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História The Legendary Dragons. - A monomania dos reencontros.


Escrita por: Jessie_Sunshine

Notas do Autor


Oii meu povo! Olha quem tá aqui, ao invés de estudar para as provas de amanhã! Indo direto ao assunto, esse capitulo ficou um pouco parado, mas não se preocupem, ainda está no começo e tem algumas coisas que ainda precisam ser explicadas, mas calma, tudo a seu tempo. Falando em tempo, esse ser maravilhoso aqui ficou um tempão para pensar em um titulo, (Desde as 17:12) só que eu não consegui pensar em nada bom, então, como tenho que postar logo e dar pelo menos uma lida na apostila, vai ficar assim mesmo, (Melhor que "Um reencontro mortal.") sério, desculpa, sou muito ruim com títulos. Bem, é isso. BOA LEITURA! Bjss de algodão-doce!

Capítulo 4 - A monomania dos reencontros.


4. A monomania dos reencontros.

 

Quem não gosta de um reencontro? Bem, é muito bom ver pessoas que não vemos alguns meses, as vezes anos, ou, até mesmo muito tempo. Isso é tudo muito bom, tirando alguns poucos casos, como o meu. Não, eu não me reencontrei com a sogra, na verdade, eu nem tenho sogra, mas é tão ruim quanto. Quem não quer ver uma pessoa que tentou te matar? Tudo bem que ela salvou minha vida de novo, mas também ameaçou, então não temos muitos pontos positivos.

  Já era dia 26 de dezembro, eu havia me recuperado no dia anterior, então, tive que passar o natal sozinho em um quarto escuro e minúsculo. Não teve muita diferença, já que meus natais eram celebrados em um galpão abandonado, mas pelo menos lá, eu não estava morrendo. Para comer, tive que me virar com as sobras, a comida que a garota havia me deixado, já estava no fim. O pior mesmo foi a dor de cabeça que me ocorreu nos últimos meses e mesmo que seja natal, não significa que você não tem problemas. Eu precisava tomar uma decisão. Já tinha pensado nisso durante os meses que fiquei lá de cama, mas a decisão final seria naquele dia. E foi isso o que eu fiz.

  No dia seguinte, entrei em uma lojinha em especial. Assim que coloquei o pé lá dentro, o sino tocou e uma voz feminina pode ser ouvida.

  - Como posso... Kyoya? É você?

  Sobreviver ou morrer? Não era mais uma simples questão de orgulho. Não era brincadeira e o orgulho não podia me dominar naquela situação. Existem coisas que precisamos fazer e não podemos simplesmente deixar de lado. Minha própria vida é uma delas.

  - Eu queria falar com o Gingka, mas você também serve. Ouvi falar que a WBBA fez um projeto para abrigarem bladers por essa área que não tem onde ficar.

  - Sim, é verdade. E você, por acaso, queria arranjar uma vaga lá?

  - Basicamente. É por pouco tempo, apenas para eu terminar de arrumar umas coisas e resolver alguns problemas.

  - Não se preocupe, não precisa se explicar. “A casa dos bladers” é um lugar público, se tiver vaga, pode entrar sem problemas. Enfim, vou ver se consigo uma vaga para você. Mas, só por curiosidade mesmo, por onde andou esse tempo todo? Faz meses que você sumiu...

  - Por aí.

  - Andou treinando? Achei estranho você não ir no torneio. Pensei que não perderia a chance de batalhar com o Gingka.

  Eu havia me esquecido completamente do torneio, mas, mesmo que lembrasse, não poderia ir mesmo. Não teria forças nem para ganhar de Benkei do jeito que eu estava.

  - Andei ocupado, cuidando de alguns problemas.

  - Posso saber quais problemas são esses? Porque para perder uma batalha entre você e o Gingka, deve ser algo muito grave mesmo.

  “Você nem imagina.”

  - Não acha que está fazendo perguntas demais? Não interessa, são apenas alguns probleminhas que tive.

  O local onde fui atingido havia ficado com uma enorme cicatriz que, infelizmente, era bastante visível, então, se eu não a cobrisse bem teria que responder perguntas que eu não seria capaz de responder.

  - Quer que eu conserte seu bey?

  - Não, Madoka. O Leone está em bom estado.

  - Então é só isso?

  - Sim, mas, só para saber, vai ter alguém... diferente, lá?

  Precisava ter cautela, eles ainda estavam atrás de mim, qualquer passo em falso custaria minha vida.

  - Diferente? Na casa? Não sei, ainda tem vagas, então pode ser que apareça pessoas que não conhecemos. No entanto, por enquanto, são os mesmos de sempre. Algum problema se pessoas estranhas entrarem?

  Madoka estava desconfiada, mais do que o normal.

  - Não, só acho que isso não dará certo. Sabe, as chances de coisas ruins acontecerem são muito maiores do que algo bom aconteça com a chegada de pessoas que não conhecemos. Nem todas as pessoas são boas.

  - Isso é verdade, mas não tem com o que se preocupar. Ryo já pensou nisso. Antes de deixar qualquer um entrar, se assegurará de que essa pessoa é confiável e verificará sua ficha. Se estiver tudo certo, poderá entrar, caso tenha qualquer coisa estranha em seu histórico, ficará de fora.

  - E se essa pessoa ocultar suas informações?

  - Isso seria impossível. Não há qualquer jeito de mudar seu histórico. Mesmo que oculte de pessoas comuns, não se pode esconder das autoridades. Eles saberão sua história mesmo se for guardada a sete chaves.

  - Desde quando Ryo faz parte dessas autoridades? – Perguntei.

  - Ele é o diretor da WBBA, então, ele pode ter muitos privilégios. Mas, por que está tão preocupado?

  - Não gosto de conviver com pessoas. Preferia ficar sozinho.

  O sino tocou e uma garota com mechas vermelhas entrou.

  - Como posso ajudar? – Madoka interrompeu nossa conversa.

  - Você é a Madoka? Me disseram que você é uma das melhores mecânicas de beys dessa cidade. Vim conferir isso, preciso que dê uma olhada no meu.

  Ela passou do meu lado e deu um sorrisinho que fez com que um arrepio percorresse meu corpo. Não conhecia a garota, não sabia nem mesmo seu nome, nunca tinha visto-a na vida, mas não gostei dela.

  A garota não seria a de capuz... Ou seria? Não, a voz era diferente. Mas... a mesma energia assustadora que cercava a capuz, também cercava a garota de cabelo vermelho. Se bem que a capuz tinha cabelo loiro... Se eu andava paranoico nos últimos meses? Talvez só um pouquinho, nada para se preocupar.  Eu acho.

  Madoka continuava sorrindo como sempre fazia. Será que não conseguia sentir o clima pesado e desconfortável que havia se formado? Talvez fosse coisa da minha cabeça mesmo... Enfim, eu tinha muitas coisas mais importantes para fazer, não iria perder tempo com coisas insignificantes como bladers que eu, provavelmente, nunca mais a veria na vida.

  Dei as costas para as duas e, enquanto andava para a porta pela qual havia entrado, ouvi a garota sussurrando:

  - Boa sorte, Kyoya. Vai precisar.

  Continuei meu caminho sem olhar para trás para não deixar minha paranoia consumir meus pensamentos. Provavelmente ela queria apenas batalhar comigo e me desejou sorte porque achava que eu não ganharia dela. Não precisava me preocupar com isso.

  Em relação a capuz, com toda certeza, se fosse uma situação normal, sem ter esses riscos de morte, eu nunca teria dado ouvidos a uma pessoa que nem conheço, no entanto, como deu para perceber, essa não era uma situação nem um pouco normal. Era muito mais que uma simples decisão, muito mais que beyblade e muito mais do que todas as ameaças que já havia enfrentado. Não havia mais Doji, havia assassinos que, por alguma razão, estavam atrás de mim. Engolir meu orgulho foi, provavelmente, uma das coisas mais difíceis que já havia feito. Para não piorar minha situação, eu teria que ignorar a todos, principalmente aos que eu não conhecia.

  Não posso ficar parado enquanto assassinos me perseguem. Não posso depender uma pessoa que eu nem conheço. Não posso fugir de meus problemas para o resto da vida. Por isso me juntei aos bladers. Enquanto investigo o que está acontecendo, ainda posso ficar nas sombras, sem ter perigo algum. Sim, obedeci a parte de me juntar aos bladers, mas, querer que eu fique longe de tudo isso não dá, não posso parar de investigar. A vida é minha e tenho o direito de saber o que está acontecendo. Se acho que vou me meter em encrenca? Com toda certeza vou, no entanto, não irei desistir.

  Um turbilhão de perguntas me veio à mente. Andar distraidamente pelas ruas me fazia pensar cada vez mais. O que eu realmente estava fazendo? Onde eu iria me meter se continuasse explorando coisas que eu não devia? Teria risco de morte?

  Empurrei meus pensamentos para longe e, quando voltei a prestar atenção as coisas a minha volta, percebi olhares de crianças diretamente sobre mim. Claro, andar pelas ruas na semana de natal, sem seus pais, irmãos e irmãs, namorada, amigos ou qualquer pessoa, não era normal. Geralmente, nessa época as famílias se reuniam para fazer tudo desde compras até passeios. Então, por que eu estaria andando sozinho por aí? Esses olhares curiosos eram normais em minha vida, desde meus 11 anos sempre foi assim.

  Ah, meus 11 anos... Foi nesse ano em que minha vida inteira mudou. Quando tive que decidir se seria forte ou um fracassado para o resto de minha vida. Quando amadureci e me fechei para o resto do mundo, quando tornei minha vida um inferno. Uma decisão que não poderia ser mudada, que foi muito boa e ao mesmo tempo ruim.

  - Foco, Kyoya. Mantenha-se concentrado. – Falei baixinho.

  Mas foi em vão. Pense em uma pessoa que não consegue se concentrar nem por 1 segundo em alguma coisa. Era isso que estava acontecendo comigo naquele dia.

  Memórias são um tipo de fantasma. Elas vêm para me atormentar, para me lembrar do que quero esquecer. Acredite, fantasmas não são como as pessoas imaginam, eles não são como os desenhos mostram, não, eles não são coisas brancas flutuantes, muito menos bonzinhos. Eles são como o vento, ficam soprando em suas orelhas. Eles são sua mente. São seus pensamentos que ficam te acusando, te deixando em dúvida se o que fez foi certo ou não e que, quando errar, transformará esses erros em tiros que acertarão em teu peito e isso irá doer para o resto de sua vida, até chegar a um momento que não aguentará mais tantos tiros e tanta dor, seu coração simplesmente parará. A menos que possa vence-los, que possa vencer a si mesmo.

  Mas eu nunca consegui vence-los. Depois de tudo o que aconteceu quando eu ainda era uma criança, eu sempre tive medo de dormir. Sabia que se eu adormecesse, eles voltariam a me assombrar em meus sonhos. Pesadelos eram muito frequentes.

  E lá estavam eles atormentando minha mente novamente. Depois de três anos eu havia aprendido a controla-los, a ser forte, mas, depois que quase fui morto, eles voltaram com toda força.

  “- Você não deveria ter feito o que fez. Por isso a vida está tentando se vingar de você. Ela não vai parar, não até mata-lo. Sua vida compensará todo o mal que já cometeu neste planeta. O que acha que Sam pensaria se te visse agora? Acha que estaria orgulhosa? Acho que nós nunca descobriremos, não é? Já que foi sua culpa ela ter morrido...”

  - Foco, Kyoya. Foco. Não se deixe abalar por esses fantasmas. Seja forte. Não os escute.

 “- Você se abala porque sabe que é a verdade, afinal, eu sou você.”

  - Controle-se. – Respirei fundo.

  Aquelas vozes ecoavam em minha cabeça e acertavam em cheio minhas feridas. Após várias tentativas, consegui me concentrar na realidade e, com isso, expulsei-os.

  Talvez meu passado realmente estivesse relacionado ao que estava acontecendo. No entanto, como isso poderia interferir na vida de outras pessoas? Eu realmente havia feito muitas escolhas erradas, mas não devo ter prejudicado tantas pessoas... Talvez alguém quisesse se vingar por algo que eu tenha feito... Tipo? Eu ter destruído seu bey? Duvido que isso provocaria tanto alvoroço ao ponto de pessoas de outros países estarem atrás de mim. Com toda certeza não era aquilo. O que poderia ser então? A não ser que... Talvez tivesse algo relacionado com “aquilo”? Não. Não seria possível. “Aquilo” está a muito no passado. Enterrei ele no fundo de minha alma, guardado por mil chaves, para que nunca mais viesse à tona.

  “- Kyoya... Kyoya... Acorde. - Uma voz angelical soava a meus ouvidos.

  - Deixa eu dormir... Ainda está muito cedo...

  - Você não se dá bem mesmo com esse horário, não é? Mas é hora de acordar, senão você chegará atrasado. – Disse enquanto brincava com o cabelo dele.

  - Atrasado? Aonde? – Estava sonolento, não conseguia se lembrar de sua rotina.

  - Para a escola. Não quer ver seus amiguinhos?

  - Não. Eu odeio todos eles. – O pequeno Kyoya falou, se aconchegando em seu colo.

  - Por que? Eles não te fizeram nada de mal...

  - Eles não gostam de mim.

  - Claro que gostam. Agora, ande. Levante-se daí.

  - Mas mãe!

  - Sem mais. O que foi que eu te falei? Se você quer que seu dia seja feliz, depende de você, só de você e de mais ninguém. Fazer amigos é a mesma coisa. E você já tem a Aki e o Kaito, não precisa ficar sozinho.

  Seu longo cabelo caia sobre as bochechas do garoto, fazendo cosquinhas. Os olhos brilhavam feito estrelas e um sorriso bondoso se abria sob seus lábios. Mas, mesmo parecendo feliz, o garoto sabia que, no fundo, ela estava preocupada com seu problema de enturmar-se com crianças de sua idade e, sabia que, mesmo não querendo, teria que fingir estar feliz também, para trazer a alegria ao rosto de sua mãe.

  - Está bem, já estou indo...

  Chegando na escola, percebeu que havia algo diferente. Uma aluna nova havia entrado e, estava na mesma classe que ele.

  - Muito bem, crianças. – A professora falou e pediu para que essa aluna nova, que estava do lado de fora da classe, entrasse. – Essa é Sam Haydlynn, sua nova colega de classe.”

  E, mais uma vez, lá estavam os fantasmas para me atormentar, dessa vez me mostrando imagens de um passado um tanto quanto distante.

  Já estava escurecendo. Por quanto tempo eu estava ali parado? Até as crianças já haviam ido embora com seus pais. Meu estômago começou a roncar, eu não havia comido nada depois do café da manhã.

  Olhei ao meu redor, reconhecendo o lugar onde estava. Sentada em um banco, em frente ao BeyPark, havia uma figura encapuzada. Só podia ser ela. Provavelmente estava me seguindo para se certificar de que eu não entrasse em seu caminho. Bem, meu objetivo não era atrapalha-la, mas, se eu precisasse fazer isso para conseguir respostas, não me importaria com as consequências. Eu não ficaria parado.

  Me aproximei devagar para que não percebesse minha aproximação e fugisse. Coloquei a mão em seu braço, quase puxando-a.

  - Quem é você? Por que está me seguindo? Eu quero minhas respostas e não descansarei até você me dá-las. Quem e por que quer me matar?

  - Eu não estou te seguindo e não sei a resposta. – A voz era fina e doce, muito diferente da garota que havia me ameaçado.

  - Quem é você? – Perguntei.

  - Meu nome é Merlin.

  Com toda certeza não era a mesma garota com quem tive meu encontro infeliz.

  - Desculpa... – Eu falei mesmo isso? – Te confundi com outra pessoa...

  - Tudo bem. Só estou um pouco impressionada por ouvir você pedindo desculpas. É muito raro escutar essa palavra vindo de sua boca. Algo está te deixando maluco, não está?

  - Como você sabe?

  - Imaginei quando você me fez aquelas perguntas... Além disso, posso decifrar as pessoas facilmente.

  - E como você sabe sobre ser raro eu falar “desculpas”? Você me conhece?

  - Claro. É difícil não conhecer o rival número 1 ou 2, se contar com Ryuga... de Gingka Hagane, Kyoya Tategami.

  - É, pode-se dizer que sim.

  - Então, o que faz por aqui? Imaginei que estaria treinando ou em seu galpão.

  - Não estou fazendo nada, na verdade.

  - Você disse que estava procurando outra garota e me confundiu com ela, não é? Por que está procurando-a?

  - Não acha que está fazendo perguntas demais? Eu nem te conheço, então acho melhor ir parando por aí.

  - Já entendi, entrei em um assunto delicado... Olha, me desculpa, mas suas grosserias não me impedirão de perguntar. Sou curiosa por natureza e vou continuar perguntando. Se você responder, obrigada, estarei de ouvidos abertos, mas caso não queira responder, não precisa me tratar mal. Mesmo que seja um assunto delicado, não precisa ser grosso.

  - Está bom, continue perguntando. Mas não irei responder. Nem sei se posso confiar em você. Posso?

  - Isso você vai ter que decidir sozinho.

  - Talvez eu estivesse procurando uma garota, eu preciso dela para resolver alguns problemas. E antes que pergunte, não, não direi quais são esses problemas.

  - Tudo bem, foi um começa. Não custa nada perguntar, certo? E essa garota, ela também usa capuz?

  - Sim.

  - Então ela está por aqui.

  - Como? Você a viu?

  - Pode-se dizer que sim, além disso, ela possui uma grande aura em sua volta. Boa sorte ao tentar confronta-la.

  - Aonde ela está?

  - Aqui perto. Ela está vindo em sua direção.

  Merli tirou seu capuz. Seu cabelo reluziu a luz do poste, como um espelho, o branco brilhou como uma estrela, já as pontas azuis continuavam ali, fazendo uma boa combinação. Seus olhos eram verdes claro com um azulado de leve.

  - Não estou vendo-a. Você está vendo?

  - Estou sentindo-a. Qualquer um pode fazer isso, só precisa ter determinação e treinar isso. Sabe quando sua aura brilha quando batalha com seu oponente? Todos têm isso e, mesmo sem estar em uma batalha, se prestar atenção, pode sentir a força de cada pessoa. E, se for mesmo essa garota, é melhor tomar cuidado. Sua força é gigantesca. Ela parece ser perigosa. Não bata de frente com ela. E confie mais em seus amigos, eles podem te ajudar a superar esses seus medos.

  - Como você sabe?

  - Kyoya Tategami. – A voz era séria e, como da última vez, nem um pouco amigável. – Estava me procurando?

  Mais uma vez um arrepio subiu pela minha espinha, mas eu não poderia amarelar, ou eu faria naquela hora ou me arrependeria para sempre.

  - Sim. E agora que te achei, eu quero minhas respostas.

  - Você não tem ideia de como quero te matar, mas, infelizmente, se eu fizesse isso, eles saberiam onde estou e isso me atrapalharia muito. No entanto, posso acabar perdendo meu autocontrole, então, fique longe de mim e eu ficarei longe de você, estamos entendidos?

  - Sairei de seu caminho assim que tiver minhas respostas.

  - Tem ideia do quanto você mudou minha vida após eu ter resolvido te deixar vivo? Do quanto estou com raiva? Por causa de sua patética existência, assassinos estão atrás de mim para se vingarem, meu país se voltou contra mim e agora sou considerada uma fugitiva. Quando finalmente consegui viver minha vida em paz, organizar meus problemas e ser “normal”, você me apareceu e provocou uma rotina de puro estresse. Desejo nunca ter te salvado das mãos daquele cara, então, acha mesmo que, com tudo isso eu te darei suas preciosas respostas?

  - O que isso tem a ver com o que te perguntei? Eu faço mal para muitas pessoas, uma a mais me odiando não fará diferença alguma. Além disso, é meu direito saber e você não pode tirar isso de mim.

  - Era seu direito, era até você acabar com a minha vida. Eu posso fazer o que eu quiser, e sim, eu posso tirar isso de você. Agora, pare de me chamar e de me procurar. Vai viver o pouco de vida que ainda tem antes que seja tarde, não se preocupe, não interferirei em nada. Se fosse interferir, acredite, você já estaria morto. Saia de meu caminho enquanto pode ou te considerarei culpado por tudo e pode ter certeza, culpados não sairão impunes.

  - Me diga pelo menos quem você é.

  - Eu sou apenas uma garota que sempre se envolve onde não deveria.

  - E Sam? Você sabe algo sobre ela? O que aconteceu? Qualquer coisa serve.

  - Não sei nada sobre ela. Só sei que ela morreu. Agora, acho melhor não se meter nisso também. Se a garota sumiu misteriosamente, por que seria diferente com você?

  - Só para saber, capuz, você sabe que não vou parar até conseguir minhas respostas, não é? Não adianta me ameaçar, isso não surtirá efeito.

  - Se você ou um de seus amigos me atrapalharem mais uma vez, não serei piedosa.

  - Não quero sua piedade, nem sua amizade ou seja lá o que for. Eu quero as coisas que me pertencem, a verdade é uma delas.

  - Quer a verdade? Então, vou te falar como a vida funciona. Sua vida é insignificante. Seu mundo é apenas uma ilusão. A paz não existe. Amigos vão embora. Nada dura para sempre. O mundo não é uma maravilha. Tudo não passa de coisas criadas por sua mente. Vocês são egoístas. E no final, só restará uma coisa: a morte. Tudo que você acha que sabe, na verdade é tudo uma grande mentira. A única coisa real é a morte e é para lá que você e seus amigos irão parar, no entanto, se quiserem conhece-la mais rápido, posso ajuda-los com isso, principalmente você, garoto. Se soubesse o tanto de coisa, dos problemas, que são escondidos da sociedade, você veria tudo de uma forma diferente. Eu te avisei, se me procurar novamente, prepare-se para o pior.

  Ela virou-se com um ar sombrio a sua volta e seguiu seu caminho, sem olhar para trás. Simplesmente foi embora, sem me dar nenhuma explicação e eu fiquei lá, parado, enquanto ela sumia do mapa. Até mesmo Merli já não estava mais lá. Estava sozinho novamente, assim como estive durante muito tempo.

  No entanto, quando me virei, vi, encostado em uma parede, estava uma pessoa que eu, infelizmente, conhecia e, pela cara que fazia, parecia ter ouvido tudo.

  - Para de ficar parado aí apenas olhando, seu inútil. O que? Acha que vai conseguir alguma coisa sem fazer nada? Não consegue colocar nem uma garota contra a parede para ter as respostas que tanto quer... Que desprezível.

  - O que você está fazendo aqui? – Minha voz começou a se alterar.


Notas Finais


E então? O que acharam? Tenho quase certeza que esse capitulo ficou meio confuso (principalmente as memorias do Kyoya), mas, aos poucos as coisas serão explicadas. Espero que vocês continuem me apoiando e acompanhando meu trabalho. Amo vocês! Obrigada por ler! Bjss de churros!


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