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História The Legendary Dragons. - Conhecendo pessoas novas.


Escrita por: Jessie_Sunshine

Notas do Autor


Oii! Td bem? Então pessoas, sei que isso não tem nada a ver com a fic e já devem estar cansados de ouvir, mas, não podia deixar isso passar em branco. Sei que está um pouco tarde, pensei até mesmo não postar isso, continuar como se nada tivesse acontecido, pois já vai fazer uma semana, na verdade, eu escrevi esse texto no próprio dia em que a tragédia aconteceu, com o objetivo de postar na Quinta, mas, por causa das provas, acabou ficando para hoje mesmo. Não torço para o Chapecoense, eu conhecia esse time, assim como muitos outros times, mas não foi o que resolvi seguir, no entanto, como já sabem, ocorreu um acidente e muitos morreram, muitos deixaram família e amigos, alguns deixaram suas esposas grávidas, outros deixaram seus filhos pequenos ou noivas no altar. Nesse momento, não existe rivalidade, existe solidariedade. Queria dedicar esse capitulo para as vitimas, para as famílias das vitimas e para os torcedores do time. Espero que consigam se reerguer e serem ainda mais fortes. Sei que não é muito, mas, eu precisava fazer isso. Se eu, que nem torcia para a Chape, não conhecia a família, mas, mesmo assim fiquei chocada, triste e até deprimida, (Cheguei a ficar 2 dias sem conseguir escrever uma palavra.) nem imagino a dor dos familiares, amigos, torcedores, eles que estavam fazendo festa por terem chegado tão longe... Fico imaginando como será o natal deles, com um vazio imenso por não terem seus entes queridos junto, quando chegar o aniversário deles, os feriados que passamos em família... Queria pedir uma coisa para vocês, leitores. Passem mais tempo com suas famílias, não fiquem brigados, a vida é muito curta para isso, ela pode acabar em instantes e, não esqueçam sobre o que aconteceu, façam desse time eterno em nossos corações. Bem, é isso. Obrigada a todos que leram ate aqui e, caso haja algum torcedor do time nessa fic, aguentem firme e busquem um ombro amigo, sempre ajuda. Mesmo que seja dificil, sigam em frente, mas não se esqueçam disso. #ForçaChape.

Capítulo 14 - Conhecendo pessoas novas.


Fic cap. 15

14. Conhecendo pessoas novas.

  É incrível como as coisas acontecem. Pessoas entram e saem de nossa vida a todo momento e, algumas, podem fazer toda a diferença, podendo até mesmo despertar sentimentos antes escondidos. Outra coisa que me deixa intrigada é ver como as pessoas, mesmo sendo da mesma família, são diferentes.

  Fechei os olhos e respirei fundo. O garoto que me empurrara até ali, batia os pés no chão e batia as pontas dos dedos em seu braço.

  - Ou você entra agora ou vou ter que te empurrar novamente. – Bufou.

  - Não precisa ser chato mais, o teatro acabou. Nem ele nem os bladers estão aqui. – Falei ainda sem olhar em sua cara.

  - Lennox, não estou te ajudando, estou apenas seguindo ordens... Mas, você é muito burra de vir até aqui. – Começou os sermões. – Já não te avisei para ficar longe? Não irei te ajudar se não for ordens do meu superior, dessa vez, se vire. Serei leal a meus deveres e meus colegas.

  - Eu sei. Você é um veterano, tem suas obrigações. Faça o que quiser. Pode ir para seu grupo, me viro sozinha. – Dei de ombros.

  - Tem sorte de eu achar o que fazem errado, senão, não estaria mais aqui. – Se virou em direção ao corredor.

  - Ei. – Chamei antes que fosse embora. – Obrigada.

  Ele foi embora sem falar mais nada.

  Analisei a maçaneta da porta cuidadosamente, pensando se deveria mesmo gira-la ou simplesmente ir embora, deixando todos lá. Suspirei, é lógico que eu faria a coisa certa, meu coração era muito mole para abandona-los.

  Devagarinho, girei a maçaneta que parecia de ouro de tão brilhante que era. Ela não iria ficar brava comigo, certo? Com sua própria filha... O problema era que, geralmente, o trabalho vinha na frente de qualquer coisa.

  Aos poucos, consegui ver alguns pedaços da enorme sala escura. Não havia muitas coisas, mesmo sendo grande. Encostado em uma parede, havia um banco preto com almofadas vermelhas. As paredes eram roxas em um tom quase preto e, apenas pequenas brechas na cortina deixavam que a luz entrasse no local. Na frente da cortina, estava uma mesa arrumada, com exceção de alguns papéis. Duas cadeiras estavam viradas para a mesa e, coincidentemente, para a mulher sentada em uma terceira cadeira, que mexia nos papéis.

  Assim que adentrei a sala, um frio percorreu minha espinha. O ar estava ligado no máximo e gelava a sala como se fosse uma geladeira.

  Ela pareceu me notar e ergueu seus olhos por cima dos papéis.

  - Lennox? – Pareceu surpresa em me ver. – O que faz aqui?

  - É uma longa história. – Abaixei minha cabeça.

  - Então acho melhor se sentar. Temos muito o que conversar. – Ela tirou seu óculos com uma mão enquanto, com a outra, apontou para a cadeira.

  - Olha, antes que brigue comigo, me dê uns bons puxões de orelha, só quero dizer que eu tentei impedi-los de virem até aqui, mas eles são muito insistentes e não pude fazer nada, principalmente pelo fato de que o garoto de cabelos verdes está perseguindo uma garota perigosa e não quer parar, ele não me escuta. – Joguei na defensiva enquanto sentava.

  - Calma, Lennox. Fale devagar. – Disse calmamente. – De quem está falando? Dos bladers do Japão?

  Assenti e nesse momento ela deu uma risada e me deixou um pouco confusa.

  - Eu já sabia que eles estavam vindo para cá. Só fiquei surpresa em te ver aqui.

  - Como assim, senhora?

  - Para me chamar de senhora, deve estar um pouco nervosa, não? Relaxe, eu não mordo. Enfim, fui eu quem mandou Jessie trazê-los aqui. Como deve saber, alguém está caçando-os e, aqui, estamos mais propensos a protege-lo. Agora, tê-la aqui é uma grande surpresa, principalmente depois de tudo que aconteceu. – Ela colocou uma mecha de seu cabelo negro para trás da orelha.

  Então, a pessoa que estávamos seguindo realmente era Jessie.

  - Você armou tudo isso? – Perguntei confusa. – E como conhece essa garota?

  - Sim, como estavam atrás dele, fiz um plano para trazê-lo para cá. E sim, eu conheço Jessie. Digamos que estamos, de certa forma, ligadas.

  Minha cabeça formou-se um nó. O que estava acontecendo? Jessie havia uma ligação com Alicia? Como elas se conheciam? O que Kyoya fazia no meio dessa história toda?

  - E por que você está interessada neles? – Foi a única pergunta que saiu.

  - Por causa de sua irmã. Na verdade, estou de olho nele a muito tempo. Uma das últimas coisas que ela me pediu antes de sumir, foi que protegesse-o e que o deixássemos em segurança. E, claro, como foi um de seus últimos pedidos, eu tive que fazer isso.

  Se minha “irmã” estava envolvida em toda essa história maluca, eu também, de alguma forma, estava.

  - Pelo que vejo, ainda não há noticias dela. – Falei e, imediatamente, Alicia abaixou seu olhar que já havia escurecido. – Então, eles se conheciam?

  - Parece que sim e ela sabia que ele estava com problemas e precisava de ajuda, não apenas de hoje, desde 6 anos atrás. Agora, o que faz aqui? Você sabe que ainda não cumpriu sua punição, certo? Preciso ser justa com os outros.

  - Acredite, não era meu plano aparecer aqui tão cedo, na verdade, queria me dar um tempo para pensar... Em tudo aquilo. Mas, não teve jeito, estou aqui a trabalho.

  - Trabalho? Precisamos entrar em detalhes. Você sabe que não posso te deixar ficar aqui sem motivos, são as regras.

  Expliquei para ela tudo o que estava fazendo, após vários puxões de orelhas e de me dizer como tudo aquilo era perigoso, ela permitiu que eu ficasse.

  - Mas tem uma coisa, Lennox. – Começou a falar. – Jessie. Não posso te deixar entrega-la, está bem?

  - Por quê? O que ela tem a ver com toda essa história? – Perguntei.

  - Podemos conversar sobre isso depois? Estou tão cansada e tenho tantas coisas para fazer.

  As olheiras já entregavam tudo. Do jeito que a conhecia, podia apostar que passara a noite inteira com todas aquelas papeladas, tentando ajudar seus queridos “alunos” e procurando ajudar da melhor forma possível, além de comprar mais materiais importantes.

  Já estava me despedindo quando me lembrei de uma coisa.

  - Alicia, você vai solta-los, certo? Eles precisam de, pelo menos, quartos decentes e uma boa acomodação. Além disso, quase todos estão de férias, sobrando vários quartos vagos, não?

  - Quem diria que você se importaria tanto com eles. Além disso o que eu não faço por você? E eu também já pretendia fazer isso.

  - Você não aumenta minhas notas, mas isso pode mudar a partir de agora.

  - Já falei que você e a Ki são minhas filhas de coração, mas, não vou fazer isso. Ah, e só para avisar, você e seus amigos irão frequentar as aulas enquanto estiverem aqui. Você precisa tomar cuidado também, qualquer coisa pode te deixar ainda mais encrencada. Lembre-se que suas “férias” ainda não terminaram e que tem muitas pessoas que ficariam muito felizes em ferrar com sua vida. Eu não posso te proteger. Fique longe da minha sala, entendeu?

  - E Ki? Ela continua teimosa?

  - Como sempre. - Sorriu.

  E, depois de colocar vários papos em dia e ficar mais relaxada, sai em direção a sala onde os bladers estavam aprisionados. Assim que cheguei, vi alguns veteranos “protegendo” a entrada, assim que me viram, torceram o nariz. Dei um enorme sorriso e mostrei-lhes uma carta que a diretora havia me dado. Eles reviraram os olhos, mas obedeceram e soltaram os bladers.

  Kyoya já havia voltado, mas, parecia quieto demais.

  - O que aconteceu? – Madoka perguntou.

  - Onde te levaram? – Foi a vez de Gingka.

  - Bull, bull, bull. Estamos livres! Como vamos sair daqui? – Benkei perguntou.

  - Onde estamos? – Yu ainda parecia em choque.

  - Como você conseguiu que eles nos soltassem? – Madoka perguntou novamente.

  E foi uma enxurrada de perguntas por todo o caminho. Até mesmo Nile e Tsubasa fizeram algumas perguntas. Seria um grande problema explicar tudo o que estava acontecendo.

  - Tá legal, agora chega! Eu não aguento mais nenhuma pergunta! Depois eu explico, prometo, mas, por favor, calem a boca, pelo menos por alguns minutos! Minha cabeça está explodindo! – Praticamente gritei.

  - Lennox? O que está fazendo aqui? Por onde andou esse tempo todo? Achou mesmo que podia simplesmente ir embora, sem dar satisfação nenhuma? Estou vendo como você se importa com a gente.

  - Jade, depois conversamos, está bem? Eu preciso colocar muita coisa no lugar e não estou com cabeça para drama. – Falei.

  - Está bem, nos vemos mais tarde. Vou aproveitar e terminar aqueles trabalhos chatos.

  A garota foi embora tão rápido quanto chegou. Só deu para ver um borrão e seu cabelo preto com mexas roxas balançando com o vento.

  - Quem é ela? Como ela te conhece? – Madoka perguntou.

  - O nome dela é Jade, ela é uma amiga minha. Ela me conhece porque eu morava aqui, junto com mais umas 600 pessoas. Olha, eu prometo que alguém ou eu mesma, vai explicar as coisas mais tarde, mas, chega de perguntas. Agora, vamos subir essas escadas. – Apontei para os degraus que levavam ao segundo andar.

  Quando estávamos subindo degrau por degrau na enorme escada de madeira, com um tapete vermelho sobre ele, dois veteranos apareceram. Era uma garota e um garoto. Ela tinha cabelos azuis claros e não tolerava o descumprimento de regras, não era má ou chata, era apenas rígida, muito rígida. Já o garoto possuía cabelo laranja e também era rígido, no entanto, chegava a fazer algumas brincadeiras e, uma vez ou outra, chegava a sorrir. Era a Chloe e o James.

  - Bem-vindos a Proelium I'onore. Meu nome é Chloe esse é o James. Nós somos monitores e estamos aqui para leva-los para seus quartos e iremos explicar como tudo funciona por aqui.

  - Esse estabelecimento seria como uma faculdade, no entanto, não é uma faculdade normal, aqui, não temos aulas de matemática, física, biologia, química, literatura, entre outras matérias normais. Só terão essas aulas se forem extremamente necessárias ou, caso seja necessário para alguma missão, mas essa matérias não são necessárias. Em compensação, serão adicionados outras matérias. Vocês aprenderão a lutar, se defenderem, sobreviver e se camuflarem, além de ficarem mais fortes, ainda terão amadurecimento psicológico.

  - Essa escola é secreta e apenas pessoas a quais a diretora convoca, de diferentes partes do mundo, sabem sobre ela e, uma das muitas regras importantes, é mantê-la em segredo.

  - O tempo que ficarem aqui, terão que frequentar as aulas, faltas só serão aceitadas caso o indivíduo esteja doente ou possua alguma autorização da própria diretora. Também terão que seguir as regras e agirem como qualquer outro aluno, não desrespeitando as autoridades. Qualquer infração sofrerá punições. Estamos aqui para ajudar, mas não queremos delinquentes. As punições são de leves a mais grave, podendo levar a suspensão imediata. Dependendo de seu comportamento, as coisas podem ficar muito sérias e isso seria muito ruim para vocês. – Chloe continuou e parecia falar automaticamente.

  - Terão hoje e amanhã para se organizarem, podem tirar o dia livre para fazerem o que quiser, exceto saírem sem permissão e darem uma festa. Qualquer advertência, tanto nossa quanto a de nossos mestres, serão convertidas em castigos. – James avisou.

  - Neste período, os alunos estão de férias e passeando com suas famílias, por isso os treinos serão bem mais leves do que geralmente são. Por esse motivo também, não verão muitos alunos pelos corredores, mas, não devem se importar com isso.

  - Os dormitórios são divididos entre meninos e meninas, pelas regras, quem for pego em um dormitório oposto ao seu durante a noite, será castigado. De dia, dependendo da ocasião, são permitidos, no entanto, precisam de supervisão.

  - Existem diversas classes e o horário muda para cada um de vocês, como são um grupo grande, provavelmente encontrarão um ou dois amigos na mesma sala, no entanto, é impossível que todos fiquem na mesma classe. Dependendo da dificuldade que cada um tenha, terão um treino especifico. – Eles não paravam de falar.

  - Não entrem em brigas. É estritamente proibido e, independentemente de quem tenha começado, ambos terão punições graves. – James olhou discretamente para mim.

  - Levaremos vocês para seus devidos quartos, arrumem suas malas e, amanhã, entre umas três horas, iremos leva-los para conhecer o prédio.

  - Logo, todos ficarão a par das regras, enviaremos papeis com elas para cada um de vocês, na minha opinião, acho melhor lê-las com atenção e até mesmo decora-las. Se quiserem ter uma boa convivência, aconselho segui-las à risca.

  - Lembrem-se, não somos seus inimigos, estamos aqui para ajuda-los. Qualquer dúvida com as regras, com os horários ou qualquer outra coisa, não excitem em nos procurar. Agora, alguém tem alguma pergunta? – Chloe perguntou.

  - Até quando ficaremos aqui? E por que estamos aqui? – Madoka perguntou.

  - Não sabemos ao certo, até quando for necessário. Vocês estão aqui porque lá fora é muito perigoso. – Chloe explicou resumidamente.

  E, assim, eles nos levaram até nossos quartos. O dormitório feminino e masculino não eram tão longes um do outro, mas, mesmo assim, seria muito difícil ver os garotos. Teria que pedir uma condição especial uma hora ou outra, senão, nunca reveria os garotos de novo sem ser durante as aulas e isso era muito chato. Provavelmente, a diretora negaria, mas, eu não podia abandonar meus amigos e nem tentar.

  Nem entrei no quarto praticamente, apenas joguei minha mochila na cama e prendi meu cabelo novamente, pois eles já estavam se soltando. E então saí.

  No caminho, vários olhares se concentraram em mim, parando tudo o que estavam fazendo. Parece que eu realmente havia ficado famosa, por mais que não tenha sido a intenção.

  - Alicia? – Chamei em frente a porta.

  - Pode entrar.

  Assim que adentrei o local, ela me encarou. Seus longos cabelos pretos caiam sobre seus olhos escuros.

  - Mas já? Não faz nem vinte minutos desde a hora em que esteve aqui. Lennox, eu te aconselhei a ficar bem longe daqui, não foi? Então o que faz aqui em minha sala? O que foi que aprontou dessa vez?

  - Nada. Na verdade, só vim pedir um favor. – Ela arqueou as sobrancelhas enquanto eu falava. – Sabe, já faz um tempo que não vejo alguns malucos e, bem, eu queria vê-los...

  - Então você quer que eu deixe eles visitarem o dormitório feminino ou deixe que você visite o masculino, certo?

  - Só por hoje, por favor! – Pedi.

  - Não seria mais fácil combinar com eles para se encontrarem no salão de jogos? Ou na própria sala de aula, na segunda?

  - Ali, não seria a mesma coisa. Eu quero mais... privacidade. Você sabe como os alunos dessa escola são curiosos e vão se meter na nossa conversa, principalmente agora que eu voltei.

  - Lennox, você sabe que regras são regras, não sabe?

  - As regras também dizem que a decisão da diretora é absoluta e, com a autorização dela, não há discussão. – Comecei a falar.

  - Não é bem assim. Precisamos obedecer as regras também. Existe o conselho, se as pessoas não gostarem das decisões que tomo, elas podem me depor. Então, não posso ficar tomando decisões precipitadas como essa. Além disso, já desafiei os outros uma vez ao decidir que Kyoya e seus amigos ficariam por aqui e, novamente, estou brigando por você, para que não te expulsem. Achou mesmo que eles te deixariam ficar tão facilmente? Estão jogando sujo para que eu te mande embora, sabia?

  - Você poderia tentar, por favor? Eu sei que é difícil, que você tem muitas coisas para fazer, mas, tem, no máximo, 80 pessoas na escola nesse período. E é por apenas um dia e ainda é sábado! Eu preciso muito vê-los. – Fiz bico.

  - Está bem, Lennox. Vou pensar, mas não prometo nada. Agora, acho melhor voltar para seu quarto. Só relembrando, você tem permissão para ir ver Kyoya a qualquer hora por ser seu trabalho, até avisei Chloe e James e vocês ficarão nas mesmas classes o máximo possível, mas, em algumas, não será possível. Você sabe que está bem mais na frente do que ele. Espero que isso te ajude a não sair prejudicada nessa sua missão.

  - Obrigada. – Disse enquanto me dirigia para fora.

  Andei por longos corredores passando por muitos lugares que me traziam diversas lembranças, tanto ruins quanto boas. Sempre que via alguém, mudava meu caminho para que a pessoa não me percebesse. Já havia tido muitos olhares para apenas um dia. Eu teria que me acostumar com aquilo.

  Enquanto andava por um corredor estreito e cheio de portas, observei algumas pinturas antigas e me lembrei de algumas coisas, como o dia em que eu e meus amigos havíamos quebrado o toque de recolher para jogarmos uma coisa que era uma mistura de vôlei com bola queimada, futebol americano e pega-pega no escuro. Acabamos sendo descobertos no meio do jogo por um professor e acabamos tendo que limpar as pinturas, no fim, acabamos fazendo ainda mais bagunça jogando espuma um no outro.

  Resolvi voltar para o quarto antes que encontrasse pessoas que não queria. Ele continuava o mesmo, com as mesmas coisas em seus lugares. Algumas horas depois de eu me jogar na cama e dormir um pouquinho, as meninas me fizeram uma grande surpresa ao entrarem em meu quarto, no caso, Madoka e Sam. Uma noite de garotas? Talvez não fosse uma má ideia. Sem Fernanda? Melhor ainda.

  - Então... Você tem ou já teve um namorado, Lennox? – Madoka me perguntou de repente.

  - Sim, já tive dois. Por quê? – Perguntei.

  - Por nada, só queria saber. Eu não sei quase nada sobre vocês, entende? E, são as únicas garotas que estão morando comigo em um bando só de garotos.

  - Entendo. Você precisa de amigas, não é? Então vai, pode fazer as perguntas.

  - Vocês terminaram? Por quê?

  - O primeiro, eu terminei com ele porque era muito machista. A cada momento ele ficava falando sobre como as garotas são inúteis e só servem como objetos sexuais. Aí, eu falei para ele que, já que garotas eram tão inúteis, ele devia arranjar um garoto para ficar com ele porque mais nenhuma garota ficaria. E foi isso.

  - Uau... Como você teve coragem de fazer isso? – Dei uma risada.

  -  Não tenho medo de pessoas daquele tipo. Se fizer alguma coisa contra mim, eu farei de volta. – Expliquei. - O segundo foi mais complicado... Na verdade, eu não iria terminar com ele se as coisas não tivessem ficado feias. Digamos que ele tinha personalidade dupla e isso era difícil, nossa convivência não estava muito boa.

  - Você não gosta de falar sobre isso, não é? – Madoka me perguntou.

  - Pode se dizer que sim. – Me espreguicei.

  - Deixa eu pensar... Por que você não gosta da Fer?

  - Quem disse que eu não gosto? – Dei um sorriso falso e ela me encarou. – Tá... É uma longa história envolvendo alguns amigos meus. Podemos dizer que nossa turma era dividida em duas partes e essas duas partes eram inimigas e é muito complicado explicar. Podemos falar sobre isso outra hora?

  - Fernanda também era daqui? – Madoka perguntou surpresa e eu assenti. - E vocês sabiam disso? Que era uma armadilha? E Sam, faz parte disso também?

  - Não. Na verdade, só conheço aqui porque já vim visitar a Lennox, mas não sou uma aluna. – Sam respondeu.

  - Por incrível que pareça, não. Acredite em mim, eu não fazia ideia do que estava acontecendo. Mas sim, tanto eu quanto Fernanda sabíamos que havia uma entrada em Elizabeth City, só não sabíamos que era ali, quer dizer, eu não sabia. – Expliquei.

  - O que mais ou menos é aqui?

  - Uma escola de luta. A maioria das coisas que sei, ou aprendi aqui ou com meu tio, por isso sei lutar tão bem.

  Ela continuou fazendo muitas perguntas e eu apenas respondia, sem problema nenhum. Até que ela veio com uma pergunta mais complicada.

  - Sam, e você? É uma blader não é? – Madoka perguntou.

  -  Sou. – Ela respondeu cautelosa.

  - Então por que você não batalha?

  - É que... Bem... Eu tenho um pequeno problema em controlar ele, entende?

  - Qual seu bey? – Madoka estava mais curiosa que o normal.

  - Warrior. – Respondi interrompendo-a.

  - Nunca ouvi falar desse bey... Posso dar uma olhada nele? Talvez alguma peça esteja errada, por isso não vai do jeito que você quer. – Ela explicou.

  Sam me olhou preocupada, com cara de: “O que eu faço agora? Me ajuda.”

  - É... Acho que não tem nenhuma peça faltando, não. Acho que ele não é compatível com ela, por isso não dá certo. – Distrai ela por um tempo.

  - Não acho que seja isso. Além disso, não custa nada dar uma olhada, certo? – Insistiu.

  - Na verdade, não estou com ele aqui comigo. – Sam comentou.

  - Que pena, seria um prazer vê-lo. Mas, onde você conseguiu-o?

  - Meu pai me deu. – Respondeu.

  Madoka ia perguntar alguma coisa, quando ouvimos passos rápidos no corredor.

  - Mas o q... – Comecei a falar mas fui interrompida quando a porta do quarto foi aberta com força, batendo na parede.

  Um garoto entrou no local ofegante e risonho, com algumas roupas na mão.

  - Lennox! Eu sabia que você iria voltar. Agora, me ajuda a esconder essa roupa?

  - Você não fez o que acho que fez, não é? – Perguntei.

  - Ele está vindo! – Outro garoto, de cabelo moreno, entrou.

  - Isso vai ser ótimo. – O garoto que entrou primeiro começou a rir.

  - Nathan, eu vou te matar! – Ouvi alguém gritando.

  E, mais um garoto entrou, mas esse estava nu, com apenas uma toalha na altura da cintura.

  - Que diabos você pensa que está fazendo? Ficou maluco? Quer morrer? – Ele pareceu nos notar e corou. – É... Oi Sam... Lennox... Garota que eu não conheço.

  Nathan e o outro garoto caíram na gargalhada e já estavam até perdendo o folego, mas não conseguiam parar.

  - Eu... Falei que... Isso ia... Dar certo. – Nathan mal conseguia falar.

  - Vocês poderiam, por favor, devolver minhas roupas? – O garoto de toalha perguntou incrivelmente corado.

  - Claro, tomate. Pode ir pegar. – Ele ia tacar pela janela, mas eu impedi.

  - Devolva para ele e não faça isso. Deixa o garoto, coitado. – Me virei para ele. – Se troca lá no banheiro.

  - Por que você acabou com a brincadeira? – Os dois perguntaram enquanto o outro ia para o banheiro com as roupas na mão.

  - O que vocês estão fazendo aqui? Se Chloe ver algum de vocês, estarão ferrados. – Encarei-os, séria.

  - Posso saber o que ela pode fazer dessa vez? Recebemos permissão para vir aqui, agora quero ver o que aquelazinha pode fazer. – Nathan mostrou a língua.

  - Aposto que a permissão não vale para trazer seu amiguinho ali completamente nu para o dormitório feminino. – Cruzei os braços.

  - Isso é outra história. – Ele coçou a nuca.

  - Err... Vocês se conhecem? – Madoka perguntou confusa.

  - Sim. – Respondi.

  - Claro, docinho. E você, quem é? – Perguntou enquanto se aproximava, deixando Madoka assustada. – Até que é bonita.

  - Calma Madoka, ele só está brincando. – Expliquei.

  - Relaxa, estava brincando. – Ele riu. – Já tenho a minha garota. Enfim, sim, nos conhecemos. Ela quase foi minha namorada.

  - QUASE. – Falei antes que o Nathan falasse alguma coisa pior.

  O garoto que antes estava nu, saiu do banheiro vestindo uma camisa branca com uma jaqueta xadrez e uma calça jeans, enquanto enxugava seu cabelo loiro com a toalha.

  - Então você por aqui, senhorita durona? Por isso que esses dois estão tão agitados desse jeito. – Ele falou.

  - Bom te ver de roupa, Dylan – Provoquei.

  Olhei de soslaio para Sam, Nathan fez o mesmo. Como imaginei, ela estava corada.

  - Acho melhor deixar vocês dois conversarem. – Madoka foi para a porta, abrindo-a.

  - Concordo. – Dylan e Ethan (O outro garoto que entrou no quarto) disseram em uníssono. – Não queremos ficar de vela.

  - Vela? Podem voltar aqui! – Mandei.

  Mas todos, incluindo Sam, já haviam saído.

  - Para de drama, Nox. – Ele me puxou pela cintura, colando nossos corpos.

  - Não começa, Nathan. – Empurrei-o, mas ele não me soltou.

  - Qual o problema? Você está solteira agora, não está? Eu estive tocando nossos narizes.

  - Eu não quero. – Virei o rosto.

  - Você está gostando de outra pessoa, não é? – Me soltou. ­

  - Não é isso... Eu não quero me relacionar com ninguém, entende? Isso só me atrapalha.

  - Lennox, o amor existe. Não é porque você teve uma desilusão amorosa que vai ser assim para sempre, você tem que seguir em frente.

  - Nathan, por favor, chega. Se quiser falar comigo, que seja sobre outra coisa. – Cruzei os braços sob meu peito, na defensiva.

  Ele concordou.

  - Como andam as coisas por aqui, Nath? – Perguntei me sentando na cama.

  - Como sempre foram, sabe? Alicia estava um pouco triste, pois ela sente sua falta e as coisas ficaram quietas demais. O clima ficou pesado por vários meses, mas, fizemos de tudo para deixar as coisas mais divertidas e sem toda essa tensão. Agora, preciso saber de outra coisa. Sam. Ela está bem?

  - Podemos dizer que sim, mas, ela ainda não pode batalhar. Não precisa se preocupar tanto, esse problema não é tão grande, desde que não tenha nenhuma batalha, podemos controlar.

  - Você sabe que eu preciso me preocupar com ela. Sam é como se fosse minha irmãzinha... Ela ainda gosta do Dylan?

  - Parece que sim, mas já está superando.

  Ficamos conversando por um tempo, até a fome bater. Mandei-o embora de meu quarto e fui tomar banho. Não demorei muito, no entanto, se demorasse mais, o horário iria acabar e eu ficaria sem comer nada. Coloquei qualquer roupa que achei e penteei meu cabelo bem mal penteado e logo sai correndo pelo corredor. Regra número 12: Não corra pela escola, quebrada com sucesso.

  No caminho, perto da escada, acabei trombando com alguém. Fiquei norteada por um tempo, mas, assim que me recuperei, percebi que era uma garotinha com cabelos dourados e ondulados, com belos olhos azuis claros, quase como o céu. Não devia ter mais de 9 anos.

  Achei muito estranho ter uma garota tão jovem por ali. Geralmente, a diretora não aceitava ninguém com menos de 11 anos, então, ou ela era uma garota prodígio ou havia se perdido, como os bladers.

  - Olá. – Cumprimentei-a. – Qual seu nome, garotinha?

  - O meu? – Ela tinha sotaque japonês. – É... É Emi...


Notas Finais


Então é isso. Vou aproveitar todo aquele discurso que fiz e homenagear todos aqueles que morreram jovens em acidentes, assassinatos, etc. E, voltando ao acidente da Chapecó, 5 pessoas da minha cidade e de cidades vizinhas, morreram nesse acidente. 1 era interlocutor e 2 eram jogadores e 2 jornalistas, então, queria apoiar toda a família.
Queria me desculpar pela demora para postar, essa semana estava cheia de provas e na sexta e sábado, foi aniversário da minha prima e a despedida da minha classe. Então, é isso. Espero que tenham gostado da fic e me desculpem a demora. Só mais uma coisa, não sei se consigo postar outro capitulo nessa semana, mas tentarei postar quinta ou sexta. Se não conseguir, postarei semana que vem na quinta. Bjss de morango!


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