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História The Life Is Just A Game - Interativa - Capítulo 7 - Tempo Insuficiente


Escrita por: Titanico

Notas do Autor


Ei gente! Hello! Desculpa por ter demorado a postar, mas estamos chegando perto dos últimos prontos e estou ocupado com o retorno aos meus afazeres, desculpa o transtorno.
Aproveitem>>>

Capítulo 7 - Capítulo 7 - Tempo Insuficiente


Capítulo 7 — Antecipação Mortal

 

Salão da Eternidade — Centro do Universo

 

Tenebrae

 

A entidade das sombras encarou sua adversária, seus olhos de buracos negros parecendo querer sugá-la.

À frente de ambos o Tabuleiro Divino erguia-se, com muitas das peças colocadas. Entre elas, o Rei branco e preto, as Damas de ambos os lados, todos os cavalos negros e boa parte das Torres. Mas o que mais se destacava era a falta de um bispo e uma torre do tabuleiro, ambos que tinham um tom amarelado fora do mesmo; Tenebrae sabia que Lumine estava escondendo ambas as peças, por algum motivo, para que pudessem ser “cartas na manga” dela. Tenebrae sabia que isso poderia, havia um enxerto nas Regras Primordiais de que uma divindade poderia esconder peças de seu adversário para poder pegá-lo desprevenido em batalhas, mas Tenebrae não queria usar essa regra, ele queria mostrar que não tinha medo para a Dama da Luz, e para isso mostraria todas as suas peças para ela e também, na realidade, ele não achava que Lumine usaria essa técnica. Bem, parece que estava errado.

Além disso, o tabuleiro estava totalmente confuso, as peças estavam jogadas e postas em nenhum tipo de ordem ou lógica. Simbolizavam a localização das pessoas no Tabuleiro Mortal, mas esse era o problema: Não dava para jogar algo sem que ele esteja arrumado, não é mesmo? Tenebrae colocou os dedos no seu rei negro, brincando com a peça, enquanto que encarava sua irmã com o canto dos olhos. Lumine estava sentada com os olhos fechados, parecendo serena dormindo. Tenebrae sabia que ela planejava algo, sempre que ficava nesse estado era porque pensava; ele só não sabia o que ela planejava.

— Porque me chamou aqui, irmão— Questionou Lumine. Tenebrae soltou a peça, que cambaleou na casa branca, o Rei tonto em ambos os tabuleiros.

— Não acha que já está na hora, Lumine? Apesar de eu não saber algumas de suas peças, eu tenho a maioridade; acho que estamos quites. E podemos sempre encaixar mais deles durante o Jogo. Não é hora de começarmos a arrumar os Tabuleiros?

— Quer dizer que quer começar logo? Achei que demoraríamos mais, mas como você está impaciente...

— Eu não estou impaciente, nós dois sabemos o porque de eu querer que comecemos logo a jogatina. Há algo procurando as peças; passamos um ano humano reunindo-os para agora sermos detidos por mortais? Não obrigado; prefiro começar logo isso.

— As coisas não são tão simples. Esqueceu que podemos sobrecarregar o Mundo Mortal? Fazem cerca de um século desde que o último Jogo ocorreu, e quase destruímos o Mundo deles. Esqueceu que tivemos de explodir duas cidades humanas para impedir o Rasgo Dimensional? — Lumine relembrou-o.

— Como posso esquecer? Nunca vi um cogumelo tão grande como aquele. — Disse se lembrando. — Mas a questão não é essa, caso algum deles morra poderemos causar um verdadeiro desastre em ambas as dimensões, se não estiverem no Tabuleiro se morrerem, ou caso algum deles saia dele, toda a cidade-tabuleiro será destruída, além de é claro, poder comprometer a estabilidade do nosso Núcleo e libertá-loNós não queremos isso, queremos? — Perguntou, vendo Lumine suspirar e cruzar os dedos da mão, debruçando-se na mesa.

— Não. Mas antecipar não irá ser nada seguro, sabe disso, não é mesmo? Ou esqueceu da última vez? Os habitantes de Pompéia nunca esquecerão, seja lá onde estejam. Morte não gosta muito de conversas. Então o que será, Tenebrae? Antecipará?  — Questionou Lumine, suas palavras penetrando como lanternas na noite, impelindo a decisão do Senhor das Trevas a sair logo.

Tenebrae encarou o tabuleiro, as peças andando sozinhas, grandes construções opacas se erguendo entre as casas pretas e brancas, assim como uma cinza bem no meio, onde um enorme edifício erguia-se, brilhando. O Senhor da Escuridão não gostava da ideia de antecipar a chegada do Jogo, mas era necessário. A existência de alguém sabendo a identidade das peças era algo preocupante. E Lumine estava certa; poderia causar um verdadeiro desastre am ambas dimensões, mas ele não tinha escolha, sabia que a qualquer momento algo poderia ocorrer e estragar o Jogo, alguém sair do Tabuleiro, acharem uma das Espadas; alguma morte ocorrer. Isso tudo eram incógnitas que apenas Tempus saberia responder. Mas não havia mais tempo para pensar, a decisão deveria ser feita naquele momento. Suspirando, assentiu com a cabeça.

— Vamos começar o Jogo.

 

Salão George Washington — Mundo Mortal, Nenhum Movimento

 

Shepard Chester

 

Shepard Chester odiava festas.

Não todas as festas, na realidade, apenas as de gala ou extremamente formais. Essas festas eram entediantes e muito monótonas, já que as únicas coisas que realmente aconteciam nessas festas eram pessoas esnobes esnobando sua riqueza para outros apenas para que pudessem mostrar e competir para ver quem era o mais rico. Isso apenas o deixava mais irritado em relação à isso. Apenas fora por que Frederick havia quase o obrigado a ir naquela maldita, irritante e entediante festa de gala. Chester nasceu numa família pobre e viveu boa parte da vida entre a pobreza e a classe média, apenas na idade adulta que seus investimentos e esforços o enriqueceu, por isso não era acostumado a tantas pessoas fúteis e superficiais no mesmo lugar e ao mesmo tempo. Algumas vezes se cansava do quão superficiais as pessoas eram. Era por isso que preferia as pessoas da periferia. Eles, pelo menos, não usavam máscaras faciais para esconder suas motivações e objetivos.

Agarrando o colar dourado com a forma do rei de xadrez, para acalmar sua ansiedade, o CEO da Chess Advanced contou até dez e suspirando, Shepard se aproximou do palco principal, enquanto revisava mentalmente o que falaria para as pessoas. Frederick havia pedido para ele fazer uma espécie de apresentação do projeto com o Willsburn, o que demorara muito tempo para terminarem e até mesmo começarem seu planejamento. Mas, no final, o projeto estava começando. Apesar da parceria, Shepard estava mais preocupado com a atual situação do PX, que estava cada vez mais avançado e semipronto, a potência já havia sido modificado, mas o que mais estava incomodando-o era o poder destrutivo existente na máquina. Ele sabia que, caso alguma pessoa com intenções malignas pusesse as mãos no dispositivo, as coisas sairiam do controle. Quando descobriu o possível uso maligno da máquina, Shepard logo solicitou o desligamento dela; não queria dar para ninguém o poder do dispositivo PX. Isso estava o corroendo diariamente, por isso estava distraído o bastante para não perceber a misteriosa figura que se juntou a seus guardas, todos bem armados e a postos para defendê-lo.

— Senhor Chester? — Um de seus seguranças particulares chamou sua atenção, fazendo com que os olhos do importante homem se focassem nele. — É solicitada sua presença no palco para o anúncio.

Assentindo e arrumando o traje de gala, Shepard andou até as cortinas que davam acesso ao grande palco preparado pelo dono da festa, entrou no palco, a vista de todos, mas com poucos olhares sobre si, a maioria conversando e comendo. Aproximou-se da ponta do palco, vendo com o canto de olho seus guardas a postos atrás das cortinas, pegou o microfone e, limpando a garganta, falou:

— Peço a atenção de todos, por favor. — As pessoas pararam de conversar, todos encarando o CEO. — Quero, primeiramente, agradecer a presença de todos aqui hoje. Apesar de não ter sido eu quem preparou essa festa, Frederick me chamou para comunicá-los sobre nosso acordo, já que ele falou que eu sou melhor com as palavras. Apesar de eu, na verdade, achar que ele estava com preguiça. — Todos riram da piada de Shepard, que pode deixar seus ombros penderem. Não percebeu sua tensão até aquele momento. — Mas vamos ao que interessa: negócios. Eu e Frederick juntamos esforços para podermos dar vida ao Projeto dele. Ele teve a visão necessária para podermos melhorar o mundo da melhor forma possível. O Projeto Willsburn-Chester irá disponibilizar para aqueles que não tem condições financeiras para pagar alguma faculdade poder fazer algum curso de seu interesse, paga especificamente por nossas empresas, e no final, dependendo da nota, poder trabalhar na Chess Advanced ou a WillsburnCompany.

Logo as palmas foram ouvidas no salão, provocando um sorriso no rosto de Shepard, que desde que ouvira falar da proposta de Frederick, ficou muito animado para participar desse Projeto. Se houvesse alguém que disponibilizasse algo dessa forma quando ainda não tinha a Chess, ele poderia ter cortado muitos anos de esforços e desperdício de tempo. Muitos iriam achar aquilo bobagem ou desperdício de dinheiro, mas Chester tinha outra visão daquilo, assim como Frederick. O Projeto Willsburn-Chester seria algo que ajudaria muitas pessoas que passavam necessidades e queriam alguma oportunidade de trabalho para financiar a família. Desde o começo, aquilo seria o auge do sonho dele, poder finalmente realizar sua maior motivação de ter criado a Chess Advanced, para começo de conversa. Poder realmente fazer coisas importantes para ser lembrado pela gentileza e verem realmente quem o fundador de uma das maiores empresas do mundo era.

— Obrigado, muito obrigado. Mas, como já disse, eu não poderia fazer isso sem Frederick. Infelizmente, ele não pode vir aqui hoje. — Disse, olhando as pessoas totalmente concentradas em si. Com o passar dos anos, aprendeu a prender a atenção das pessoas. Era um salva-vidas em reuniões corporativas esse dom adquirido. — Porém, eu tive a honra de mostrar para vocês em primeira mão a idéia central do nosso projeto. Hoje, é o começo de uma época de mudanças. — Sorriu para as pessoas, abrindo os braços. — Uma época que eu, pessoalmente, irei me encarregar de fazer. Iremos modificar o mundo, pouco a pouco. — Seu sorriso era amplo e completamente verdadeiro, era óbvio que acreditava em suas palavras. — E a Chess Advanced estará lá para comandar essa empreitada!

Sua exclamação exaltou todos os ali presentes, que explodiram em animação. Sorrindo, Shepard se virou para sair do palco, mal sabendo ele que aquilo seria um dos seus últimos movimentos.

Assim que começou a andar, uma figura amedrontadora parou a sua frente impedindo a passagem, era alto, forte e bem robusto, mas o que mais chamava a atenção eram seus olhos vermelhos brilhantes que pareciam penetrar a mente de Shepard, inumanos, amedrontadoramente sobrenaturais, quase impossíveis de se encararem. O CEO andou para trás, procurando seus seguranças, mas, surpreso, apenas viu corpos caídos e ensanguentados, brutalmente assassinados. Foi então que viu a faca vermelha na mão do misterioso homem. Quando tentou sair dali, já era tarde demais. O assassino avançou, enfiando a faca no peito de Shepard, enquanto tudo a sua volta explodia em gritos e em cores preto e branco, cegando-o e derrubando-o no chão.

Caiu no chão de barriga, a faca perfurando seu corpo e rasgando tudo que encontrava pela frente. Seu colar com a forma do Rei de Xadrez arrebentou, deslizando pelo palco. Tudo ao seu redor brilhava numa cor acinzentada, enquanto quadrados pretos e brancos dominavam todo o salão. Sem chances de sobrevivência, morrendo pela vontade divina, Shepard Chester entregou-se à morte, enquanto revisava o que poderia ter feito para impedir a Descontrolada Guerra Divina e pensava o que ocorreria com sua amada empresa após sua morte, desejando nunca ter entrado na festa. Mas não havia mais o que fazer.

Então, enquanto o sangue sujava o piso, Chester apenas fechou os olhos, se entregando à onipresente Morte.

Continua...


Notas Finais


O que acharam da morte do Shepard??

Gostaram?? Comentem!!

Titã


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