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História The Legendary Dragons. - Odeio quando valentões são ex-namorados de...conhecidos?


Escrita por: Jessie_Sunshine

Notas do Autor


Oii! Td bem? E, para começar o ano bem, aqui está um capitulo atrasado! Sinto muito por isso, dessa fic inteira, esse foi o capitulo em que mais tive o famoso bloqueio criativo (Além disso, não lembrava que o ano novo era tão corrido assim). As vezes isso acontece, mas, não se preocupem, não é muito comum de acontecer, principalmente quando eu me planejo. Agora, acho que já vou para os avisos.
1-) Vou começar a postar essa fic no nyah também, então, peço para quem tenha conta, continuar me seguindo (principalmente pelo fato que eu apanho muito desse site.)
2-) Como já sabem, agora eu vou entrar de "férias" porque esse começo do ano é meio complicado para mim, mas, vou escrever a fic diariamente, apenas não vou postar. Queria ter terminado no outro capitulo, onde encerraria a fase 1 da fic e começaria a fase 2, no entanto, por ter demorado esse capitulo, precisarei terminar assim mesmo, me desculpem mesmo. Tentarei recompensa-los quando voltar.
3-) Criei uma página no face sobre essa fic. Quem quiser visita-la, o link estará na descrição. Fiz ela com o objetivo de vocês terem noticias sobre a fic, saberem se irei demorar um pouco mais para postar, o dia que voltarei de férias, algumas informações sobre os personagens, etc. Caso tenha ideias para a pág, podem dizer que lerei todas, por exemplo, um álbum para postar desenhos dos fãs, (sim, eu já criei esse álbum com um desenho meu, agora preciso preenche-los com desenhos seus.) cosplays (caso alguém queira. Não postei ainda porque nunca fiz um cosplay, no entanto, caso alguém tenha feito ou queira que eu crie esse álbum, é só avisar.) Enfim, comentem o que querem que tentarei colocar. (OBS: Não precisa ser aqui, pode ser na página ou no privado.) Lembrem-se, vocês não são obrigados a curtir a página, nem visita-la. Criei apenas com o intuito de não deixar que fiquem desinformados. Só mais uma coisa, se quiserem, podem me cobrar lá, perguntarem se já escrevi o tanto de páginas que me responsabilizei a escrever por dia (Sério, podem cobrar. As vezes posso ser bem preguiçosa.)
E é isso! Obrigada por ler, espero que gostem. Bjss de chocolate. Feliz dia do leitor e BOA LEITURA!

Capítulo 17 - Odeio quando valentões são ex-namorados de...conhecidos?


Capitulo 18.

17. Odeio quando valentões são ex-namorados de...conhecidos?

  Quem nunca teve aquela ex-namorada insistente que te seguia para onde você fosse? Claro que tem algumas que aceitam e podem até mesmo virar uma amiga, mas, outras, não suportam a ideia de um término e te perseguem, tentando encontrar a pessoa por quem pensam estar sendo trocadas e, acabam implicando tanto, que podem até mesmo tornar a sua vida um verdadeiro inferno. Não sejam esse tipo de pessoa, nunca mesmo. E, caso termine com aquela stalker que possui um amor doentio, fuja para bem longe, o mais longe possível, vá para outro continente e não deixe rastros.

  - Kyoya, Lennox está com problemas. Você precisa ajudar ela. – Emi disse.

  - O que foi que ela fez dessa vez? – Revirei os olhos lembrando de todas as vezes em que ela nos metera em problemas.

  - Quando eu estava indo jantar, ela meio que trombou em mim e, nisso, começamos a conversar, ela até me chamou de fofa, mas, teve uma hora que Lennox saiu e me pediu para ficar em seu quarto enquanto ia fazer uma coisa importante. Assim que ela voltou, me perguntou se, por acaso, eu era sua prima e eu respondi que sim. Nisso, nós combinamos de te fazer uma surpresa e... – Interrompi-a.

  - Emi, vá direto ao ponto.

  - Antes que pudéssemos planejar como isso aconteceria, um garoto apareceu na porta dela e a Lennox ficou séria, até demais e me mandou sair do quarto e esperar um pouco.

  - Qual o problema? Deve ser o namorado dela. – Falei me lembrando da cena em seu quarto.

  - Não é isso. – Negou, balançando a cabeça. – Ela estava com raiva, parecia que iria quebrar alguma coisa ou alguém.

  - Isso é problema dela, Emi. Não devemos nos meter. Além disso, Lennox é capaz de se defender sozinha, escute o que eu digo.

  - Por favor, Kyoya! – Ela fez uma cara de cachorrinho pidão, o que podia muito bem me controlar, principalmente quando era ela quem fazia, no entanto, esse tempo todo com o Yu, me ensinaram a resistir.

  - Se eu fazer isso, vou acabar trazendo ainda mais problemas. Vamos deixar que eles se resolvam, está bem? – Baguncei seu cabelo.

  - Já que você não vai, eu vou! – Ela me empurrou e saiu correndo.

  - Espera, Emi! – Gritei. – Ótimo, Kyoya... Você não vê a sua prima a 4 anos e já começa estragando tudo. Parabéns para mim.

  Corri até ela e, como era mais rápido, consegui segura-la pelo braço antes que entrasse, sem permissão, no quarto de Lennox. Incrível como a garota de cabelos azulados podia me trazer tantos problemas em tão pouco tempo.

  - Pensa um pouco, Emi. A Lennox está bem, ela sabe se virar. Além disso, se estivesse mesmo com problemas, não acha que ela teria gritado e chamado alguém? Não precisa se preocupar. – Tentei convencê-la.

  - Custa alguma coisa você ver o que está acontecendo? Assim você me deixaria mais tranquila e feliz. – Fez biquinho.

  - Por que a família precisa ser tão complicada? – Suspirei. – Sim, Emi, custaria. Custaria meu tempo.

  - E se fosse a Sam? – Começou a jogar pesado. – Você faria qualquer coisa para entrar lá dentro.

  - Mas é claro! Ela fazia parte da minha vida, era uma das pessoas em que eu mais confiava. Já a Lennox... Até pouco tempo atrás, nós éramos... Não chegávamos a ser inimigos, mas, não éramos e ainda não somos amigos. Então, não me importo com o que ela faz, desde que não me envolva no meio.

  Aquilo não era totalmente verdade, eu me importava um pouco, não muito, mas o suficiente para me preocupar se ficaria bem ou não.

  - Se você não for e não me deixar ir, vou ficar sem falar com você por... uma semana. – Ameaçou.

  - Desde que seja para te deixar a salvo. – Dei de ombros.

  Minha prima me encarou, seus lábios estavam fechados com força, estava com o cenho franzido e sua respiração estava rápida. Infelizmente, percebi tarde demais o que ela planejava fazer assim, não pude impedi-la. Emi abriu a porta do quarto de Lennox com força, entrando no quarto. Mesmo batendo na parede, a porta não fez tanto barulho quanto eu pensava, no entanto, era o bastante para chamar atenção das pessoas que estavam lá dentro, o que não aconteceu. 

  - Já te falei que odeio quando pessoas fracas se levantam depois de uma queda fatal e acham que ficaram fortes, como isso é irritante! Agora, se sabe o que é bom para você e seus amigos, vá embora ou então, terei que terminar o que comecei. – O garoto estava de costas, seu cabelo era liso e negro como o mais escuro dos céus. Ele era alto e musculoso. Suas mãos acariciavam o rosto de Lennox, enquanto ela parecia querer arrancar a cabeça dele fora.

  - Chega! Eu não aguento mais te ouvir falando nem mais uma palavra. Acha mesmo que tenho medo de você? Não sou mais uma novata, uma garotinha assustada. Agora, me deixa em paz, antes que eu chame alguém. – Ela cerrou os dentes.

  - Pois devia ter medo, mesmo depois de todos esses anos, continuo mais forte que você. Eu vou embora porque tenho treino, mas, caso não tivesse, se arrependeria amargamente de ter falado assim comigo. Pense bem no que eu te falei, NOXY. – Enfatizou o apelido dela. O garoto já estava se virando, quando...

  - Você não ouviu? Deixe-a em paz! – Emi gritou, deixando ambos surpresos por ter visitas inesperadas.

  Às vezes, eu me arrependia muito por ter uma família tão cabeça dura e briguenta, essa era uma das vezes em que isso acontecera. Por que ela não poderia ficar quieta por mais alguns minutos? Era tão difícil assim?

  - Ora, ora... Isso aqui está virando uma creche? O que uma garotinha desse tamanho está fazendo aqui? – Ele se aproximou.

  Seus olhos castanhos mostravam divertimento e o sorriso em seu rosto parecia psicopata que, por alguma razão, me lembrava o Coringa.

  - Não mexa com a menina! – Lennox gritou, furiosa.

  - Ou o quê? Vai chorar por ter sido incapaz de protege-la? – Se virou para Emi. – Sabia que é feio bisbilhotar as conversas dos outros? Acho que precisa aprender uma lição, garotinha...

  Era oficial, no meio de toda aquela confusão, eu era invisível. Ninguém havia percebido minha presença e não davam a mínima se eu existia ou não.

  - Se você encostar em um fio de cabelo dela, eu te mato. – Resolvi mostrar minha presença ameaçando.

  - Olha se não é o blader inútil que foi capturado e não sabe se defender nem de garotinhas... – Finalmente pareceu notar que eu estava ali. – O que pensa que pode fazer? Usar seu beyblade como arma? Não me faça rir. Como se você fosse uma ameaça... Até essa garotinha é mais assustadora que você. – Debochou.

  - Talvez eu não seja tão eficaz em uma luta corpo a corpo, mas, se ousar colocar um dedo na Emi, não vou ligar para pequenos detalhes como esse ou pelas regras desse lugar, você não tem ideia do que sou capaz para defender as pessoas que amo.

  - Ai que medinho! Seria mais fácil você chamar alguém, não acha? Com esses braços fraquinhos, não conseguirá fazer nada.

  - Vá embora, deixe-os em paz. Isso é entre eu e você. – A voz da Lennox estava assustadoramente ameaçadora.

  - Quietinha aí, Lennox. Isso está começando a se tornar divertido.

  Ela não falou nada, mas observei-a começar a mexer nervosamente em suas gavetas. Percebi que sua boca balbuciava alguma coisa inaudível, mas, eu podia jurar que era algum palavrão. Alguns segundos depois, ela voltou a falar.

  - Você sabe que não tenho medo de você. Só não queria causar confusões, mas, já que insiste em ameaçar meus amigos, sendo que um deles é uma garota de 9 anos, acho que não terei escolha.

  Ele apenas ignorou-a e continuou nos encarando. Passou seu olhar de mim para a Emi. O garoto sem nome tentou pegar em uma mecha dela, no entanto, fui mais rápido e segurei seu pulso, fazendo-o recuar um pouco. Sua expressão de divertimento mudou para uma de raiva. Percebi que ele estava se segurando para não partir para cima de mim.

  - Sabe quem eu sou, garoto? Sou o chefe de uma das equipes mais fortes da escola, perdendo apenas para o alto escalão, comandado pela outra filha da diretora. Acha mesmo que pode me segurar? Mesmo que eu não fizesse parte de nenhum grupo, que eu nem estudasse aqui, ganharia facilmente.

  - Não quero nem saber quem você é. O que adianta ser o chefe de alguma coisa se não tiver honra? No fundo, você é apenas desprezível. – Acho que acabei indo longe demais, pois o garoto acabou me puxando pela gola da camisa.

  - Quer mesmo me encarar, moleque?

  - Solte-o agora. – Lennox mandou.

  Olhei para ela de soslaio e percebi que havia encontrado o que estava procurando dentro de suas gavetas: uma arma. Eu poderia jurar que, mais cedo, quando havíamos revirado o quarto, aquela arma não estava lá.

  - Lennox, querida, você não seria capaz de atirar em mim. – Provocou, no entanto, afrouxou um pouco.

  - Quer apostar? – A voz dela estava firme, as mãos seguravam a arma com total confiança, seu olhar estava focado. Não tremia e não parecia que iria recuar facilmente. – Saia daqui imediatamente.

  O garoto colocou as mãos para cima, em sinal de rendição, fazendo com que eu ficasse livre. Antes de sair, ele falou algo como “Isso ainda não acabou. Temos contas a acertar mais tarde.”

  Quando olhei para Emi, percebi que ela estava mostrando a língua para a porta, onde o garoto havia acabado de sair. Essa garota ainda me causaria muitos problemas.

  Lennox jogou sua arma de lado e, apressadamente, fechou a porta, escorregando por ela. Colocou sua cabeça no meio de seus joelhos e abraçou os mesmos. Minha prima se aproximou, agachando-se a seu lado.

  - Calma, Noxy, calma. Está tudo bem. – Tentou consola-la.

  - Vão embora. Não quero ninguém aqui.

  - Depois de tudo o que aconteceu? Acho melhor começar a explicar tudinho. – Falei.

  - Kyoya! Não seja insensível! – Emi me repreendeu.

  - Não estou sendo insensível. Já que ela nos envolveu nisso, precisamos saber no que estamos nos metendo.

  - Ainda não entenderam? – A azulada levantou o rosto. – Não quero ninguém aqui, saiam.

  - De onde você tirou aquela arma? – Perguntei, ignorando o fato dela estar me expulsando do quarto.

  - Yoyo, chega! – Emi me interrompeu. – Se você for deixa-la mal, vá embora.

  - Por que você insiste em defender e se importar com essa garota, Emi? – Perguntei.

  - Porque ela é humana, Kyoya. Ela tem sentimentos e, caso não tenha percebido, ela não está nada bem.

  - Ótimo, ótimo. Olha, Lennox, se quiser desabafar, nós estamos aqui. Prometo te ouvir e fazer o máximo para tentar te ajudar a enfrentar seja lá o que esteja acontecendo, mas, para isso, você precisa cooperar, está entendendo? -

  - Sim, Kyoya, estou entendendo. Quem não está entendendo nada aqui, é você. Eu quase atirei nele, sem excitar! Eu poderia ter matado ele e nem me arrependeria. Eu não passo de uma... assassina. Saiam logo daqui, preciso ficar sozinha.

  - Só nos conte o que aconteceu, Lennox. Quem era ele e o que queria com você.  – Insisti. - Você não é uma assassina. Só queria nos proteger e evitar que ficássemos doloridos.

  - Isso não dá para evitar. – Ela deu uma baixa risada. – Assim que os treinos começarem, dor será a única coisa que sentirão.

  - E você fala isso rindo? – Cutuquei-a.

  - Se não se importa, Kyoya, eu realmente não quero falar sobre isso. Foi um dia complicado para mim... – Ela se levantou, indo em direção a sua cama.

  - Então vamos falar sobre outra coisa. – Emi acompanhou-a.

  - Ser cabeça dura é coisa de família mesmo, não é? – Lennox deu outro sorriso. – O que querem saber?

  - Poderia explicar essa coisa de filha adotiva. – Comecei com um assunto leve.

  - Está bem... Com meus 11 anos, quase 12, perdi meus pais em um acidente de laboratório.  Eles eram biólogos e viviam fazendo experimentos para arranjar curas para doenças, como o câncer. – Ela deu uma pequena pausa, olhando em nossos olhos, mas logo continuou. – Não precisam ter pena. Infelizmente, por causa de passarem a sua vida inteira trabalhando, não tinham tempo para nada, incluindo para mim e meus irmãos. Por esse motivo, acabei não sentindo tanto peso nas costas como, geralmente, as pessoas sentem.

  Esperei ela continuar.

  - Acabei indo morar com meu tio, enquanto meus irmãos sumiram no mundo, acho que algum deles foram morar com meus avós, mas faz tempo que não os vejo. Enfim, meu tio, que já havia me ensinado algumas coisas, como lutar, acabou cuidando de mim. No entanto, depois de... alguns problemas, ele me trouxe para cá, já que era muito amigo de Alicia.

  - Que tipo de problemas? – Emi interrompeu, não conseguindo segurar sua curiosidade.

  - Digamos que eu meio que me fechei para o mundo, arranjei algumas brigas que levaram meus... oponentes para o hospital, fui expulsa de várias escolas e ameaçaram meu tio que, caso eu não fosse para um internato, eles entrariam na justiça para tirar minha guarda e me mandar para um orfanato. Como ele conhecia muito bem a Alicia, fui mandada para cá. No começo, odiei tudo isso e fiquei sem falar com ninguém durante um mês, nesse tempo, arranjei várias confusões e fui para diversos castigos.

  Enquanto ela falava, me lembrava de Sam. Ela não se excluía do mundo, mas, quem mexesse com ela, estava ferrado. Uma vez, ela acabou cortando o cabelo de uma das patricinhas por ficar irritando-a. Algumas vezes, ela chegou a esfregar comida na cara de algumas garotas. Sam não conseguia ficar 1 semana sem ir para a diretoria. Por incrível que pareça, ela nunca havia sido expulsa pois, sempre conseguia dar um jeito de “manipular o diretor.” Eu desconfiava que sua contagiante alegria, ajudava-a nisso ou, então, sua fofura, no entanto, nunca tive certeza do motivo. Antes que eu percebesse, um sorriso bobo se formou em meus lábios.

  - A Sam também aprontava. – Emi comentou ao ver minha cara. – Só que ela não era expulsa.

  Fiquei surpreso ao perceber que Emi se lembrava disso, na época, ela devia ter uns 2 ou 3 anos, no máximo. Eu mesmo não conseguia me lembrar de quase nada dos 7 anos para baixo, apenas lembranças vagas.

  - Garota sortuda essa, viu? Eu tinha que ficar mudando de escola a cada semana. Meu tio ficava louco... Também, ficar fazendo fichas e mais fichas, algumas vezes tendo que pagar a inscrição, não devia ser muito legal. – Lennox comentou.

  - E o que aconteceu depois? – Cortei-a para que terminasse a história.

  - Aonde eu parei mesmo? – Ela perguntou.

  - Na parte que você ficou muito de castigo. – Emi respondeu.

  - Ah sim. Naquela época, acho que eu fiquei pior do que nunca, querendo descontar minha raiva por meu tio ter ouvido outras pessoas e ter me abandonado. No entanto, aos poucos, fui fazendo amigos que me faziam rir, mesmo nas piores horas e isso me ajudou. Acabei parando de pensar em tudo que havia acontecido, pois não tinha tempo de pensar, o treino era muito intenso e tudo que você queria fazer, assim que acabasse, era dormir. – Ela deu uma pausa, enquanto bocejava.

  - Eu vou ter que passar por isso? – Emi perguntou.

  - Não, você é muito nova ainda, seu treino será leve, já seu primo aqui não terá tanta chance. – Comentou, mas logo continuou sua história. - Mais tarde, Alicia meio que me adotou. Todos aqui faziam parte da família dela, no entanto, eu e a minha “irmã” éramos um pouco mais chegadas a ela do que a maioria. Sendo assim, acabamos sendo adotadas, não no papel, mas sim no coração. Dá para entender?

  - Quer dizer que ela seria como uma madrinha? – Perguntei.

  - Mais ou menos isso. Ela é uma segunda mãe para mim. – Explicou.

  - Você está bem agora, Noxy? – Emi parecia preocupada.

  - Acho que sim, não precisa se preocupar comigo. – Ela sentou-se na cama e fez Emi se aproximar e, assim, acariciou seu cabelo. – Você é muito bonita, sabia? Nem se parece com seu primo.

  As duas riram, eu apenas cruzei os braços e fechei os olhos. Queria um lugar para me encostar, no entanto, estava no pé da cama e só tinha o ar por perto.

  - Sabe, quando crescer, vai ter vários garotos que dariam tudo para ficar com você. – Lennox continuou.

  - Não vai ter não. – Me pronunciei. – Eles não teriam coragem de me enfrentar e eu nunca deixaria eles se aproximarem dela.

  - Kyoya, está se esquecendo que a vida é dela, não é? Se ela quiser namorar, a escolha é dela.

  - Namorar só depois dos 80. Não vou deixar que ninguém se aproxime dela.

  - Você não pode protege-la para sempre. Toda garota passa pela fase de paquerar, achar um garoto bonitinho, namorar... – Lennox continuou a discussão e aquilo me deixava desconfortável só de pensar naquela menininha namorando quem quer que fosse.

  - Ei! Eu estou aqui, sabiam? Kyoya, você não é meu pai e Lennox... Eu ainda sou um pouco nova. – Olhei para Emi, ela estava mais rosada que o normal.

  - Está bem, está bem. Mas, quando chegar a hora, não deixe que seu primo chato estrague tudo. Quem diria que ele seria tão ciumento? – Lennox começou a fazer cócegas em Emi.

  - Chato? Ciumento? Não começa, vai. Você não estava triste até agora? O que aconteceu? – Tentei mudar de assunto.

  - Aconteceu que essa garotinha aqui é muito fofa e sabe como distrair alguém. Além disso, eu não devo me sentir mal por causa de pessoas como ele.

  - Afinal das contas, quem é ele? – Acabei perguntando.

  - Meu ex. – Respondeu na lata.

  - Pelo jeito vocês não se dão bem. – Observei Emi, ela parecia quieta demais. – Isso já tinha acontecido antes? Quer dizer, te ameaçar?

  - Às vezes. Eu era muito nova ainda quando comecei a namorar com ele e, quando terminamos, fiquei muito acabada, porque eu realmente gostava dele. Agora, se não se importa, prefiro deixar o passado no passado.

  Talvez eu devesse aprender um pouco com ela ou não. Tinha impressão que ela não queria conversar sobre aquilo, mas que ainda sofreria muito sozinha.

  - Vocês estão namorando? – Emi se pronunciou, por fim.

  - Quê? – Caso eu estivesse tomando refrigerante ou qualquer coisa liquida, teria encharcado o quarto dela. – Esqueceu de tudo que eu te disse antes de entrarmos aqui?

  - De jeito nenhum. Eu e o Kyoya somos apenas amigos. – Lennox explicou.

  - Nem amigos! Somos só... conhecidos.

  - Não precisa de tanto drama, eu só fiz uma pergunta. – Ela se encolheu. – Ei, Noxy, posso mexer no seu cabelo?

  Incrível como ela mudava de assunto facilmente, como se não tivesse falado nada de mais antes.

  E, assim, foi por algumas horas. Lennox e Emi ficaram batendo papo, brincando, fazendo maquiagem uma na outra e essas coisas de garotas. Quase que elas me arrastaram junto mas, por sorte, consegui evitar. Nunca iria admitir, mas, só de ver as duas se divertindo, fiquei feliz. As 11 horas da noite, as duas acabaram dormindo e eu me sentei no chão, com as costas apoiadas na cama, pensando se acordava ou não Emi para leva-la a seu quarto, seja lá qual fosse. No fim, acabei dormindo ali mesmo.

  Acordei ainda de madrugada. Olhei de um lado para o outro, tentando me lembrar aonde eu estava. Assim que lembrei, me levantei rapidamente, ignorando as dores de ter ficado tanto tempo sentado daquele jeito.

  Chacoalhei Emi, não muito cuidadosamente. Se alguém me visse no quarto de Lennox, de noite, eu estaria bem ferrado. Não que eu ligasse para que os outros pensavam, mas, não queria enfrentar a “mãe” da Lennox por um simples mal entendido.

  - Acorda, dorminhoca! Temos que ir. – Chamei.

  - Vai dormir, Yoyo. – Ela se virou para o outro lado.

  - Emi, não posso ficar aqui. Aqui é o dormitório feminino, posso ser punido por um mal entendido.

  - Você pode ficar aqui. A Lennox disse que a diretora deu uma permissão especial, você pode visita-la a hora que quiser. Agora, vai dormir.

  -  Isso é verdade? – Perguntei.

  Ela não respondeu mais nada, provavelmente já havia dormido. Talvez eu devesse ir para meu quarto e deixa-la lá.

  - Sim, Kyoya. É verdade. – A voz de Lennox estava sonolenta e seus olhos continuavam fechados. – Não tem problema dormir aqui. Quer dizer, se sua namorada não quiser terminar só por isso.

  Acabei cedendo ao sono e me deitei no chão, ao lado da cama de Lennox.

  No dia seguinte, senti algo roçando minhas bochechas, chegando a fazer cócegas. Antes que abrisse meus olhos, ouvi duas vozes conversando, decidi fingir que ainda estava dormindo para ouvir o que estava acontecendo.

  - Você sabe que se estiver triste, pode contar com o Yoyo, não? – Reconheci a voz da Emi. – Pode até parecer que ele não liga, ele não vai te abraçar, vai te falar que está sendo uma idiota por sofrer por coisas tão insignificantes, mas, esse é o jeito dele se importar com você. Qualquer coisa que precisar, pode contar para ele.

  - Não estou triste.

  - Lennox, é óbvio que, o que aconteceu ontem, te deixou abalada. Eu entendo, tive que conviver com várias pessoas que escondiam seus sentimentos, por isso nem tente me enganar.

  - Eu já me acostumei com tudo isso. – Lennox disse. – Além disso, o que quer que eu faça? Converse com o Kyoya?

  - Faça o que quiser. Só não peça consolo para ele. Yoyo nunca se seu bem com abraços, sabe?

  - Que história é essa?

  - Ele nunca foi o tipo de pessoa que gosta de contato físico. Caso ele te abrace, pode ter certeza que confia cegamente em você, mesmo que tenha feito coisas imperdoáveis. Para não pegar mal, ele também abraça as namoradas, mas não fica tão confortável com a situação.

  - E o que ele faz para consolar as pessoas de quem ele gosta mas não confia?

  - Coloca a mão no ombro. Agora, Kyoya tem uma nova namorada? – Minha prima mudou de assunto. – Ele tem sérios problemas com namoradas. Sempre escolhe o pior, apenas para esquecer Sam. Acredite, isso não dá em nada, apenas magoa as pessoas que realmente gostam dele.

  Era muito estranho ouvir minha prima falando daquele jeito de mim, principalmente pelo fato dela ter notícias minhas apenas pela TV, já que não mantinha muito contato com minha família desde que havia deixado minha cidade.

  - Sim, ele está namorando. Kyoya já teve muitas namoradas?

  - Podemos dizer que sim, pelo menos foi isso que Akeni me falou.

  - Quem é Akeni? – Pelo tom de voz, Lennox parecia confusa.

  - A pessoa que ele mais confia. Sua amiga de infância. Noxy, se o Yoyo começar a se perder, me prometa que irá ajudá-lo? Que será a luz dele? A relação dele com qualquer um é complicada, mesmo com a família, mas, acho que você poderá colocar alguma coisa na cabeça dele.

  - Eu? Tem certeza? Ele não parece gostar muito de mim. – Comentou. – Principalmente por eu não gostar da namorada dele.

  - Meu primo pode ser um idiota, mas ele escuta o que as pessoas falam. – Essa doeu. Fui apunhalado pela minha própria prima. – Agora, acorde esse dorminhoco, temos muitas coisas para fazer hoje.

  Senti o que estava em minhas bochechas se mexer e ser substituído por algo quente, como uma respiração e uma mão passou por meu cabelo. Era estranho ela tentar me acordar daquele jeito sendo que, geralmente, eu acordava-a com água, luz e coisas não muito agradáveis. Senti como se estivesse me observando e isso era realmente muito estranho. Ela me sacudiu, sem ser muito agressiva e, assim que abri os olhos, dei de cara com seu rosto acima do meu. Ela estava deitada na cama, seu cabelo estava solto, de um lado só, preso na orelha e caia ao meu lado. Provavelmente, fora ele quem me fizera cócegas mais cedo.

  - Acorda, bela adormecida. – Ela sorriu.

  - Já volto. – Ouvi Emi dizer.

  Me levantei e me espreguicei, torcendo para que não estivesse vermelho como achava que estava.

  - Ei, Kyoya. Posso te fazer uma pergunta?

  - Talvez. – Respondi, temendo a pergunta que viria.

  - Nunca te ouvi dizendo “eu te amo” para a Fernanda. Posso saber o motivo?

  - Porque eu não tenho certeza se realmente a amo. Lennox, sabe qual o significado de amar? Amar significa que você morreria por essa pessoa, que arriscaria tudo por ela, colocaria aquela pessoa em primeiro lugar, sem se importar com o que aconteceria com você. Amor é muito diferente de gostar. Eu gosto muito da Fernanda, mas, amor é muito mais complicado, não é um simples trocar de olhos que muda tudo o que você pensa e sente, é uma questão de convivência, aprendizado, carinho e tudo o que importar. Quando falo que amo uma pessoa, não estou brincando, eu poderia muito bem morrer por essa pessoa sem nem pensar duas vezes, sem me arrepender... Por isso é tão raro me ver falar que amo uma pessoa. Poucas coisas são mais tristes do que um “eu te amo” vazio. – Fui sincero, até demais.

  - Nossa... Nunca pensei que você pensaria dessa maneira.

  A porta se abriu e Emi entrou.

  - Parece que está tudo limpo. Kyoya, vai para seu quarto enquanto pode. O povo vai começar a te encher de perguntas. – Era incrível como ela havia crescido.

  - Vou poder dormir a tarde inteira ou você vai aprontar alguma coisa, Emi? – Encarei-a e ela apenas sorriu.

  - Claro que vou aprontar.

  - Hoje vocês vão conhecer alguns amigos meus. – Lennox também sorriu. Elas estavam aprontando alguma coisa.

  Fui para meu quarto sem que ninguém me percebesse, fiz tudo o que tinha que fazer, o que incluía escovar os dentes e desci para o hall de entrada.

  Lá estavam todos, com exceção de Lennox e Emi. Me perguntava se elas haviam chamado eles ou era apenas coincidência.

  - Onde você estava, Kyoya? Ontem te procuramos em todo lugar. – Ryuga falou rápido.

  - Isso não te interessa. – Respondi.

  - Estava com uma garota? – Gingka se intrometeu. – Por favor, fala que não era a Lennox.

  - Kyoya! – Ouvi a voz estridente de Emi.

  - Você não ficou com ela, não é? – Gingka me olhou assustado.

  - Claro que não! Tá achando que eu sou o quê?

  Enquanto todos conversavam, ouvi uma garota conversando com outra pessoa. Eu reconhecia aquela voz, mas resolvi ficar quieto e esperar se aproximar. Ao se aproximar, fiquei um pouco assustado. Não poderia ser quem eu achava que era.

  - Como assim Lennox está aqui e ninguém me falou? Eu deveria ser a primeira a saber!

  - Calma, senhora. Já íamos te avisar. Essa missão era sigilosa...

  - Não deviam ter escondido isso justamente de mim! – A voz parecia estar brava.

  Assim que ambos passaram do meu lado, puxei a garota pelo braço, ficando frente a frente com ela.

  - Não é possível... Você... Você morreu.

  - Ele também está aqui? – Se dirigiu ao garoto. – Não, Kyoya, eu não morri, foi você quem morreu.


Notas Finais


Oii! E então, o que acharam? Espero que tenham gostado. E é assim que eu entro de férias, por mais que eu quisesse chegar a fase 2 da fic, acabou não dando muito certo, mas, isso não irá interferir tanto.
Link da página do face: https://www.facebook.com/Fanfic-The-Legendary-Dragons-1226220054132039/
Esse capitulo foi o resultado de escrever diretamente no computador, sem ter um rumo a seguir sem ser o que havia planejado na fic. Vocês não tem ideia do quanto eu queria cortar a parte do quarto da Lennox, fiquei presa nele por mais de 1 semana e ainda acho que não ficou tão bom, poderia ser bem melhor, no entanto, por mais que eu tenha escrito e reescrito, não ficava do jeito que eu queria de jeito nenhum, por isso, deixei desse jeito, o melhor que consegui em várias e várias tentativas. Sinto muito por isso, fazia tempo que não tinha tanto bloqueio.
Obrigada por esperarem! Espero que o final compense... Obrigada por ler! Bjss de morango! Até daqui alguns dias! (Provavelmente na última semana de Janeiro ou na primeira de Fevereiro. Na pág eu aviso! Bjss!)


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