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História The legend of a love - Festa


Escrita por: Biia_Clifford

Notas do Autor


Espero que vocês gostem ❤😙Beijos

Capítulo 7 - Festa


Fanfic / Fanfiction The legend of a love - Festa

 

Bradley entrou no carro e me olhou, ele suspirou e deu partida. A medida que ele acelerava eu observava mais as árvores pela janela, o silêncio estava sufocante.

Arrisco olhar para ele, e vejo ele concentrado na estrada. Mas não era na estrada que ele estava concentrado e sim nessa festa.

Ele percebe meu olhar e me olha, forço um sorriso fraco e ele volta a olhar para a estrada.

Volto a olhar a paisagem e percebo que acabamos de sair das posses da casa, estávamos indo rumo a cidade e isso levaria no máximo uma hora. As subidas e decidas de montanhas me faziam pensar nessa festa.

-Bradley-  Olho para ele 

Ele me olha pelo canto do olho.

-Eu estou achando que essa festa é uma armadilha - 

Ele sorri fraco.

-Ela não sabe de nada, Mel.- 

Ele me olha 

-Por quê então me convidou?- 

Ele parece pensar enquanto olhava a estrada.

-Eles desconfiam que tem uma nova feiticeira na casa, e você acabou de chegar e isso faz eles desconfiarem-

Olho para frente.

-E o Jon?- 

Bradley diminuiu a velocidade o que me fez olhar ele.

-Jon gosta de brincar, ele se diverte com garotas inocentes e elas acabam caindo na conversa dele- 

-Foi por isso que ele foi tão gentil hoje?-

Ele sorri ironicamente 

-Jon é mandado pela Frainer para desviar a filha da lua de mim, sem ela Frainer me teria nas mãos - 

-Mas como se- Penso no que vou falar 

-Se eu estou sempre com você?-

-Você passou mal com ele hoje, são seus instintos falando para você se afastar, Jon tem uma magia para encantar qualquer um, ele usa os olhos para isso, então não olhe muito nos olhos dele- 

Concordo 

-Ele já fez alguma coisa para você?- 

Ele me olha 

-Isso você não precisa saber- 

Ele acelera.

-Ainda não me falou sobre o solstício de inverno- 

Ele fica em silêncio por minutos, começo a olhar a janela e estávamos no topo de uma montanha e o penhasco era a vista que tínhamos.

-No solstício de inverno, Frainer renova as forças dela, como ela é a feiticeira das dores, ela faz as pessoas cometerem suicídio, essa é uma das fontes de magia dela -

Olho Bradley assustada.

-É por esse motivo que tenho que ficar de olho em você -

Ele me olha 

-Os feitiços dela me atingem? - 

-Sim, ela pensa que se você for a filha da Lua, essa noite seria uma boa oportunidade de te matar, já que agora você está ameaçando ela - 

-Como eu posso estar ameaçado ela?- 

Ele sorri 

-Você não faz ideia do que pode fazer -

-Exato eu não sei o que posso fazer, como vou evitar os feitiços dela hoje?- 

-Não vou sair de perto de você- 

Nos olhamos .

-Mas... E você?  Como vai cuidar de mim e ainda cuidar de si próprio?- 

-Eu já cai nesse jogo da Frainer uma vez, sei como lidar com ele, é apenas uma vontade, você vai ficar angustiada, vai lembrar de tudo o que já fizeram para você, e quando olhar para frente vai ver alguma coisa que te ajude a morrer- 

-Ah ...- 

-É por isso que não posso te deixar sozinha e você tem que controlar suas emoções, ela irá te testar em todos os instantes, ela quer saber se você é a filha da lua e ela não pode saber disso, você tem que se mostrar forte e não cair nos feitiços dela - 

-E  como eu faço isso? - 

Ele suspira 

-Evitando qualquer coisa comigo, qualquer sinal serve para provar para ela.-

Olho ele 

-Você só tem que controlar suas emoções-

-Tudo bem- 

Ele concorda e volta a prestar a atenção na estrada e o silêncio volta.

Apoio a  cabeça no vidro e fico olhando as montanhas em nossa frente.

A cidade ficou para trás e agora Bradley aumentou a velocidade. Percebo ele sorrir com isso mas volto a olhar a vista.

-Posso fazer uma pergunta? - 

Ele me olha 

Uma terrível chuva começa a cair .

-Pode - 

-Qual é a sua fonte de magia ?. Se Frainer renova as forças com dor, com o que você renova a sua ?- 

Ele aperta o volante e puxa o ar, ele me olha com um olhar cortante me causando um arrependimento pela pergunta.

-Posso saber ?- eu 

Ele sorri fraco e aumenta a velocidade.

-Todas as vezes que eu - Ele para e pensa nas palavras .

-Todas as vezes que você renasce, isso renova minhas forças, minha magia é ligada a você agora- 

-Por isso não posso morrer -

Ele concorda 

-E a minha ? -

-A sua é a mais forte que existe, você tem a lua como guardiã, ela que te dá a magia, eu não faço a menor idéia de como você renova elas - 

Ficamos em silêncio.

-O que acontece se eu morrer ?-

Ele me olha 

-Você não vai morrer - Ele sorrindo 

-Estou falando sério - 

Ele fica sério.

-Eu perderia minha magia, e estaria sob comando de Frainer assim como você, você perderia o encanto da Lua fazendo com que ela ganhe seus feitiços, isso deixaria ela com mais poder do que agora é levaria tudo ao fim. -

-Mas e nós ?-

Ele me olha sério.

-Eu iria morrer todas as vezes que tentarmos ficar juntos, você veria isso e  essa seria a forma de Frainer renovar a magia. Com a sua dor, a dor da filha da lua, as magias dela não acabariam.-

Ele me olha com um olhar de tristeza.

E agora eu tenho toda a noção da proteção que a casa oferece.

As pessoas são proibidas de sair por motivos de segurança, assim como eu.

Foi por esse motivo que Bradley não me deixou sair quando James precisou.

Ele estava... Me protegendo.

Olho ele 

-Eu... - Paro de falar 

-Eu vou destruir ela Bradley -

Ele sorri e me olha.

Volto a olhar para frente, os minutos se passaram e com isso as horas.

Percebo que entramos em uma floresta sombria.

Olho ele.

-Entramos no território dela, a partir de agora você está sobre os feitiços dela, e sobre os meus- 

Ele me olha nos olhos e eu sinto a mesma sensação de quando ele fez um feitiço sobre as manchas hoje pela manhã.

Ele pisca me fazendo encostar no banco.

Fico ofegante e por um segundo confusa.

-O que você fez?- 

Olho para ele.

-Apaguei da sua memória algumas mágoas- 

-Como... Você? - 

-Eu consigo ver o que você sentiu, saber de sentimentos passados, mas não consigo saber o que você pensa e sente no presente -

Arregalo os olhos.

-Você pode saber tudo sobre mim então?-

Ele sorri 

-Nem tudo - 

-Você me assusta -

-Quem foi Henry? - Ele 

Me encolho no banco.

-Como você?...- 

-Eu posso sentir quando quero o que você sentiu - 

-O que você sentiu? - 

-Senti que você amava ele, mas não ficaram juntos- 

Olho para frente.

Uma vontade enorme de chorar surge, me assustando.

-Essa é a magia da Frainer, é isso o que você vai sentir essa noite- 

Olho ele 

-Eu não fico vendo o que você sentiu, fiz isso para você saber o que vai enfrentar e ver como você vai ter que ser forte e saber controlar suas magias- 

-Como vou confiar em você? -

-Eu não acho necessário saber o que você passou, por isso não me interesso-

Concordo.

Fico olhando o vidro, até chegarmos em uma enorme casa branca.

-Essa é a mansão dos Frainer's -

Fico olhando a casa.

Bradley me olha.

-Não saia de perto de mim, e tente esquecer sua magia- 

Concordo

Ele sai do carro e vem abrir a porta para mim, saio do carro e fico do lado dele, que me dá o braço.

Ele me olha e suspira.

-Sua mancha está clara? - 

Olhamos meu pulso.

-Sim - 

-Então vamos -

Entramos na casa e os empregados nos guiaram para fora. Uma trilha  de tochas indicava que tínhamos que ir para a floresta.

Começamos a andar seguindo as tochas até vermos a entrada da festa.

Um enorme portal cheio de desenhos.

Bradley aperta meu braço e assim entramos.

Tudo era aberto, o salão improvisado era iluminado por velas e alguns lustres, as pessoas julgo que sejam feiticeiros, conversavam em suas mesas, a escuridão da noite deixava tudo um tanto... misterioso e rústico.

Frainer nos nota e começa a vir em nossa direção.

-Bradley, que bom que veio, estava começando a achar que você não viria- 

Bradley sorri 

-Não iria poderia perder isso Frainer, é uma noite muito importante-

Ela sorri 

-Como vai Mel, você está maravilhosa-

Ela sorri 

-Obrigada, estou bem - 

-Sinto muito por James não poder vir, Bradley tem mais interesse em meus eventos, e como vi que você é a única que tinha capacidade para acompanha-lo  -

-Não se preocupe com isso Frainer, foi uma honra poder vir - Sorrio e ela olha meu pulso e volta a sorrir .

-Fiquem avontade - 

Sorrimos e começamos a falar com as pessoas.

Ou melhor, Bradley começou a falar com as pessoas, eu apenas cumprimentava.

Ficamos conversando com um casal e eu começo a observar a mulher, Saly .

Ela tinha em seus braços um menino.

Fico olhando ela segurando ele e  sorrindo.

O que me fez lembrar de minha mãe, em como ela morreu quando eu tinha apenas 3 anos. Cinco anos depois da morte de minha mãe, foi a vez de meu pai, me deixando sozinha, a mãe de Nia virou minha responsável.

Tento segurar uma lágrima mas foi impossível. Discretamente solto meu braço de Bradley e seco ela, o que fez ele me olhar.

Desvio o olhar do menino e começo a olhar os convidados.

Avisto Jon com Crystal.

Ele sorri para mim e começa a vir na minha direção.

-Estava começando a achar que você não iria vir- Ele sorrindo 

Bradley olha Jon mas voltar a conversar com o homem.

-Você está linda -  Jon pegando minha mão e depositando um beijo nela.

Isso fez eu olhar para ele que Sorrio.

-Obrigada- 

-Então, soube que você está namorando com o James - 

Sorrio 

-Sim, estamos juntos a uns meses- 

Ele concorda 

-Uma pena James ter te encontrado primeiro- 

Olho ele seria e tento me controlar com ele me olhando assim.

Apenas Sorrio.

-Você... É  o filho mais velho de Frainer? -

-Sim, depois veio Crystal - Ele olha Bradley me fazendo lembrar da maldição.

Concentração Mel...

-Conheci ela no jantar que Bradley ofereceu - 

-Ela comentou comigo, disse também que uma janela explodiu -

Isso fez Bradley se despedir do homem e ficar ao meu lado.

-Como vai Jon ?- Bradley 

-Bradley, achei que não viria- Jon sorrindo 

-Estava comentando com a Mel, sobre o seu jantar o incidente da janela- 

Bradley sorri 

-Sim, Temos uma empregada aprendendo alguns feitiços com meu mordomo, ele tenta ensinar a filha, então não me importo com isso, foi um acidente-

Jon concorda 

-Consigo me lembrar perfeitamente meu primeiro duelo - Jon sorrindo 

-Inesquecível - Bradley 

-Lembro do duelo de Crystal com Lucy -Jon

Crystal Novamente ? Não existe outro assunto?

Olho Bradley.

-Sim, Crystal estava nervosa no dia o que ajudou Lucy - Bradley 

Respiro fundo e volto a olhar os convidados.

Até que uma menina, julgo uns 6 anos para perto de mim e me olha sorrindo.

-Qual o seu nome ?- eu 

Ela sorri ainda mais 

-Sou Camile- 

Me abaixo na frente dela.

-O que você tem Camile ?- 

Sinto o olhar de Bradley em mim, ele volta a conversar com Jon.

-É que você é tão linda, parece uma princesa - 

Sorrio 

-Você também parece uma princesa-

Camile tinha longos cabelos negros e olhos verdes.

-Você namora o Bradley ?- 

Sorrio 

-Não, só sou amiga dele- 

Ela olha Bradley.

-Conhece ele ?-  eu 

-Ele me deu a minha primeira varinha -

Me espanto um pouco... Ela é uma ? Feiticeira ? 

-Você é uma feiticeira ?- falo sorrindo

-Sou- Ela fala orgulhosa.

Uma mulher para atrás de Camile.

-Ela ainda esta em treinamento - 

A mulher sorrindo 

Volto a fica de pé e Sorrimos.

-Ela acha que pode fazê feitiços - a mulher sorrindo 

-Mas mamãe eu posso !- Camile 

-Você ainda é muito pequena, Camile -

-Me desculpe, sou Galha - 

-Prazer Galha, sou Mel - 

-Eu vi você chagar com o Bradley, são amigos? - 

-Sim - 

-Ele ensinava algumas magias para Camile a alguns anos atrás- 

-Eu sinto falta dele - Camile 

-Garanto que se você falar com ele, quem sabe ele possa te ensinar mais - Eu

Galha sorri 

-Bradley parou de ensinar magias, nesse Milênio a filha da lua está para chegar e aqui todos sabemos da maldição, ele está se preparando para enfrentar a Frainer, não pode passar os dias com crianças- Galha 

-Todos sabem da filha da lua ? - eu 

-Frainer está ameaçada, como não saberíamos ?- 

Concordo 

-Camile - Bradley 

Camile sorri e abraça ele.

-Sua amiga é muito bonita, Bradley - Camile

Sorrimos 

Eles ficam conversando.

-Mel, aceita tomar alguma coisa ?- Galha 

Concordo 

-Vamos comigo buscar ?- Ela 

Olho Bradley e ele concorda.

Vou com Galha e Bradley volta a conversa  com algumas pessoas.

-Você é daqui mesmo ?- Galha 

-Sou - 

-E  James como vai ?- 

Ela me olha 

-Ele está bem, uma pena não estar aqui- eu

-Você gosta mesmo dele ?- 

Olho ela sem entender 

-Sim, mas por quê  a pergunta? -

Ela sorri 

-Você olha de uma maneira diferente para o Bradley - Galha 

Isso me faz olhar ele 

-Olho ? - Sorrimos - Bradley é... - Volto volto a olhar ele - Um amigo - 

Isso saio mais baixo do que eu esperava.

-Você não quer entrar na vida dele por conta da maldição? - Galha 

Olho ela.

-Eu não posso fazer isso, ele tem que enfrentar Frainer e a filha da Lua pode aparecer a qualquer momento, não seria certo - eu 

Isso me atinge um pouco. Mas por quê ?

Lembro das palavras do Bradley sobre os feitiços de Frainer.

-Uma pena vocês não poderem ficar juntos- Galha 

Sorrimos 

E nesse momento tudo ficou escuto e apenas um pavoroso grito foi o que se escutou, um grito de dor e agonia.

Olho para os lados a procura de Bradley, mas eu mal consigo ver minha mão segurando a taça.

Outros gritos surgem e eu começo a ficar apavorada.

Galha desaparece e eu fico sozinha.

Escuto a risada de Frainer e um brilho começar a surgir nela.

Eram... mortes.

Os gritos vão se acalmando, os gemidos de dores se calam e o silêncio volta, fazendo as luzes se acenderem.

Me apoio no balcão e começo a procurar Bradley com o olhar.

Ele vem na minha direção.

-Bradley - Vou até ele.

Ele pega minha mão.

-Calma - Ele 

-Já passou, vai ser assim todas as vezes que alguém morrer, você precisa ficar calma Mel - 

Olho ele e tento voltar ao normal.

Ele fica me olhando.

-Você me assustou - Ele 

Respiro fundo.

-pronto ?- Ele 

Concordo 

-Não saia de perto de mim - Ele 

Voltando a conversar com algumas pessoas só que agora em uma mesa.

Fico olhando as velas sobre a mesa até ter uma visão.

" -Crystal... - Bradley 

Ela sorria na frente dele 

-Eu te amo - Crystal 

Ele sorri 

-Faltam apenas três semanas para o nosso noivado - Ela 

-Sim - Ele 

Os dois estavam em uma rua caminhando até que uma menina cruza com eles e esbarra em Bradley.

-Me desculpe - 

Os olhos dos dois se encontraram.

-Sem problemas - Bradley 

Ele fica olhando a menina até que ela sai e atravessa a rua.

-Bradley?  Você conhece ela ?- Crystal 

-Por quê ficou olhando para ela ?-

Bradley olha Crystal .

-Não, não faço idéia de quem seja- 

A menina era eu " 

 

Volto a realidade e olho Bradley.

Sinto uma agonia dentro de mim um aperto em meu peito. Olho para baixo e fecho os olhos. Até que novamente as luzes se apagam.

Bradley imediatamente segurou minha mão e se aproximou de mim.

-Bradley eu... eu estou ...-

Ele se aproxima para poder ver minha expressão.

-Eu estou... Me sentindo sufocada - 

-Vem - 

Ele levanta e me guia no meio daquela escuridão.

Ele para e me olha, sinto o vento bater em nós dois e isso alivia o aperto em meu peito.

Fecho os olhos e Respiro fundo.

Quando eu abri meus olhos as luzes voltaram, olho Bradley em minha frente.

Respiro fundo.

-Temos até as duas da manhã aqui- Ele 

-Duas ?- 

-Bradley - Jon 

Ele vem até nós. 

-Algum problema? - Ele nos olha 

-Não, nenhum - Bradley 

-Você está bem Mel ?- Jon 

-Estou, só estou um pouco enjoada, acho que a bebida não me fez bem - Forço um sorriso e ele sorri.

-Vou buscar um copo de água para você princesa -

Jon sai e Bradley me olha.

-O que foi? - Ele 

-Bebida?  - 

-Você pensou em alguma coisa ?- 

-Não tinha outra coisa melhor "Princesa"?-

Reviro os olhos e  ele bufa.

-Aqui Mel - Jon volta com o copo de água.

-Obrigada Jon - 

-Então ela é fraca para bebidas - Jon para Bradley 

-Um pouco - Bradley forçando um sorriso.

-Bradley, quanto tempo - Crystal 

Nessa momento o copo quase caio de minha mão.

Jon me olhou.

Coloco o copo sobre uma mesa.

-Crystal - Bradley 

-A última vez que conversamos foi no seu jantar- Ela 

Ela fica frente a frente com ele.

-Olá Mel - 

-Oi Crystal - 

-Como vai o James ?- Ela 

-Muito bem - 

-E  o seu namoro ? Fico feliz por vocês- 

-Obrigada, estamos bem - 

Ela sorri 

-E você Bradley? -

-Estou bem Crystal - Ele sorri e eles trocam olhares.

Jon me olha.

-Mel, o que acha de deixarmos eles conversarem? - Jon 

-Uma ótima ideia - Eu 

Bradley me olha sério e eu aceito o braço de Jon.

Começo a andar com Jon e sinto outra angústia e novamente uma vontade de chorar.

-Você é da cidade? -Jon

-Sim - 

Ele sorri 

-Antes de conhecer o James você era sozinha ?- 

-Sim, meus pais morreram - 

-Eu sinto muito - 

Percebo o perigo nos olhos dele, ele está jogando comigo e eu estou caindo.

-Como eles morreram ? - 

-Minha mãe com um acidente de carro e meu pai acabou adoecendo - 

-Sinto muito por eles -

-Não se preocupe - 

-E como você e  James se conheceram? - 

... Como eu conheci James?  

-Nos encontramos em uma noite e viramos amigos.

Ele me olha com um olhar estranho mas acaba sorrindo.

-Vou começar a sair, vai que vocês terminam e quem sabe não viramos amigos - Ele me olha 

-Acredito que somos amigos- 

Paramos na frente de uma mesa com doces.

-Aceita ?- Ele me oferece um bombom.

-Obrigada - 

Olho na direção de Bradley e não encontro ele, e nem Crystal.

Jon olha na mesma direção e pude escutar ele sorrir.

Volto minha atenção para Jon, até outro apagão começar.

Meu coração acelera e alguns gritos começam.

Alguém me puxa para trás e coloca a mão em minha boca.

A pessoa me guia para algum lugar que com a escuridão eu não consigo identificar.

-Que comece a brincadeira Mel - Jon 

Ele me prensa na parede e me beija.

Meu corpo reage tentando me separar dele mas ele me segurava e me obrigava a beija - lo. 

-Me solta - 

Os gritos aumentam 

Sinto um misto de emoções em mim e o desespero aparece.

Jon volta a me beijar e dessa vez eu correspondo, fazendo ele me puxar para mais perto dele.

Sinto uma lágrima escorrer e me separo dele.

-Jon me leve de volta - 

Ele sorri 

-Calma Mel, esta tudo bem. Fingimos que não aconteceu nada, será nosso segredo-

Volto a chorar sem que ele perceba.

Ele sai do local onde estamos e eu tento me localizar, era um corredor. Os gritos aumentavam a medida que eu tentava achar uma saída.

Percebo que cheguei ao pátio mas a escuridão continua assim com os gritos.

Eu não entendo o motivo de minha angústia. Até que vejo uma faca que brilhava sobre uma mesa em meio ao escuro.

Fixo meu olhar nela e uma vontade de me aproximar surge.

Vou até a mesa e olho a faca .

Encosto meus dedos nela que estava gelada, seco minhas lágrimas e pego ela.

Meu coração estava acelerado e memórias de criança me voltam.

Fico vendo visões de minha mãe, meu pai, Nia e eu brincando.

Aperto a faca  em minhas mãos e aproximo ela do meu peito.

Sinto a ponta bater nele e outras memórias.

"Vamos Mel, você só precisa enterrar essa faca  no seu peito " 

A voz de Frainer surge em minha cabeça me fazendo chorar ainda mais.

Aperto a faca  em minhas mãos e fecho os olhos tentando não esquecer essa ideal.

Até que eu afasto a faca  e chorando volto ela para meu peito com força.

Eu apenas senti alguém bater em minhas mãos e as luzes acenderem.

A faca  caiu no chão e meu choro ganhou força, minhas mãos tremeram assim que percebi o que iria fazer.

Olho assustada para Bradley em minha frente que me olhava assustado.

-Eu quero sair daqui - Falo chorando 

Ele me abraça.

-O que você iria fazer ? Se eu não chego a tempo você... 

Me afasto dele e passo a mão em meu rosto.

-Onde você estava?  - eu 

-Estava com a Crystal - Ele 

-Você desapareceu - eu 

-Fui com ela até a Frainer, onde está o Jon? Ele não estava com você?- 

O Beijo me vem na cabeça.

-Eu não sei - 

-Acho melhor irmos falar com a Frainer, daqui a uma hora podemos sair daqui -

Concordo 

Me recomponho  e vou com Bradley.

-Mel, esta se divertindo ?- Frainer 

Ela chega sorrindo 

-Sua festa está... maravilhosa - eu 

Bradley sorri fraco ao meu lado.

-Que bom que esteja gostando-

Sorrimos Uma para a outra.

-Sabe, você me lembra alguém - Ela 

-Eu ?- 

-Alguém muito próximo - Frainer 

Bradley me olha nervoso.

-Ela tem alguns parentes aqui Frainer - 

Frainer olha Bradley.

-Tem ?- Ela me olha 

-Sim, alguns primos distantes - 

Ela concorda 

-Então esse deve de ser o motivo, não teria como eu conhecer você - 

Concordo 

-Bradley, se vocês quiserem, podem ficar na minha casa essa noite - 

-Obrigada pelo convite mas a Mel tem que voltar, James não me perdoaria - Bradley

Frainer sorri.

-Que bom que James esteja Feliz, logo teremos um duelo com uma filha da Lua, espero que esteja pronto Bradley- 

Ele sorri cínico.

-Estou Frainer, espero que você esteja pronta - 

O clima entre os dois fica pesado e eu vejo Crystal se aproximar.

-Mamãe, por quê não apresenta a Mel para o senhor Hutz  ele adoraria conhecer a namorada de James - Crystal.

-Muito bem lembrado, venha Mel - 

Frainer me puxa pelo pulso o que faz Bradley olhar .

Ele sola um suspiro quando vê que o feitiço dele ainda faz efeito.

Frainer me leva com ela e Bradley fica com Crystal.

-Senhor Hutz ?- Frainer 

Um homem com uns 50 anos nos olha.

-Quero lhe apresentar a namorada de James - 

Ele me olha e sorri .

-Olá senhor Hutz, sou Mel - 

-Não sabia que James estava namorando, fico feliz em conhece - la  - 

-Eu tenho que falar com Jon- Frainer 

Ela se afasta e me deixa com o senhor Hutz. 

-Então me conte como conheceu o James - 

Ele sorri 

Começo a criar uma história para ele até que ele sai da mesa e me deixa procurando Bradley.

Estava quase na hora de irmos, começo a andar pelo local tentando encontra-lo. 

Me aproximo da saída e tudo ao meu redor parou, assim que eu vi Bradley aos beijos com Crystal.

Meu corpo travou vendo a cena, um sentimento novo surgiu e eu já podia sentir as lágrimas. 

Uma raiva incontrolável surgiu e isso me fez fechar os olhos e eu apenas escutei alguma coisa explodir e chamas começarem em algumas árvores.

A escuridão de Frainer voltou e eu me vi sozinha e agora, com sentimentos desconhecidos, começo a correr entre as pessoas até chegar ao banheiro.

Depois de derrubar bebidas em meu vestido abro uma porta no corredor e uma vela iluminada o banheiro.

Vou até a pia e me olho no espelho, com com o rosto manchado de Rimel e delineador. Volto a chorar me sentando no chão.

Os gritos voltaram e a agonia se fez presente, me sentindo sufocada novamente com o peito doendo.

Olho para o espelho em minha frente e sobre a pia, percebo uma caixa.

Me levanto e abro a caixa me deparando com lâminas.

Me olho no espelho e me deixo levar pelo feitiço de Frainer, a cena de Bradley beijando Crystal surge em minha memória, começo a ter visões dos dois juntos no passado .

Me sento no chão e olho meu pulso, aperto contra minha pele o mais fundo que podia até sentir o sangue manchar meu vestido, olho o sangue e perdendo a noção do que estava fazendo, começo outros cortes até que o que pegou sobre minha mancha da lua minguante me fez gritar de dor. Olho o chão ao meu redor manchado de sangue, a risada de Frainer era tudo o que eu escutava, meus gemidos de dor começaram a ganhar força.

Tento me levantar e ir até a pia mas sem sucesso. O chão estava vermelho assim como meu vestido e meus pulsos.

Me jogo no chão me sentindo fraca e volto a chorar lembrando do Beijo de Bradley, do Beijo de Jon.

As frases de James me voltam

 "Vocês terão que cuidar um do outro " 

As risadas de Frainer estavam me deixando apavorada. Os gritos de dor, minhas forças estavam indo para a Frainer... Não  eu não posso...

Sinto meu corpo perder o sustento e deitar no chão.

Fico olhando o teto até que fecho meus olhos.

-Bradley, sinta por favor o que eu senti -

As lágrimas voltam e eu fecho meus olhos.

As luzes voltam e os gritos pararam.

Olho o banheiro me sentindo fraca e uma nova mistura de sentimentos.

A porta do banheiro foi aberta e eu aos poucos levanto meu olhar para a pessoa que sorria.

-Vamos filha da Lua, tente se recuperar -Galha

-Galha ... Por favor -

Ela gargalha 

-Você irá morrer aqui filha da Lua -

Ela sai do banheiro.

-Não...  Não 

Tento me arrastar até a porta mas vejo tudo girar.

-Bradley eu estou com dor - 

-Dor Bradley, sinta...

Fecho meus olhos.

-Mel - 

Me coração acelera com o grito dele.

-Bradley - Grito o mais forte que consigo.

Em segundos ele entra no banheiro e me olha no chão ficando em choque.

-Mel...  O que você fez ?- 

Ele vem na minha direção e olha meus pulsos.

-Você... Você caiu nos feitiços dela...

Ele me olha assustado.

-Eu tenho que te tirar daqui antes que eles nos achem -

Ele me pega no colo e vai para  o corredor.

As portas estavam todas trancadas e pelo pátio não poderíamos passar.

Avisto uma mulher de preto no final do corredor.

-Bradley - sussurro juntando forças.

Ele olha para a mulher, que vem na nossa direção.

-O que ela fez ?- 

-Nos  ajude a sair daqui por favor - 

A mulher me olha e vê meu pulso que agora brilhava com as manchas da lua e o sangue que escorria.

-A filha da lua - Ela fala surpresa.

-Me ajude- Bradley  

-Vem comigo - 

Ela nos guia por uma porta que dava para a floresta.

-Você vai sair na lateral da casa, agora corra, ela está perdendo sangue. Boa sorte herdeiro -

Olho a mulher que sorri para mim e reconheço o rosto dela.

-Luz?- eu 

Ela some no mesmo segundo.

Fico em choque com o que vi.

Bradley começa a entrar na floresta e logo saímos na casa de Frainer.

Uma escuridão começou novamente o que fez ele parar de andar.

-Droga - Ele 

-Bradley - Ele me olha 

-Siga a luz da lua -

Ele olha para frente vendo que uma luz começou a deixar o lugar mais claro.

Logo chegamos no carro, ele me deita no banco e logo da partida saindo do território da casa de Frainer fazendo o feitiço perder o efeito em mim.

Ele para o carro e  me olha.

Ele rasga uma parte da blusa social e pega meu pulso que ainda sangrava.

-Ai- eu 

Ele começa a enfaixar  meus pulsos.

-O que você foi fazer Mel ? A hora que as árvores começaram a pegar fogo...

-Você parou de beijar a Crystal -  junto minhas forças  para falar. 

Ele me olha sério.

-Estou com frio - eu 

-Aqui dentro esta quente Mel -

-Eu sinto frio - 

Ele termina de enfaixar meus pulsos e puxa do bando de trás o smoking  e me cobre.

-Obrigada - 

Ele me olha e eu começo a sentir os efeitos do meu ato, a dor era insuportável.

-Já vamos chegar em casa - Ele 

Ele da partida e eu fico vendo as árvores passarem, até pegar no sono. 

 

 

 

 

 



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