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História The light of my darkness - Não deixe que as lágrimas caiam


Escrita por: syndream

Notas do Autor


Hoooooi! Como estão?? Ah, se quiserem saber, meu dia está péssimo kkk Bateu uma bad daquelas, tirando que esse capítulo estava apenas com 1400 palavras...
A única solução para melhorar meu humor foi dar uma revisadinha básica na fic e, na real, deu super certo, até consegui aumentar o tamanho do capítulo :3

Espero que gostem, boa leitura!! <3

Capítulo 8 - Não deixe que as lágrimas caiam


 

Olhou mais uma vez para a floresta. A silhueta de Syndra havia desaparecido já a algum tempo. Esperava que ela voltasse, porém vários minutos se passaram e nenhum sinal da garota. Depois de um tempo, não conseguia parar de ficar se culpando. Olhava para sua máscara, porém, na hora de colocá-la, decidiu deixá-la em sua mão mesmo.

Dessa vez conversaria com ela do jeito certo, olhando nos olhos e falando com o coração.

 

 

Zed correu até a floresta com a máscara em sua mão, esperando que alcançasse Syndra a tempo. Estava desesperado, sem saber o que fazer. Costumava ser sério, sabia disso. Então, o que estava acontecendo com ele para acabar de tal forma? Tudo culpa de Syndra? Não, a culpa era dele.

Chamava-a, mas ficava sem resposta. Sua voz ecoava por toda a floresta, ela devia ouvi-lo, o que o deixava ainda mais preocupado. Andava cada vez mais para dentro da mata e a escuridão aumentava a cada passo. Não se podia ouvir nada além de pássaros e seus pés caminhando sobre a terra, enquanto pisava em pequenos pedregulhos.

A mata era densa e a floresta não parecia ter fim. O ninja desejava que a Soberana estivesse bem, por mais que soubesse que não era nem um pouco fraca e que saberia se defender. Sentia-se estranho, como se quisesse protegê-la, mas nunca admitiria ter tais sensações.

Andava e andava, mas não a achava em lugar nenhum. Sentia-se dando voltas e passando por locais onde já esteve. Parecia ter passado por toda a floresta, mas ainda assim continuou andando.

Depois de passados longos quinze minutos, Zed começou a ouvir a voz de Syndra, seguida de risos. Procurava se aproximar do som, e ao achar a portadora da voz, encontrou-a sentada em um tronco na floresta, acompanhada dos outros ninjas.

Zed escondia-se atrás de uma árvore. Sua expressão de raiva misturada com tristeza era bem perceptível, embora quisesse evitá-la. Não queria se importar ou se aproximar muito da Soberana, mas ver aquela situação o deixou nos nervos.

Syndra mostrava uma aura bem mais sutil, o que era raro e deveria ser bem aproveitado. Porém, o Mestre das Sombras apenas conseguiu se irritar, sabendo que ela não era assim com o próprio, mesmo o conhecendo por mais tempo. Este colocou sua máscara e partiu com um humor nada agradável na direção da garota.

— O que está fazendo aqui? — perguntou Zed em tom de voz alta e rude, como se estivesse dando uma bronca na maga. Sabia que o que estava a fazer não era certo e que tinha efeito oposto ao que queria, mas não podia pedir desculpas naquele momento. Entretanto, ele continuava sem entender o motivo de estar se sentindo daquela forma.

— Esperando você tomar café, ora! Afinal, você não me quer como companhia.  — alfinetou a outra com expressão indiferente e se levantou do tronco em que se sentava.

— Olha, Syndra, não é isso... — tentava se explicar novamente, sem sucesso. Não conseguiria fazer aquilo naquele momento e cercado por aquelas pessoas.

— Tanto faz, Zed. Só estamos aqui pelo acordo. — respondeu com frieza, embora suas palavras não refletissem nem um pouco seus sentimentos tristes daquele momento. Os ninjas permaneceram quietos, apenas observando a situação e sentindo o clima tenso por parte dos dois. A maga retirou-se do local e partiu em direção à trilha principal, incomodada com a presença do Mestre das Sombras.

Percebendo que nada poderia fazer, Zed esperou Syndra ir embora para conversar a sós com seu Clã:

— Preciso da ajuda de vocês. — pediu, sussurrando, com certa vergonha por estar pedindo algo tão constrangedor para seus aprendizes por causa da maga negra.

— Com a Soberana? — Izumu já adiantou, empolgado com o que poderiam fazer, enquanto batia palmas animado.

— Sim, sim. Ela está brava porque não a deixo ver meu rosto, vocês sabem. — explicou, apontando para a máscara, recendo suspiros como resposta, exceto de Akira, que ficou sem entender novamente.

— Nem nós sabemos como você é, então por que ela saberia? — reclamou Ryu, achando tudo aquilo um absurdo e uma perda de tempo.

— Um acordo exige confiança mútua, Ryu! — repreendeu Yamato, cansado das infantilidades do amigo.

— De qualquer forma, o que vocês acham que eu deva fazer? — Zed foi direto ao ponto, os encarando com seriedade e um pouco de insegurança.

— Converse com ela carinhosamente, acho que ela vai entender. — sugeriu Izumu, pensando no que Zed poderia dizer. Milhares de situações fofas passavam por sua cabeça, clichês de beijos de chuva e coisas desse tipo que poderiam ser lidas em livros de romance, mesmo sabendo que seu mentor nunca faria algo desse tipo nem se o pagassem para isso.

— Não sou bom com palavras. — balbuciou, sem graça, já pensando em outras alternativas de desculpas.

— Apenas tente, Mestre. — insistiu, sorrindo por trás da máscara, animado.

— Não vai dar certo, Izumu... — continuou, pessimista.

— Quer ou não quer recuperar sua relação com Syndra? Decida-se! — gritou instantaneamente, mas logo se arrependeu da bronca que poderia levar.

— Sim... — sussurrou calmo, como se o berro do aprendiz tivesse sido apenas um murmúrio.

— Então vá, recupere sua relação com ela!! — respondeu animado, enquanto abraçava Ryu com toda a felicidade que estava sentindo.

— Certo, obrigado. Vou indo na frente, vocês me alcançam em cinco minutos. — pediu Zed, correndo em direção ao caminho que Syndra percorrera logo em seguida.

— E tudo isso é sua animação... — riu Yamato, ao ver a cena cômica entre Ryu e Izumu.

— Quem sabe dê certo? — sorriu o outro ninja, ainda abraçado no companheiro, que se encontrava envergonhado e gritando com Izumu.

— Eu continuo sem entender nada... — murmurou Akira, que desistiu de entender a situação desde a chegada de Syndra no acampamento.

Zed corria pela floresta, que ia ficando cada vez mais clara, chegando próximo ao seu fim. As árvores abriam-se para um céu azul, e os pássaros cantavam cada vez menos. Estava cansado, com a respiração ofegante, sem sinal de achá-la. Mas sabia que não podia desistir tão fácil. Já estava próximo a trilha de volta para a fortaleza da Soberana, quando viu uma silhueta borrada, aparentando ser de Syndra sentada em uma pedra grande, com a cabeça abaixada.

— Syndra! — gritou Zed, com toda a força que conseguiu usar. A garota virou-se rapidamente em sua direção, com uma feição triste em seu rosto.

— O que está fazendo aqui?! — tentou parecer dura, mas sua voz triste a entregava completamente.

— Vim me desculpar com você. — explicou Zed. Caminhou em direção a pedra, sentando-se nela, ao lado da maga negra.

— Tanto faz. — ignorou, tornando seu rosto ao lado oposto ao do Mestre das Sombras.

— Você se importa com isso, não é? Se não se importasse, não teria ligado pelo lance de sermos amigos.

— Não. Eu não estou nem aí para você. — negou, abaixando o rosto e cruzando os braços, com certa irritação. Não estava com vontade de encarar Zed depois daquilo.

— São coisas do passado, Syndra. É meio difícil de falar isso... — tentava se justificar, porém logo percebeu que a companheira não estava se importando.  — Ei... — chamou. — Olhe para mim. — pediu, e com sua mão direita segurou o queixo da Soberana, fazendo-a virar seu rosto na direção do ninja. Sua feição triste impressionou Zed, que ficou sem saber o que fazer. Ao ver seus olhos prestes a derrubarem lágrimas, sentiu seu coração se apertando cada vez mais. — P-Por que está assim? — gaguejou.

— Você ainda acha que tem direito de falar essas coisas?! Você acha que é o único que cometeu erros no passado?! Você acha que é o único que sofreu durante todo esse tempo?! — gritava, o acusando, enquanto cenas de suas memórias surgiam como um filme em sua cabeça. Sentia vontade de chorar ao se lembrar das próprias lembranças tristes, mas precisava ser forte, como sempre foi. — Eu pensei que eu que fosse a egoísta aqui, mas pelo jeito é você.

— Syndra... me perdoe. — implorou Zed, sentindo o peso e a culpa das falas da Soberana. Não a conhecia muito bem, mas as poucas palavras já foram o suficiente para admitir se importar com a garota. Sentiu uma conexão enorme naquele momento. Normalmente desconfiaria de algo assim, mas ele escolheu acreditar nela, pois sabia que aquelas lágrimas nunca seriam falsas e aquele olhar poderia lhe contar toda sua história em um instante. — Acho melhor deixarmos esse negócio de passado de lado, pelo menos por enquanto. — sugeriu, olhando nos olhos de Syndra, que estavam cada vez mais claros por conta da água que se acumulava em seus olhos, já que ela não permitia que as lágrimas caíssem.

— Certo. — suspirou a maga. — Tudo bem. Vamos logo, essa situação está me deixando um pouco desconfortável. — disse e se levantou, como se nada tivesse acontecido, por mais que ainda estivesse com as memórias na cabeça. Não queria estragar aquele lindo dia por conta de problemas do passado.

Zed a olhou com dúvida. Não tinha certeza se Syndra estava bem com tudo que havia acontecido. De alguma forma, ele tinha certeza que não era a hora certa para falarem de seus passados; apenas de se conhecerem melhor no presente.

— Vamos então, acho que o pessoal já está chegando. — falou calmo e esperou Syndra pegar sua bolsa.

Começaram a caminhar lentamente, mas dessa vez falaram muito mais do que o habitual. Havia ainda muita coisa para descobrirem sobre o outro, e não seriam as lembranças tristes que os impediria de ter uma conversa agradável. Logo em seguida, apareceram os outros ninjas, que andavam com um enorme número de bagagens.

Todavia, embora o clima estivesse ótimo, ambos continuavam intrigados sobre os segredos uns dos outros. Sempre pensavam em perguntar algo, mas desistiam logo em seguida quando imaginavam a sensação de desconforto que o companheiro poderia sentir.

Procuravam uma distração na paisagem para retirar esses pensamentos da cabeça, pelo menos até a hora certa.

Seguiram assim o caminho inteiro, jogando conversa fora, dessa vez sem nenhuma irritação, como se fossem velhos amigos.

Não fizeram nenhuma parada, mesmo com todos os ninjas cansados pelo longo tempo de caminhada. Estavam empolgados demais para descansarem, além do fato de que o Sol e sua energia estavam os acompanhando no ritmo certo. Quanto mais falavam e andavam, mais rápido ele se escondia por detrás das montanhas.

Horas depois, quando chegaram embaixo da ilha flutuante, Syndra escondia sua insegurança ao ver todos os trinta soldados além de Zed. Teria que transportar todos até a ilha, o que faria a gastar muita mana. Pensou na possibilidade de transportá-los aos poucos, mas isso acumularia muito tempo e a mana gasta não compensaria o esforço.

— Apenas concentre-se. Você tem força para isso. — encorajou Zed.

Depois de um tempo pensando, Syndra o fez. Concentrava-se por dez minutos seguidos para criar uma esfera média, porém com uma grande quantidade de magia.

— Vai logo, já estamos há dez minutos aqui! — reclamou Ryu, fazendo Syndra se desconcentrar. Um pedaço da esfera permanecia incompleto e a garota não parecia nada feliz. Com medo da Soberana se descontrolar, o Mestre das Sombras mudou de assunto.

— Tudo bem, vai dar certo. — falou Zed, e todos juntaram-se em uma roda para tocar na esfera simultaneamente.

Ao aterrissarem na ilha, a maga desmaiou na grama. Sua capacidade mágica havia se esgotado e a esfera negra desaparecido.

— Syndra! — chamou Zed, desesperado, ficando sem resposta. Agachou-se ao lado dela na mesma hora.— Droga, Ryu, olha o que você fez! — gritou com o soldado usando um tom de voz macabro e agressivo, o que assustou todo o Clã. Nunca tinham visto seu mestre tão preocupado e tão irritado. Qual impacto que a Soberana havia causado nele para estar assim?

 


Notas Finais


É, mais um final triste TuT
Se for possível, adoraria que escrevessem um comentário sobre o que acharam, realmente me ajuda bastante <3
Kissus :3

Próximo capítulo: 25/08 - Sexta-feira!!


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