez uma carreta notando que esqueceu a presença das tias na sala e acabou soltou uma bomba.

 

     Balancei a cabeça não ligando muito para a gafe de Agatha. O estrago já está feito mesmo, as tias já viram uma grande briga de "casal" entrem mim e Justin, apesar de ele gritar aos quatro ventos que não somos um casal.

 

-Voltaram? - Nikki se manifestou confusa e colocou Stella no sofá, ainda me olhando atentamente. - Liz, você estava namorando esse menino? - Perguntou cautelosa, mas antes que eu respondesse, alguém fez isso por mim. 

 

-Você não ouviu o Justin? Eles não são um casal ou qualquer outra porra do tipo! - Rachel ressaltou me olhando como se tivesse ganhado algum jogo. - Eu sabia que ela estava aprontando alguma! Avisei a vocês! Agora olha no que deu! - Enfatizou jogando na minha cara e na de todos da sala.

 

-Rachel, ela é uma adolescente...- Crystal tentou argumentar em minha defesa. Mas Rachel negou, como se eu realmente não fosse e era até uma piada mencionar que eu era.

 

-Ela já é uma mulher! Com certeza é! - Afirmou com frieza, me fazendo derramar mais algumas lágrimas pela forma maldosa que ela falou. 

 

     Não sei por que Rachel me odeia tanto, mas não consigo aguentar isso, é cruel demais. Ela faz questão de jogar todos os meus erros na minha cara, mesmo que eu não cometa muitos. 

 

-Rachel, Pare! - Nikki mandou, tentando melhorar a coisa que a irmã adora estragar, que no caso, é a minha vida. 

 

-Ela nunca vai parar de me infernizar. - Murmurei com raiva de Rachel que me olhou seriamente, como se quisesse que eu retirasse as palavras.

 

-Cuidar de você não é te infernizar! - Afirmou cruzando os braços. Eu estava prestes a responder grosseiramente quando Agatha se meteu falando.

 

-Não é para tanto, Justin e Liz se gostam, daqui a pouco se acertam, foi so uma briga boba! - Tentou amenizar as coisas e se eu tivesse em condições até daria risadas disso. 

 

    Nem sei mais se isso que á entre mim e Justin tem salvação, apesar do meu coração claramente não ter desistido dele em segundo nenhum. 

 

-Ah, mas não vão mesmo! - Rachel aumentou o tom de voz. - Isso acabou aqui e agora! - Olhou para mim com rigidez. - Liz Blue, você está proibida de ter qualquer tipo de relação com esse Justin Bieber, me ouviu? - Ordenou me fazendo abri a boca em surpresa. - Se eu souber que você está conversando com ele ou perto dele, pode ter certa que as coisas não vão ficar boas para você! - Afirmou e eu sentia as verdades das sua palavras, o que fez meu corpo se arrepiar completamente. 

 

-Não, você não pode....- Olhei para as outras tias, que receberam um olhar cheio de significados estranhos de Rachel e se mantiveram em silêncio. 

 

-O que eu falei está falado! Ou você obedece ou será pior! - Ressaltou cruzando os braços. Senti meu estômago se revirar, me causando um enjôo forte e uma tontura. 

 

     Mesmo que eu tenha mandando o Justin embora eu ainda o amo e Rachel não pode está tentando ir contra a isso justo agora. Senti todas a angústia se forma dentro de mim intensamente.

 

-Não...

 

-Ele não é garoto para você! - Apontou severa. - Kato era um menino bom, quem mandou trocá-lo por esse garoto de carácter duvidoso e que ainda grita com você, como se tivesse esse direito! - Gesticulou furiosa enquanto eu voltava a chorar. - Não adianta chorar, está decidido! - Disse as ultimas palavras e ninguém se manifestou em minha defesa, nem ao menos Agatha, que me olhava bastante assustada e perdida. 

 

   Aliás o que ela pode fazer, é apenas uma adolescente como eu. 

 

   Olhei com ódio para Rachel e eu queria que ela sumisse para sempre da face da terra. Já não basta a discussão que tive com Justin, ela ainda teve que piorar tudo, colocado limites até mesmo nos meus sentimentos. Eu sinto que poderia desejar mau a ela se quisesse.

 

   Mas a única coisa que eu preciso deixar claro aqui é.

 

-Você não é a minha mãe! - Berrei, subindo correndo para o meu quarto novamente. 

 

    Eu não conseguia controlar as lágrimas nem mesmo o desespero dentro de mim. Tem tantas coisas acontecendo ao mesmo tempo que me sinto tonta, perdida e desorientada. Como se o mundo tivesse girando ao contrário. 

 

    Por que nada pode da certo para mim? Quando tudo está bem acontece algo para estragar. Às vezes eu sinto que a minha vida é algum carma doido que recebi. 

 

    Não basta ter sido acusada, pela pessoa que gosto, de ter o denunciado, minha tia do mau ainda fez questão de impor limites nos meus sentimentos e me impedir de chegar perto do Justin. Não que ele queira chegar perto de mim no momento. 

 

      Isso tudo não é justo.

 

   Me deitei na minha cama, me sentindo acabada e derrotada. Não faço ideia do que fazer e nem como, está tudo muito confuso para mim. Ainda não entendi como a minha vida virou de cabeça para baixo de novo em alguns minutos. 

 

-Liz! - Agatha exclamou entrando no quarto. - Meu Deus, o que aconteceu? - Perguntou fechado a porta atras de si. - Minha mãe vai conversar com a Rachel, tentar tirar essa ideia doida de afastar você do Justin! - Afirmou vindo até a mim e se sentando na ponta da cama. 

 

      Agatha colocou a mão no meu braço e acariciou o mesmo para tentar me confortar, mas não tem nada que conforte tudo que está acontecendo comigo ao mesmo tempo. 

 

-Me conta, o que aconteceu com o Justin? - Perguntou preocupada e tentei olhá-la, mesmo ainda com a cabeça enterrada no travesseiro. 

 

    Nem eu mesma sei o que aconteceu. Justin chegou aqui me acusando de algo que não faço ideia do que seja e nem ao menos se deu o trabalho de confiar em mim, como eu confiaria se fosse ao contrário. Eu devo ser a pessoa mais idiota desse mundo por gostar de Justin e ainda confiar nele mesmo depois de tudo. 

 

-Alguém, contou tudo que aconteceu com nós dois para a diretora, desde a boate até a nossa briga de um mês atrás. - Funguei e tentei limpar as lágrimas, ainda com a voz chorosa. - Ele foi expulso do colégio por isso.... E a carta tinha a minha assinatura! - Falei indignada. - Mas eu nunca escrevi nada, eu juro, acredite em mim! - Pedi, quase implorando e cansada de ninguém acreditar em mim nessa história. 

 

    Eu jamais denunciaria o Justin, nem na época que o conheci e nem agora. Na verdade isso nunca passou pela minha cabeça, mesmo que eu sentisse bastante raiva dele, ainda não seria tão cruel. Todos sabem o quanto acabar a escola é importante para Justin, involve pegar as coisas que são da mãe dele e isso é de extremada importância. 

 

  Eu nunca faria nada contra isso. 

 

-Eu acredito em você Liz, sei que jamais faria isso! - Agatha me olhou docemente, tentando demonstrar apoio. - E não faço ideia de como o Justin não acredita...- Disse pensativa e um pouco frustada por Justin não acreditar em mim. 

 

    Pode ter certeza que mais frustada que eu ela não está.

 

-Ele disse que até sobre o fato dele ter machucado o meu pulso falaram, mas ninguém além do pessoal sabia disso a um mês atrás.... Não tem como ter sido algum deles! 

 

    Me sinto confusa e perdida demais nessa história, não faço ideia de como essas informações foram parar com alguém, mas a única certa que eu tenho é que não foi eu. 

 

-Mas não importa, Justin não confia em mim e não quero olhar na cara dele por um tempo! - Estou realmente magoada com as acusações e palavras que Justin usou contra mim. 

 

-Liz, você não está vendo? - Se levantou da minha cama como um pulo e parecia ter lido toda a história. - Alguém armou para isso acontecer, se assinaram como você e fizeram a denúncia em seu nome é por que queriam que o Justin pensasse que foi você! - Disse com um olhar sério e parecia analizar todos os fatos. 

 

      Agora, parando para pensar, a Agatha está certa. Se fizermos essa cara, no meu nome, com certeza foi para fazer o Justin acreditar que eu escrevi. 

 

    Olhei pensativa para Agatha, tentando entrar na mesma linha de raciocínio dela. Que parecia ter entendido tudo e estava furiosa com as possibilidades. 

 

-Você precisa descobrir quem foi! - Ordenou me olhando seria e eu assenti lentamente limpando as lágrimas que caíram. 

 

    Se fizeram isso de propósito e está na cara que fizeram. Eu tenho que descobri que foi e por que fez. Ai, depois eu vou esfregar na cara do Justin e mostrar para ele que eu jamais o trairia dessa forma horrível. 

 

   Vou provar que não fiz nada. Mas ainda não sei como. 

 

-Como vou descobrir? - Perguntei aflita para Agatha, pedindo ajuda a minha prima, que parou para pensar por alguns segundos antes de me responder. 

 

-Se você pudesse ver quem colocou lá, pelas câmeras de seguranças...- Sugeriu pensativa. - Mas não faço ideia de como! - Balançou a cabeça frustada.

 

   Mas eu sei exatamente como.

 

   Olhei com um meio sorriso esperançoso para Agatha que estava atenta, sabendo que eu havia pensado em algo bom para fazer.

 

      Não sei quantos nerds da computação Agatha conhece, mas eu conheço só um e ele é o Mattew Espinosa. Só ele pode me ajudar agora, sei bem como Matt é bom nessas coisas de invadir sistemas e para ele deve ser fácil entrar no da escola. 

 

-Matt...- Murmurei assentindo certa disso e Agatha abriu a boca entendendo o meu raciocino. 

 

-Então liga para ele! - Gesticulou apressada para mim e levantei da cama, pegando o meu celular do bolso. 

 

    Peguei o aparelho em mão e deslizei o dedo na tela para desbloquear, depois fui até os contatos atras do número de Matt. 

 

      Vai ser a segunda vez que peço ajuda a Matt e se tudo der certo, vai ser a segunda vez que ele vai me salvar. Prometi contar a ele toda a verdade sobre Buscone, mas nem deu tempo e já estou precisando dos seus dons mais uma vez. 

 

     Logo quando achei o número de Matt, apertei sobre o mesmo, começando uma ligação. Me virei para Agatha que estava impaciente e andava de um lado para o outro no chão do quarto. Eu sentia meu coração acelerar a cada toque do telefone e parecia que eu iria entrar em desespero a qualquer segundo. Assim que Matt atendeu a ligação soltei um ar que nem sabia que estava segurando antes de começar a falar. 

 

-Preciso da sua ajuda! - Exclamei apreensiva. 

 

-Liz, o que você aprontou de novo? - Perguntou em tom baixo, como se tivesse outras pessoas com ele. 

 

    Não sei quantas vezes aprontei, mas toda vez que peço ajuda a alguém essa é a pergunta que ouço. Um pouco precipitado por eu realmente não ter feito nada de errado dessa vez, bem, é isso que estou tentando provar. 

 

-Tem como você invadir o sistema de segurança do meu colégio? - Perguntei pausadamente para ser bem clara e ouvi uma confirmação no outro lado da linha. - Aconteceu que fizeram algo contra mim, denunciaram o Justin com uma carta assinada em meu nome e eu não fiz isso de jeito nenhum! Tinha tudo relatado nessa carta, até informações sobre aquela briga minha com o Justin que outras pessoas não saberiam! Preciso que me ajuda a descobrir que foi! - Pedi sentindo o nervosíssimo dominar minhas mãos e eu sentia as mesmas suarem. 

 

-E ele acha que foi você? - Perguntou confuso e eu afirmei. - Ok, eu posso te ajudar só me diz exatamente quais são as câmeras que tem por aquela aérea e quem são os seus suspeitos! - Olhei para Agatha e franzi a testa não sabendo responder essa pergunta. 

 

     Não tenho suspeito, na verdade não acho que ninguém que sabe da historia toda seria capaz de fazer isso. Não tenho muitos amigos, além do pessoal e infelizmente vou ter que responder dessa forma. 

 

-Eu não sei, só o pessoal e eu sabiam, então os suspeitos são: Você, Nash, Melissa, Dakota, Kato acho meio impossível por que ele estava em coma na época...- Olhei para a minha prima. - E a Agatha.... Não sei! - Ela me olhou indignada por esta a colocando no meio disso, mas se é para dizer os suspeitos tem que ser todos. 

 

      Agatha revirou os olhos e foi se sentar na sua cama, tentando não ficar irritada com as minhas palavras. Sinto muito, mas Agatha não era muito fã do Justin na época e mesmo que ela tenha descoberto tudo agora, não podemos descarta as possibilidades. Além do mais, acredito que ela faria a denúncia se soubesse disso antes.

 

-É complicado dessa forma, mas vou tentar ver aqui, se você disse que não foi você, vamos descobrir quem foi! - Matt disse gentil me passando confiança no meio da minha confusão. 

 

   Nem suspeitos eu tenho para isso e não faço ideia de como essas informações foram parar nas mãos de algum estranho que usasse para prejudicar o Justin. 

  

    Isso parece a armação perfeita. Sem nenhuma linha de suspeitos. 

 

-Obrigada e por favor, não conta ao Justin sobre isso, não quero que ele saiba até descobrirmos algo! - Pedi meio hesitante e Matt concordou sem questionar. - Eu vou te dizer tudo que sei sobre onde fica a caixa de reclamações e para onde ela vai! - Ressaltei, antes de começar a explicar tudo que sei detalhadamente.

 

      Não é possível que não tenha um furo nessa história, eu não escrevi essa carta e tenho que provar que não foi eu. Pelo menos se Matt conseguir achar as imagens da secretaria e provar que eu não deixei nada na caixa de reclamações já ajuda bastante. 

 

    Mesmo que não achemos o culpado, vou provar que eu sou a última pessoa que faria isso. 

 

 

P.O.V Justin Bieber

 

  Bati a porta do carro com força, mesmo que eu odeie que façam isso no meu carro caro. Andei a passos largos até a porta da minha casa a abri rapidamente, entrei e a bati com força também, chamando a atenção de todos que estavam na sala. 

 

    Corri os olhos pelos rosto assustados de Matt, Dakota e Melissa que estavam na sala. Matt como sempre mexendo em um computador, mas esse parece bem diferente do que ele usava antigamente, com certeza trocou depois daquilo tudo do Caste Web. Dakota estava conversando com Melissa, mas parou para me encarar, assim como a minha irmã.

 

   Eu devo está vermelho de raiva e transtornado pra cacete, por que todos já mostravam expressões de confusão e dúvida.

 

      Ainda estou com uma puta vontade de esmurrar algo até descontar toda a minha raiva, frustração e os olhares questionadores  não estão ajudando muito a manter meu lado calmo presente. 

 

-Eu estou prestes a matar alguém! - Exclamei chutando uma mesa que tem ao lado da porta. Passei as mãos pelos cabelos os bagunçando e sentindo toda aquela merda de sentimentos dentro de mim.

 

     Eu estou afim de matar alguém, mas por incrível que pareça, essa pessoa é qualquer um, menos a causadora de toda a confusão e o motivo de eu está tão nervosos. Liz é a porra de um grande problema na minha vida, apenas não consigo, nem pensar em descontar a minha raiva sobre ela, mesmos que seja a culpada da porra toda. 

 

     Me sinto enganado e traído por Liz de uma forma que está me sufocando. Eu poderia esperar essa atitude de qualquer outro, menos dela. Mas foi a porra que aconteceu e o pior de tudo, é que Liz negou tudo na minha cara, como se não fosse a assinatura dela naquela folha. 

 

    Estou furioso pra caralho.

 

-O que aconteceu dessa vez? - Melissa perguntou confusa e ao mesmo tempo tensa, sendo levada por meu estado fora de mim.

 

-Aquela...- Respirei fundo para não me precipitar nas palavras. - A Liz, ela me denunciou! - Contei, sentindo aquela magoa crescer e os três me olharam como se eu fosse louco. - Ela mandou uma carta para a diretora a mais de um mês atras, na época da nossa briga, contou toda a nossa história, falou da gangue, de tudo! - Balancei a cabeça ainda incrédulo com essa porra. 

 

-O que? - Melissa e Dakota falaram juntas, surpresas, assustadas e confusas, como se tudo que eu tivesse falado fosse uma doideira do caralho.

 

   Quem dera que fosse.

 

-Eu fui expulso do colégio por causa dessa porra! - Contei mais irritado ainda por lembrar dessa parte. - E aquela garota nem se deu ao trabalho de confessar! Olhou na minha cara e mentiu! 

 

-Calma aí! - Dakota gesticulou. - A Liz jamais faria isso, Justin! - Disse indignada. 

 

-Óbvio que não faria! - Melissa ressaltou entrando em defesa da Liz junto com a Dakota e  me olhavam como se eu estivesse errado e doido. Bem que eu queria está errado nessa porra e a Liz não ter nada haver com isso, mas ela tem. 

 

-Tinha coisas naquela carta que ninguém além de ela e nós poderiam saber a um mês atras! - Ressaltei irritado por elas não estarem entendendo nada que estou tentando dizer. Eu não duvidaria da Liz se não tivesse certeza. - Sabe quando eu machuquei a Liz? Então, isso estava na carta, junto com um pedido para que a escola me manter-se afastado dela! 

 

    Esse é exatamente o ponto certo de tudo. Ninguém mais, além do pessoal sabia disso, nem mesmo a Agatha como Liz afirmou para mim, então não tem como ter sido qualquer outra pessoa. 

 

-Ela negou? - Dak perguntou me olhando cautelosa e eu assenti a fazendo franzir a testa para mim. - Você gritou com ela né? - Sua pergunta soou mais como uma acusação fria e eu bufei irritado por ela está entrando nessa parte da história. 

 

   Sim eu gritei com a Liz e falei coisas que talvez não devesse. Mas antes disso eu mantive toda a minha calma e tentei fazê-la me falar a verdade, sendo que Liz continuou mentindo e eu acabei perdendo a paciência. Sou humano porra, ela me fez perder a paciência e eu me exaltei, mas não encostei nenhum dedo nela ou algo do tipo. 

 

-Ela estava mentindo na minha, o que achou que eu faria? - Questionei furioso e Dak revirou os olhos de uma forma como se já esperasse essa resposta. - Acredite em mim, eu queria que não fosse ela, mas foi e está tudo acabado! Eu fui expulso do colégio, aquela velha da diretora não vai voltar atrás e a Liz não vai confessar o que fez! Ou seja, estou bastante fodido! - Afirmei sentindo a raiva queimar em cada molécula do meu corpo.

 

     Acho que a Liz só está mentindo dessa forma por que sabe que de qualquer jeito eu irei perdoa-la, por gostar dela e toda essa merda. Mas não vou olhar para a cara dessa garota até que ela me conte a verdade, caso ao contrario eu posso muito bem ficar bem longe, ainda mais quando estou completamente furiosos com as atitudes dela.

 

-Não tem nada que se possa fazer? - Melissa perguntou sem saber o que dizer e eu neguei lentamente.

 

-Não, Liz fodeu com tudo! - Afirmei amargamente.

 

P.O.V Melissa Bieber. 

 

   Justin lançou aquelas palavras com tanta frieza que me assustou um pouco. Ele estava realmente furioso de um jeito bastante assustador e acho que ainda não entendi muito bem o desenrolar dessa história.    

 

    Não faz sentido a Liz ter feito algo assim, não importa as circunstâncias que a levou. Isso está confuso, bastante irregular e parece inacreditável. 

 

   O baque foi saber que Justin foi expulso do colégio, sendo que isso é a única coisa que ele quer manter, só para conseguir o que é dele por direito. Não consigo nem imaginar o quanto ele está chateado com toda a situação, queria poder conforta-lo como irmã, mas estava visível no rosto de Justin a placa mostrando para manter distância. 

 

   Justin não disse mais nada em foi em direção aos corredores, ainda com a raiva exalando de si. Olhei para Dakota que soltou um longo suspiro de decepção. Não sei se ela está realmente acreditando que a Liz fez isso, mas não da para aceitar que tenha feito. 

 

-Vocês acreditam que foi ela? - Perguntei para Dak e Matt, que olhava para nós sem reação. Não é possível que eu seja a única a está completando descrente disso. 

 

-Não consigo acreditar....- Dak murmurou ainda chocada com tudo. - Justin não vai perdoar ela se isso realmente aconteceu...- Afirmou lamentando isso e fechei os olhos sentindo a tensão das palavras de Dakota. 

 

      É a primeira vez em anos que meu irmão  está  feliz com uma garota. Para falar a verdade a última foi a Katharine. A Liz é alguém muito importante na vida do Justin e ele gosta dela de verdade. Não posso acreditar que tudo isso vai ser interrompido dessa forma, justamente pelo o que seria mais previsível de os separa-los. Era a única condição de uma acordo selado durante um julgamento injusto, Liz não poderia jamais dizer nada para ninguém sobre a K ou Justin e depois de mais de três meses ela fazer exatamente isso, parecer ser sem sentido e contraditório demais par aceitar. 

 

-Ela me ligou um pouco antes do Justin chegar... Pediu ajuda. - Matt sussurro olhando para o corredor, tentando evitar que Justin ouça. - Liz não quer que ele saiba que me pediu isso, mas aquela garota jurou que não fez a denúncia. - Afirmou seriamente, Dak e eu assentimos juntas. 

 

   No fundo sabemos que Liz não seria capaz.

 

-Mas como você pode ajudar? - Perguntei confusa. Apesar de Matt ser um gênio, convencer o Justin de uma ideia contrária do que ele está fixado, é quase impossível, não sem provas coerentes. 

 

     A porta da sala se abriu e Emily entrou por ela rapidamente e olhou diretamente para nós. Ela parecia curiosa e um pouco feliz ao mesmo tempo. 

 

-O que aconteceu com o Justin? Ele foi chamado na diretoria e sumiu! - Explicou olhando atenta para toda nós, esperando uma resposta rápida.

 

  -Ele foi expulso...- Dak contou, sem rodeios, fazendo Emily abrir a boca em surpresa. - Liz denunciou ele, agora Justin está bem puto com ela! - Emily colocou a mão sobre o peito e parecia realmente espantada com essa notícia. 

 

    Não era possível identificar o humor dela, mas com certeza não era nada bom. Emily parecia triste e confusa ao mesmo tempo. 

 

-Expulso...- Murmurou incrédula e confusa. - Isso não era para ter acontecido! - Afirmou meio perdida e eu assenti assim como Dakota. 

 

-Apenas tenta evitar perguntar sobre isso para Justin! - Ressaltei analisando os fatos. 

 

    É melhor deixar o Justin quieto na dele do que ir lá o questionar sobre tudo e o deixar mais irritado do que já está. 

 

    Justin é uma bomba, quando puxam o pino, saiam de perto por que ele pode explodir e machucar até mesmo que quer ajudar. 

 

    Emily assentiu monótona e visivelmente abalada com a notícia que lhe damos. Imagino com deve ser difícil para ela sabe disso, Emily prometeu ajudar Justin na escola e tudo, ela mais do que ninguém queria que ele se formasse na escola. 

 

   É uma coisa triste realmente, até mesmo para mim que sei mais do que ninguém o quanto tudo isso da mãe dele é importante. 

 

-Vou para o quarto...- Emily murmurou bastante abalada, antes de ir em direção a escadas e subir. 

 

   Olhei para a Dak que deu de ombros sem saber o que fazer e viramos ao mesmo tempo para Matt, esperando ele acabar de falar do que a Liz pediu a ele. Estou curiosa para saber o que Liz tem a sugerir, já que garante que não foi ela.

 

-Então, diz como você vai ajudar a Liz! - Dak relembrou a minha pergunta se levantando e indo até Matt, fiz o mesmo a seguindo. 

 

 

-Bem, ela me disse, que Justin falou que a carta foi do mês passado um dia depois da briga deles, então eu vou entrar no sistema de segurança da escola e ver todos que deixaram reclamações naquela semana! - Matt explicou o plano. Mas eu ainda tinha umas dúvidas. 

 

-E quem exatamente estamos esperando que tenha deixando essa carta lá? - Perguntei confusa e Dak assentiu, mostrando que a mesma dúvida dela é a minha. 

 

-Na verdade os suspeitos somos todos nós! - Afirmou com um sorriso tenso e eu abri a boca meio indignada. - Liz não contou mais para ninguém! - Ressaltou afirmando com a cabeça e analisando as nossas expressões.

 

    Óbvio que a Liz não contou nada sobre o que lhe aconteceu para alguém e se contou, teria que dizer para que essa pessoa também entrasse na linha de suspeitos. Mas o fato de só nos sermos suspeitos é muito mais doido, se alguém aqui traiu o Justin, vai ser bem pior do que foi para a Liz. Justin é capaz de matar se souber algo assim. 

 

-Estamos falando daquele assidente do pulso da Liz, Justin disse sobre isso...- Dak ressaltou pensativa e Matt assentiu.

 

-Tirando a Agatha e o Kato que souberam tudo a poucos dias, a Liz me disse que mais ninguém sabia! - Bufou lamentando. - É difícil admitir, mas se a Liz está falando a verdade, foi algum de nós! - A tensão cresceu na sala e é  difícil imaginar que tenha um traidor no meio de nós. 

 

-Meu Deus...- Dak sussurrou sem reação antes de respirar fundo, como se estivesse se mantendo firme. - Então são cinco suspeitos, sem contar o Justin! Todos estavam quando Liz machucou o pulso naquela sala e presenciaram a cena...

 

-Seis! - Interrompi Dakota naturalmente para corrigi-la e ela se virou para mim, com um olhar de dúvida.

 

-De onde você tirou uma sexta pessoa? - Perguntou confusa e Matt também me olhava como se eu tivesse doida. - São  Eu, Matt, Você, Nash, Liz...

 

-E Emily. - Contei naturalmente, mas o olhar de dúvida e confusão dos dois ainda não havia desaparecido. - Ah, a Emily não estava na hora, mas chegou um pouco depois e eu contei! - Dei de ombros de forma calma. 

 

   Dakota e Matt se olharam imediatamente usando um olhar diferente e cheio de significados que não consegui entender. Os dois pareciam conversar pelo olhar e eu estou completando perdida no meio disso. 

 

-Que caras são essas? - Perguntei meio em duvida se seria a pergunta certa e Dakota trocou mais alguma olhares com Matt antes de suspirar pesadamente, de um jeito estranho e se virar para me responder. 

 

-Nada, então são seis suspeitos! - Afirmou e tem algo diferente em seu olhar, mas eu não estou entendendo bem o que é. - Procura os vídeos de toda aquela semana e dessa semana também! - Dakota pediu para Matt que assentiu firmemente antes de começar a mexer em seu computador. - Vamos ver se achamos alguns rostos conhecidos...- Olhou para mim. - Liga para o Nash e pede para ele vim, por favor! - Pediu e assenti sem pensar duas vezes. - Eu vou chamar a Emily...

 

   Dak olhou novamente para Matt quando falou o nome da Emily e ele pareceu incomodado, fazendo um gesto simples com a cabeça. Não sei exatamente o que está no ar, mas tem algo pesado, além da tensão toda dessa história, mas como sempre, não sou esperta o suficiente para capitar tudo. 

 

  Mas Dakota e Matt parecia bem certos de alguma coisa.

 

 

P.O.V Emily Scott.

 

    Ainda não acredito que meu plano tomou esse rumo. Justin foi expulso do colégio e não era isso realmente o que eu queria. Não posso deixar de me sentir muito puta por ter acontecido isso, mas também, tem aquele ditado: Há malês, que vem para bem e a expulsão do Justin ajudou a criar essa mágoa e raiva enorme que está nutrindo pela Liz. 

 

   Pelo o pouco que me foi contado na sala agora, Justin está furioso com a Liz e era esse o ponto que eu queria chegar. Que pena que para isso o Justin teve que ser expulso, mas não vou reclamar da sorte que eu tenho do meu plano ter dado certo. 

 

      Justin não acredita mais na Liz.

 

     Apesar de está um pouco triste pelo rumo um tanto torto do meu plano. Não posso deixar de comemorar pela vitória e o sucesso em fazer Justin e Liz brigarem de novo. 

 

     E dessa vez eu farei durar. 

 

   Me joguei na minha cama sem esconder o grande sorriso no rosto e peguei o meu telefone no bolso. Ligando para a Barbara em seguida. Preciso agradecê-la pela ajuda, se Justin será totalmente meu de novo è por que ela ajudou e muito. Talvez eu tenha achado uma boa aliada e uma confidente fiel, por que apesar de Barbara achar que me conhece bem, ela não sabe nem um porcento do que já fiz nessa vida e tem que ter uma certa frieza para aceitar tudo. 

 

  -Barbara! - Exclamei assim que ela atendeu. - Deu tudo certo! Muito obrigada! - Agradeci antes de da uma risada animada. 

 

-Não foi nada Emily! So fizemos o que era certo, aquela nerd não pode passar por cima de você! - Disse firme e não pude deixar de concordar. Jogando meus cabelos todos para um único lado. 

 

-Vê se não da bandeira para a sua mãe sobre isso em! È o nosso segredo e se você contar, terei que te matar! - Afirmei seriamente e Barbara ficou em silêncio absoluto. Dei uma gargalhada descontraindo as minhas palavras. - È brincadeira bobinha! - Afirmei rindo, mas na verdade não è.

 

    Se eu confio em alguém o suficiente para encaixa-lo nos meus planos, não posso correr o risco de ser traída. Se isso acontecer, eu acabo com a pessoa sem pensar nem duas vezes. Aliás, è fácil não ter o meu ódio, basta não ficar no meu caminho, caso ao contrario eu passo como um trator por cima de você.

 

-Tudo bem! - Barbara riu achando graça.

 

-Muito obrigada por tudo, Barbara, a gente se fala! - Me despedi dela antes de desligar o telefone. Ouvi um pigarros e virei a minha cabeça para porta vendo Dakota parada na mesma. 

 

    Engoli em seco sentindo o olhar estranho de Dakota sobre mim e não foi inevitável pensar que ela tenha ouvido algo da minha conversa. Não que eu tenha falado algo que me comprometa, mas o olhar de Dakota mostrava que ela não estava ali a pouco tempo.

 

-Oi..- Murmurei me colocando de pé rapidamente e fingindo uma naturalidade enorme diante dela. - Tudo bem? - Perguntei fingindo uma confusão e Dak assentiu lentamente, depois de alguns segundos apenas me olhando. 

 

-Sim, eu vim te perguntar se você faz ideia de quem possa ter mandando aquela carta, sem ser a Liz? - Perguntou se escorando na porta e mexendo de leve nas pontas dos seus longos cabelos loiros.

 

   Analisei a postura e o tom de voz, para ver se foi uma indireta para mim, mas Dak parecia calma demais e se ela realmente tivesse ouvido algo, estaria furiosa ou com algum olhar mortal e intimidador para comigo. 

 

    Foca Emily, ninguém ouviu você e mesmo que tenham, quero ver provar que foi eu e não a nerd negra nojenta. 

 

   Liz tem mais motivos para fazer isso do que eu e mesmo que ela negue, ninguém jamais poderia ir contra a isso, por que è óbvio, ou desconfiam dela, ou desconfiam de alguém daqui de dentro e duvido que um aponte o dedo para o outro aqui, sendo que a Liz è a única que conhecemos a pouco tempo e tem motivos de sobra. 

 

-Não!  - Dei de ombros indiferente. - È óbvio que foi ela, mesmo que negue, não teria outra pessoa! - Afirmei fingindo uma indignação. - Aliás, eu avisei desde o início que essa menina irei foder com tudo! - Relembrei, cruzando os braços como se todos devessem perceber que sempre tive razão. 

 

    Dakota assentiu concordando comigo e se desencostou da batente da porta.

 

-Então tudo bem, só não consigo acreditar que a Liz...- Balançou a cabeça sem ao menos completar a frase, como se não quisesse aceitar o fato.

 

   Aceite isso Dakotinha, eu estou vencendo uma batalha forte contra uma garota que deveria ser facilmente derrubada. Ninguém vai tirar o meu prazer em ver a Liz perdendo a confiança de todos da K. Vai ser emocionante ter a Liz bem longe de todas as formas, por que se foi a amizade de Melissa que a trouxe de volta, agora aposto que nem Melzinha pode evitar de sentir mágoa por conta dessa carta. 

 

-Bem, vou descer então! - Murmurou e parecia decepcionada. Assenti vendo ela sair da porta do meu quarto e desaparecer no corredor. 

 

   Não gosto de Dakota, ela nunca me desceu muito bem, sempre a melhor amiga do Justin e contra a tudo que eu propunha. Ela é a primeira a nunca me aceitar na K, sempre argumentando que eu não sou preparada o suficiente para isso. Mas mal sabe ela, que eu atirei tão certeiro no irmãozinho dela, que ele ficou em coma por mais de um mês. 

 

   Eu sou capaz de ser de uma gangue e podem ter certeza que ainda irei triunfar em relação a isso. 

 

   Eu tenho coisas ao meu favor, que ninguém jamais poderia imaginar. 

 

   Mas por enquanto irei focar em conseguir voltar a ter Justin só para mim. 

 

 

 

 

 

 

P.O.V Justin Bieber. 

 

  Fique a porra da noite toda pensando em todas as merdas que estão acontecendo comigo. Ainda não consigo acreditar que perdi tudo da mãe. Não terminar o ensino médio resulta em muitas coisas ruins e uma delas é meu pai triunfar perfeitamente. 

 

    Não sai do meu escritório até da uma da manhã e me garantir que não havia mais ninguém em casa e assim eu poderia ir para o meu quarto sem ser questionado sobre toda essa confusão. Estou prestes a perder a cabeça real com quem falar de tudo isso para mim novamente. Eu já entendi que estou fodido e que fui traído pela última pessoa que eu poderia esperar e não preciso que me lembrem. 

 

    Claro que não consegui dormir tentando pensar em algo que se encaixe. Eu queria acreditar que Liz estava dizendo a verdade, mas para isso eu teria que desconfiar dos meus próprios amigos e da minha irmã, sendo que nenhum deles tem motivos para me foder. A Liz já teve vários motivos e não vou negar que parece até óbvio que tenha sido ela. Mas algo dentro de mim não consegue engolir. 

 

    Como eu não consegui dormir nada e muito menos me concentrar na solução para os meus problemas. Quando o relógio bateu sete da manhã, eu já estava de pé e pronto para descer. Sempre reclamei de acordar cedo para ir a escola e hoje, pela primeira vez, realmente queria está indo para lá. Eu sinceramente sou um fodido, não aproveitei nenhumas das chances de me formar e agora não tenho mais nenhum. 

 

     Cheguei na sala e Melissa estava mexendo no celular e parecia que também não conseguiu dormir a noite toda. Não posso negar que isso deve ser tenso para ela também, Mel me entende às vezes melhor do que eu mesmo e isso quer dizer que ela sabe exatamente o que estou sentindo agora. 

 

-Oi..- Murmurou para mim sem animo. - Matt, Nash e Dak vão chegar daqui a pouco, eles saíram tarde daqui e prometeram voltar cedo. - Me contou, antes de olhar para mim e da um meio sorriso.

 

   Não pude deixar de me sentir curiosos para saber o que esses três tanto querem fazer aqui. Ontem saíram daqui bem tarde e agora já cedo quererem voltar. Além de, quando se envolve a Dakota, com o Matt, significa que algo realmente está acontecendo. 

 

-Olá! - Emily ressaltou vindo da cozinha. - Ei, Justin...- Olhou diretamente para mim e parecia meio hesitante em falar. - Sinto muito mesmo pela sua expulsão, eu queria tanto poder fazer algo! - Lamentou, com um olhar fofo e gentil. Neguei balançando a cabeça, antes de fazer um gesto banal para ela. 

 

-Não ligue para isso! - Dei de ombros.

 

    Não tem nada que Emily possa fazer, se nem eu mesmo sei como arrumar uma solução. 

 

    Não posso esquecer o quanto eu fui injusto com Emily, ela sempre me falava que Liz iria foder a minha vida e eu nunca dei ouvidos realmente para isso. Apenas fui ao ponto de confiar em uma completa estranha e deixar passar os conselhos de quem sempre esteve ao meu lado. 

 

     Emily sempre esteve comigo quando mais precisei.

 

-Está indo para a escola agora? - Perguntei analisando as suas roupas de líder de torcida, que a deixam mais gostosa que o natural. Emily assentiu para mim. - Quer que eu te leve? - Perguntei olhando bem para os olhos azuis dela que ficaram perdidos por alguns segundos.

 

-Me levar? - Perguntou como se não tivesse entendido o que falei. Assenti confirmando. - Tudo bem! - Sorriu para mim largamente. 

 

   Preciso começar a me redimir com a Emily sobre tudo que fiz ela passar nesses tempos. É incrível como apesar de todas as porras que eu insisto em fazer, Emily continua do meu lado me apoiando. 

 

     Ela sim é alguém que eu confio completamente. 

 

     Tô começando a achar que a maior merda que temos dentro de nós é o coração. Seria a coisa mais fácil se eu gostasse da Emily e não da Liz. Emily nem ao menos faz merdas ou se coloca em perigo por aí, seria bem fácil se relacionar com ela e não precisar ficar preocupado a todo segundo. Mas eu gosto da Liz, nem sei dizer exatamente por que meu coração idiota, que eu nem sabia que ainda existia, foi capaz de fazer essa escolha. Ao invés de gostar de alguém que já estava ao meu lado, fui gostar de uma garota petulante que sempre se mete em problemas. 

 

      A vida não tinha que ser tão complicada assim. 

 

 

 

 

     Estacionei na calçada na frente da escola e olhei para a mesma me sentindo puto por ter perdido a oportunidade de esfregar mais alguma coisa na cara do meu pai e pegar o que é meu por direito. Mas eu vou arranjar um jeito de conseguir, nem que para isso eu tenha que ir aos extremos, meu pai não vai vencer essa batalha. 

 

-Obrigada pela carona...- Emily disse abrindo a porta. - E vê se fica bem! - Pediu me olhando docemente. - Você sabe que sempre te avisei sobre tudo isso, mas não estou brava por não ter me ouvido, ainda gosto muito de você e sempre irei está ao seu lado..- Segurou a minha mão, com um meio sorriso significativo e logo saiu do carro. 

 

    Parei para pensar nas palavras da Emily e ela é uma menina tão legal comigo. Eu não deveria ser um babaca com ela sempre da forma que sou. Desde que conheço a Emily, na época que ela era gorda, feia e todas aquelas coisa, Emily sempre foi essa menina legal. Tudo bem que quando ela veio de Los Angeles parecia outra pessoa e tinha a personalidade totalmente trocada, de menina tímida, para uma mulher provocante e certa de si. 

 

    Eu confesso que na época esqueci o quanto ela era sensível antes e só foquei  em aproveitar o mulherão que Emily tinha se tornado, sem nem ao menos tentar pensar que ela poderia criar algum sentimento maluco por mim. 

 

    Exatamente como criou. 

 

   Bufei irritado comigo mesmo por ser um idiota com essa menina e abri a porta do carro, saindo do mesmo.

 

-Emily! - Chamei, fazendo ela se virar para me olhar. - Obrigada por sempre ser legal comigo mesmo que eu não mereça... desde de sempre. - Confessei dando a volta no carro e Emily assentiu.

 

-Não precisa agradecer, você já sabe o que sinto e para mim não é difícil ser legal ou compreensiva..- Disse dando de ombros, como se não fosse nada demais. 

 

-Eu não deveria ter me afastado de você, teria evitado muitas merdas! - Confessei analisando os fatos e se eu tivesse ouvido Emily desde o início, quando ela olhou nos meus olhos e disse que eu estava gostando da Liz, muito antes de eu saber que eu gostava, talvez eu pudesse ter mudado esse caralho de sentimento idiota. 

 

   Mas como sempre, eu só quis ignorar os conselhos de Emily. 

 

- Você se afastou e isso realmente foi ruim....- Concordou ponderando a cabeça antes de da uma risada. - Mas você sabe disso agora e é isso que importa! - Se aproximou de mim, ficando na minha frente. - Eu nunca quis seu mau e jamais iria querer, mesmo que você preferisse esquecer até mesmo que eu existo, só para da atenção a uma menina que conheceu tem o que... Três mês? - Balançou a cabeça antes de suspirar. - Eu te conheço a sete anos...

 

   Jogou os fatos na minha cara me fazendo me sentir bem pior por tê-la abandonado. Eu posso até não gostar da Emily da forma com ela quer, mas tenho um carinho grande e isso não vai mudar. 

 

-Como posso me redimir completamente com você? - Perguntei olhando diretamente para os lindos e envolventes olhos azuis de Emily, que parecia pensar em algo. 

 

-Que tal começa a me olhar mais do que uma amiga que transava e sim como uma mulher, com sentimentos...- Pediu se aproximando mais e ficando a centímetros de mim. - Eu sou a única que te entende, a única que está do seu lado até o fim! Não se esqueça disso, mesmo que todo mundo me tire do sério, você é o único que não....

 

      É estranho está tendo essa conversa com a Emily. Mas ao mesmo tempo, é bom saber o que ela acha de tudo isso. Não é apenas o meu ponto de vista, Emily tem um coração, como Melissa já me avisou diversas vezes e eu não devo destruí-lo. 

 

   Só não sei exatamente o que fazer. 

 

 

P.O.V Liz Blue. 

 

   Mal consegui dormir a noite com tanta tensão dentro de mim. Tive que me segurar para não ligar e querer saber se Matt descobriu algo. É tão vago dizer para que procure qualquer pessoa que possa parecer saber toda a história. É óbvio que ninguém sabe disso e ainda não achei exatamente o que possa ter fugido de mim para que alguém mais além dos envolvidos soubessem. 

 

    Quem fez isso, não deixou nem ao menos o direito de ser levado como suspeito. Agora me resta torcer para que tudo der certo na busca do Matt.

 

    Ontem nem olhei na cara das minhas tias. Estou estourando de raiva de Rachel e ainda levemente magoada com as outras duas. Elas poderiam ter me defendido, por que não é só Rachel responsável por mim ali e sim todas elas. Mas preferiam deixar a megera tomar as decisões. 

 

    Só sei que Rachel não vai se meter nos meus sentimentos. 

 

   Cheguei na porta da escola com Agatha ao meu lado e por incrível que pareça, ela estava calada o tempo todo. Eu poderia achar que isso aconteceu por ontem eu tê-la colocado como suspeita de ter escrito aquela maldita carta, mas conversei com Agatha ontem mesmo e ela me garantiu que não ficou chateada. Mas o clima não está bom, estamos apreensivas com tudo que está acontecendo e doidas por respostas que expliquem como tudo isso se deu. 

 

-Ah não...- Agatha resmungou em surpresa e eu a olhei confusa, para vê-la encarando algo como se estivesse em choque. 

 

    Olhei na mesma direção que os olhos de Agatha estavam e me arrependi disso no segundo seguinte. Emily e Justin estavam conversando bem próximos de um jeito muito íntimo e diferente. Senti um aperto no peito e uma leve falta de ar, quando o rosto dela foi se aproximando lentamente do dele até que seus lábios se encostaram, começando um beijo. Fiquei estática olhando aquela cena rezando para que não fosse real e sim um pesadelo horrível que estava acontecendo. 

 

   Emily e Justin estavam se beijando, bem na minha frente. 

 

   Senti meu estômago revirar bruscamente, junto com uma forte angústia e tensão crescerem dentro de mim. Justin não pode está fazendo isso, ele nem ao menos esperou a nossa briga esfriar para sair beijando a Emily. Eu sei que não posso falar nada já que comecei a namorar o Kato no mesmo dia que briguei com Justin, mas a situação é totalmente diferente, eu não fiz isso em público e muito menos na frente dele. 

 

    Meu coração estava pulando no peito e não era de uma forma nada boa. Sentia como se o mundo tivesse parado a minha volta. É sempre assim, não sei por que me surpreendo ainda, toda vez que Justin e eu brigamos ele corre para a Emily como um cachorrinho. Não tem como negar que ele ainda sente alguma atração por ela e parece que nunca irá parar de sentir. 

 

 -Eu vou matar o Justin...- Agatha ressaltou entre dentes e começou a andar até eles, mas segurei o braço dela a impedindo de fazer isso. 

 

-Não! - Falei seria olhando para ela e senti algumas lágrimas escorrerem pelos meus olhos. - Deixa ele, Justin está com quem ele quer! - Afirmei limpando as lágrimas rapidamente para que ninguém mais note que as derramei.

 

    Eu devo ser a pessoa mais idiota desse mundo por amar o Justin Bieber. Mas não é algo que eu realmente tenha escolhido, apenas aconteceu e não sei se consigo parar. Agora, que ele parece realmente não ligar a mínima para mim, me sinto muito mais idiota, por saber que ainda vou continuar gostando dele. Bem que Kato me avisou, os sentimentos do Justin não chegam nem perto dos meus. Ele facilmente pode me substituir, já eu, não consigo nem cogitar isso. 

 

-Não acredito que você vai deixar Barbie do capeta vencer! - Agatha perguntou indignada e nem ao menos me dei o trabalho de negar.

 

   Isso entre mim e a Emily não é uma guerra, pelo menos não para mim. Se trata de sentimentos reais, tantos meus quantos dela. Sabemos que Emily sente algo tão forte pelo Justin quando eu sinto. A questão aqui é quem soube usar melhor os artifícios para consegui-lo. Emily é maldosa e sempre foi até os extremos por Justin, o que já percebi faz tempos. Ela nem ao menos esperou para pega-lo de volta e eu sei que jamais esperaria. Emily me odeia mais do que eu possa realmente entender, ela já me jogou na frente de um carro, já me ameaçou e me humilhou. 

 

   Tudo isso por amor a Justin e eu não tenho que entrar nesse jogo mortal com ela.

 

 -Esquece isso, deixa eles, vou pedir para Matt parar de procurar o culpado da carta e deixa esses dois em paz!  Coisa que eu ja deveria ter feito! - Falei friamente. - Eu vou para casa, não tenho clima para olhar para Emily na aula de matemática hoje! - Ressaltei me virando para ir embora e Agatha começou a me seguir. 

 

-Eu vou com você! - Exclamou começando a andar do meu lado. 

 

   Não importa o quanto eu goste do Justin, ele fez a escolha dele. Preferiu a Emily e nem ao menos se deu ao trabalho de confiar em mim. Não posso pedir para que ele mude isso, apesar de ser a minha vontade. Justin Bieber já é maior de idade e faz o que bem intender com sua vida amorosa. Não vou força-lo a acreditar em mim e nem irei mais buscar provas para isso. 

 

    Para mim, quero mais é que ele seja feliz com a Barbie do capeta, se é isso que ele deseja.

 

 

P.O.V Justin Bieber.

 

  Afastei Emily e olhei sério para ela. Como Emily pode me beijar assim? Eu não tinha isso em mente quando pensei em me redimir com ela. Já afirmei inúmeras vezes que não vou voltar a ficar com Emily e isso não mudou apesar de todas os acontecimentos. 

 

  -Desculpa, foi por impulso..- Falou meio envergonhada e mexendo nos cabelos. - Eu só queria deixar claro o quanto gosto de você...- Se explicou tentando amenizar a situação. Mas não tem exatamente o que ela faça para amenizar isso.

 

-Emily, só não me beije. Ok? Isso entre nós não pode ser uma relação amorosa, eu juro que se eu pudesse, gostaria de você como quer! Mas não gosto e não posso te magoar! - Tentei explicar para ela que o problema não é o beijo, aliás eu retribui. O problema está em eu apenas sentir uma atração por ela e nada de sentimentos reais. 

 

   Antigamente eu iria ligar o foda-se para isso e engatar em qualquer tipo de relação confusa com Emily, onde sexo é unicamente a coisa que importa. Mas, agora que sei o que ela sente e também sei o que sinto por outra garota. Não tem como ser dessa forma.

 

   Mesmo que eu queira distância da Liz, é ela que ainda mexe comigo intensamente. Emily é atraente e me atrai, mas não é o que eu realmente quero. Não sei explicar bem, porém, a única coisa que eu sei é que Emily não passa de uma amiga que gosto muito e me importo. 

 

   Nada mais. 

 

-Tudo bem.. Só não faça de novo! - Pedi antes de da um beijo rápido na testa dela e voltar para o carro. - A gente se vê em casa! - Falei antes de fechar a porta.

 

     Ligue o carro e sai dali rapidamente. Sinto que vai ser uma porra muito complicada explicar para Emily que as coisas não são exatamente como ela sonha, por que simplesmente não faço ideia do motivo de eu não conseguir gostar dela. Emily tem todos os requisitos certos para ser a minha mulher, cada um deles em específico são o que eu procuro, como se Emily fosse desenhada especialmente para mim. Mas existe esse bloqueio. que apenas a vejo como amiga. Talvez seja o fato de Emily ser a irmã mais nova da Kath e às vezes se passar pela minha cabeça o quanto Katharine deve está puta pelo o que estou fazendo com a irmã dela, mas não posso negar a atração, isso é forte pra caralho. 

 

   Dirigi até em casa, pensando em tudo isso e vendo a tremenda novela mexicana que minha vida se tornou. De gângster que só foca no trabalho, agora estou literalmente tentando esquecer uma garota e conviver com uma que gosta de mim de uma forma diferente. É a porra mais idiota que já vi, não faço ideia de quando minha vida virou esse romance adolescente irritante, mas preciso parar urgentemente e voltar a ser o bandido que sou. Sem me preocupar com garotas.

 

 

 

  Parei de qualquer jeito nos jardins da minha casa e sai do carro. É estranho pela primeira vez em anos não está literalmente tendo que me preocupar com mais uma falta na minha agenda escolar. Não que eu me preocupasse com isso, mas agora eu parei para pensar que eu deveria ter me preocupado.

 

     Entrei em casa e encontrei todos da minha equipe, juntos com a minha irmã sentados na sala, parecendo que estavam me esperando chegar. Todos os olhos se viraram para mim imediatamente e me encaram mostrando que está acontecendo alguma porra bem errada aqui. 

 

-Você não tem celular mais não? - Dakota saiu do sofá em um pulo e veio andando até a mim. - Te ligue pra caralho! - Ressaltou nervosa e revirei os olhos pelo drama dela. 

 

-Deixei em casa! - Dei de ombros indiferente e passei mais um vez os olhos pela sala vendo a cara de tensão de todos. - Mas o que está acontecendo? - Perguntei me sentindo confuso e odeio me sentir assim. 

 

    Todos trocaram olhares e Dakota me olhou atentamente antes de começar a me puxar pela mão em direção à mesa que Matt e Nash estavam sentados. 

 

-Preciso que você veja uma coisa e me responda outra! - Ordenou de forma calma e eu me sentia mais confuso a cada segundo. Matt virou o computador para nós assim que paramos de frente para mesa.

 

    O silêncio da sala e o olhar de todos para mim demostrava que o assunto realmente é sério aqui. Dakota deu play em um vídeo que começou mostrando a secretaria da escola. O vídeo não mostrava nada demais e eu estava prestes a pergunta que porra eles acham que estão fazendo. Olhei para Dakota que estava atenta no vídeo.

 

-Olha! - Dakota pediu batendo no meu ombro para que prestasse atenção e pausou o vídeo. - Me diz, você conhece essa menina? - Perguntou apontando para a tela, me abaixei um pouco para olhar melhor e eu reconhecia aqueles cabelos de algum lugar, mas a garota estava de costas para a câmera e andava em direção à sala da diretora. 

 

   Não estou conseguindo entender nada do que está acontecendo, mas mesmo assim, Dakota suspirou pesado e pediu para Matt passar para o vídeo seguinte. Agora era a sala da diretora de dentro e a mesma menina entrou, parando em frente à mesa, quando rapidamente ela se virou para o lado e seu rosto ficou visível para a câmera. Nesse instante Dakota pausou o vídeo. 

 

-É a Barbara, a filha mimada da diretora! - Afirmei vendo aquele rostinho bonitinho mas que me irritava por ser tão patricinha mimada. - O que tem ela? Que porra vocês estão fazendo? - Questionei minha dúvidas e Dakota assentiu para Matt como se já soubesse dessa informação e tivesse confirmando algo. Todos se mantinham em silêncio, como se a única que pudesse falar era a Dakota. 

 

 -Isso foi gravado ontem de manhã! Agora, presta atenção no resto do vídeo e no final você me diz o que acha! - Dak disse seria, como se tivesse algo grave ali, apertando o play novamente. Revirei os olhos, antes de voltar a ver o que ela pediu. 

 

     O vídeo não parecia ser nada demais e mostra a Barbara conversando com a velha da Palvin. Estava prestes a questionar o que tem de errado, até que Palvin se levantou e foi pegar algo em um armário, nesse momento Barbara colocou algum papel embaixo das folhas que a mãe olhava e rapidamente fingiu que nada estava acontecendo. Dakota parou o vídeo antes de adiantar mais alguns minutos e parar novamente. Agora tinha só Palvin na sala e ela mexia naqueles papéis até que achou o que sua filha colocou ali. Dakota andou a cena mais um pouco e depois a inspetora entrou na sala. Olhei atentamente para aquilo e Dak volta a agilizar a cena para o momento que eu cheguei, passando mais de presa por todos os minutos que fiquei na sala até a hora que peguei a carta da Liz para ler. E foi quando notei.

 

   A carta da Liz foi o mesmo papel que a Barbara deixou na mesa da mãe dela. 

 

  O vídeo acabou e tentei organizar a minha cabeça com as coisas que acabei de ver. Barbara foi quem entregou a carta, não foi a um mês atras como a data dizia e sim ontem. Mas o principal ponto de tudo. Se aquela é a carta da Liz e não foi ela quem entregou. 

 

     Não foi a Liz que escreveu a denúncia. 

 

  Comecei a sentir uma raiva crescer dentro de mim e ainda não sei se é raiva de mim por ter me deixado enganar, ou da Barbara por ter feito o que o vídeo mostrou que ela fez. Não faço ideia de como essa garota descobriu tudo sobre mim e Liz, mas ela não demorou para abrir a boca e causar a minha expulsão. Além de me colocar contra a Liz. 

 

  Puta que pariu.

 

   Não sei como eu fui ser tão babaca e não acreditar na Liz quando ela jurou que não foi ela. Mas o que eu poderia fazer? Não tinha nada que levasse a outra pessoa a não ser ela e ainda não consigo entender como essa filha da puta descobriu tudo para poder me dedurar. 

 

-Foi ela que deu a carta...- Rosnei, falando o óbvio e Dakota assentiu, como todos que estavam na sala.

 

-Justin, ontem a Liz pediu ajuda para que a gente achasse o verdadeiro culpado, sendo que a nossa linha de investigação não levava a mais ninguém do que além de nós mesmo aqui! - Explicou olhando para o rosto de cada um. - Mesmo assim, Matt entrou no sistema de segurança da escola e foi até a câmera da secretaria, onde fica a tal caixa de reclamações. Não vimos mas de anormal no mês passado, mas Melissa nos mostrou que uma menina que quase sempre ia ali e entrava sem bater, era a Barbara Palvin filha da diretora, eu já tinha ouvido o nome dessa Barbara, então resolvi procurar o rosto dela em todos os vídeos! Eu e Matt ficamos a noite toda nisso, mas achamos o único momento que essa Barbara chega com um papel em mãos e foi exatamente ontem! O resto você assistiu. 

 

   Dakota explicou tudo calmamente, assenti sentindo raiva dessa garota intrometida e fofoqueira. Barbara não me conhece direito se achou que eu iria se livrar dessa. 

 

  Ela está fodida. 

 

-Eu vou matar essa desgraçada! - Cuspi com ódio. - Ela nem ao menos sabe quem eu sou! Aliás, como é que ela descobriu isso? - Olhei para todos da sala que pareciam não querer me responder. 

 

-Justin Bieber, em que planeta você esta? - Dakota perguntou estalando dedos na frente do meu rosto. - Acorda, querido, quem é a amiga da Barbara! - Cruzou os braços esperando que eu respondesse a sua pergunta que para ela parecia óbvio. 

 

    Parei para pensar por alguns segundos e minha cabeça me levou para o óbvio dos fatos. Não sei o porque não liguei tudo no segundo que olhei para a Barbara no vídeo e associei a carta a ela. A única pessoa que conheço, conhece a Liz e é amiga da Barbara...

 

-Emily..- Sibilei não acreditando nisso. 

 

-Bingo! - Dakota Exclamou.

 

-Na verdade a gente acha que ela possa ter comentado com a Barbara e ai ela ter feito a denúncia usando o que Emily falou...- Melissa disse aflita jogando sua teoria. 

 

-Na verdade foi só você que pensou assim...- Nash ressaltou antes de me olhar. - Eu realmente não sei o que dizer, cara, mas você precisa descobrir o que aconteceu de verdade! - Afirmou um pouco assustado com tudo isso.

 

-Se essa Barbara usou as informações que Emily deu para fazer essa denúncia ou qualquer outra coisa do tipo, você só vai esclarecer se pergunta a ela! - Ryan sugeriu, entrando no assunto. 

 

-O que você vai fazer agora eu não sei, mas o que temos é a confirmação, que a Liz é totalmente inocente nessa história! - Matt lembrou. - E você foi muito injusto com ela! - Acusou seriamente me fazendo bufar de raiva.

 

   Que caralho ele queria que eu fizesse? Não tinha outras coisas que me levasse a outro suspeito a não ser ela. Mas também não posso deixar de me sentir um tremendo filho da mãe  por ter sido o único a não acreditar nela e ir atras de provas. Todos nessa sala acreditaram na Liz e buscaram a verdade, enquanto eu fiz exatamente o contrário e me mostrei o grande babaca que jurei não ser mais para ela. 

 

   Eu tenho uma capacidade em potencial de foder tudo em relação a Liz e a mim. 

 

  Estou me sentindo péssimo por ter acusado aquela garota enquanto ela afirmava não ter feito isso. Eu gritei com a Liz,  falei que ela era uma vadia e ainda disse que não tínhamos uma relação. 

 

   E visivelmente fodi com tudo de novo. 

 

-Eu vou reparar o meu erro! - Olhei para eles. - Mas antes eu preciso esganar a vadia da Barbara e saber exatamente tudo dessa história! - Eu consigo sentir a raiva por tudo que essa garota causou. 

 

   Ela está muito fodida agora e não tem nada que a ajude. 

 

-Eu faço questão de ir com você! - Dakota disse decidida. - Tem coisas ali que querem questionar, principalmente uma ligação dela com a Emily que ouvi ontem...- Comentou me fazendo assentir. 

 

    Juro por Deus que não quero pensar que Emily tenha dado essas informações de propósito, não posso ver ela agindo dessa forma ainda mais comigo. 

 

-Dak, a Emily nunca faria mal ao Justin, ela gosta dele! - Melissa defendeu, recebendo um olhar duvidoso de todos ali. 

 

-Não Melissa, a Liz é quem não faria nada contra o Justin aqui! - Murmurou antes de me olhar. - E aí, vamos? - Olhou para mim com um olhar sugestivo e parecia que ela estava mais ansiosa para essa conversa do que eu. 

 

 

   

 

 

   Apesar de tentar conter a ansiedade dentro de mim, eu estou prestes a perder o controle e sair pela escola gritando a vadia da Barbara até ela aparecer. Mas como sempre, quando Dakota está por perto meu lado descontrolado quase nunca é permitido de se liberar. Parei no portão do colégio e olhei para o guardinha que ali estava. Obviamente a minha entrada aqui já não é mais permitida, mas pelo menos hoje eu preciso esganar uma vadiazinha minada. 

 

-E aí cara, eu posso entrar para pegar alguns coisas minha que ficaram no armário? Como sabe eu fui expulso né! - Olhei para o Senhor que parecia levemente desconfiado de mim. - Juro que será bem rápido! - Lancei um olhar para Dakota que estava do meu lado e ela assentiu concordando com as minhas palavras. 

 

-Eu só vim ajudar! - Disse com um breve sorriso para o Senhor, que demorou um tempo mas acabou liberando a nossa entrada. 

 

   Passei pelo portão e comecei a andar em direção ao encontro daquela mimada. Barbara nunca arranjou uma briga tão grande para a vida dela como agora. Fui apressado até o prédio A e não estou nem aí se eles estão em aula agora. Preciso tirar as coisas a limpo aqui e só essa menina pode fazer isso. Além do mais, não tenho tempo para esperar. 

 

   Parei na porta da sala e olhei pela pequena janela, vendo Barbara no canto da sala e mexendo no celular, porém nem Liz e Agatha estavam ali. Senti a raiva borbulhar dentro de mim e eu estava pronto para invadir a sala e tirar aquela garota a força da sua cadeira. Mas como sempre, Dakota está aqui para me impedir de comentar atitudes impulsivas. 

 

 -Você fica aqui... eu chamo ela! - Apontou para o lado e nem discuti, saindo na frente da porta para que Dak fizesse o que quer. 

 

     Se eu agir por impulso agora, vou esganar essa menina até ela perder todo o ar dentro dela. Sabendo ou não que isso causaria a minha prisão por assasinado. 

   

   Parecia ter levado minutos mas Dakota voltou da sala acompanhada da Barbara que estava com um olhar de dúvida, que mudou rapidamente quando me viu ali encostado na parede. Olhei para ela como se pudesse matá-la com os olhos e vi a menina estremecer de confusa a minha frente.  

 

-Bom dia Barbara, vamos ter um conversinha especial! - Enfatizei cruzando os braços de forma ameaçadora e ela deu um passo para atras, esbarrou na Dak que deu um sorriso forçado para a morena. 

 

   Os olhos azuis de Barbara estavam confusos e um pouco assustados com tudo isso, como se não esperasse me ver nem tão cedo na sua frente. Essa è a porra do problema das pessoas que me enfrentam. Sempre acham que eu não sou grande o suficiente para vim tirar a limpo tudo que fizeram contra a mim. 

 

    Fiz um gesto com a cabeça e Dakota começou a guiar a Barbara pelo corredor. Fui na frente para garantir que ninguém visse a filha da diretora andando comigo e com uma estranha, aparentemente sem ser sua vontade. Isso causaria uma possível grande confusão e não estou afim de sair daqui sem minhas respostas.

 

   Parei na frente da sala onde ficam os matérias de limpeza e abri a porta. Sei que sempre fica aberta e aqui ninguém irá nos incomodar. Dakota passou junto com Barbara e fechei a porta atras de mim, me escorando na mesa e encarando o rostinho bonito mas bem nojento de Barbara. 

 

-Me diz, está surpresa em ver? - Perguntei petulante e recebi um olhar de dúvida de Barbara. - Achou que iria me ferra para a sua mãe e eu não iria saber? - A menina na minha frente abriu a boca levemente, mostrando que finalmente entendeu o que estou tentando achar aqui. 

 

   Ao contrário do que achei, Barbara não parecia certa das coisas que fez e me olhava com o medo visível na sua expressão. È como se essa garota soubesse de tudo e de nada ao mesmo tempo. 

 

-Eu não fiz nada para de prejudicar! - Sua voz saiu baixa e amedrontada. - Eu nem ao menos....- Parou o que ia dizer e juntos os lábios, como se não devesse os abrir nunca e depois desviou os olhos de mim. 

 

-Você escreveu uma carta me denunciando para sua mãe, assinou com a Liz e entregou! - Tentei refrescar a memória dela, caso ela esteja sofrendo de perda de consciência. - Você tem noção que isso causou a minha expulsão? - Rosnei saindo da porta e caminhando ate ela. - Você não pensou duas vezes antes dizer que sou um bandido violento, então eu acho que você quer ver o quanto sou! - A ameacei, claramente da boca para fora, apesar de eu poder fazer algo, não é como se matar meninas fosse meu passatempo preferido.

 

-Bandido? - Barbara arregalou os olhos em surpresa e todas as dúvidas se transformaram em medo. Ela deu passos para trás e se apoiou na parede, parecendo se recuperar da notícia. 

 

   Dakota fez um som de tédio è olhou para mim indicando para que eu arranque logo as verdades da Barbara antes que ela mesma faça. Me aproximei da morena ficando bem perto dela antes de começar a falar. 

 

-Me conta exatamente o por que de você ter feito isso? Sabe que posso acabar com você, sabe que sou um bandido, mas quis pagar para ver, foi isso? - A raiva pingava das minhas palavras e eu sei que estava soando ameaçador o suficiente para fazê-la confessar. 

 

-Não, eu não....

 

-Não minta para mim Barbara...- Sibilei ficando a centímetros do seu rosto e ela olhou nos meus olhos. - Me diz exatamente o que você queria com isso? - A respiração dela ficou descompassada pelo medo. - Ou vou ter que te obrigar a falar de uma forma nada boa? - Sugeri maldosamente e ela me olhou desesperada.

 

-Não foi eu que escreveu a carta, eu nem sabia o que tinha lá só entreguei! Eu juro! - Disparou em falar e parecia apavorada de verdade preste a chorar.

 

-Então conta para gente, quem escreveu a carta e para que! - Dakota perguntou apoiando uma mão na parede do lado de Barbara, que se sentiu mais acuada por esta cercada.

  

    Os olhos dela estavam entregando que ela não queria dizer o nome, mas ao mesmo tempo não estava afim de pagar para ver ser as minhas palavras podiam se concretizar. Barbara olhou diretamente nos meus olhos antes de soltar todo o ar de forma lenta, se preparando para dizer.

 

-Foi a Emily! - Confessou. - Ela escreveu a carta e pediu para que eu colocasse no meio das coisas da minha mãe! O plano dela era separar você da Liz de vez! Emily me disse que estava so querendo salvar o namoro de vocês dois, então aceitei fazer parte disso! Eu juro que não fazia ideia que era uma denúncia e que você é um bandido! Eu so fiz o que a Emily pediu, por que ela estava desesperada com a reaproximação de você e da Liz! - Soltou toda a verdade.

 

     Demorou alguns segundos para a minha ficha cair e eu me da conta do que Barbara acabou de me contar. A raiva dentro de mim duplicou, junto com uma indignação enorme. Olhei atentamente para Barbara, em busca de algum sinal de mentira, mas não tinha. A vadia está sendo sincera e me contando a verdade.

 

    A porra da verdade que estava o tempo todo na minha cara e eu não queria ver.

 

    É óbvio que Emily deveria ter entrando na minha cabeça quando o nome de Barbara foi associado. Mas eu ainda tentei achar alguma porra de justificativa para a amiga da Emily ser justamente quem me acusou. Como se eu não quisesse ler o jogo que foi colocando na minha frente. 

 

     Emily foi capaz disso só para me afastar da Liz? E depois ainda teve a cara de pau de olhar para mim e dizer que sentia muito. Aquela vadia falsa, não acredito que ela conseguiu me enganar direitinho nessa história. Eu jamais iria desconfiar dela, Emily nem ao menos vacilou o olhar enquanto falava comigo. 

 

    Ela simplesmente mentiu da forma mais fria e ainda se fez de boazinha. 

 

-Eu suspeitava! - Dakota Murmurou. - Quando Melissa disse que contou a Emily sobre você ter machucado a Liz, me lembrei na hora que Emily não suporta ela... Eu iria questiona-lá, mas ouvi a conversa dela com Barbara e comecei a ligar as coisas! Como Melissa era a única que já tinha visto essa linda aqui, foi fácil achá-la nas câmeras de segurança! - Disse todos os fatos que ainda não tinha me contado. 

 

-Eu juro que nunca quis prejudicar você! Era só para prejudicar a Liz! - Soltou como se isso fosse melhorar as coisas para ela. - A gente faz isso o tempo todo! A Emily implica e arma para cima da Liz desde que as duas se conheceram! Tudo por você! - Afirmou.

 

     Eu deveria ter desconfiado dessa porra. A forma como Emily sempre implicou com a Liz e arrumava sempre um pretexto para falar mau dela. Toda essa porra desde o início mostrava que Emily seria capaz de qualquer coisa para me colocar longe da Liz. Porém, parece que para mim essa ideia era absurda demais, a Emily legal que eu conheço, se prestar a essas coisas por conta de outra garota. Tudo bem que ela ja empurrou uma das escadas, mas nada se compara a isso aqui. Eu deveria ter pensando nisso quando Emily afirmou gostar de mim, mas não fiz nada, apenas achei que ela só sentia e não agia.

 

   Emily me enganou direitinho. 

 

  Me fez de idiota o tempo todo e ainda usou essas coisas para se aproximar de mim. 

 

-Eu vou matar a Emily...- Apontei sentindo que poderia realmente fazer isso se ela aparecer na minha frente agora. - Na verdade, você vai fazer dois favores para mim primeiro! - Falei para Barbara que assentiu sem nem ao menos questionar, com bastante medo. - Primeiro você vai dizer toda a verdade a sua mãe, falar que foi uma brincadeira idiota e que tudo na carta é inventado, depois disso, você vai vim comigo até um lugar! - Preciso reparar a puta injustiça que fiz e Barbara vai e ajudar nisso. 

 

     Liz foi acusada de uma porra que Emily  armou junto com Barbara e vão ter que reparar isso com ela pessoalmente. Dakota me lançou um olhar curioso, para saber o que irei fazer.

 

-Liga para a Agatha, fala para ela levar Liz até a minha casa, quero que ela esteja lá antes da Emily chegar! - Dak assentiu. - Hoje a Emily vai ter que explicar tudo que ela fez contra a Liz! 

 

 

   

  P.O.V Liz Blue.

 

   Agatha falava no telefone, enquanto eu continuava a tentar presta atenção na TV. Apesar de eu realmente não está conseguindo focar no filme ou em qualquer outra coisa. Só consigo rever a cena da Emily beijando o Justin, como um vídeo em replay em minha cabeça. Mesmo que eu não queira lembrar, é como se não fosse possível esquecer. Eu deveria saber que Emily sempre consegue algo quando quer, ela já deixou isso claro para mim várias vezes e ela quer o Justin, não vai desistir até tê-lo para si. 

 

-Liz! - Agatha berrou me dando um susto enorme. - Temos que correr para a casa do Justin! Agora! - Disparou em falar enquanto corrida para pegar seu tênis no canto da porta. Olhei confusa para ela que me olhou novamente. - Liz anda! A Dak disse que é urgente! - Ressaltou fazendo gestos na minha direção. 

 

    Me levantei da minha cama, ainda sem entender muito bem o que está se passando. Do nada Dak liga e manda Agatha se apressar dessa forma. Não posso deixar de pensar que tenha acontecido algo de ruim para tudo isso e meu coração se apertou no peito so de pensar que mais alguma coisa pode ter acontecido.

 

      Calcei meus sapatos saindo do quarto logo atras da minha prima, que parecia querer correr. 

 

   Agatha não esperou eu nem ao menos pegar a minha bolsa e já saiu me arrastando porta a fora em direção à calçada. Olhei assustada para ela e para seu estado completo de desespero e presa.

 

-Me diz o que está acontecendo! - Pedi aflita pelas expressões de Agatha. 

 

-Alguém vai se ferrar e acredite, não é você! - Pontuou feliz me lançando um grande sorriso. 

 

   Ok, se isso era para me ajudar a ficar menos confusa e preocupada? Por que não ajudou em nada. Para falar a verdade só piorou. 

 

    Não posso imaginar do que Agatha está falando, mas levando pelos acontecimentos deve ser sobre a carta. Talvez Matt já tenha descoberto quem foi e esteja afim de me contar. Porém, ainda não entendi a presa e o desespero.

 

    Isso só me deixa pensar que, quem quer que seja a pessoa, ela não é qualquer um. 

 

 

 

 

P.O.V Justin Bieber. 

 

   Entrei no meu carro ainda sentindo tudo que está acontecendo mexer com os meus nervos e sanidade. 

 

   Acabamos de sair da sala da Palvin e ela me aceitou de volta ao colégio, depois de ouvir da própria filha a confirmação da "brincadeira " de mau gosto. Óbvio que Barbara ganhou uma bronca enorme e Palvin prometeu mais em casa. No final, acabou pedindo desculpar para mim por todo o transtorno, vê-la fazer isso foi muito bom confesso e logo em seguida me aceitou de volta ao colégio. Claro que eu quis fazer o indignado revoltado e ameacei processar a filhinha dela por difamação. Mas foi só para ver Palvin desesperada, eu nem ao menos posso entrar em um tribunal, sou um bandido. 

 

  Olhei pelo retrovisor o rostinho bonito mas assustado de Barbara, antes de olhar rapidamente para Dakota que estava concentrada no seu celular. 

 

    Pelo o que Barbara me contou, Emily nem ao menos está na escola. Ela saiu com as outras líderes de torcida para comprar sei lá o que que, não me interessou saber, mas foi autorizado pela escola. 

 

   Estou afim de realmente matar Emily, mas ante eu vou queimar essa vadia viva. Ela não gosta de fazer bullying com os outros? Então vamos ver se ela vai gostar do meu tipo de bullying. 

 

    Acelerei em direção à minha casa enquanto Dakota tentava entrar em contado com Emily. Preciso dessa vadia lá e sem saber de nada para ser supreendida. Preciso ver se Emily tem realmente coragem de mentira na minha cara mais uma vez. 

 

     Acho que nunca estive tão perto de me decepcionar tanto com uma pessoa como agora. Essa porra é frustrante e surreal pra caralho. Vê uma das poucas pessoas que confio fazendo algo contra mim por ciúmes. Emily passou de todos os limites e eu jamais esperei isso dela, mesmo que ela adore causar com as pessoas, comigo deveria ser deferente. A sorte dela e da Barbara é que a merda já foi desfeita e estou de volta ao colégio, para o meu alívio e deve ser para o delas também que não vão sofrer uma punição mais dura.

 

    Odeio vadias ardilosas e Emily está me saindo uma perfeita. 

 

 

 

    Assim que cheguei em casa, sai do carro, esperei Dakota e Barbara sairem. Logo que fizeram fomos caminhando juntos até o interior da casa. Barbara ainda parecia acuada e assustada mas jurou o caminho todo que iria contar toda a verdade para quem eu quisesse e que não iria mentir em nada. 

 

     Passei pela porta, como sempre, todos me olharam. Isso está começando a me irritar levemente, mas não é questão aqui agora. Todos ficaram em silêncio esperando que eu ou Dakota falassem.

 

-Essa è a Barbara! - Apontei para menina do meu lado. 

 

-Que gata! - Nash exclamou no meio do silêncio e revirei os olhos diante da falta total de noção dele. Eu deveria ficar surpreso se comentários desse tipo não saíssem da boca de Nash. 

 

-Era o que você achava, Dak? - Matt estava curioso é Dakota apenas assentiu, o fazendo de negar visivelmente desapontado. 

 

     Pelo visto não vai ser só eu que vou ficar desapontando com as revelações que a Barbara está pronta para fazer. 

 

-E por que ela está aqui? - Melissa olhou para a menina. - Ela parece assustada! - Gesticulou preocupada e bufei sem paciência.

 

-Relaxa que o problema aqui não é nem ela! - Contei, fazendo Melissa soltar um suspiro pesado.

 

-Posso ao menos levá-la para beber água e se acalmar? - Como sempre Melissa formada em direitos humanos pela faculdade da vida, saiu em defesa da vadia cúmplice, me fazendo lhe olhar seriamente. 

 

    Por mim Barbara pode morrer de sede e eu nem irei ligar para essa porra. Só que Melissa liga e não vai sair do meu pé até que eu faça o que ela pediu. Dei de ombros indiferente para o pedido de Melissa que veio rapidamente até a Barbara e a puxou pela mão em direção a cozinha. 

 

-Foi a Emily né? - Ryan se manifestou vindo até a mim. Passei as mãos pelos cabelos sentindo ainda o nervosismo e precipitação gritar dentro de mim. 

 

-Ela passou de todos os limites, cara! - Afirmei amargamente, recebendo um olhar de apoio do Ryan.

 

-Emily está vindo, falei para ela que tinha acontecido algo sério! - Dak ressaltou antes de se aproximar também. - Acho que a Emily passou dos limites no dia que voltou parecendo a própria boneca Barbie em tamanho grande e vai por mim, eu nunca leve essa mudança por si própria e sim por alguém! - Acenou com a cabeça para mim, jogando essa culpa. 

 

    Mas que caralho, agora até as coisas que Emily fez em si mesma são por minha causa? Não que eu ache as mudanças da Emily algo normal para uma menina que até então nunca teve essa vontade, mas pensar que alguns meses depois da morte da Katharine, a Emily tenha mudado só para me conquistar. 

 

    È demais. 

 

      Deixei Dakota sem a resposta necessária para essa afirmação e a porta da frente se abriu, revelando Agatha e em seguida a Liz, que não parecia muito feliz de está aqui. 

 

 -Trouxe a Liz o mais rápido que pude! - Agatha sorriu orgulhosa da sua rapidez e Dakota retribuiu lhe dando um sorriso de cumplicidade.

 

-Você quis dizer me arrastou né! - Liz ressaltou petulante, antes de passar pela prima e vim mais para o centro da sala. - Alguém me explicar o que está acontecendo? - Ela está visivelmente perdida. Eu só queria poder abraçá-la e dizer o quanto fui um idiota burro por não ter acreditado em suas palavras. 

 

   Mas ainda não é o momento. Liz precisa ouvir todas as coisas que fizeram contra ela, antes de ouvir meu pedido de desculpas. 

 

-Aconteceu muitas coisa! - Dakota balbuciou, fazendo Liz olhar diretamente para mim, apenas por alguns segundos, antes de voltar a olhar unicamente Dakota. 

 

-Exatamente o que? - Cruzou os braços sobre o peito, como se esperasse uma resposta rápida. 

 

   Antes que qualquer um pudesse respondê-la, a porta se abriu novamente e dessa vez entrou Emily, que parou seus olhos confusos em Liz, que se virou para ela também confusa. 

 

   Olhar para Emily agora e saber  o quanto ela è capaz de mentir me deixa desnorteado. Não consigo enxerga nenhuma maldade nessa garota e se não fosse pelas provas que temos contra, Emily poderia facilmente nos enganar de novo. 

 

    Não esperei que alguém falasse por mim e fui logo questionando Emily. 

 

-Emily, seja sincera comigo! - Pedi me aproximando dela que veio caminhando na minha direção, assentindo confusa. - Foi você quem escreveu aquela carta para a diretora? - Olhei no fundo dos olhos azuis de Emily parando na frente dela, que por sua vez parecia indignada com a minha pergunta.

 

-Claro que não! Eu jamais faria isso! - Se sentiu ofendida pelas minhas palavras. - Foi ela que disse para você que foi eu? - Fez um gesto banal em direção à Liz. - Eu jamais faria algo assim e você sabe! - Firmou suas palavras e seus olhos não vacilaram em nenhum segundo, Emily parecia está falando a verdade totalmente e eu chegue a uma única conclusão. 

 

    Emily Scott è a maior mentirosa filha da puta que conheço. 

 

   Mesmo olhando nos meus olhos teve coragem de mentir e ela nem ao menos parece está mentindo. È como se fazer isso fosse natural e nem a preocupasse, como se fizesse isso sempre.

 

     Eu lido com pessoas que podem mentir friamente para mim o tempo todo no crime. Porém, nenhuma dessas pessoas conseguem mentir tão bem quanto Emily e não posso acreditar que fui esse tempo todo enganado por ela. È como se Emily tivesse a porra de um dom maluco que a permite mentir para as pessoas que diz amar, sem remorso nenhum. 

 

   Poucas coisas fodem com a minha cabeça como isso.

 

-Eu? - Liz vociferou incrédula. - Tudo è minha culpa agora? - Gesticulou indignada e eu neguei olhado rapidamente para ela e voltei a olhar Emily. 

 

-Não, tudo è culpa dela! - Apontei com desgosto para Emily que aparenta está perdida nas minhas palavras. 

 

-Voltamos! - Melissa comentou surgindo na sala com Barbara e mantive meus olhos presos a Emily, vendo a sua reação de espanto a ver a amiga bem aqui. 

 

   Emily ficou espantada por alguns segundos antes de me olhar com um olhar de quem não tem culpa nenhuma, me deixando mais furioso com ela.

 

-Barbara, conta para nós! Além de Emily ter escrita aquela carta, assinado como Liz e feito você entregar! Me diga, o que mais ela andou aprontando com a Liz ou comigo! - Mandei sem tirar os olhos de Emily que olhou para Barbara e pela primeira vez ela parecia preocupada ali.

 

-Emily odeia a Liz, não sei exatamente desde quando mas, assim que Justin e Liz se aproximaram ela começou as implicâncias, os bullying e as armações! - Contou sem rodeios recebendo um olhar de incredulidade de Emily. 

 

-E o que mais? - Perguntei cruzando os braços. Emily nem ao menos olhava para mim e prestava atenção em tudo que Barbara dizia. 

 

-Ela dizia que namorava o Justin, na verdade sempre disse! Mas quando a Liz se aproximou, Emily começou a dizer que a Liz estava querendo pegar o namorado dela e tudo mais! Foi só a pouco tempo que ela me contou que Justin e Liz tinham ficado e que ela tinha feito de tudo para separa-los...

 

-Sua piranha falsa! - Emily berrou querendo ir para cima de Barbara mas eu entrei na sua frente, bloqueando a passagem dela. 

 

-Continua, Barbara! - Pedi em voz alta e encarando a Emily com ódio, ela apenas olhou rapidamente para mim antes de abaixar a cabeça. 

 

- Ela disse para mim que chegaria até os extremos para ver vocês separados! Além do mais ela confessou que teve ajuda de alguém, mas não sei quem, isso ela não me falou! - Barbara respirou fundo. - Só sei que Emily è uma pessoa muito intensa e xingava a Liz de uma forma bem forte! Eu nunca falei nada, por que como Emily è popular e temida, eu não queria virar mais uma de suas piadas! - Olhei rapidamente para Barbara, enquanto Emily permanecia de cabeça baixa. 

 

-O que quer dizer com xingamento intenso? - Perguntei curioso e Barbara mexeu seus pés desconfortavelmente antes de responder.

 

-Xingamentos racistas e bullying... - Disse meio envergonhava. - Eu também xingava, não vou negar, mas era só para entrar na dela... Eu... Eu nunca quis fazer isso de verdade, mas a Emily se divertia, as outras meninas também! Liz se tornou o principal alvo de ataque de todo o grupo, tudo por que Emily mandou a gente atacá-la, por que ninguém la realmente tinha uma razão! - Olhei para Liz que estava chocada com tudo que ouvia assim como todos ali, inclusive eu, mas não vou demonstrar está abalando pelas coisas que estou descobrindo. 

 

    Voltei a olhar para Emily, que continua de cabeça baixa na minha frente. 

 

    Não consigo conter o nojo de saber que embaixo do meu teto morava uma menina mesquinha, individualista e racista. Que fingia esse tempo todo ser uma garota incrível. 

 

-Não tem nada para dizer, Emily? - Sibilei com raiva, a fazenda levantar a cabeça para me olhar finalmente. Emily tinha lágrimas nos olhos e as derramou assim que me olhou.

 

-Desculpa! Eu só não queria que você fica-se com a Liz! Eu amo você e disso todos já sabem! - Falou chorando desesperadamente. - O que eu fiz foi errado sim, mas foi por amor.... Eu estou arrependida, me perdoa..... Na verdade quando você foi expulso, eu vi que tinha saído tudo do meu controle! - Se explicou entre soluços.

 

-Mentira! - Liz Exclamou. - Você sabia que tinha passado dos limites a muito tempo, aliás você adorava dizer que iria fazer da minha vida um inferno enquanto eu vivesse só por eu já ter ficado no seu caminho! - Emily virou furiosa para Liz, mas no segundo seguinte abaixou a cabeça chorando, como se não tivesse tido a atitude anterior. 

 

-Eu nunca fiz nada grade.... Eram só provocações e coisas do tipo, nunca machuquei ninguém! - Afirmou com certeza e tentando limpar as lágrimas. Todos ficaram em silêncio em meio à tensão. 

 

   Não sei se posso acreditar na palavras de Emily novamente. As coisas não estão nada boas para ela agora e não sei se vão voltar a ficar. Estou furioso com ela em um nível quem jamais vi, mas ainda quero ouvir o que Emily tem para justificar. 

 

-Você citou uma ajuda..- Dakota relembrou me fazendo assentir para que ela continuasse. - Você não sabe nada sobre essa pessoa? - Disse para a Barbara que negou.

 

-Eu sei...- Agatha resmungou chamando a minha atenção. - Foi eu! - Confessou, recendo o olhar de pavor de todos ali. 

 

-Agatha? - Liz olhou para ela, sem acreditar nas palavras da prima e nem eu estava acreditando nisso. 

 

-Foi na época que Justin começou a ficar com a Liz!  Eu não sabia o que estava acontecendo, já que todos do colégio acham que ela namorava o Justin! Então eu fui até ela e perguntei o que estava acontecendo...- Olhou para Emily demonstrando ódio. - Aí ela me enganou! Disse que Justin tinha apostado a virgindade da Liz e se eu não a ajudasse iria acontecer! Eu aceitei e aí começamos a fazer coisas... Tudo que a Liz me contava do Justin eu contava para ela e assim ia...

 

  Olhei para Emily que encarava o chão sem nenhuma expressão e limpava constantemente as lágrimas que caiam. 

 

-Não acredito... - Liz sussurrou em choque. 

 

-Ela fez várias coisas, todos os motivos que fizeram Justin e Liz brigaram até hoje foi culpa dela! - Afirmou firmemente. - Uma dessas coisas foi aquela vez que Liz ficou bêbada na AD+ e o Justin ficou drogado, por que ela mandou as dançarinas lá jogarem algo na bebida dele, seduzi-lo e fazer a Liz ficar com raiva! Deu aquilo tudo lá! Mas no final vocês continuarem juntos....

 

   Emily ouvia tudo calada e só olhou para Agatha rapidamente uma vez. 

 

   Eu deveria está surpreso com o fato de Emily ter feito aquilo na AD+, mas agora estou começando a achar que tudo de ruim que possa ter acontecido, desde que Liz chegou, foi causado por ela. 

 

-Só fui descobri que ela me enganava, quando Justin e Liz brigaram a um mês atras e descobri que Justin não iria expor a Liz para ninguém, que tudo era mentira. Então fui questiona-lá e Emily confessou que era tudo para me convencer a ajudá-la. - Agatha fez uma pausa antes de olhar para Liz. - Me perdoa, eu juro que pensei que estava te ajudando e assim que eu percebi que nao estava, tratei de tentar me redimir... Você sabe como sempre me importei com você e essa Barbie encapetada usou isso! 

 

-Meu Deus, Agatha...- Liz sussurrou totalmente emocionada e sem saber o que dizer. 

 

    Todos voltaram a olhar para Emily, que levantou a cabeça devagar e deu alguns passos para trás, saindo da minha frente. Ela encarou a todos na sala, olhando com julgamento, ainda sem nenhuma expressão, nem de raiva, nem de medo, nem de remorso. Ela não parecia sentir porra nenhuma com tudo que foi jogado aqui. 

 

   Não consigo calcular o tamanho da raiva que está crescendo dentro de mim para com a Emily. 

 

   Porra, literalmente tudo que me aconteceu de errado foi culpada dela. Emily me drogou para que eu brigar com a Liz e outras merdas bem boladas que eu jamais poderia pensar que viriam da Emily. Acho que mais nada pode me surpreender vindo dessa garota e isso mostra o quanto eu me enganei profundamente em relação a essa garota, que jurei conhecer.

 

     Mas que na verdade eu não faço ideia de quem seja. 

 

-E tem mais uma coisa! - Agatha ressaltou andando até perto de mim. - Quando eu descobri tudo, falei que iria contar a verdade a vocês e foi aí que eu fui ameaçada! - Respirou fundo me olhando. -  Não contei antes por que tinha medo.... Mas, a Emily olhou nos meus olhos e perguntou se eu sabia o que tinha acontecido com o Kato e quando eu confirmei que sabia... Emily me disse que se eu abrisse a boca, meu destino iria ser o cemitério, não o hospital como foi com ele! 

 

    Agatha deu ênfase nas palavras deixando claro que não estava brincando no que estava dizendo e eu duvido muito que ela esteja. Senti que as próximas palavras não seriam nada boa, por que Agatha olhou levemente para todos, antes de voltar a olhar para mim.

 

-Justin, eu não sei nada do que aconteceu nessa casa antes de eu chegar... Mas Emily confessou, olhando nos meus olhos...- Agatha olhou para Emily. - Foi ela quem atirou no Kato! - Disparou firmemente. 

 

   Todos fizeram um som de espanto. 

 

-O que? - Eu estou completamente perdido e acho que ouvi errado.

 

-Ela atirou no Kato! - Disse pausadamente para que eu entendesse e entendi muito bem.

 

 

-É mentira! - Disparou desesperada. - Ela está mentindo! Agora tudo de ruim que aconteceu é a minha culpa? - Berrou indignada e nem me limitei a olhá-la, apenas continuei olhando Agatha que parecia nem em duvida sobre a sua afirmação.

 

-Emily....Você não fez isso...- Dakota se aproximou lentamente e parecia chocada com a informação. 

 

     Todos estavam transtornados com o que acabaram de ouvir e eu só não consegui associar todas essas porras ao mesmo tempo. Olhei para a Emily que balançava a cabeça negando e parecia desesperada por se defender. 

 

     A única coisa que eu tenho certeza, é que se isso for verdade, Emily estará muito fodida. Mas ainda quero ouvir a explicação dela antes de chegar a uma conclusão. A afirmação de Agatha é muito forte e não se trata apenas de armações, isso é sobre Emily ter fodido a minha vida e quase matado aquele desgraçado do Kato. Se ela foi realmente capaz disso, não faço ideia do que mais ela seria capaz.

 

    Além de ela está mais fodida do que já está. 

 

      Emily não parava de negar e de chorar, como se tivesse sendo acusada injustamente de algo. Todos estavam só esperando ela falar e começar a se explicar das acusações de Agatha.

 

-Se explica..- Dakota mandou furiosa e parando do meu lado. Emily apenas limpou as lágrimas e olhou diretamente para mim, como os olhos imersos em alguma tristeza.

 

-Eu não fiz isso! Podem me acusar de armar contra a Liz, mas não me acusem de tentar matar alguém! Eu nunca faria algo assim! - Olhou para mim diretamente e fez uma cara de sofrimento. - Vocês sabem que não sei nem pegar em uma arma! - Pontuou.

 

     Apesar de Emily está parecendo bem convincente nas palavras. Minhas memórias voltaram para um dia em específico, em que essa mesma frase que Emily usou em sua defesa, foi usada por mim, quando Emily insistiu fazer parte da K e eu lhe disse as mesma palavras. Mas ao contrário do que Emily acabou de afirmar com certeza, no dia ela disse outra coisa e me provou outra coisa.

 

    Emily sabe sim pegar em uma arma e atira com uma mira ótima. Ela mesma me mostrou isso naquele dia e fez questão de afirma que dizem que a mira dela è boa. Eu deveria ter questionado essa merda antes, quando a vi pegar naquela arma e agir como se soubesse o que fazia. Mas deixei passar, achando que não poderia ser nada demais. 

 

   No dia que Kato levou aquele tiro, Emily tentou impedir que eu fizesse algo e segurou a arma a abaixando, foi quando o tiro foi disparado. Eu estava bêbado, drogado, levado por vários sentimentos e claramente desorientado. Naquele dia eu me perguntei várias vezes em que ponto eu apertei aquele gatilho, ja que não lembrava por conta de tudo que estava acontecendo ao meu redor. 

 

    E nesse exato segundo, eu cheguei à conclusão de que jamais nem seguei a segurar o gatilho. Se eu não o segurei e não o apertei, outra pessoa o fez...

 

    Filha da puta. 

 

-Vocês não podem achar que eu fiz...- Murmurou. - Eu jamais iria tão longe...- Fungou, lançando aquelas mentiras de merda de uma forma surpreendente.

 

    Eu não deveria está surpreso com mais nada que eu possa descobrir da Emily agora, mas não posso deixar de me sentir surpreso e com nojo do quanto ela mente na cara de pau. Comecei a sentir raiva da cara de inocente dele, do jeito com Emily fingia até mesmo o olhar que dava para gente. Comecei a sentir uma raiva e um nojo enorme da Emily. 

 

    E pode ter certeza, que esse sentimento è o pior que posso sentir por alguém. 

 

   Eu nunca conheci a Emily Scott de verdade, tudo que eu achava saber era mentira, ela è uma completa mentira. Não posso calcular o quanto estou furioso com essas descobertas. Posso garantir que tudo isso não vai ficar assim, Emily vai pagar caro por todas as merdas que fez.

 

-Você fez! - Rosnei com ódio. - Foi você quem apertou aquele caralho e atirou no Kato! - Gritei, sentindo meu peito subir e descer pela fúria. -  Eu lembro muito bem, Emily, não cheguei nem perto de atirar, foi você! Sua desgraçada! - Emily me olhou assustada e derramou mais algumas lágrimas. 

 

    Eu vou acabar com a vida dessa vadia falsa.

 

-Não me olha com essa cara falsa, porra! - Cuspi andando para perto dela, que se afastava para trás. - Pare de chorar e mostre quem você è de verdade! Por que eu já sei do que você é capaz! - Mandei apontando o dedo para ela, que negou lentamente e parecia magoada. 

 

-Foi ela mesmo? - Dakota perguntou em um tom irreconhecível. Assenti lentamente ainda me sentindo um idiota por ter sempre acreditado e confiado nessa garota. - Sua vadia! - Dakota berrou e pelo canto do olhou eu a vi tentar ir ate Emily, mas foi seguradas por alguém. Dak estava descontrolada e gritava tentando se soltar.

 

   Eu estou exatamente como ela, mas por dentro e preciso só que Emily confirme tudo que fez para eu ver de que forma vou matá-la.

 

-Se acalma! - Ryan pediu para a Dak e notei que era ele quem a segurava. Não tem como manter a calma e ninguém aqui parece está acreditando no quanto fomos feitos de idiota esse tempo todo por uma menina mimada de dezoitos anos. 

 

-Eu vou matar essa garota falsa! Assassina! Você quase matou o meu irmão sua filha da puta mimada! - Dakota estava fora de si e ninguém se meteu a não ser Ryan, estavam todos sem reação alguma em meio à tantas porras.

 

    Emily olhou atentamente para Dakota que estava tentando ir para cima dela e com toda a razão do mundo querendo agredi-la. Mantive os olhos fixos em Emily, na verdade eu não sabia nem como desviar, a raiva queimava dentro de mim e eu só queria  explodir essa vadia em pedaços e tirar essa cara de sofrimento falso do rosto dela. 

 

   Antes que alguém mais pudesse se manifestar, Emily ficou uns segundos sem expressão alguma, antes de revirar os olhos azuis em tédio e lançar um olhar de desdenha para Dakota. Ela cruzou os braços de forma petulante.

 

-Ah, cala a porra da boca, Dakota! - Emily vociferou com superioridade e sua cara de menina sofria, mudou radicalmente para uma pessoa irreconhecível, mas que tinha ódio no olhar e muitas outras coisas ruins. 

 

   Só de olhar dava para ver que essa é a verdadeira Emily, a que ficava escondida por trás da falsa e ela é uma pessoa visivelmente cruel, fria e calculista, como uma mulher que é amarga e malvada.

 

-Como você foi capaz...- Liz sussurrou ainda chocada. - Mas eu deveria esperar isso de você, principalmente quando me empurrou na frente daquele carro! - Afirmou horrorizada, me fazendo olhá-la rapidamente. 

 

-Ela fez isso? - Perguntei assustado, para Liz que assentiu lentamente, só aumentando mais ainda a minha raiva da Emily.

 

     Essa mulher é uma assassina fria e estava o tempo todo de baixo do meu teto, convivendo com a minha família e me enganando o tempo todo. Emily tentou matar Liz, atirou no Kato e armou todo os tipos de merdas para foder minha relação com a Liz. 

 

-Acredite em mim, Liz, se eu quisesse matar não seria te jogando na frente de um carro! - Afirmou olhando com um ódio e rancor enorme para Liz. 

 

     Emily está realmente ameaçando a Liz na minha frente? 

 

     Ela não deveria fazer essa porra se quiser sair daqui viva. Aliás, não garanto que Emily saia dessa sala da mesma forma que entrou. Eu posso jurar que quero matá-la e a raiva que estou sentindo não faz isso se esconder. 

 

-E sobre Kato...- Retomou o assunto fazendo uma cara de nojo. - Pode ter certeza que se eu quisesse matá-lo, eu teria feito. Mas precisava do idiota vivo para que a Liz sentisse raiva do Justin pelo o que fez e se afastasse! - Confessou petulante, como se não fosse nada demais para ela. - Mas seu irmão é tão banana, que deixou a Liz voltar para o Justin e arruinou tudo! - Gesticulou irritada. - No final das contas ele levou um tiro atoa... Só para deixar de ser um otario! - Afirmou dando um sorriso malvado para Dakota. 

 

-Emily! - Melissa disparou desesperada pelas palavras da garota que um dia jurou conhecer. Emily ao invés de apenas responder Melissa, começou a ri maldosamente, uma risada de psicopata. 

 

-Pelo amor né, você não é minha mãe Melissa! - Cuspiu cruel. - Não é a mãe de ninguém aqui, então pare de agir como fosse! - Fez uma cara de tédio antes de continuar a falar. - Na verdade, você sempre se acha a mãe de todos e no final não consegue cuidar do próprio pirralho nojento! - Riu sem humor, lançando seus olhos maldoso para a minha irmã. - Aliás, você diz gostar de todos mas na hora de foder o Justin e salvar a pele do bastardinho inútil, não pensou duas vezes! 

 

     Sibilou jogando seus cabelos para trás e limpando os vestígios das lágrimas falsas que tinham no seu rosto, com brutalidade. Mostrando para todos o quanto ela é amarga. 

 

-Se não fosse eu, indo até o Mika e contando onde o Chris estava, Justin poderia ter se encrencado de verdade! E como todo mundo já percebeu! - Olhou para mim de forma intensa. - Ninguém mexer com o Justin a não ser eu mesma! - Disse como se isso fosse uma maldita regra a ser seguida por todos. 

 

  Fechei os olhos, sentindo o baque daquela informação. A filha da puta desgraçada não pode ter sido tão cruel a esse ponto. Chris é uma criança e ela pensou em sacrifica-lo por mim, por esse amor ridículo e obscuro que ela nutre. Não sei se sou capaz de expressar o quanto estou desorientado com tudo isso, mas as coisas ainda estão se encaixando na minha cabeça e não irei dizer ou fazer nada até ouvir tudo que essa mulher tem para confessar 

 

   Agora que Emily mostrou o que ela é de verdade, começou a soltar todas as merdas que fez com orgulho, como se nada feito fosse horrível e assustados. Emily age com uma naturalidade assustadora para assuntos que surpreendem até a mim. Ela teve coragem de entregar uma criança a um pedófilo e não tem nenhum pingo de arrependimento ou magoa das coisas que fez. 

 

     Essa garota é o capeta. 

 

-Você não...- Melissa sussurrou incrédula antes de ficar em silêncio. Senti um corpo pequeno passar por mim feito um furacão e avançar em Emily, agarrando os cabelos dela e a lançando contra o chão. 

 

         Ninguém se moveu para fazer algo e não será eu que irei separar. Principalmente por que Melissa começou a bater na Emily e essa é a vontade que está correndo pelas minhas veias no momento. Melissa gritava coisas desconexas, enquanto batia pra valer na Emily.

 

-Justin...- Nash resmungou, querendo saber se era para fazer algo e eu neguei lentamente olhando a cena. 

 

    Não vou impedir a minha irmã de dá uma lição na Emily, ainda mais depois de todas as porras que a mesma confessou fazer contra a Melissa e Chris. Entregá-lo a Mika foi a gota d' água para Melissa e não posso controlar isso. Emily merece apanhar muito mais hoje, por tudo que fez com cada um de nós. 

 

    Emily estava apanhando feio e Melissa estava enchendo o rosto bonitinho da vadia de tapas. Mas em uma virada rápida, Emily conseguiu ficar por cima e começou a bater na Mel. 

 

   Não, isso não. 

 

-Nash! - O chamei e ele correu até elas para separa-las. Eu poderia fazer isso, mas se eu encostar um dedo na Emily vou sentir vontade de descontar toda a minha raiva nela e garanto que disso ela não vai sair viva. 

 

    Não posso bater em uma mulher, mesmo que ela tenha fodido a minha vida e mereça uns bons tapas por isso. Ela ainda é uma mulher e a maldita lei está ao seu lado, caso eu tente algo. Infelizmente essa desgraçada não é um homem, por que eu já teria partido para cima e descontado toda a minha raiva. 

 

   Nash finalmente conseguiu tirar Emily de cima de Melissa, que foi ajuda a se levantar por Liz e Agatha. Emily estava com o canto da boca cortado e as bochechas vermelhas, mas nada além disso, ainda tinha sua beleza sedutora intacta. Mesmo que eu torcesse para Melissa acabar com ela completamente. 

 

-Isso não vai ficar assim sua idiota! - Emily berrou sendo segurada por Nash. - Eu vou acabar com a sua vida...

 

-Ah mas não vai não! - Nash falou largando Emily de qualquer jeito e se afastando. - Você não está na condição de ameaçar ninguém, gatinha! -  Comentou olhando para ela e usando o sarcasmo nas palavras.

 

   Nash tem toda a razão. Emily não está no direito de ameaçar ninguém aqui, isso só vai aumentar a lista de porras irreversíveis que ela fez. Ameaçou a Liz e agora a Melissa. Emily parece pedir para que eu perca o resto de controle que me resta por ela ser mulher e vá eu mesmo resolver esse problema com ela. Já que Emily é tão valente e adora ameaçar as pessoas, não acho que seja um mulher como as outras que precisam de leis para protegê-las. 

 

    Emily já mostrou está a cima de qualquer lei. 

 

-Foda-se vocês! Eu quero mais que todos morram e se depender de mim eu serei a encarregada da morte de cada um aqui! - Ameaçou apontando para todos na sala, menos para mim. - Eu vou me vingar dessa surrar e por tudo! Eu odeio vocês! - Balbuciou com o ódio visível e parece que Emily lida com ele a anos. 

 

-Você não gosta de ninguém! Nunca gostou! Nem deles e nem da Katharine! - Liz disse irritada e encarando Emily de frente. - Confessa, você odiava a Katharine! - Olhei para Emily esperando a resposta dela, mas antes de responder, deu uma gargalhada perversa.

 

-A falecida? Tem como você não colocar ela em meio a tudo? - Emily revirou os olhos parecendo entediada. - Mas pelo menos você falou alguma coisa certa! 

 

   Assentiu lentamente antes de jogar os cabelos loiros para trás, tratando isso com a maior indiferença do mundo, como que quisesse dizer: Já que estou fodida vou foder tudo. 

 

 - Eu tenho ódio, nojo, repulsa da Katharine... Sempre tive! Aquela desgraçada era o centro de tudo e nunca dava espaço para mim, sempre sendo ela a querida, ter tudo que eu deveria ser meu....- Emily olhou na minha direção. - Nunca fiquei tão feliz com a morte de alguém....- Afirmou friamente. - Talvez eu fique mais quando a Liz morrer, por que ela vai! Todo mundo que ficar no meu caminho e do Justin terá esse fim! 

 

   -Você e completamente desequilibrada! - Liz ressaltou e Emily se virou para ela, dando passos singelos em sua direção. - Apenas a vadia mais falsa e oportunista que já conheci! - Emily assentia a cada palavras da Liz e olhava, como se o ódio que sentisse por ela, fosse maior do que qualquer outra coisa que há dentro de si. 

 

-Você não deveria falar isso... Liz, você não faz ideia do que posso fazer e não vai querer ver quando eu acabar com você! - Disse entre dentes parando na frente da Liz e enfrentando ela de frente, com toda a raiva presente, de uma forma ameaçadora. 

 

-Eu sinto pena de você Emily, olha bem o que você fez com você mesma... Você diz amar, mas o amor não destrói as pessoas dessa forma...- Murmurou como se não quisesse aceitar tudo que Emily è. 

 

 -Destrói... Fez isso com a falecida, vai fazer com você.... O amor coroe cada parte da gente. Mas eu posso te garantir, que eu não vou desistir até ter o que é meu...

 

-O Justin não é seu e você está louca! - Interrompeu Emily, que pareceu levar isso muito mais como algum tipo de agressão. Ao invés de falar algo, Emily levantou a mão e tentou bater na Liz. Mas eu fui mais rápido e segurei o braço dela com força, antes que entrasse em contado com o rosto de Liz.

 

    Emily perdeu completamente a noção do perigo em achar que vai encostar na Liz na minha frente. 

 

-Você não vai querer tocar em nenhum fio de cabelo da Liz, por aí eu vou esquecer que você è uma mulher! - Rosnei finalmente falando algo para Emily, que me olhou nos olhos e não demostrava raiva para mim e parecia mais que ela estava em outro imersa em apenas me olhar. 

 

-Foi tudo por você... E um dia, você ainda ser meu, como sempre sonhei...- Disse usando uma emoção estranha e assustadora. 

 

-Eu não vou ser seu! Vê se coloca isso na sua cabeça! - Gritei, sem nenhuma paciência para Emily e toda essa loucura dela. Senti que poderia agredi-la naquele instante pela forma que apertava o seu braço.

 

-Não faz nada com ela... vai ser pior. - Liz comentou preocupada com a forma que eu olhava para Emily e balancei a cabeça tentando remover os pensamentos vingativos. 

 

    Emily é completamente maluca e não faço a porra da ideia de como ela ficou esse tempo todo dentro da minha casa e eu nem ao menos suspeitei de tudo que ela é de verdade. Eu nunca me engano com as pessoas, mas Emily conseguiu me enganar direitinho, jogou comigo como quis e fez de tudo para conseguir algo. Nunca senti tanto nojo e repulsa por uma pessoa na vida como estou sentindo por Emily agora. Tudo que ela falou, aqui agora, principalmente sobre a Katharine e o que acha de verdade dela, destruiu de vez toda a visão que eu tinha da Emily. Ela não é uma menina boa, nem muito menos eu acho que um dia foi e com toda a certeza é a filha da puta desgraçada mais falsa que já conheci. 

 

    A pessoa que eu mais confiava, ironicamente, foi ela quem fez as maiores merdas da minha vida, de forma planejada e cruel. Graças ao tiro que ela deu no Kato, toda a porra da minha vida desandou. Emily diz me amar, mas o amor dela não è limite para que ela me atinja e me faça parecer um homem cruel, só para que eu fiquei só com ela. Emily seria capaz de tudo por esse amor psicopata e tenho certeza disso. Mas só não vou permitir que ela acabe com a minha vida, mesmo que diga me amar.

 

     Emily oficialmente è a minha inimiga agora. 

 

-Sai da minha casa.... Some da minha vida. Se eu ver você perto de alguém dessa sala ou no meu caminho novamente, eu juro por Deus, Emily, eu te mato sem pensar duas vezes...- Ameacei olhando no fundo dos olhos azuis tenebrosos dela. - Você não é mulher o suficiente para ameaçar todos aqui e armar merdas contra a mim? - Perguntei furioso aproximando meu rosto do dela. - Então vamos ver se você e mulher para me enfrentar....- Sibilei para deixar bem claro. 

 

    Se Emily quer ameaçar e machucar a todos que eu gosto. Ela vai comprar a maior briga da vida dela e garanto, que não irei sossegar ate vê-la acabada.

 

-Vamos ver, Justin... No final, você vai notar que somos iguais, somos almas gêmeas, eu fui feita para você... Como uma boneca sobre medida... Você não pode negar isso... E nem que eu morra... Ainda vai ser eu e você no inferno.. - Disse as palavras como se fosse a porra de uma maníaca psicopata e acredito que essa desgraçada realmente seja algo do tipo. 

 

   Não aguento mais olhar para a cara da Emily sem sentir uma enorme vontade de vomitar ou meter um tiro no rostinho perfeito dela. Então, é melhor ela sair da minha frente antes que eu perca o último pingo de sanidade que me resta e acabe com a raça dessa vadia imunda.

 

-Sai da minha casa agora, antes que eu não deixe você sair viva! - Soltei o braço dela e me afastei, sentindo toda a raiva e magoa gritar dentro de mim. 

 

   Emily parecia levemente incômoda com as minhas palavras. Mas jogou os longos cabelos loiros pelos ombros e levantou a cabeça com superioridade. Como se não se abalasse com nada que acabou de acontecer aqui, uma coisa absurda demais, por que até eu estou abalado com tudo que tive que ouvir.

 

    Mesmo que diga me amar, Emily não tem coração.

 

-Preciso pegar as minhas coisas...- Murmurou cruzando os braços e lançando um olhar petulante pela sala. - Não vou deixar todas as minhas roupinhas lindas para essas barangas sem corpo! - Desdenhou como nojo. 

 

  Não acredito que depois de tudo ela realmente está preocupada unicamente com as roupas. Essa mulher é literalmente o próprio demônio. 

 

   Dakota bufou com muita raiva e me admirei por ela ter ficado calada bastante tempo. Talvez só estivesse sem reação igual a todos. 

 

-Pode deixar que vamos jogar suas coisas na sarjeta e se você não sair agora também vai ser jogada lá! - Ameaçou Emily que negou lentamente em deboche. 

 

-Vocês não ousariam tocar em mim de novo..... Vai por mim...- Disse debochando e com vários sentidos irreconhecíveis na voz. - Vou pegar só uma coisa, que jamais deixaria para vocês, nem se eu morresse...- Revirou os olhos indo em direção a escada e ignorando qualquer ordem de ir embora.

 

     Respirei fundo três vezes para não chegar ao extremo e arrastar essa desgraçada para fora daqui pelos cabelos. Olhei para todos daquela sala e ninguém tinha uma reação para tudo que acabou de acontecer, apenas estavam em choque e surpresos demais. 

 

    É incrível como ainda podemos nos surpreender com as pessoas. Até as que a gente mais confia, chega a um ponto de nos enganar e usar a confiança ao seu favor, para destruir a porra toda. Emily deixou claro aqui que tudo foi por mim e ela não parece sentir esse ódio que sente por todos comigo. Isso é ruim, sinto que ela realmente não vai desistir do que quer...

 

    E Emily me quer.

 

   Depois de uns cinco minutos Emily voltou do andar de cima com uma bolsa pequena e um papel em mãos. Segui cada passo dela com os olhos e Emily parou perto da porta antes de olhar para o papel na sua mão e da uma gargalhada divertidamente malvada. 

 

-Vocês não fazem ideia do quanto estão fodidos... Era mais fácil me ter do lado de vocês... Mas já que preferem assim! - Deu de ombros dobrando o papel em dois e colocando no bolso. - Eu vou acabar com cada um aqui... E no final, triunfarei... Esse jogo não acabou queridinhos, só está se  iniciando uma nova fase.... E podem deixar, garanto que vocês vão ver esse rostinho lindo várias vezes ainda... Inclusive nos seus pesadelos.... 

 

    Deu um largo sorriso maníaco antes de respirar fundo e olhar com superioridade para cada um.

 

-A gente se vê em breve, amor... A nossa história mal começou... - Disse diretamente para mim, antes de mandar um beijo no ar em direção a mim. Abriu a porta, saindo pela mesma.

 

    E eu tenho certeza que isso não acabou.


Notas Finais


SOCORRO QUE A EMILY SE FODEU BONITO AAAAAAAAA QUEM MAIS ESTAVA SEDENTA POR ESSE ACONTECIMENTO??? CONFESSO QUE EU ESTAVA E MUITO ESSE MOMENTO É MEU HAHAHA

E agora pessoal, o que será que a nossa vilã mais odiada vai fazer, já que não precisa mais se fingir de boazinha? Só garanto que essa fanfic vai pegar fogooo!!!

Deixem seus comentarios e opniões sobre esse capítulo e também sobre Emily Scott, o que será que ela irá fazer agora????

Irei responder todas que comentarem!!

Bjs e até segunda( se tudo der certo)!


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