História The Light - Apenas o Começo das Visões.

A energia emitida pela esfera alcançou a Diego rachando o bloqueio mental da maldição

- Christian ! –   e partiu em direção á floresta, ao chegar avistou o elfo deitado em uma clareira, estendendo a mão em direção a ele recitou - Derrubos Explodos Maxima Supreme – e uma enorme esfera verde saiu da mão do ruivo atingindo em cheio o elfo distraído.

Diego não esperou Christian se recupera do golpe e partiu para o ataque com uma espada em mão.

Ao  tentar dar um golpe, Christian rapidamente defendeu e contra atacou afastando o feiticeiro.

-Qual o seu problema ? – Christian perguntou.

- Não se faça de desentendido – Diego gritou e lançou um feitiço, que foi rapidamente desviado pelo loiro –  A culpa da falta de memória do reino é sua, eu te acuso de lança uma maldição que representa um risco ao mundo.

- A maldição não foi criado por mim – Chris se defendeu. – Foi o Ariel, que na verdade queria proteger vocês, de sofrer pelo acidente.

- Eu lembro – o ruivo ficou pensativo – Mas a culpa da maldição é sua, ela cheira a seu sangue.

- Mas foi Ariel.

- Eu não acredito em você – Diego estava  difícil de convencer.

- Se não acredita em mim pergunte a ele – o elfo gritou.

- Ele? Quem mais sabe disso? – Diego voltou a olhar para o elfo.

- A pessoa que ensinou esse feitiço ao Ariel – Chris respondeu.

- Você não quer dizer...

- Quem mais seria?! O ingrediente de combustão era pimenta-rosa.

[...]

Todos aqueles papéis sobre a mesa só lhe traziam dor de cabeça, olhar para aquilo era estressante, a parte magica do Brasil estava um caos, e com a conferência magica próxima a dor de cabeça só aumentava.

- Onde ele estar? – o rapaz ouviu uma voz conhecido grita do outro lado da grande porta de mogno, que foi violentamente arrancada por um garoto ruivo – Marcus!

- Boas maneiras ainda são bem vindas – o rapaz de pele naturalmente bronzeada falou se levantando, enquanto tira de frente de seu rosto uma mecha de grande cabelo negro e cacheado do rosto. – E também o que faz aqui? Não achei que você fosse o primeiro a se lembrar.

- Não achou ou não acreditou?

- Um pouco dos dois.

- Então pode me responder o porquê ?

- Não – Marcus olhou para o jovem elfo, que permaneceu quieto no fundo da sala.

 – Então desfaça. – Diego esbravejou.

- Infelizmente a resposta ainda é não

- Eu não acredito que você não vai devolver as memórias do meu irmão – o ruivo estava atônito – Foi você que criou a maldição.

- Especialmente para Ariel e foi ele que alimentou e lançou  – Marcus se sentou fazendo um gesto para que Diego fizesse o mesmo – E para um tipo de maldição dessas, o ingrediente principal é óleo de lavanda francesa e o de combustão é óleo de copaíba, na época eu fiz com pimenta rosa e aroeira, ou seja...

- A folha e a semente de uma mesma planta – Diego completou.

- Portanto o efeito é mais poderoso e de difícil quebra e isso foi há 38 anos, ou seja, há três anos eram para o feitiço começar a perder efeito, mas como o Solar e a Lunar na fase da irmandade morreram o feitiço durou mais tempo.

- E então Henry e Leon se torna Solar e Lunar e os efeitos vão sumindo – o ruivo cortou novamente a fala do moreno.

- Mas não se preocupe antes do Ariel se lembrar do Loiro, você e o resto do mundo irão de lembrar. 

E Diego saiu em fúria sendo seguido por Christian, mas antes de sair Marcus falou :

- Não se esqueça da promessa que você fez a Ariel – e Christian saiu.

- Será que você pode me ouvir – Chris puxou o braço do pequeno.

- Como você pôde Cristian? – Diego chorava de raiva – Meu irmão, o amor da sua vida, você permitiu que uma maldição hiper perigosa fosse lançada, e agora com os poderes dos príncipes descontrolados, o que vai ser dele? Tudo que ele se lembra? Tudo que achou que era verdade sobre há quase quarenta anos atrás é uma mentira, por que você partiu o coração dele?

- Ele queria que ninguém se lembrasse do acidente – Chris justificou – Vocês sofreram muito 

- Causado por uma briga com você – um vórtice apareceu nos pés do ruivo e enquanto ele submergia no vórtice falou – A culpa é sua.  

[...]

- Então eu coloco o jasmim e a menta para que a combustão produza mais fumaça na hora do impacto? – Henry questionou – Mas essas plantas são aromáticas e perfumadas como o efeito não pode ser perigoso para quem estar usando a poção?  - não esperando Ariel responder à primeira, o jovem príncipe fez uma segunda pergunta.

Após seu irmão ter sumido e Samuel ter se trancado no quarto, Ariel resolveu tentar mais uma vez dar aula de poções para os príncipes.

O único problema é que Leon sabia como manipular os ingredientes, mas não sabia para que cada um servisse e Henry só conhecia a teoria dos ingredientes e era péssimo em manipulação.

- O perigo é mistura de elementos de mesma origem – os olhos lilás puxou o ar e continuou – Portanto o impacto de combustão é maior, mas como jasmim e menta não tem a mesma origem portanto não são perigosos. – falou calando Henry.

- Ariel então a semente da copaíba e as folhas não podem ir à mesma poção? – Leon perguntou um tanto desesperado.

- Não -  o feiticeiro respondeu se aproximando na bancada do príncipe mais novo – Você colocou ?! – afirmou mais que pergunto.

- E agora? – Henry perguntou se aproximando.

- Coloque o óleo essencial de Tea Tree – falou enfatizando no ‘essencial’ e o jovem príncipe obedeceu. – São incríveis como esses óleos funcionam nas poções e como terapia para humanos – olhou para os meninos e um clarão veio em sua direção.

- Então você me ama? – um Ariel apaixonado perguntou.

- Eu te amo anjo – o loiro respondeu – te amo mais que tudo.

A visão sumiu dando lugar a outra.

Ariel estava descontrolado, gritava xingava o loiro a sua frente.

- Eu te odeio – Nesse momento o feiticeiro já estava descabelado – Você prometeu me amar, nunca fui e nunca vou ser seu anjo.

E saiu correndo montando na sua Harley-Davidson anos 70 no meio de uma tempestade, raios e trovões cortava o céu, correu até se depara com uma árvore caída no meio da pista, ele acelerou, como o chovia muito perdeu o controle, caiu e foi derrapado junto com a moto em alta velocidade, explodindo tudo.

E com a explosão se deu o fim da visão.

- Fim da aula – e saiu correndo em direção em direção a cachoeira do bosque, o único lugar onde havia um portal para o Brasil.

[...]

- Preciso falar com você sobre visões – Ariel falou invadindo.

 - Qual o seu problema com essas visões? – Marcus perguntou intrigado.

- Vamos lá – o rosto de Ariel tinha uma feição pensativa misturada com frustação – Eu brigando com alguém, depois subindo em uma moto e sofrendo um acidente, agora o que mais me intriga é que eu não sei se é algo do passado, o que é impossível, ou se é uma visão do futuro e o mais complicado é o tipo de moto, se me lembro bem, a  Harley-Davidson da visão foi vendida a 15 anos atrás.

- Bom desde quando você passou a ter essas visões? – o Feiticeiro na frente de Ariel perguntou.

- Hoje quando eu fui buscar algumas roupas para o Diego e dentro do closet estava uma esfera. – explicou.

- Entendo, mas não deve ser nada – Marcus estava sendo evasivo ao máximo, não era ele que diria a verdade a Ariel, pois foi o próprio que pediu a ele que a verdade devesse ser contada por Christian ou lembrada por ele próprio.

- Mas...

- Sem ‘mas’ Ariel, você é mais velho admito, mas eu fui o seu professor e, portanto  tenho mais sabedoria. – Marcus estendeu a mão em direção a uma parede e um portal abriu – Vá para casa, tome um banho bem relaxante, coma, tome uma boa xícara do chá de mil sabores, passe no corpo hidratante de camomila e descanse – E Ariel entrou no portal.