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História The Legendary Dragons. - O amor está no ar e ele pode causar diabetes.


Escrita por: Jessie_Sunshine

Notas do Autor


Oii! Tudo bem? Como estou com pressa, não colocarei muita coisa nas notas. OBRIGADA POR LER! Espero que gostem e continuem me acompanhando! Bjss de morango!

Capítulo 8 - O amor está no ar e ele pode causar diabetes.


8. O amor está no ar e ele pode causar diabetes.

  Eu odeio coisas melosas. Inventar apelidos carinhosos para a pessoa que ama é fofo e não tem muito problema, desde que, não seja coisas doces e irritantes e, não precisa ficar falando isso toda hora (Sou meio chata com isso, mas, como sei como é, se não tiver exageros, eu até que aceito bem, desde que eu não esteja de mau humor). Agora, todos desencalhando de uma vez já é demais, assim não dá. Só mais uma coisa antes de continuarem. Se vocês tiverem diabetes ou não quiserem pegar, não leiam. Isso aqui é puro veneno, podem estar correndo sérios riscos. O aviso foi dado, a partir de agora, é por sua própria conta em risco, não nos responsabilizaremos por nem uma doença que possa vir a acontecer, incluindo diabetes.

  - Então, o que queria comigo? – A voz de Kyoya soava abafada.

  - Eu precisava falar com você.

  Opa, opa. Melhor voltarmos um pouco no tempo, senão, isso vai ficar muito confuso.

Dia anterior: 4 de Janeiro de 2016.

  - Venham, já está escurecendo. Vamos alugar barracas! – Gingka já estava animado novamente.

  - Barracas? Para quê? Nós já temos uma casa! – Como sempre, o Kyoya reclamou.

  - Vai, Yoyo, vai ser legal! – Yu tentou convence-lo. Era impressão minha ou os dois estavam mais... próximos? Não, meu aliado não podia se virar contra mim.

  - Você nunca quis acampar? – Gingka perguntou encarando-o.

  - Eu faço isso quase todo dia, acredite, acampar não é tudo isso. O lado bom é olhar as estrelas, do resto... – Kyoya tentava convence-los também.

  - Acho isso uma boa ideia. – Me intrometi. – Eu aceito.

  Depois de algum tempo discutindo, conseguimos convence-lo. Fazer o que, mais de dez pessoas é bem mais influente do que apenas uma. O único que voltou para a casa foi Ryuga o que era bom, conhecia esse tipo de pessoa muito bem e quanto mais afastado de Sam ele ficasse, melhor seria. O único problema era que, talvez, não fosse bom ele ficar sozinho lá. Não sei o que poderia acontecer, mas uma única pessoa em uma casa de 3 andares, não parecia uma boa ideia.

  Enfim, Gingka alugou algumas barracas e fomos acampar em uma área de camping que, como as pessoas ainda estavam viajando por causa do ano novo, estava vazio. Gingka falou que dormiria do lado de fora, mas, aposto que mais tarde se arrependeria.

  Para ser sincera, foi bem divertido, até me lembrou meus tempos de criança... Não foi como um acampamento, mas, mesmo assim, foi muito bom.

  - Kyoya, já que você não vai nos ajudar a montar as barracas, pelo menos busque gravetos. – Madoka pediu.

  - Eu já nem queria vir, ainda vou ter que procurar gravetos? Tenho cara de cachorro por acaso? – Ele perguntou.

  - Para de reclamar e vai logo, Kyoya. Ou você prefere ficar sem comer? – Perguntei arqueando as sobrancelhas.

  - Prefiro que não me coloquem no meio disso.

  - Só coopere com a gente, está bem? – Pedi.

  - Ela tem razão, Yoyo. – Yu me apoiou.

  - Está bem, está bem, mas só porque não quero comer uma hora da manhã porque outro alguém demorou dez anos para achar alguns gravetos. Agora, é bom estar tudo pronto na hora que eu chegar, entenderam? Se ficarem aí de bobeira enquanto eu faço todo o serviço, vão se arrepender. – Ameaçou.

  Terminamos de montar as barracas rapidamente e Kyoya ainda não havia chegado.

  - Ei, Yu. – Chamei. – Tive uma ideia. Quer me ajudar?

  Antes mesmo de contar o plano ele já havia aceitado e, quando contei, Yu parecia animado.

  - Mas como vamos fazer isso? – Me perguntou.

  - Você não me conhece? – É claro que não, estou aqui a apenas uma semana, como ele me conheceria? – Daremos um jeito.

  Entramos na densa floresta e seguimos as pegadas do esverdeado, tomando cuidado para não fazermos nem um barulho e nos escondendo atrás de arbustos sempre que escutávamos algo estranho. Depois de alguns minutos, finalmente encontramo-lo apanhando alguns galhos de uma árvore com seu bey. Peguei uma pedra e joguei perto de um arbusto. O senhor reclamação se assustou e deu um pequeno pulo.

  - Quem está aí? – Ele perguntou.

  Yu estava lutando para segurar sua risada mas não parecia que conseguiria aguentar por muito tempo.

  - Não vou perguntar de novo. Apareça ou irei te caçar. Se você tiver voltado para terminar seu serviço, saiba que não estou sozinho dessa vez. Não tenho mais medo. Me enfrente cara a cara, vamos. – “Enfrentou” seu amigo invisível.

  Do que aquele idiota estava falando? Taquei outra pedrinha na direção contraria da outra. Kyoya abriu aquele arbusto e procurou, mas não encontrou nada. Fizemos o Kyoya brincar um pouco de esconde-esconde e ele parecia estar ficando um pouco irritado. Depois de um tempo, deixamos ele seguir seu caminho até que, quando ele menos esperava, saímos e demos o bote. Ele pulou, derrubando os gravetos e acabou caindo em cima de um tronco, sujando um pouco sua calça de terra.

  - Isso não teve graça! – Irritou-se enquanto estávamos apenas rindo. – Que brincadeira tonta.

  Enquanto ele nos xingava e nos ameaçava, apenas riamos até nossas barrigas doerem. Fazia sentido uma pessoa se assustar caso estivesse sozinha em uma floresta, de noite e ouvisse barulhos estranhos, agora, se essa pessoa for o Kyoya, aí já não tem preço.

  - O que vocês estão fazendo aqui? Não deviam estar montando as barracas? – Perguntou ainda irritado.

  - Já terminamos. E, como você estava demorando, resolvemos vir aqui e pregar uma pequena peça em você. Só faltou um gritinho para me deixar ainda mais feliz. – Respondi ao ver que meu plano tinha dado certo.

  - Hahaha, engraçadinha. Anda, agora me ajuda a pegar esses gravetos. Quanto a você Yu, – Virou-se para ele assustadoramente. – você vai me pagar, seu traíra. Me traiu só por causa de uma paixãozinha, tudo isso para ficar com uma garota. Esperava mais de você.

  - Paixãozinha? Do que está falando? – Perguntei confusa.

  - O que? Vai me dizer que não sabia que o Yu g... – Foi cortado quando o Yu pulou tampando sua boca.

  - Não é nada. Vamos indo. – O pequeno nos apressou. – Não queremos comer muito tarde.

  Kyoya sorriu maliciosamente enquanto olhava Yu.

  - Quer dizer que ela não pode saber? E se, por acaso, eu acabar falando alguma coisa? – Perguntou.

  - Não liga para ele, Noxy. O Yoyo é um idiota. Se você falar algo para ela, eu conto tudo sobre o que você me disse ontem, incluindo do que você chamou ela. - Ameaçou.

  - Do que está falando? Enfim, melhor irmos andando.

  - Está bem. – Dei de ombros. – Kyoya, você sabe o caminho de volta?

  - Claro. Não é a primeira vez que venho aqui. – Respondeu normalmente.

  Continuamos andando até encontrarmos o lugar de camping em que os outros estavam e pareciam um pouco impacientes.

  - Finalmente vocês apareceram. – Madoka parecia nervosa. – Por que demoraram tanto?

  - Porque alguns idiotas resolveram fazer criancices e me atrasaram. – Olhou de soslaio para nós.

  - O que estavam fazendo lá? – Ela perguntou apontando para a floresta.

  - Assustando o Yoyo. – Yu respondeu.

  - E deu certo? – Gingka parecia curioso.

  - Sim. – Eu e Yu nos entreolhamos e soltamos algumas risadas ao lembrarmos da expressão do Kyoya. – A gente podia ter tirado foto, não é, Yu?

  - Mesmo assim, deviam tomar mais cuidado. Já está escuro, vocês poderiam muito bem se perder lá e se encontrarem com animais perigosos. – Madoka nos deu alguns sermões enquanto Kyoya nos encarava um pouco satisfeito pela bronca que tomamos.

  Assim que acendemos a fogueira, assamos hambúrgueres já que o Gingka não gostava de salsicha, e logo depois, marshmallows. Como sempre, o Kyoya, comeu em um canto mais afastado, não entrando em algumas brincadeiras que os bladers faziam. Ainda tiveram algumas batalhas, principalmente a do idiota do meu colega de quarto contra seu maior rival, Gingka. Fizemos mais algumas coisas antes de entrarmos cada um em sua barraca (Exceto Gingka que ficou do lado de fora, dizendo aguentar o frio e todo o resto.). Realmente, foi um dia bem divertido mesmo que não tenha sido do jeito que planejei. Ali fazia eu me lembrar um pouco da minha casa e da minha família, tanto real quanto (principalmente) adotiva.

  Quando percebi que todos já estavam dormindo, que não havia mais nenhum barulho além dos animais, saí e fui observar as estrelas. Sem que percebesse, lembranças jorraram em minha mente e uma pequena lágrima rebelde escapou, escorrendo por meu rosto inteiro. Quem diria que eu sentiria tanta saudade daqueles idiotas? Ouvi um barulho e olhei para o lado. Kyoya estava ali, de pé, me observando.

  - O que faz acordado a essa hora? – Perguntei.

  - Isso é o que eu iria te perguntar. Geralmente, a essa hora, você já está no sono mais profundo.

  - Como sabe disso? – Perguntei.

  - Por que você não acorda nem quando eu coloco música ou ligo a TV ou derrubo as coisas no chão.

  - Não sabia disso. – Tentei me lembrar desses barulhos mas nada me veio à mente. – Perdi o sono. –Respondi por fim.

  - Você? Não acredito nisso. – Sorri ao ouvir essas palavras.

  - Mas, o que faz aqui? – Perguntei.

  - Eu estava ali em cima, – Apontou para uma árvore. – quando te vi e resolvi te dar um susto para me vingar por mais cedo, mas acabei desistindo quando percebi que estava... tão concentrada.

  - O que significa que você viu, não foi? Não se preocupe, não é nada demais e não precisa me consolar.

  Olhei para onde Gingka estava enquanto Kyoya se sentava ao meu lado. O garoto de cabelo vermelho não estava mais lá, provavelmente havia sentido frio e foi pedir abrigo para a Madoka que, como era muito “gentil” resolveu deixa-lo ficar em sua barraca.

  - Sabe, – Ele começou. – hoje a Fernanda veio falar comigo. Ela me disse que vocês não são muito amigas, por isso que sempre que você a vê fica irritada, mas não me falou o motivo por essa inimizade.

  - E precisa de um? – Minha cara se fechou automaticamente ao ouvir esse nome. Parabéns por me deixar de mau-humor, Kyoya.

  - Acho que sim, quer dizer, pelo menos para ficar tão irritada, sim.

  - Sério? Vai mesmo insistir nesse assunto? Se for assim, pode ir embora. Não quero falar sobre isso. – Respondi.

  - Calma, mal-humorada. – Ele ficou quieto por um tempo pensando se deveria falar ou não. – Por que estava triste quando cheguei?

  - Só lembrei de umas coisas. – Dei de ombros. – Senti falta de olhar as estrelas com minha família, só isso.

  - Você era apegada a eles? – Perguntou.

  - Não muito, mas faz falta, sabe? – Ele assentiu. – O que fazia falando com Fernanda? – Por mais que não quisesse falar sobre isso, minha curiosidade venceu e resolvi perguntar.

  - Por algum motivo ela me chamou. – Deu de ombros. - Não acha melhor ir dormir? Já está tarde.

  - Está bem, mamãe. Já estou indo. – Falei me levantando e indo em direção a barraca. – Só uma coisa, se prepare amanhã, daremos um susto na Madoka.

  - Não sou sua mãe. – Ouvi ele murmurar, mas logo abriu um sorriso. – Acho que não seria bom te ter como inimiga.

  - Ei, não sou tão má quanto pareço, só gosto de pregar algumas peças de vez em quando, como fiz com você.

  Fui em direção a barraca e em pouco tempo adormeci, mas não sem antes ver uma figura indo em direção ao Kyoya, pela silhueta, percebi que era Fernanda. Eu até iria ver o que estava acontecendo, mas meu cansaço ganhou.

  No dia seguinte, acordei mais cedo. Kyoya ainda estava dormindo em cima da árvore. Por que que ele tinha pegado uma barraca, então? Mas decidi não me vingar ainda por sempre me acordar cedo, minha prioridade era Madoka. Não irei revelar meus métodos, mas, digamos que fiz a pobre garota acreditar que havia uma cobra em sua barraca e que todos levantaram no susto, principalmente Gingka que estava ao lado dela.

  - O que foi, Madoka? – Gingka parecia preocupado.

  - T-t-tem uma cobra aqui! – Ela gaguejou enquanto gritava apontando para minha criação.

  - Isso não é uma cobra, viu? – Mostrou pegando-a.

  Digamos que o grito de Madoka foi tão alto que acordou todos, inclusive Kyoya que quase caiu da árvore.

  - O que está acontecendo? – Me perguntou um pouco atordoado.

  - Já se esqueceu do que te falei ontem? – Perguntei.

  - Tinha que ser tão cedo? – Perguntou enquanto bocejava.

  - Sim, senão não teria graça.

  - Quem fez isso? – Madoka parecia furiosa.

  Por causa dessa pegadinha, eu quase morri, mas compensou. Depois que todos se recuperaram do grito de Madoka, comemos, Fernanda arrastou o Kyoya pela floresta enquanto terminávamos de comer e depois fomos embora.

Dia Atual: 5 de Janeiro.

  Quando chegamos já era quase de tarde e a primeira coisa que fiz foi comer e, em seguida, ir para meu quarto e deitar. O esverdeado não estava lá, o que foi uma boa noticia quando recebi uma ligação. Apenas com o toque, pude saber quem era, então tranquei a porta para que nenhum curioso tentasse entrar em horas inapropriadas.

  - Oi chefinho. – Coloquei um sorriso bobo no rosto.

  - Chefinho? De onde tirou isso? Posso saber por que está tão feliz? – Perguntou do outro lado da linha.

  - Eu não sei, talvez você tenha notícias boas para mim?

  - Pelo que eu saiba, não. Alguém atacou nesse tempo em que está aí? – Perguntou.

  - Não. Além disso, a Jessie não apareceu. Agora, sobre o Kyoya, ele está vivo e estou cuidando para que não seja morto. – Expliquei.

  - Bom ouvir isso, mas temos um problema. Sinto que as coisas ficarão difíceis de agora em diante, eles estão tramando algum plano, esteja preparada. E, seja o que for, ache Jessie. Se ela se descontrolar, o mundo inteiro sofrerá as consequências e eu também preciso de algumas informações que apenas ela possui. Mas, tome cuidado, ela é perigosa e pode te matar em um piscar de olhos. – Nem o celular podia disfarçar a frieza de sua voz.

  - Se é assim tão perigosa, por que você não chama outra pessoa? – Perguntei.

  - Porque você estava disponível e me parece ser confiável.

  - É sério, por favor, me tira daqui. Os bladers não são tão chatos e irritantes, mas não conseguirei aguentar Fernanda por muito tempo.

  - Fernanda? Sua inimiga de infância? O que ela está fazendo aí?

  - Olha, além de fazer da minha vida um inferno, acho que está tentando atrapalhar nossos planos. – Ironizei.

  - Desculpa, Lennox, mas não irei te tirar daí tão cedo. Terá que ser forte e aguentar por mais um tempo.

  - Não posso, você não entende? Ela vai acabar contando quem eu sou para eles e Kyoya que já não confia muito em mim, vai acreditar e tudo vai por água abaixo.

  - Então não deixe que ela conquiste a confiança desse garoto. – Me propôs.

  - Parece que ela já conquistou.

  - Garanta que ela não fale nada, então. Use qualquer método.

  - Posso mesmo fazer isso? – Perguntei receosa.

  - Caso não haja outro modo, sim.

  - Preciso desligar antes que alguém desconfie. – Tentei apressar as coisas.

  - Está bem. Tome cuidado, se for fazer algo ruim, não deixe rastros. Caso contrário, se alguém descobrir, não conseguiremos te esconder e terá que arcar com as consequências que não serão poucas.

  - Queria ter um jeito de fazer ela fechar esse bico sem riscos. – Suspirei. - Se eu ameaça-la, ela vai correr para os braços de alguém e me desmascara, agora, se eu matá-la, eles perceberão sua falta e me apontarão como culpada. Se eu não conseguir faze-la ficar quieta, pode me fazer um favor?

  - Um favor meu? E o que eu ganho com isso, Noxy?

  - Não me chame assim! O que você ganha com isso? Que tal uma aliada?

  - Você é obrigada a me apoiar. Sabe muito bem que se me trair, te caçarei por todo o lado.

  - Está me dizendo que me descartaria? – Perguntei pasma.

  - Claro, você é apenas uma funcionária. O que? Só porque eu vou pessoalmente te ver, sem mandar meus capangas, acha que é diferente dos outros? Acredite, você não é tão forte assim e nem vale tudo isso, Nossa organização é maior que qualquer máfia por aí, não é porque eu te mandei para uma missão que não posso descarta-la e colocar alguém em seu lugar sem que ninguém perceba o que está acontecendo. E, caso conte algo para seus amiguinhos, todos morreriam junto com você.

  - Já que sou assim tão inútil para você, acho melhor acabar com isso de uma vez. Eu me demito. – As lágrimas ameaçavam cair.

  - Como se as coisas fossem fáceis assim. Te avisei desde a primeira vez que nos encontramos que se trilhasse esse caminho, não haveria volta, apenas a morte. Se quiser sair, apenas morrendo ou me vencendo em uma luta. Quer mesmo se demitir? - Cruel. Essa era a palavra que estava procurando para defini-lo.

  - Não acredito que você me usou desse jeito. Nunca devia ter confiado em alguém como você. Fui uma completa idiota. Eu te odeio! Te odeio com todas as minhas forças, irei fazer de tudo para que se arrependa do que fez comigo.

  - Quantas vezes será que já ouvi esse papo? Mas, como pode perceber, desde que assumi o cargo, nada me aconteceu, continuo firme e forte no poder. Agora, cale essa boca e vá fazer seu serviço. Caso tenha informações uteis, me ligue, senão, não entre em contato. – Ele desligou na minha cara, me deixando ali, plantada, em meio a um mar de confusões.

  Agarrei meu celular como se fosse amassa-lo. Fechei meus olhos com toda a minha força, mas logo ela se esvaiu. A raiva deu lugar a dor. A dor de ser traída por alguém que você ama. Nunca fui de chorar, mas, naquele momento, tudo o que precisava era colocar tudo para fora. Cascatas d’agua saiam de meus olhos enquanto sentia pontadas em meu coração. Por que sempre que eu confiava em alguém, que eu lhe entregava minha própria vida isso acontecia? Não fora a primeira vez, então, por que eu não conseguia aprender essa lição? Por que fui me juntar a essa organização e deixar minha família?

  Antes que pudesse ter alguma reação que pudesse me arrepender mais para frente, alguém bateu na porta.

  Em poucos segundos, voltei ao meu humor normal, enxuguei minhas lágrimas e fingi que nada aconteceu. Uma das coisas que precisei aprender foi isso, esconder seus sentimentos e se isolar de tudo. Manter tudo dentro de si, fingir ser forte, se destruir aos poucos por dentro, sem poder fazer nada.

  - O que foi? – Perguntei após abrir a porta.

  - Está tudo bem? – Era Nile.

  Assenti.

  - Eu queria pedir desculpas por... Eu realmente não sabia que o Gingka se intrometeria nisso. Espero que as coisas não tenham ficado estranhas entre nós. – Podia jurar que o vi corar de leve.

  - Não se preocupe, não tinha como você saber, além disso, foi bem divertido. – Dei um sorriso forçado.

  - Tem certeza de que está bem? Porque, realmente, não parece.

  - Acredite não é nada demais. Só estou cansada por ter acordado tão cedo. Só preciso descansar um pouco. – Respondi.

  - Está certa disso? Seus olhos parecem inchados. – Comentou.

  - Sim, é apenas sono. Se não se importa, vou dormir um pouco. Mais tarde nos vemos, está bem?

  Ele acabou assentindo, mas parecia relutante.

  Voltei ao meu quarto e me pus a chorar novamente, mas logo adormecei. Mais tarde, quando acordei, acabei saindo um pouco do quarto para que eles não percebessem minha ausência e nem notassem coisas estranhas. Acabei bisbilhotando algumas coisas, até que percebi uma movimentação. Era a minha inimiga querida e o meu colega de quarto. Ultimamente, eles estavam andando muito tempo juntos, então resolvi segui-los.

  Ambos entraram no quarto de Nile que ficava praticamente ao lado do meu. Ao entrar, Kyoya fechou a porta, mas não pareceu me perceber. Se fosse para acabar comigo de uma vez, ela não teria problemas, eu já estava quebrada mesmo, mais uma rachadura me desmoronaria. Tentei ouvir colocando o ouvido na porta.

  - Então, o que queria comigo? – Sua voz soava abafada.

  - Eu preciso falar com você. – Fernanda estava em um tom sério.

  Caso ela me afundasse ainda mais, eu a levaria comigo. Não podia deixar mais nada barato. Sua cara de cachorrinho pidão não iria ajudar nada dessa vez e Kyoya, sua próxima vítima, também não poderia fazer nada. Ninguém pode controlar alguém que nasceu para guerrear.

  - Você realmente não se lembra de mim, não é? – Ela perguntou.

  - Não. Vá direto ao assunto.

  - Nós batalhamos em um torneio que teve nos estados unidos. Mas, nessa batalha, aconteceu alguma coisa estranha. Uma coisa que não consigo controlar.

  Revirei os olhos. Tinha como ser mais sonsa?

  - Depois daquilo, você continuou viajando pelo mundo e eu participei de vários torneios para ganhar mais pontos e me tornar mais forte para que algum dia eu pudesse me reencontrar com você. Mas não foi apenas por isso, eu queria um tempo para pensar. – A senhorita Rosinha continuou.

  - E o que isso tem a ver comigo? – Ele não parecia de muito bom humor.

  - Foi você quem me fez ficar mais forte, não apenas no beyblade. Você pode até ter me tratado de forma arrogante, mas, mesmo assim, me ajudou.

  - Como isso pode te ajudar. – Kyoya não estava entendendo o rumo da conversa. Lerdo.

  - Eu não sei explicar, mas alguma coisa mudou.

  Ouvi uma risada masculina, só podia ser do esverdeado.

  - Então você virou minha fã, é? Entre na fila. – E eu pensando que o Gingka era lerdo...

  - Não é isso. – Ela continuou.

  - Então o quê?

  - Kyoya, eu estou apaixonada por você.

  Apaixonada? Haha! Como alguém sem coração se apaixona? Certeza que ela estava mentindo e manipulando o pobre garoto.

  - Melhor guardar esses sentimentos para você. – Kyoya estava sendo grosso com ela?

  - Eu tentei, juro que tentei. Tentei colocar a cabeça no lugar, te esquecer, colocar alguém no seu lugar, seguir em frente, mas não consegui. Não dá para guardar ou esconder o que sinto, isso me corrói por dentro, não consigo controlar. Só queria ser sincera quanto a meus sentimentos...

  - Não gosto de você. – Respondeu secamente.

  - Por favor, me dê uma chance e provarei que posso te fazer se apaixonar por mim. Só uma chance.

  - Quer mesmo que eu a use?

  - Faça o que quiser comigo, só peço, em troca, um pouco de alegria e esperança de que algum dia eu realmente consiga te conquistar.

  - Isso irá apenas te iludir.

  - É por causa da Lennox, não é? Você está gostando dela. - Pode parar, não me coloque no meio disso não, querida.

  - Lógico que não. – Respondeu.

  - Qual é o problema então? – Ela parecia um pouco confusa.

  - Que tal eu não gostar de você? Imagine amar. – Até que fazia sentido.

  - Olha, se tiver alguma coisa entre vocês, me avise. A Lennox não gosta de mim e não quero dar mais motivos para isso. – Como se eu precisasse de motivos para não gostar dela.

  - Não tem nada entre nós.

  - Então, tente, tente gostar de mim. – Teimou.

  - Você está tentando me forçar a ficar com você? – Kyoya parecia um pouco estressado.

  - Não! Quer saber? Me desculpe, está bem? Eu não aguentava mais segurar isso dentro de mim e, desculpa se sou um incomodo, só mais um problema para você. Desculpa ter sentimentos ao invés de um coração duro, enferrujado e gelado como o seu. Desculpa eu ser quem sou. – Ai que dó, ela iria começar a chorar.

  - Tenho sentimentos sim, ao contrário do que está dizendo e do que todos acham, meu coração não é de pedra. Eu apenas sei me controlar e não me importo com coisas insignificantes.

  - Está vendo? Eu sou insignificante para você! – Ela praticamente gritou.

  - O que você queria? Que eu fosse me apaixonar, te pedir em namoro, me casar, ter filhos com você e ficar do seu lado para todo sempre, depois de fazer menos de uma semana que te conheço? Cai na real, garota, o mundo não é um conto de fadas.

  - Mas eu posso te fazer experimentar um pouco desse mundo. Me dê uma chance e não desperdiçarei. – Fernanda estava tentando persuadi-lo.

  - Fernanda, entenda, não te amo e nunca vou te amar! Será que não percebe isso?

  - Você pode acabar gostando... E se você mudar de ideia? Como vai saber se não gosta de mim se não experimenta? – Perguntou.

  - Lennox? O que faz aqui?

  Dei um pulo bem alto, merecia até uma medalha por isso.

  - Nile? Eu só... Andando por aí, sabe? – Tentei disfarçar, mas ele me pegou desprevenida.

  - Andando por aí ou colocando a orelha na porta dos outros? – Arqueou as sobrancelhas.

  - Um pouquinho dos dois. – Admiti.

  - Devia tomar mais cuidado com o que escuta.

  Ele fez eu sair dali e me levou para o jardim, onde ficou conversando um pouco comigo sobre o dia anterior e até esqueci um pouco dos meu problemas por conta disso.

Algumas horas depois...

  Me reuni com alguns outros bladers na sala. Gingka e Madoka estavam conversando e estavam perto, bem perto, eu havia dado um conselho indireto para o Gingka mais cedo e parecia que ele havia entendido, processou mais rápido que o esverdeado. Pelo menos, aqueles dois estavam se entendo, mais cedo ou mais tarde eles acabariam ficando juntos, nem que, para isso, eu precisasse dar meu pulos. Do outro lado da sala, estavam Ryuga e Sam também conversando, como se fossem amigos. Dá para acreditar nisso? Considerando que Ryuga era do tipo que não tinha amigos, aquilo era de cair o queixo. Eu precisaria ter uma conversa com a Sam mais tarde. Todos começaram a desencalhar e eu estava ali, sem ninguém, apenas com meus arrependimentos.  Até que Kyoya e Fernanda apareceram.

  Meu colega de quarto tentava se desgrudar dela, mas era em vão. A garota não parecia querem sair de perto dele e parecia muito feliz. O que significava que ele havia aceitado, certo? Talvez não...

  - Tenho um comunicado a fazer! – Ela gritou e todos olharam para os dois. – Eu só queria dizer que... Eu te amo, Kyoya Tategami.

  E assim ela roubou-lhe um beijo. No começo, o esverdeado ficou surpreso, mas logo beijou-a de volta. Ele não tentou empurra-la, nem nada, apenas beijou-a como se fossem namorados até que o ar deles acabaram. Todos ali presentes estavam de queixos caídos e não pareciam acreditar no que viam, como eu. Kyoya havia caído em seus truques e eu estava por um fio naquela casa.

  - Estamos namorando! – Fernanda anunciou alegre.


Notas Finais


Oii! E então? O que acharam? Para ser sincera, era para ter mais coisas, por isso o nome do titulo, mas, como fiquei sem tempo e queria postar ainda hoje, cortei algumas partes, mas, no próximo capitulo colocarei-as. Preparem-se, é capaz que tenha um pouco de doce demais. Espero que tenham gostado! Obrigada por ler, favoritar e comentar, amo vocês <3 Bjss de chocolate!


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