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História The Legendary Dragons. - Reuniões são irritantes, brincar de explodir não.


Escrita por: Jessie_Sunshine

Notas do Autor


Oii! Voltei com mais um capitulo para vocês <3 Admito que esse foi bem corrido e quase que não termino a tempo, mas agora tudo está bem e vamos continuar, né? Esse capitulo é narrado por uma personagem original minha, mas, não se preocupem, ela não narrará muitos capítulos, ficará mais com os personagens do próprio anime e de um personagem que ainda não apareceu, mas vai aparecer. Obrigada quem está lendo e quem continua me acompanhando e espero que gostem (N.K: Tá, agora para de enrolar e vai.) (N.A: Fica quieto no seu canto, aqui é meu espaço. Dá o fora). Nos vemos nas notas finais! Bjss de morango caramelizado! (Desculpem qualquer erro, não deu tempo de revisar.)
BOA LEITURA!

Capítulo 2 - Reuniões são irritantes, brincar de explodir não.


2.Reuniões são irritantes, brincar de explodir não.

 

  O natal é uma época tão boa, não acha?  Reunimos toda nossa família, nos sentimos em paz, comemos de tudo e um pouco mais, ainda tem os benditos presentes, as festas e, claro, as maravilhosas férias! É assim para a maioria das pessoas, mas não para mim. Calma, eu não sou louca (pelo menos não por causa disso), é que, desde meus 14 anos não existe mais festas, simplesmente não dá tempo para comemorar. É isso que acontece quando você cresce e ganha muitas responsabilidades, o tempo e espaço perdem sentido. Quando não estou treinando ou estou tentando evitar guerras por pequenos mal-entendidos, ou trabalhando, estou em uma reunião irritante com conselheiros velhos, chatos e rabugentos que me odeiam. Que maneira ótima de passar o natal, não?

 

  Havia uma guerra acontecendo. O país estava em crise. O povo estava se dividindo e atacando uns aos outros. E, para ajudar, o governo, que devia estar unido, se dividia por causa de um simples garoto que morava no Japão e não sabia de nada. Do jeito que tudo estava indo, tudo desmoronaria em pouco tempo. Por que um governo tão importante como aquele estava de olho em um blader que nem era de nossa nacionalidade? Era isso que eu precisava descobrir.

 

  O agressor desse pirralho não havia sido encontrado, mas, de acordo com as circunstâncias, eu penso que ele devia estar bem machucado após levar tantos golpes. Já o cara que havia ajudado a salvar a vida do garoto chamava-se David Rubyllin e, de acordo com seus documentos, tinha 19 anos e era americano. Ele estava à beira da morte após receber altas doses de veneno e estava em coma. Era uma pena, o garoto era tão novo, não poderia desperdiçar sua vida do jeito que havia feito.

 

  Enrolei uma mecha do cabelo enquanto pensava no que poderia estar acontecendo. Por que um jovem americano iria para o Japão? Talvez para tirar umas férias, mas o que ele fazia naquela estrada, àquela hora? E como sabia lutar tão bem? Coincidência? Ou ele estava lá para proteger o blader? E o que ele tinha de tão especial? Talvez tivesse uma herança envolvida no meio e todos queriam ela, fazia um pouco de sentido já que seus pais haviam morrido. Mas, se ele tivesse realmente recebido essa herança, não estaria dormindo em um lugar que não fosse no chão? Algo estava acontecendo e alguém estava tentando esconder informações de mim.

 

  - Senhorita? O senhor Alexandre e a senhorita Daphine gostariam de vê-la em sua sala de reuniões agora.

 

  Péssimas notícias. Lembra que eu falei que o país logo iria desmoronar? Se eles me convocaram para a sala de reuniões, estava tudo muito pior do que eu havia imaginado. Era normal ter reuniões, mas não nessa sala específica.

 

  Andei por longos corredores com cores gélidas distribuídas em todos os cantos, algumas pinturas embelezavam as paredes, mas o clima continuava pesado. Era tudo tão igual, a coisa mais fácil era se perder por aquele grande local.

 

  Várias empregadas andavam de um lado para o outro terminado algumas decorações de natal. Não, não havia festa, mas era bom mudar um pouco a energia daquele lugar que mais parecia uma prisão, um pouco mais de cores quentes não fariam mal a ninguém. Elas não gostavam de mim. Me achavam pouco glamorosa, delicada e arrumada. E eu não sou mesmo, mas ainda tenho meu lugar na sociedade.

 

  Entrei em uma das portas, que era mais isolada do castelo para que nenhum funcionário ficasse bisbilhotando as conversas ditas naquela sala. Nem mesmo eu podia entrar ali (ou até mesmo passar pelo corredor) sem permissão.

 

  Sentados em cadeiras aconchegantes, em volta de uma mesa de vidro circular com papeis organizados na ponta, estavam os 12 conselheiros, onde estava esses papeis, estava Alexandre, além de Daphine, a sua direita, e, sobrando apenas aquela cadeira, eu a sua esquerda.

 

  - Agora que todos estão aqui, acho que podemos começar. – O rei Alexandre falou. – Como vocês sabem, existe uma lenda que é contada desde a antiguidade de pai para filho que conta sobre dragões que viviam e dominavam nosso planeta a milhões de anos. Eles eram divididos de acordo com seus elementos: Fogo, Ar, Terra e Água, além do Vácuo, da Escuridão e da Eletricidade, que também eram comuns. No entanto, eles não eram os únicos, haviam muitos outros seres com poderes diferentes, alguns podendo ter mais de 1 elemento ou magia. E, haviam os 12 guardiões. Eles eram os mais velhos e sábios dragões que existiam e eram responsáveis por tudo, desde manterem a paz até guardar as magias mais poderosas e devastadoras que já existiram.

 

  - Os dragões viviam em todos os lugares, mas sua sede ficava em um país entre os Estados Unidos e o Japão, que seria aqui. No entanto, eles não eram os únicos habitantes desse planeta, haviam outros seres místicos, como sereias e demônios e os não-místicos, animais comuns, como insetos. O mundo era dividido em 3 partes: Terra para os dragões, junto com animais não místicos, mar para as sereias e animais aquáticos e o subsolo para os demônios. Certo dia, os demônios escaparam de seu território no subsolo e tentaram tomar a terra e o mar. O mundo se tornou um caos por anos até que, depois de 100 anos, após se juntarem, as sereias e os dragões conseguiram sela-los, mas pagaram um preço alto. Sem motivos, pouco a pouco os que haviam sobrevivido ao ataque começaram a desaparecer, até que tudo que sobrou foi a magia que deixaram para os próximos habitantes.

 

  - Exatamente, Daphine. – O rei continuou. - Depois disso, o país ficou perdido por séculos até que alguns humanos o encontraram. Aos poucos foram descobrindo o passado daquela terra e criaram lendas sobre filhos de humanos com demônios que foram chamados de “os herdeiros”, também havia a lenda de um herói que salvaria ou destruiria o mundo que teria o sangue dos anjos e a benção dos dragões, e de descentes de sereias que seguiriam sua linhagem. E é exatamente sobre eles que queremos falar. Mais especificamente dos “herdeiros”. Sabemos que os descendentes de dragões são fáceis de encontrar, pois somos nós, já os outros considerávamos extintos.

 

  - Considerávamos? Como assim, vossa alteza? – Um dos conselheiros perguntou.

 

  - A pouco tempo, descobrimos que, na verdade, existem pessoas espalhadas pelo mundo diferentes de pessoas normais. Esse é um assunto muito importante e delicado que mexe até mesmo com nossa cultura, então precisaremos discutir muito sobre isso. Foram anos de pesquisa até descobrirmos peças importantes desse quebra-cabeça. Então, agora estamos buscando maneiras de comprovar se as lendas são realmente verdadeiras ou apenas lendas, o que seria muito complicado e arriscado mesmo com nossa tecnologia mais avançada.

 

  - O lado bom é que encontraríamos eles mais fácil do que se fosse pessoas normais. – Daphine falou.

 

  - Sim, mas não foi apenas por isso que os chamamos aqui. – O rei continuou. – Vamos mandar nossos soldados mais confiáveis para o mundo afora. Eles parecerão com pessoas normais, mas, na verdade, serão nossos olhos. Jessie será uma dessas pessoas.

 

  Houve vários múrmuros das pessoas que estavam ali presentes.

 

  - O que? Como assim ela? Jessie acabará com essa missão. Se considerarmos aceita-la a missão falhará miseravelmente. – Um dos conselheiros interveio.

 

  - Jessie é a pessoa mais qualificada para esta missão. Vocês sabem, ela nasceu com dons diferentes e será de grande ajuda, se minhas suspeitas estiverem certas, é capaz que consiga sentir esses “herdeiros” e pessoas que podem controlar a magia. Além disso é a única que já viveu fora das barreiras protetoras e sobreviveu, e conhece o mundo lá fora. E, claro, a magia dela é muito superior a qualquer um presente nessa sala, até mesmo eu. Querem mesmo discutir se ela é boa o bastante para essa missão? Porque eu acho que não. Eu tenho toda certeza de que ela é a melhor.

 

  - Mesmo que ela seja a melhor, não podemos manda-la. Essa garota não é confiável. Acha que ela obedeceria a uma simples ordem? Imagine uma de tamanha magnitude. Ela não obedece de jeito nenhum, tem um comportamento temperamental e isso pode pôr tudo a perder.

 

  Será que eles não percebiam que eles estavam falando mal de uma pessoa que estava bem na sua frente? Estava tentando me controlar, mas em pouco tempo explodiria se a conversa continuasse naquele rumo.

 

  - Cuidado com o jeito que falam da princesa de seu país. – Daphine interveio.

 

  - Será que ela é mesmo princesa? Não acho que a rainha Victória teria uma filha desse jeito. Ela deve ser uma impostora.

 

  - Não seja estupido, Anthony. Ela é filha de Victória sim. – O rei chamou-lhe a atenção. – Não há motivos para desacreditar em suas palavras. Ela ainda está aprendendo a se comportar como um membro da família real, Jessie não tem culpa se onde vivia era diferente, precisa se acostumar com os costumes e regras de nosso país.

 

  - Já fazem 3 anos desde que ela chegou. –Teimou.

 

  - Senhor Anthony, se o senhor vivesse sua vida inteira aqui e, de uma hora para outra, precisasse mudar para um país completamente diferente, com costumes, regras, governo, entre outras coisas diferentes, não ficaria perdido? É exatamente isto o que está acontecendo aqui. – Daphine entrou na discussão.

 

  - Essa garota é nossa melhor escolha e nada vai mudar isso. – O rei disse.

 

  - Posso falar? Eu cansei disso. Me chamam aqui apenas para isso? O país está em crise e tudo o que vocês conseguem pensar é em desvendar lendas antigas? Pensem melhor. Façam isso quando tudo aqui estiver resolvido. Olhem para o povo, escutem a sua voz, entendam o que está acontecendo e ajude-os. Não é por isso que existe o governo?

 

  Os conselheiros me olharam feio, como se não fosse nem para eu existir.

 

  - Além disso, essa decisão é minha. Eu escolho o que quero fazer da minha vida. Já passei dos 16 e agora já tenho meus direitos como cidadã. Aliás, parem de falar mal de mim como se eu não estivesse aqui, pois, se não percebem, estou bem aqui e sei que nenhum de vocês são cegos, a não ser que com a idade alguns aí perderam a visão. Se esse for o problema podemos arranjar um jeito de ajuda-los. E, sim, eu obedeço. Mas apenas se EU concordar com o tema proposto e se eu não concordar, vocês não podem me obrigar. É lógico que tenho responsabilidades e cumpro-as mas isso não é minha obrigação. Se for para reclamarem eu nem vou. Se não se importam, vou embora. – Me levantei.

 

  - Não faça isso, Jessie. Por favor. Nós precisamos de você. Se não quiser fazer isso por nosso país, faça isso por mim. – Daphine disse.

 

  - Eu amo esse lugar, mas não dá. As pessoas precisam da nossa ajuda e mandar soldados para outros países só piorará a situação. Existem muitas coisas que preciso resolver, consertar erros e tentar acalmar essa multidão.

 

  - Como se você não tivesse causado muitos problemas. Talvez a culpa do que esteja acontecendo seja sua. – Anthony revirou os olhos.

 

  Daphine olhou-o bem em seus olhos com seu famoso “Cala a boca, não piore tudo ou as consequências serão desastrosas.” Eu conhecia muito bem esse olhar e podia dizer que era bem assustador.

 

  - Como o rei disse, - Ela continuou normalmente, como se nada tivesse acontecido. – Você é a melhor. E, lembra-se do garoto que estava correndo perigo? Precisamos que você fique de olho nele também, além de procurar os herdeiros. Eu sei que é difícil fazer as duas coisas ao mesmo tempo, mas sua capacidade é enorme. E você pode ameaça-lo, só não pode mata-lo.

 

  - Enfim, eu teria que ser babá do pirralho.

 

  - É quase isso. Você vai?

 

  - Provavelmente não.

 

  - Acho melhor não. Lembram da última vez que ela foi pro Japão? Dois garotos quase morreram por sua incompetência e um deles está em coma. – Um amigo de Anthony, Harbley falou.

 

  - Olha aqui, velho. Você acha que eu queria estar aqui ouvindo um bando de velhotes rabugentos reclamarem de mim, ao invés de estar dormindo, lutando ou fazendo coisas mais interessantes? Agora, o rei e a princesa estão me pedindo para ajuda-los a fazerem coisas que podem por minha identidade e minha vida em risco e você ainda reclama? Desculpa, mas eu não sou obrigada a ficar aqui ouvindo essas bobagens.

 

  Alexander tentou me acalmar, mas eu já havia começado, não iria parar.

 

  - Eu sei que nenhum de vocês gostam de mim, mas existem coisas e momentos que gostar e desgostar não importam e é isto que está acontecendo. Sabemos muito bem que uma guerra está acontecendo, precisamos nos juntar para evitar uma crise e eu, mesmo não sabendo o que está acontecendo, o por quê dos cidadãos estarem tão revoltados, continuarei lutando. Agora, se vocês não sabem controlar esse “ódio” que sentem por mim, o que estão fazendo aqui? Era melhor já terem dado no pé. Eu aguento muita coisa, muitos olhares, muitas fofocas e muita falsidade, mas sigo forte, suportando tudo e vocês? Vocês eram para ser exemplo mas não passam de um bando de velhos que não sabem o que fazer. Eu também não sou um bom exemplo, mas as pessoas não esperam nada de mim, já vocês... Elas pensam que podem contar com a vossa ajuda, se elas soubessem o que realmente acontece, ficariam desapontadas. Se querem respeito da minha parte, me respeitem.

 

  - Calma, Jessie. – Daphine bem que tentou.

 

  - Não vou me acalmar. Falarei tudo o que tenho a falar.

 

  - Onde estão seus modos, garota?

 

  - Já falei, me respeite que eu te respeitarei de volta. Mas, se quiser que eu seja mais específica, bem, está no meio do seu...

 

  - Chega vocês dois. – O rei interrompeu. – Já está decidido, será ela e ninguém vai impedir.

 

  - E se eu não quiser?

 

  - Se continuar assim, você não vai conseguir se controlar e se explodir, as coisas vão ficar piores, Jessie, controle-se. – Alexander disse.

 

  - Tem alguma coisa errada. – Os olhos castanho-avermelhado de Daphine percorreram a sala, fixando-se na janela. – Estranho... Podia jurar que tinha visto uma sombra...

 

  - Podemos entrar em um acordo. – Um dos conselheiros mais “amigáveis” começou. – Se... Só se, ela comportar-se melhor e ficar apenas com cidades pequenas. Além disso, se ela ficar em poucos lugares, poderemos chamar mais pessoas, assim será mais fácil e mais rápido d acha-los, por exemplo, se demorasse 1 ano, talvez com mais gente, possa fazer em 6 ou 7 meses e será mais propicia a missão concluir, ao invés de falhar miseravelmente.

 

  Assim que ele terminou de falar a sala ficou mais quente e uma luz intensa brilhou. Tudo ocorreu em milésimos de segundos, os olhos mal conseguiam acompanhar. Um estrondo de tamanha magnitude fez meus tímpanos estourarem e o ar, empoeirado, queimou meus pulmões, fazendo-os parecerem mais pesados do que realmente eram, meus olhos arderam e se encheram de lágrimas. Cadeiras voavam de um lado para o outro, levando copos de vidros, papeis e outros objetos junto. Um tremor nos fez cair e objetos caiam sobre nós. Senti minha bochecha arder e sangue escorreu entre meus lábios, caindo no chão. Da vidraça restara apenas os cacos que se encontravam no chão. Tudo havia sido muito rápido, não dera tempo nem de usar um simples feitiço de proteção.

 

  Daphine estava caída no chão, mas, tirando alguns poucos cortes sobre seus braços, parecia bem.

 

  Tontura tomou conta de meu corpo e minha visão ficou turva. Algo molhado escorreu pelo meu pescoço, chegando ao resto de meu corpo e, logo em seguida, desmaiei.

 

  Acordei em minha cama, com uma coberta sobre meu corpo. Daphine estava sentada na ponta e me encarava.

 

  - Quanto tempo fiquei desacordada? – Perguntei normalmente, como se fosse normal.

 

  - Pouco tempo. Mais ou menos 40 minutos. – Ela estava estanha. Seus olhos estavam sem cor, sem vida e sua voz estava mais mecânica, mais fria, não demonstrava a alegria que era sua marca registrada.

 

  - Qual o problema?

 

  - É que... Anthony não resistiu aos ferimentos e acabou morrendo e Harbley está internado.

 

  - Quer que eu seja sincera? Não sinto nem um pouco essas perdas. Já foram tarde.

 

  - Para. Jessie, a coisa é séria. Querendo ou não, eles são importantes e perdendo dois conselheiros em apenas um dia é grave, muito grave. Além disso, os conselheiros querem te levar ao tribunal. Eles acham que você armou tudo aquilo.

 

  - Como é que é? E por que acham isso?

 

  - Eles acham que você queria aniquila-los, você sabe, eles acham que você os odeia e seria capaz até mesmo de mata-los para ficar livre. Além disso, seus maiores poderes se concentram no fogo, coisas derivadas de explosões e escuridão e, claro, pôr a única vez em que te chamam a uma reunião tragédias acontecerem. Eles têm suas razões para desconfiar de você.

 

  - Eu? Até parece que eu faria algo tão ruim assim. Se eu tivesse armado alguma coisa, seria algo muito mais direto que não me incriminaria e acredite, nenhum desses velhos rabugentos estariam vivos para contar história, nenhum deles. Quem quer que tenha feito isso é muito amador. Além disso, eu não colocaria a minha e a sua vida em perigo, me asseguraria que estávamos seguras.

 

  - Os conselheiros acham que foi proposital, assim ninguém suspeitaria de você. E nós não morreríamos tão facilmente com apenas uma explosão tão pequena e sua capacidade de recuperação é impressionante. Além disso, apenas pessoas que participariam da reunião tinham acesso a sala.

 

  - Como eu poderia ter feito isso? Fiquei sabendo da reunião apenas alguns minutos antes dela começar.

 

  - Talvez você tivesse usado seus poderes sem que percebêssemos.

 

  - Eu não usei meus poderes. Se tivesse usado, uma luz brilhante teria saído de minhas mãos. Não fiz isso e não serei culpada por algo que não estou envolvida.

 

  - Por acaso você acha que eles se importam? Sabe muito bem que desde que descobriram sua existência procuram um modo de tira-la do trono e te incriminar, eles querem achar um jeito de te rebaixar. Muitas pessoas têm medo de você, tanto por seu comportamento quanto por seus poderes, pois ninguém consegue te impedir de alcançar seus objetivos, ninguém pode te controlar, por isso as pessoas acham que você é uma aberração, um monstro. Com esse atentado, se eles quiserem mesmo colocar a culpa em você os habitantes não pensarão duas vezes antes de te culpar por tudo. Então, não faça loucuras. Daqui alguns dias será seu julgamento, até lá não poderá sair deste castelo. 

 

  Ela saiu com seus olhos carregados. Não queria me dizer aquilo, com certeza devia ter doido as palavras que saíram de sua boca.

 

No dia do julgamento...

 

  Tudo estava pronto. O palácio estava cheio de pessoas. Haviam soldados por todo lugar em que se olhasse. Empregados passavam de um lado para o outro com preparativos e aperitivos para os convidados. O castelo estava selado para que ninguém pudesse usar magia. A única coisa que faltava era dar a hora certa do julgamento, faltava mais ou menos 2 horas.

 

  Parei de olhar pela tranca da porta e abri um fundo falso, que ficava em baixo de um tapete. Nesse esconderijo, junto com armas, suprimentos, algumas roupas e dinheiro, havia vidrinhos transparentes que eram minúsculos. Peguei tudo que estava ali e coloquei dentro de uma bolsinha, tirando um vidrinho quase invisível por seu liquido, assim como o potinho, ser transparente.

 

  Aqueles frascos foram presentes de uma amiga minha, que me deu-os de aniversário. Eles eram extremamente difíceis de serem achados e eles eram muito caros, além de terem sido banidos de nosso país. Elas vinham do submundo, uma terra muito perigosa e também podiam ter efeitos colaterais diversos. Só podia usar em situações extremamente necessárias e aquela era uma situação necessária.

 

  Tomei aquele pequeno frasco e esperei seu resultado. O gosto era horrível, parecia com peixe queimado e estragado misturado com uma gororoba. Me contive para engolir e não botar tudo para fora. No entanto, se aquilo funcionasse por algumas horas, tudo compensaria.

 

  Com minha bolsa, sai de meu quarto sem deixar vestígios de líquidos estranhos e esconderijos secretos. Vaguei pelos corredores apenas para testar, já que, além do gosto horrível em minha boca, não sentia nenhuma diferença em meu corpo. Vários funcionários quase trombaram comigo ou suas bandejas quase caiam em mim. O salão principal, onde seria o meu julgamento, estava perto. Ele era decorado com um lustre gigantesco que embelezava o local e, por algum milagre, um tapete vermelho, com cores vivas, sem parecer vazio e sem cor, também havia quadros espalhado por todos os lugares, pinturas de dragões e heróis decoravam o salão inteiro e, na frente, havia a “mesa” do juiz. Era uma corte real, tudo preparado exclusivamente para mim, por algo que não fiz.

 

  Os guardas continuavam de prontidão. Havia dezenas deles em cada escada e outras centenas no salão principal, revistando as pessoas que entravam e saiam. Por alguma razão, eles haviam fechado as portas e mais ninguém podia passar, o que me prejudicaria.

 

  Liguei para um conhecido meu e pedi sua ajuda. Ele não queria, mas, após eu lembra-lo que estava me devendo, aceitou.

 

  Fui até a porta e bati. Os guardas ergueram suas armas enquanto abriam a porta, prontos para atacar, mas... Não havia ninguém ali. Passei com cuidado para não levar espetadas das lanças, felizmente consegui passar, mas havia pouco tempo até acabar minha poção. O capitão da guarda chamou a atenção de seus soldados e mandou-os fecharem a porta novamente para que eu não tentasse fugir. Tarde demais, querido.

 

  Corri bem rápido, evitando usar magia mesmo do lado de fora do castelo, eles poderiam me rastrear.

 

  A pessoa que esperava já estava posicionada com uma bugiganga pequena ao seu lado. A poção ainda fazia efeito, mas, ele pode me perceber pela minha voz.

 

  - Sei que você quer que eu faça isso, mas não posso. Eu serei jogado na prisão. – Falou.

 

  - Não. Eles nunca saberão que foi você. Não podem rastrear magia vindo de uma máquina. Agora, ande, me teletransporte.

 

  E assim foi feito.

 

  Me desculpe, Daphine, mas preciso fazer isso. Tem algo estranho acontecendo e sendo castigada não poderei investigar, por isso preciso fugir. Quando voltar aceitarei qualquer punição que me derem por ter fugido, sem problemas, mas por enquanto não posso aceitar calada, com a cabeça baixa, por hoje lutarei e serei considerada traidora, mas não me importo, continuarei seguindo meus instintos. Alguém não quer que eu vá para lá e por isso está colocando obstáculos em meu caminho, tentando me avisar para que não vá ou coisas piores me acontecerão. E é por isso que vou. Mesmo que cause mortes, essa é minha decisão e não voltarei atrás. Espero que algum dia possa voltar, mas até lá, adeus, irmã.


Notas Finais


E então? O que acharam? Espero que não tenha ficado muito confuso (pelo menos eu perguntei para um amigo e ele disse que dava para entender perfeitamente, mas vai saber, né?) e que tenham gostado dessa personagem nova que será envolvida em muitos conflitos daqui para frente. As criticas e elogios são bem vindos. Bem, é isso, espero que continuem me acompanhando e que gostem do meu trabalho. Obrigada por ler. Até o próximo capitulo! Bjss de torta de limão (e se não gostarem, escolham um doce muito, mais muito bom.) (N.K: Já tava na hora, né? Enrolou um tempão só para escrever uma notinha desse tamanho.) (N.A: Por que você não vai implicar com o povo que tentou te matar?)
Obs: Esses capitulos não tem capa porque estou com preguiça de procurar imagens na net, mas algum dia eu coloco. Bjss!


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