História The lier - Death Sara

_ Nós devíamos feri-la. Sussurrou esganiçada a coisa e Taehyung engoliu em seco olhando pra Sara, a assistente social que está cuidando de seu caso.
 “É loucura até pra mim se arriscar assim”. Ele falou dentro de sua mente enquanto Sara o olhava sorrindo.
_ Tae, Tae? Ela passava os dedos magricelos perto do rosto do garoto que se perdia em devaneios.
_ O que? Ele piscou algumas vezes retomando a consciência.
_ Isobel é uma ótima médica, vai cuidar bem de você. Sara sorria simpática pra ele e o mesmo retribuiu com o maior dos sorrisos.
_ Espero que acabe logo, odeio admitir... Odeio me sentir tão fraco... Ele abaixou a cabeça parecendo bem triste. _Mas estou com medo Sara, medo do que vai acontecer comigo. Uma lagrima tão pura quanto às águas do Rio Nilo caiu dos olhos puxados e escuros do garoto e Sara se desmanchou em lagrimas também sentindo apertar o seu peito de dor pelo pobre garoto, com seus pequenos e fracos braços ela o envolveu se derramando na blusa branca do garoto.
_ Finge que eu não disse isso, ok? Ele afastou-se dela e secou aquela única lagrima que caiu, enquanto a mulher puxou lenços de sua bolsa e secou seu rosto.
_ Vamos fazer assim, eu te levo pra consulta e depois vamos ao mercado e eu faço sua comida favorita, tudo bem? Ela disse soluçando um pouco, doía nela o destino desse pobre jovem._ Ei, ei, sem essa carinha, vai ficar tudo bem, prometo. Ela puxou o braço dele entrelaçando no dela e levando em direção ao carro.
**
O caminho inteiro ela tagarelou em busca de distraí-lo.
_ Posso perguntar uma coisa? Ele interrompeu-a e a mesma assentiu estacionando na garagem do hospital.
_ Quem me entregou? Quem é essa testemunha que jura ter me visto... Os olhos do garoto estavam molhados._ Matando... Meus... Meus... Ele chorou apertando forte suas coxas._ Meus pais? Ela o abraçou forte, ao menos ela sabia que esse pobre garoto fragilizado jamais feriria ninguém, queria que o juiz visse isso também.
_ Sinto muito Tae, mas na... Ele apertou-a mais forte molhando os ombros da mesma.
_ Eu não mereço saber quem vai me por na cadeia ou num sanatório? Ele disse entre soluços e ela se calou ponderando, ela sabia que ele não era um assassino e mau algum faria ela dizer.
_ Dorothy Hans. Vagabunda, ele pensou, Dorothy era uma amiga da família, mas ele sabia que não podia confiar em ninguém e sentiu-se fraco por não ter deixado a guarda mais alta.
_ Mas eu... Eu a amava, como ela pode? Ele apertou bem forte Sara que estava sem ação.
_ Eu disse que devíamos tê-la matado, eu disse V, eu disse... A voz gralhava em seus ouvidos.
“_Eu a farei pagar”. O garoto pensou e afastou-se de Sara que limpou as lagrimas dele com um dos lenços.
_ Vamos, é melhor esquecer isso, saiba que Deus sempre pune pessoas os que merecem.
Assim que ela terminou sua frase o garoto sorriu, mesmo entre lagrimas ele sorriu. Ele estendeu seus longos braços e envolveu seus dedos no pescoço de Sara.
_ Então me chame de Deus. Ele gargalhava e de seus olhos rolavam lagrimas, ele sentia-se excitado de vê-la padecer tão rápido, a mulher se debateu um pouco tentando lutar por sua vida, mas logo fraquejou diante da força e juventude do garoto.
_ Por... Ela tentou sibilar com dificuldade, mas o ar faltou. 
“_Estamos atrasados pra consulta” A risada da coisa ecoou pela mente de Taehyung.
_ Vamos brincar de Deus. O garoto jogou o corpo de Sara no banco de trás e abriu a porta do carro._ Antes que queimemos no inferno.
**