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História The Legendary Dragons. - O plano mais bem elaborado do mundo... Só que não.


Escrita por: Jessie_Sunshine

Notas do Autor


Oii! Td bem! Como falei, não é especial de natal, mas, mesmo assim, espero que gostem. Feliz natal para todo mundo! Aqui está meu presente de natal para vocês, não foi o melhor capitulo que já escrevi, mas, eu gostei e espero que vocês também. Então é isso, feliz natal para todos você e, caso alguém vá viajar, boa viagem. Obrigada por ler! Bjss de morango e... BOA LEITURA!

Capítulo 16 - O plano mais bem elaborado do mundo... Só que não.


Fic cap. 17

16. O plano mais bem elaborado do mundo... Só que não.

  - Kyoya, espero que esteja preparado. Iremos invadir o quarto de Lennox para pegarmos informações.

  - Espera... O quê? – Perguntei confuso.

  - Você é burro assim mesmo ou fez curso? – Ryuga revirou os olhos.

  - Olha, Kyoya, só precisamos descobrir o que está acontecendo, o motivo de estarmos aqui. – Gingka tentou explicar.

  - E o que a Lennox tem a ver com isso? – Arqueei as sobrancelhas.

  - Tudo. Pense bem, ela faz parte daqui, não faz? Então, ela sabe o que está acontecendo. Talvez, ela tenha nos atraído para essa armadilha de propósito. Ela pode ter nos traído, certo? – Gingka concluiu.

  - Não acho que ela tenha feito isso. – Cruzei os braços.

  - Qual o seu problema? Lennox está te manipulando? Até pouco tempo você odiava-a... – Ele franziu o cenho. – Enfim, acho que, talvez, eu não devesse ter levado ela para a nossa casa. Na época, eu confiava nela, mas, não sei se posso continuar com isso, acho que foi a decisão errada. Tem alguma coisa errada com ela e precisamos descobrir o que é.

  - Ótimo, mas o que eu tenho a ver com isso?

  - Está brincando, certo? – Gingka parecia... pasmo. – Você não quer mesmo descobrir sobre os segredos que ela esconde?

  Gingka e Ryuga estavam na frente da porta de meu quarto, tentando me convencer a entrar numa tremenda fria, envolvendo entrar no quarto de Lennox. Eu até iria, sem pensar duas vezes, mas, dois motivos me fizeram reconsiderar essa ideia. 1) Eu queria descansar, não sair em uma missão impossível. 2) Se Lennox fosse mesmo irmã de Sam, eu não queria ter problemas com ela, quer dizer, não mais do que eu já tinha.

  - Precisamos descobrir o que está acontecendo e se realmente podemos confiar nela. Você não vai mesmo nos ajudar? – Gingka já estava quase implorando.

  - Olha só, Gingka. Você confia até no Ryuga, uma pessoa que era seu inimigo até alguns meses atrás. Agora, só porque a garota estudou em uma escola para pessoas órfãs, ela não é confiável? – Olhei para Ryuga que parecia irritado.

  - Órfãs? – Perguntou.

  - Se você perceber, a maioria das pessoas que estão aqui são órfãs. – Expliquei.

  - Eu não estou te entendo Kyoya. Por que está protegendo ela?

  - Não estou protegendo-a, só estou tentando tirar essa ideia maluca da sua cabeça. Já pensou o que pode acontecer? Além disso o que você quer descobrir? E como?

  - Qualquer coisa que nos ajude a descobrir o que está acontecendo. Como? – Ele sorriu. – É simples, só precisamos ir no quarto dela e esperar que saia.

  - Como se fosse simples assim. – Me surpreendi pela burrice dele e olha que eu já estava acostumado com isso. – Tem tantos erros que nem sei por onde começar. Você se esqueceu que não podemos ir ao dormitório feminino? E, como pensa que pode tirar Lennox de seu quarto?

  - Você tem tanto medo dessa gente ao ponto de obedecer regras de um lugar que você nem conhece? O que eles podem fazer? Nos colocar de castigo? Abaixar nossa nota? Nos expulsar? – Ryuga debochou.

  - Que tal... Nos matar? Acho melhor pararem de acusar as pessoas sem provas.

  - Kyoya, não estamos acusando a Lennox de nada, é só que ela tem algo diferente, acho que ela é nossa maior pista. – Gingka tentou me convencer.

  - Você realmente acha que ela está ligada a tudo isso? Que seria capaz de ameaçar a todos nós? – Perguntei.

  - Sim. Acho que ela anda nos espionando. – Disse.

  - Por que precisam de mim?

  - Não precisamos. Você não serve de nada para nós. Gingka apenas colocou na cabeça que você iria querer participar de qualquer jeito. Eu falei que ele era inútil, que era apenas um peso morto, só nos atrapalharia.

  - Ryuga, não faça isso se tornar ainda mais complicado. – Gingka interferiu.

  - Olha só, se isso não fosse importante, acha mesmo que eu estaria aqui? Ajudando vocês? Suportando os dois? – Ryuga começou. – Então, ou você vem, Kyoya, ou dê o fora, saia de nosso caminho. Só não confunda paixãozinha com confiança, deixe de lado você estar caidinho por ela quando for fazer uma escolha.

  - Sabe, Ryuga, eu não tenho culpa se você não tem ninguém. – Provoquei. - Se ainda não percebeu, minha namorada é a Fernanda e não a Lennox.

  - Tá legal, chega vocês dois. – Gingka nos interrompeu. – Você vem ou não?

  - Depois de tudo isso, ainda insistem? Está bem, eu vou, mas, se algo der errado, não venham me culpar.

  Como pensei, o plano não foi tão fácil como haviam falado. Haviam pessoas que nos observavam, como se fossemos uma atração de circo. Além disso, James, o representante de... dormitório? Acabou nos parando.

  - Aonde estão indo?

  - Pegar alguns pertences nossos que estão com a Lennox. – Respondi rápido.

  - É proibido ir ao dormitório feminino. – Ele cruzou os braços.

  - Nós só vamos pegar nossas coisas, não tem problema nisso, não é? Ou terei que pegar uma permissão especial apenas para isso? – Joguei minha carta.

  - Por que não pede para alguém pegar para você?

  - Como você mesmo disse, não podemos ir ao dormitório feminino. Como poderíamos pedir para as garotas pegarem para nós? E, mesmo que pedíssemos, como elas nos entregariam?

  - Poderiam pedir durante as refeições, atividades de lazer ou horas livres. Elas poderiam entregar-lhes no pátio ou pedirem para um responsável trazer.

  - Não conhecemos nenhum responsável, além de você e daquela garota que, aliás, parecem estar bem ocupados no momento. Então, pensamos que poderíamos fazer isso por nós mesmos, não atrapalhando ninguém. – Improvisei.

  - Infelizmente, está certo. Como estou muito ocupado com os seus horários, não poderei pegar esses seus pertences então, dessa vez, deixárei-los ir lá. Não se acostumem, isso não acontecerá novamente. E, lembrem-se, estaremos de olho.

  Ele seguiu seu caminho, deixando-nos passar. A primeira parte estava completa, a seguinte, seria enrolar a Lennox e tira-la do quarto, enquanto procurávamos o que quer que fosse que Gingka tanto queria.

  Desci as escadas do 3° andar em direção ao 2°, onde ficava o dormitório feminino. Os dormitórios não tinham nada de mais, eram um corredor gigantesco, em formato de círculo, com várias e várias portas com números. E, como o corredor era “ao ar livre”, sendo aberto, apenas parapeitos evitavam que alguém escorregasse e caísse. Para cortar um pouco a sequência de portas e mais portas, em um canto, havia uma parede com uma janela enorme e uma cortina marrom.

  - Alguém sabe qual o quarto da Lennox? – Perguntei.

  - De acordo com a Madoka, o quarto tem um desenho de fogo com um leão no centro. – Gingka comentou.

  - Tá, mas qual o número? – Perguntei.

  - Acho que ela esqueceu de ver. – Ele deu uma risada e colocou a mão na nuca.

  Pois é, todas as portas são exatamente iguais, sem exceções, no entanto, acima da porta, tem uma pedra decorando, em cada uma, há um desenho esculpido, a minha, por exemplo, era de uma folha com uma girafa no centro.

  Tivemos que andar pelo corredor a procura desse quarto por longos minutos. Por sorte, não havia muitas garotas fora de seus quartos e, as poucas que haviam, não faziam perguntas.

  Depois de algum tempo, finalmente achamos o quarto de Lennox.

  - E agora? – Perguntei.

  - Agora, você vai distrair a Lennox enquanto entramos. – Gingka falou.

  - Ótimos, agora sei o motivo para me quererem aqui. Uma isca... – Revirei os olhos.

  Excitantemente, bati na porta, esperando resposta. No entanto, ninguém me respondeu, por isso, abri ela só um pouquinho, o suficiente para espiar pela brecha.

  - Ela não está aqui. – Disse por fim.

  - Tem certeza? – Gingka perguntou.

  - Não. Mas não a vejo em lugar nenhum e as luzes estão apagadas, então...

  - Então vamos entrar. – Ele concluiu.

  Entramos sem problemas nenhum e começamos a bisbilhotar suas coisas, em busca de... não faço ideia. Procuramos nas prateleiras, em baixo da cama, no guarda roupa, na escrivaninha, nas cômodas... Enfim, em todos os lugares mas, não achamos nada. Pelo menos não até Gingka revirar a mochila dela e retirar uma pasta de lá.

  - O que é isso? – Perguntei cessando as buscas.

  - Você não vai acreditar. – Comentou.

  Peguei-a na mão e examinei-a. Na capa, havia meu nome e uma foto bem atual minha, tirada a poucos meses. Abri-a e vi outras informações, como idade, origem, ocupação, família e a minha biografia. Não li tudo, mas, o que li, percebi que era tudo real, informação verdadeira. Na minha biografia, não aparecia nada sobre alguns problemas que tive, o que já era um alívio. Pelo menos sobre aquilo, Lennox não poderia usar contra mim. Ela não sabia sobre meus segredos, bom, pelo menos não sobre os mais profundos.

  - Como ela conseguiu isso? – Pensei alto.

  - Não faço ideia. – Gingka respondeu.

  - E o que é isso? – Ryuga franziu o cenho, ainda não havia visto.

  - Informações. – Respondi. – Sobre mim.

  - Está vendo? Tem certeza que ainda pode confiar nela? Parece que alguém anda nos espionando, principalmente você.

  - Por que você se importa com isso? – Perguntei. – Enfim, falaremos sobre isso mais tarde. Agora, precisamos arrumar essa bagunça, Lennox pode perceber que alguém entrou aqui.

  Não havíamos feito muita bagunça, havia apenas algumas roupas e objetos jogados no chão. Em poucos minutos, menos de 5, tudo já estava exatamente como antes.

  - Só precisamos sair e...

  Fui interrompido nesse momento por passos que ecoavam pelo corredor. Eles pareciam estar cada vez mais perto e, do nada, parou. Ouvi um barulho de chaves chacoalhando, mas, então, ela percebeu estar aberta. A maçaneta começou a ser aberta, tinha poucos segundos para me esconder. Eu podia ir no parapeito da janela e escalar mas, não sabia se daria tempo e não podia arriscar. Rapidamente, fui para baixo da cama de casal, um lugar meio óbvio, mas, melhor do que ser pego sem tentar.

  Lennox entrou, pude vê-la, quer dizer, pude ver seus pês indo em minha direção e deitando-se em cima da cama.

  Não sabia como eu poderia sair de lá, não podia nem mesmo me mexer, pois eu poderia acabar estragando tudo. Sempre que eu pensava em sair, pensava duas vezes, ela poderia estar muito bem acordada, além disso, se desse para sair, Gingka e Ryuga já teriam saído do esconderijo, já que tinham uma visão melhor dela do que eu. Depois de uns 40 minutos, decidi me arriscar e sair de lá, no entanto, no mesmo minuto, alguém bateu na porta e Lennox foi ver quem era.

  Madoka e Sam entraram e começaram a falar. Se minha adrenalina não estivesse tão alta, eu teria dormido com toda certeza. Elas não paravam de falar, fazendo um milhão de perguntas. A minha salvação, foi um bando de garotos entrarem lá também, agora, o que um deles fazia completamente nu, apenas com uma toalha, eu não sei. Eu já não estava entendendo mais nada, estava completamente confuso. Pelo menos, assim que o garoto se trocou, quase todos saíram do quarto, sobrando apenas Lennox e um tal de Nathan, que começaram a conversar sobre um assunto meio estranho. Se continuasse daquele jeito, as coisas começariam a esquentar e eu não queria ficar no meio. No entanto, após Lennox rejeita-lo, eles começaram a falar sobre aquele lugar e aquelas coisas.

  Depois de algum tempo, ela expulsou o Nathan de seu quarto, pediu para Sam encontra-la mais tarde no refeitório e foi tomar banho. Por sorte, nem Gingka nem Ryuga haviam se escondido no banheiro. Aproveitamos essa oportunidade e saímos de lá.

  Já eram sete e meia da noite, do dia 12 de Fevereiro... O tempo estava passando bem rápido. De acordo com a Jessie, a janta era das sete as oito, então, ainda havia meia hora, não precisava me preocupar... Além disso, não estava com fome, pois, mais cedo, havíamos comido em um restaurante japonês.

  Fui para meu quarto e fiquei deitado na cama por um longo tempo, me virando de um lado para o outro, tentando dormir. No entanto, fui, mais uma vez, interrompido por uma batida na porta. Olhei para o relógio que marcava 8:27. Com certeza, já havia perdido a janta e James queria saber o motivo, só podia ser ele.

  Relutantemente, fui até ela e abri-a. Um pouco ansiosa, outra pessoa estava parada na minha frente.

  - Lennox? – Olhei para ela, surpreso.

  - Kyoya, eu preciso te fazer uma pergunta muito importante, então, me escute com atenção. – Disse em um tom urgente.

  - O que foi? – Talvez ela tivesse descoberto que havíamos ido em seu quarto...

  - Eu sei que você não gosta de falar sobre isso, mas, preciso saber, é importante.

  - Então fala, Lennox. Não enrola. – Apressei-a, impaciente.

  - Você, por acaso, tem alguém da família, qualquer membro, que ainda esteja vivo? – Perguntou por fim.

  Aquela era uma pergunta estranha... Na ficha, falava o nome dos meus parentes, mas não se estavam vivos ou não. Talvez, ela quisesse atualizar a lista.

  - Sim... Quer dizer, eu acho. A última vez que conferi, sim. Por quê?

  - E eles tem quantos anos, mais ou menos?

  Excitei e ela suspirou.

  - Calma, Kyoya, não farei nada de ruim com essa informação, não farei nada com eles, eu prometo. Só preciso ter certeza de uma coisa.

  - Está bem. Tenho uma prima de 18 anos, um primo de segundo grau de 16 e uma prima de 9. Por que quer saber?

  - Eu só preciso ter certeza de uma coisa... – Repetiu.

  Segurei-a pelo braço, enquanto ela ia embora e a puxei para que olhasse para mim.

  - O que você quer com eles? Eles não são brinquedos, são as únicas coisas, as únicas partes, do que antes era uma família. Se machuca-los, não serei tão legal quanto estou sendo, entendeu?

  - Eu prometo que não farei nada com eles, prometo mesmo. Mas, quero que você me faça um favor. Preciso que fique aqui. Você pode até pensar que isso é uma prisão, que é um orfanato, mas, acredite, esse lugar vai te ajudar mais do que pensa. Falo isso por experiência própria. Ah, e, quem sabe assim, você aprende a se esconder? Acha mesmo que, em baixo da cama é um bom esconderijo? Pelo menos, o Ryuga foi melhorzinho, ficando no parapeito. Já o Gingka... não vou nem falar nada.

  - Então você... você percebeu?

  - Claro, eu fui treinado para isso. Além disso, eu coloquei armadilhas pelo quarto inteiro, na maçaneta da porta, na janela, no guarda roupa... Enfim, o que quero saber é... Acharam o que procuravam? – Ela abaixou a cabeça.

  Indeciso se falava ou não, acabei assentindo.

  - Só mais uma coisa, você perdeu o jantar só que, se você ir para o refeitório, eles sempre dão bolachas para os atrasados de plantão, olha que sei do que estou falando, viu? – Ela riu. – Agora, tenho que ir. Até mais.

  Ela se dirigiu a escada, indo embora sem me explicar o motivo de ter me feito aquelas perguntas.

  Resolvi explorar aquele local, já que não havia mais nada para fazer e dormir não estava adiantando.

  Mais uma vez, lá estava eu descendo aquelas escadas. Se continuasse naquele ritmo, iria virar um palito em pouco tempo. Talvez, eles tivessem feito daquele jeito, sem elevador, como parte de treinamento, certo? “Quem conseguir subir as escadas mais rápido, vence!” Se os treinamentos fossem daquele jeito, eu estaria bem morto. Agora, se fosse um treino básico, ficaria bem. Quem me dera ser tão simples quanto na academia...

  Cheguei no primeiro andar um pouco ofegante, por ter descido rápido demais. Aquele mini coma e a sobra da ceia de natal, não haviam ajudado muito, haviam me atrapalhado mais do que pensava.

  A primeira coisa que fiz, foi olhar para cima. O segundo, o terceiro e o quarto andar eram abertos, dando um belo espaço para um lustre bem grande. Ali, era um hall de entrada, assim como o da mansão, com vários quadros, um tapete marrom, as paredes eram roxas e o chão de madeira.

  Algumas pessoas me encaravam, parecendo um pouco confusas. Deviam ser as pessoas mais atrasadas, como eu, que eram os últimos a saberem das novidades. Além disso, o que um blader estaria fazendo ali? Isso, com certeza, não era normal. Mas, também havia algo a mais no rosto deles, uma cara de espanto, não era apenas por ser anormal ver alguém como eu lá, tinha alguma coisa a mais. No entanto, deixei isso de lado e segui meu caminho.

  Ao andar um pouco por ali, percebi que, as portas e corredores ao lado direito, levavam as salas de aula e aos banheiros, além de salas de pesquisa escolar e algumas outras coisas, já o lado esquerdo, levava a lugares para passar o tempo, como sala de jogos, sala de informática, biblioteca e o refeitório.

  Acabei entrando no refeitório, que era decorado com belos lustres pendurados em lugares estratégicos, que iluminavam o local. Haviam cinco mesas de madeira bem compridas, com, mais ou menos, cinquenta lugares cada. Elas tinham panos vermelhos em cima, candelabros e, decorando-as, algumas cestinhas de flores. Não haviam muitas pessoas, mas, considerando que não havia visto muitas pessoas juntas em um mesmo local, tinha mais do que havia visto, umas 15 ou 16. Todos estavam com canecas na mão e com pratos com bolachas dentro.

  No meio de um grupo de pessoas, encontrei Sam que logo veio falar comigo.

  - Kyoya, você viu a Lennox?

  - Sim. – Respondi. – Ela foi me fazer umas perguntas estranhas e depois correu para o dormitório feminino. Por quê?

  - É que faz tempo que não a vejo e ela não é de perder comida. Além disso, ela me falou que logo estaria aqui, e já vai fazer uma hora que ela me falou.

  - Ela deve estar no quarto dela, entretida com alguma coisa. – Dei de ombros.

  - Você poderia ir ver para mim? – Jogou seu olhar de pidão.

  - Esqueceu que não posso ir no dormitório feminino? – Dei uma desculpa.

  - Claro que pode. Desde quando você obedece as regras? – Franziu o cenho. – Além disso, a diretora permitiu.

  - Sam, eu não vou, não quero ir. – Fui sincero.

  - Por favor! Eu faço qualquer coisa! – Implorou.

  - Por que você não vai? – Perguntou.

  - É...é que... vou estar ocupada... – Gaguejou.

  - Alguma coisa me diz que tem o nome Ryuga no meio. O que está rolando entre vocês? – Ela corou. – Enfim, faria qualquer coisa mesmo?

  Ela assentiu, um pouco relutante.

  -  Até mesmo trair a confiança de sua querida amiga Lennox? – Sorri.

  - N-não. – Gaguejou novamente.

  - Nada feito, então. – Roubei uma bolacha dela.

  - Está bem, eu faço. O que você quer que eu faça?

  - Quero saber o motivo dela ter uma ficha sobre mim, com muitas informações confidenciais. Quero saber sobre tudo, o motivo de vocês realmente terem ido para o Japão e a relação da Lennox comigo, incluindo sobre a irmã dela. – Sam se assustou um pouco.

  - Como você sabe sobre isso? – Perguntou.

  - Algumas pessoas as vezes deixam escapar. – Comentei.

  - Okay... Promete que vai ver se ela está bem?

  - Prometo.

  - Depois, me procure que te darei essas suas respostas. – Ela saiu correndo.

  Eu esperava que Sam me desse o pagamento adiantado, mas... Mesmo assim, eu teria que cumprir com a minha parte do acordo e era melhor fazer isso logo.

  Lá fui eu, mais uma vez, subir aquelas escadas. Não aguentava mais vê-las, no entanto, era necessário.

  O quarto da Lennox ficava ao lado direito da escada e era o número 17 de 200.

  Quando estava indo para seu quarto, me deparei com uma garota baixinha encostada no parapeito, um pouco ansiosa. Ao me aproximar, percebi que era loira, seu cabelo era ondulado e seus olhos eram azuis claros, tão branca quanto a neve, parecia até mesmo um fantasma, no entanto, as bochechas eram bem rosadas, tanto quanto seus lábios. Ela usava um vestidinho azul, da cor do céu, com um lacinho no meio.

  Congelei por um tempo, sem saber o que fazer, um filme passou pela minha cabeça. A garota estava muito distraída para perceber minha presença.

  - Ei, Kyoya... Sabe, o que acha da gente fazer um clubinho?

  - Claro, Aki, como se desse certo. – Respondi.

  - Eu acho isso uma boa ideia, só precisamos de um lugar para montarmos nossa base secreta. – Sam sorriu.

  - Não comecem. – Falei.

  Estávamos deitados no gramado de um parque, Kaito e Nara já haviam dormido, ali mesmo, enquanto os outros foram comprar alguma coisa para comer. Sem motivo algum, as garotas começaram a falar sobre a gente formar um tipo de organização secreta. Eu tentava convencê-las de que aquilo era perigoso e éramos muito novos, mas, ambas eram cabeças duras e não me escutavam.

  - Imagina como seria legal, Kyo. – Sam tentou me convencer.

  - De jeito nenhum. Vocês vão acabar morrendo.

  - Nós sabemos nos cuidar, Kyo. – Ela sorriu. – Olha! Aquela ali tem formato de um barco!

  - Aonde está vendo isso? Eu só vejo... nuvens. – Falei.

  - Use sua criatividade, Kyoya. – Akeni falou.

  - Eu não consigo ver nada. – Admiti.

  - Algum dia você vai ver. – Akeni falou. – Agora, aonde vamos por esse nosso esconderijo?

  - Aki, você anda assistindo muito Scooby doo. – Falei.

  - Pode até ser, mas quero a nossa base! E quanto antes melhor!

  - Concordo! – Sam falou.

  - Sério? Se eu arranjar um lugar para nós, vocês param com essa história de investigar coisas que não existem?

  - Não. Mas paramos de te irritar. – Falaram em uníssono.

  Algumas horas depois, levei-as para a casa de minha tia, no fim da floresta. Ela não ficava muito por lá, pois trabalhava o dia inteiro, assim como meu tio. A casa era enorme e tinha uns 6 ou 7 quartos.

  - Tem certeza de que ninguém vem aqui? – Sam perguntou.

  - Quem você acha que viria no final da floresta? Só vocês, seus malucos. – Respondi.

  De repente, uma criança passou correndo pela sala.

  - Quem é essa? – Sam perguntou com os olhos brilhando.

  - Essa é Emi, minha prima. – Respondi.

...

   - Emi? – Chamei por fim. – É você?

  - Kyoya! – Ela me abraçou apertado.

  - O que está fazendo aqui? Como chegou aqui? Cadê sua irmã?

  - Calma, Yoyo! Devagar!

  - Quantas vezes eu preciso te pedir para não me chamar assim? – Suspirei.

  - Não era para você ter me encontrado. – Fez biquinho. – A Lennox ia te fazer uma surpresa...

  - A Lennox? Você conhece ela?

  - Sim. Ela me encontrou no meio do caminho e disse que era sua amiga...

  - Depois conversamos sobre isso. Onde ela está? – Perguntei.

  - Kyoya, eu preciso falar com você sobre isso... Lennox está com problemas. Você precisa ajudar ela. – Emi disse.


Notas Finais


Então, é isso. Lembrando que, semana que vem, a última semana do ano, será, provavelmente, o último capitulo que postarei antes das minhas "férias". Provavelmente, postarei na sexta ou no sábado, como presente para vocês! Só uma pergunta, já fiz ela para a Angel, mas, queria fazer para todos vocês, o que acham de eu postar essa fic no Nyah? Acham que compensa? Obrigada por ler! Espero que tenham gostado. Agora, tenho que correr, porque já era para mim estar lá e nem tomei banho ainda. É isso. Bjss de caramelo! (N.S: Quem falou em caramelo? Eu amo caramelo!)


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