– Taehyung... Estamos sendo atacados!
– Rei Taehyung! Estamos sendo atacados, intrusos se aproximam da cidade! – A voz cortou aquele silêncio. Corremos aquelas escadarias até o pátio real, ao logo do horizonte víamos alguns helicópteros, Taehyung passou apresado por entre as pessoas e correu para um ponto alto da cidade.
– Minghao!! – Taehyung gritou assim que atravessou todas aquelas pessoas. Talvez esse não seja o momento adequado para explicar, mas Minghao, nosso filho, é o resultado da genética avançada Atlante. Encubado em um berço sintético que acelera o crescimento do embrião e supervisionado por Seokjin o garoto que não parece nada comigo e com Taehyung agora carregava nosso DNA... Taehyung não parecia também com seu pai que conheci, e em uma pintura de sua família também não parecia com o rei, o outro pai. Mas de certa forma havia muito de nós em Minghao, que sabia ser persuasivo como Taehyung, e curioso como a minha pessoa. Bom... Esse é o nosso filho que graças aos cuidados de Seokjin e sua máquina aceleradora de crescimento, agora era um adolescente de talvez, ‘’talvez’’, dezesseis anos e mais algumas rebeldias de bônus. Seokjin disse que poderia gerar até um adulto naquele grande embrião atlante. – Minghao, o que aconteceu.
– Pai! Estão vindo pelos tubos de lava. Inimigos! – Gritou o filho do rei, ele realmente tinha herdado a persuasão do pai. O garoto pequeno mesmo sem saber o que eram os helicópteros ao fundo continuou subindo em algumas torres que haviam naquele cenário, e conforme íamos vendo os voadores se aproximarem Taehyung ficava mais apreensivo.
– Cadê o capitão da patrulha? Se estamos sendo atacados, não quero que passem pela segurança. – Taehyung esbravejou enquanto procurava Baek que liderava os guardas. O moreno andou para lá e para cá quando foi surpreendido por Namjoon.
– Espera! Não são intrusos, são amigos. – Disse o loiro fazendo com que toda a atenção fosse voltada para os helicópteros, ele apontou para o mais próximo nos mostrando a logo na lateral que indicavam que eram helicópteros das industrias do Sr. Choi.
Os pequenos aviões pousaram no pátio central enquanto os condutores saíram, realmente eram amigos – sendo mais especifico – eram Sowon; Yoongi e Hoseok; Yoseob, e uma garota desconhecida que desceu do avião de Sowon. Descemos mais alguns lances de escadas até chegarmos no ponto onde eles tinham aterrissado.
– Sowon, o que está fazendo aqui? – Perguntei enquanto me aproximava, a garota esticou as mãos para que eu a ajudasse a descer, assim o fiz. Ela sorriu e jogou os cabelos agora ruivos para trás.
– Eu estou só passando para ver se você não bagunçou nada aqui. – Riu enquanto apertava minha mão, ficamos um tempo nos encarando e então ela me abraçou rapidamente, tão rápido que quando eu me dei conta; já tínhamos no soltado.
– Ah, obrigado. – Hoseok disse enquanto aceitava de bom grado umas flores que foram trazida a eles, ele coçou discretamente o nariz e então começou a mexer naquele colar de flores exóticas. – Yoongi, tomara que isso não piore a minha alergia.
Disse logo dando um espirro.
– Olá! Quem é que vai me mostrar a cidade? – A estranha de franjinha que estava com Sowon disse para dois homens. Ela riu enquanto os dois começaram a discutir quem levaria a garota, eles diziam ‘’eu’’ ‘’você não, eu vou’’, ‘’você não’’ ‘’eu vim primeiro’’ – Meninos meninos, os dois são bonitos, vamos todos...
– Tsc, essa garota... – Sowon pigarreou enquanto a garota passava, ela fez um sinal de continência e então se retirou sorridente e falando de algo inaudível com os outros dois atlantes que a acompanhavam. Sowon se voltou para mim. – Hm, essa é Yuju... Hm, ela é minha. Hã? Amiga?
– Ah sim... – Respondi não me focado no fato de pela primeira vez Sowon estava corada, suas bochechas vermelhas se assimilavam com as de um ratinho, talvez o Hamtaro. Ela sorriu enquanto tentava desconversar sobre qualquer coisa. – Certamente ela é sua amiga.
A garota me deu um soco no ombro. Doeu Sowon, doeu!
– Interrompo? – A voz de Namjoon surgiu dentre um pigarreio, ele caminhou lentamente em direção a garota que parecia um fantasma, sua cara evidenciava que ela estava prestes a gritar; porém não o fez. Não fez nada.
– Você... – Ela deu alguns passos para trás enquanto mantinha um dedo apontado para a figura loira e esbelta que caminhava de braços aberto. Ele parou de caminhar em vista que estava assustando a garota. – Com... Que? Como você ‘tá?
– Vivo? – Ele riu, ele se colocou na diagonal e apontou para o rosado mais ao fundo que conversava com Taehyung, que por sua vez conversava com Hoseok. – Aquela figura rosadinha ali me salvou.
– Eu não to entendendo mais nada, mas... – Disse a garota desanimada, logo voltando a respirar normalmente. Ela abraçou Namjoon, de verdade; Namjoon era um amigo de longa data da garota e ela agradeceu realmente por tê-lo de volta. – Que bom que está vivo...
– Você! Miserável, você não morreu! – Uma voz enfurecida cortou aquela recepção amigável. Um descontrolado Yoseob caminhava em direção a Namjoon a todo punho. – Eu vou te matar!
Yoseob avançou rapidamente para Namjoon, o pegando devidamente de surpresa ao agarrar a gola da camiseta que o loiro vestia. Yoseob não era tão alto, mas ainda assim era alto o suficiente para poder bater de frente com Namjoon. O mais velho ergueu para bater no ex comandante quando foi surpreendido por um chute na barriga.
– Você! Forasteiro, não encoste as suas mãos imundas no meu tio. – A voz do adolescente rebelde, vulgo meu filho, finalmente apareceu. O garoto ia avançar novamente em Yoseob caído quando Namjoon segurou-lhe os braços fazendo ter sobre si um Minghao raivoso o encarando.
– Nã-Não Hansonnie. – Namjoon disse de maneira arrastada fazendo o garoto perder a raiva e o encarar com desgosto, o pequeno encheu as bochechas de modo que parecesse irritado por ter sido chamado de um jeito tão ridículo na frente de todos. – Você não pode bater em todo mundo, eu e seu tio Jin não estamos te treinando ‘pra isso.
– Mas... – Bufou o menor em desaprovação enquanto Namjoon mantinha seu olhar autoritário e matador. O garoto soltou-se da mão de Namjoon e o encarou mais uma vez antes de se voltar para Yoseob e caminhar devagar até o homem a sua frente no chão. – Que fique claro estrangeiro, – disse com desdém – Eu vou ficar de olho em você, mas hoje, hoje você foi salvo pelo meu tio.
Terminou sua ameaça juvenil e saiu andando até Taehyung.
– Uau, gostei do garoto! Quem é? – Sowon disse rindo tendo desfrutado da cena que viu.
– Ele merecia uma pancada, pena que não foi minha. – Yoongi disse, retoricamente me fazendo lembrar de quando conhecemos Taehyung. Parece que Minghao tinha realmente puxado muito ao ruivinho.
– Nossa prole. – Taehyung apareceu acompanhado do pequeno, que permanecia escondido atrás do pai.
– Nossa? – Yoongi parecia mais interessado no rumo que a conversa estava tomando, ele chegou mais perto de nós enquanto observava atentamente o par de olhos acompanhado de Taehyung. – Tipo, sua e do Jeongguk?
– Sim! – Namjoon confirmou para Yoongi, é uma longa história que se você perguntar ao rosadinho, – pontuou com o dedo – ele vai poder te explicar melhor como funciona a genética avançada do povo aqui em baixo.
– E eu achando que a pintura da cidade já era uma grande mudança. – Sowon soltou; fazendo todos exceto Taehyung que não entendeu rirem.
– Ali pai! Aquele, aquele que ia bater no tio Nam! – O pequenino apontou para Yoseob que se recompunha.
– Ele... O seu tio... No passado ele merecia. – Tae disse acariciando a cabeça do primogênito. – Então não se meta em assuntos de assuntos filho...
– Puxa, que saudades! – Disse enquanto me sentia inundado de memorias antigas. – Por que vieram...
Sowon me encarava sugestivamente.
– O Sr. Choi ta bem? – Me lembrei de perguntar.
– Ué, por que você não pergunta pra ele! – Yoongi respondeu curto e grosso como tal que era enquanto apontava pro avião de Yoseob. O velho Choi então colocou sua cara para fora, ele tinha um semi sorriso no rosto, se levantou e saiu daquele avião.
– Não só estou bem como esse seu cristal me faz sentir vinte anos mais novos. – Ele pulou de cima do avião, caiu perfeitamente em pé no chão. Rindo. – Mas é claro que estou envelhecendo. E este deva ser Taehyung, embora agora deve ser Rei Taehyung!
Disse o velho que logo foi abraçado fortemente por Taehyung. O castanho abraçou Minho com tamanha força que parecia que os olhos do velho iriam sair a qualquer momento.
– E o senhor deve ser o senhor Minho.... Obrigado! – Rapidamente Tae o soltou enquanto sorria sincero. – O senhor trouxe Jeon para mim e tornou tudo isso possível.
Sowon me cutucou algumas vezes, mas foi interrompida por Yuju voltando correndo dos dois rapazes. – Saiam da minha vida, aaaaaaa. – Gritava a garota enquanto ria.
– Venha... – Taehyung começou a puxar o velho Choi ignorando completamente a cena anterior. – Vamos entrar e comer alguma coisa.
Liderou todos até o palácio.
– Acho que sua decisão de ficar não foi tão difícil quanto imaginei. – Disse o Sr. Choi enquanto caminhávamos.
É...
Com Taehyung ao meu lado, realmente não foi.
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