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História The Lost Guardians - Você quer brincar na neve?


Escrita por: Ma_vi

Notas do Autor


Primeiro cap pessoinhas. Na minha opinião ele é meio chatinho, but, eu espero que gostem assim mesmo:D
Sugestão de música:
-Demouns do Imagine Dragons, é antiga mas com certeza é a que mais combina com este cap.
- Você quer brincar na neve

Capítulo 2 - Você quer brincar na neve?


Fanfic / Fanfiction The Lost Guardians - Você quer brincar na neve?

Desde pequena eu sempre fui bem, han, diferente. E eu não estou falando apenas em personalidade, bem isso também, mas são outras coisas que me tornam diferentes. Durante muito tempo eu tentei esconde-las, mas fica muito difícil esconder algo tão grande ainda mais quando não se tem ideia do que seja e de como controlar.

Você provavelmente deve estar se perguntando sobre este tal segredo. Irei lhe contar. Quando criança eu descobri que possuía certa habilidade: eu posso congelar qualquer coisa que eu toque. E não somente isso, também posso controlar o ar, a água e também criar gelo. Meus pais sabiam desse poder, porém nunca encontraram uma explicação para eles. Mas mesmo leigos nesse assunto, sempre procuraram me ajudar a controlar e a escondê-los do resto do mundo. Por esse motivo, nunca cheguei a ir a uma escola.

Quando minha irmã mais nova, a Anna, nasceu tentamos esconder dela também, mas foi impossível. Anna sempre foi uma garota esperta e curiosa, e nada escapava dos seus olhos. Ela descobriu e achou aquilo a coisa mais fantástica do mundo. Todas as noites, esperávamos nossos pais irem dormir para “brincarmos na neve”. A casa em que moro sempre foi grande, na verdade, eu moro em uma mansão antiga que está na família há muitos anos. Então descíamos para a sala ampla e praticamente vazia, o espaço perfeito para construir seu parque de neve particular.

Lembro-me muito bem de como nos divertíamos. Brincávamos de guerra de bola de neve. Patinação no gelo e até boneco de neve construíamos. Olaf era o seu nome, e ele era nosso melhor amigo. Quando ficávamos cansada eu simplesmente fazia toda aquela neve desaparecer, então voltávamos para o nosso quarto e dormíamos.

Até que houve um certo dia que inventamos uma nova modalidade de brincadeira: torres de gelo. Basicamente, eu fazia surgir torres de gelo e elas iam aumentando de tamanho a medida que a Anna fosse pulando de uma e em uma. No final ela pularia em um montinho de neve fofa que amorteceria a queda. Porém, a Anna começou pulando rápido de mais. Eu pedi para que ela fosse mais devagar, mas como sempre ela não me ouvia. Eu acabei escorregando no piso congelado enquanto disparava uma camada  de gelo que em vez de se formar mais uma torre, acabou atingindo a Anna na cabeça.

Nossos pais acordaram com o barulho e se depararam com a cena da Anna desmaiada em meus braços. Eu não parava de chorar. Sem pedirem explicações, meu pai tomou a Anna em seus braços coloco-a dentro do carro e saiu em direção a floresta. Eu fiquei em casa com a minha mãe que também chorava junto comigo.

- O que vai acontecer com a Anna, mamãe? Ela vai morrer? – perguntei.

- Não querida – respondeu a minha mãe enquanto controlava seu choro – Tudo vai ficar bem. Seu pai vai dar um jeito.

Quando o sol começava a surgir no horizonte, meu pai retornou com a Anna dormindo no banco de trás. Ele nos disse que ela estava bem. Um milagre havia acontecido e ela tinha acordado. Minha mãe me colocou para dormir no seu quarto junto com ela, enquanto o papai dormiu junto da Anna.

Quando acordei de manhã, queria ver a Anna, mas meus pais me falaram que seria melhor ficarmos separadas por segurança. Eu não questionei, aceitei a ordem, pois algo dentro da minha mente infantil sabia que eu era um risco não só para a Anna, mas como para todo o mundo.

E foi assim que eu e a minha irmã passamos nossa infância afastadas. Lembro que todas as tardes ela chegava batendo no meu quarto e cantando uma música:

“você quer brincar na neve?

Um boneco quer fazer?

Você podia me ouvir, e a porta abrir, eu quero só te ver”

E assim passei a minha infância. Trancada no quarto. Todos os dias meu pais entravam no meu quarto, estudavam e brincavam comigo. Pelo menos uma vez por semana eu saia do quarto para que a Ângela, empregada antiga e de confiança da casa, arrumasse e limpasse meu quarto, enquanto o Senhor Frederick, nosso motorista, me levava para passear de carro pela cidade. Eles sabiam do segredo e ajudavam a guarda-lo. Quando isso acontecia, meu pai sempre procurava sair com a Anna e voltava exatamente quando a faxina havia acabado e eu estava de volta trancada.

Quando completei 12 anos, meus pais precisaram fazer uma viagem de trabalho. Foram de navio. Lembro-me de ouvir a Anna pedir para que ficassem ela havia tido um sonho ruim. Meus pais a tranquilizaram e disse que nada iria acontecer e que voltaríamos  a nos ver em duas semanas. Cinco dias depois houve um acidente e o navio afundou, matando quase todos que estavam a bordo. Infelizmente, meus pais não estavam entre os que sobreviveram. Quando soube da noticia, através de uma carta, ouvi a Anna bater no meu quarto. Ela pediu para entra e cantou “você quer brincar na neve?” Pela ultima vez, e eu como sempre, não dei respostas.

Semanas depois recebi um bilhete por debaixo da porta informando que receberia um professor particular, seu nome era Norte, meus pais o conheciam e antes de partirem em viajem haviam escrito um testamento e um bilhete contendo instruções sobre o que a Ângela deveria fazer caso alguma coisa acontecesse. Encontrar o Norte fazia parte da instrução. Fiquei inicialmente nervosa com a possibilidade de manter contato com alguém do mundo exterior. Eu seria uma ameaça.

Escrevi um bilhete de volta implorando para que a Ângela não deixasse que esse tal Norte viesse. Foi em vão. Na mesma semana ouvi batidas fortíssimas na porta seguidas de uma voz rouca e com um sotaque russo carregado. Não tive escolhas a não ser abrir a porta.

Um velho de quase dois metros de altura entrou. Ele tinha uma barba branca enorme e usava um chapéu típico da Rússia e vestia um sobretudo vermelho e botas que julguem serem bem pesadas. Ele não parecia ser daquele século. Na verdade ele parecia mais uma versão bem esquisita do papai noel.

- Olá Élsa – falou com o seu sotaque. 

- Oi... é... pode entrar –falei.

- Entrarr? Mas quem em entrarr? Nossa aula será na sala onde já préparei tudo. A Sua irmã já está nos esperando ansiosíssima.

- Eu vou ter aula junto com ela?- perguntei assustada – Sinto muito Senhor Norte, mas não posso!

- E Porrqué não pode? – Perguntou – E porrqué usa essas luvas, nem está frio assim?

- Eu... é... eu....

- Não precisa éxplicar, venha vamos para a sala.

Eu tentei protestar mas o velho me puxou pela mão e para minha surpresa uma rajada de água surgiu da mão do Norte, fechando a porta atrás de mim.a porta atrás de mim. Ele era como eu.

- C-como fez isso? – Perguntei e ele deu uma gargalhada.

- Ah.. isso? – e então ele fez o mesmo gesto com a mão e uma corrente de ar entrou e balançou o meu cabelo – Isso não é nada de mais.  Posso fazer bem mais que isso.

- Mas como você faz isso? Porque você faz isso? – perguntei e ele sorrio novamente.

- Um dia você entenderá o pórrquê, máas por enquanto concentre-se na aula de hoje. E não se préocupe com a sua irmã, você não vai machuca-la, apenas fique calma e faça como eu.

- Como você?

- Sim – disse batendo palmas – quando sentir que o poder está fluindo mecha seus dedos e imagine que está criando péquenos cavalos no ar.

- Cavalos?

- Apenas ténte.

Eu não fazia ideia de como ele sabia do meu poder e de que havia machucado a minha irmã no passado. Também não fazia a mínima ideia do porque mexer os dedos e imaginar cavalos no ar iria ajudar. Tudo o que sabia é que ele era como eu, e que de algum modo meu pai o havia encontrado e que naquele momento aquele papai Noel da Rússia era o único que poderia me ajudar.

Ao chegar na sala encontrei com a Anna sentada na em uma cadeira enquanto desenhava algo no papel. Ela automaticamente parou de desenhar quando me viu e  seu rosto tornou-se pálido e apreensivo. O Norte aconselhou que eu sentasse do outro lado da mesa. De frente para ela. Quando me sentei a cumprimentei.

- Oi – disse.

- Oi? Oi pra mim? – ela disse a mesma voz apressada de sempre.

Assenti com a cabeça e dei um tímido sorriso.

- Ah... oi – falou timidamente.

Eu senti que iria congelar o lápis que havia pego e então segui o concelho do Norte e uma brisa fria entrou. Então entendi pra que aquilo servia.

- Muito béem! – disse o Norte – Vamos começar a aula.

Quando a aula terminou me tranquei no quarto, mas ouvi que a Anna estava parada atrás da porta. Ela não disse nada e eu também não. No dia seguinte o Norte veio novamente e sentamos juntas, dessa vez. Demorou um pouco, mas nos aproximamos uma da outra, de forma gradativa. A Anna não lembrava nada do que acontecera conforme o papai avisara. Quando tocava no assunto, ela apenas dizia que lembrava de ter caído de uma torre de travesseiros.  Mas nunca perguntava o motivo de termos nos afastado ou porque que eu usava as luvas o tempo inteiro.

Não ficamos tão próximas quanto criança, mas agora eu não precisava mais ficar trancada no quarto. Eu ainda tinha medo de machuca-la, mas o Norte havia me ensinado mais alguns truques. E então comecei a controlar os meus poderes e as minhas emoções.

Norte nos ensinou por 4 anos. No começo vinha todos os dias, mas depois vinha dia sim dia não. Quando a Anna completou 14 anos em dezembro, eu já estava com 16 anos e o Norte avisou que não iria mas nos ensinar. Tínhamos atingido uma idade em que teríamos que ir para escola. Mas a escola que iriamos não seria uma escola comum. Era um escola para crianças especiais como nós. Inicialmente achei que seria um colégio onde só teria crianças que haviam sido educadas em casa, mas depois o norte me explicou que a escola que iriamos de fato teria crianças educadas em casa, porém todas elas teriam poderes.

- Então existem mais como eu? – perguntei.

- Máas é claro – respondeu sorrindo – Muitas crianças com poderes parecidos com o seu. E lá você não só apréndera os assuntos do ensino médio, como a controlar e aprimorar seus poderes.

Era uma noticia maravilhosa. Eu finalmente entenderia o que eu era. E o fato de existirem mais como eu, me deixou mais tranquila. De fato eu não queria ir para uma escola e ter que socializar com as pessoas. Eu passei a vida toda trancada em casa, não saberia me como me comportar diante as pessoas. é claro que já havia assistido filmes, series e lido livros sobre o colégio suficientes pra saber como agir e pra saber também que lá existiam pessoas ruins que magoavam e humilhavam os outros. E eu me encaixava perfeitamente no grupo dos que seriam humilhados. E Ainda tinha mais um problema.

- E quanto a Anna? Se é um colégio para pessoas com poderes, a Anna não poderá estudar lá de forma nenhuma.  – perguntei.

- E quem disse que ela não é éspecial também? – Perguntou o Norte levantando uma das suas grosas sobrancelhas.

- A Anna tem poderes? Iguais aos meus? – perguntei.

- Não iguais aos seus. Na verdade a Anna téem um dom especial. Éspecial até mesmo para nós que somos éspeciais.

- Perdão, mas eu não entendi – falei.

- É que pessoas como nós póodem controlar apenas um dos quatro elementos da natureza. Porém éxiste ainda uma espécie de quinto elemento. Esse elemento são as énêrgias que rodeiam os séeres vivos e a terra.

- A energia que estudamos na física formada por prótons, elétrons, quarks e....

- Não! Não esse tipo de énêrgia. Uma énêrgia metafisica igual a que estudamos na filósofia. A que os Gregos antigos falavam. – falou abrindo bem os olhos e as mãos – Uma espécie de áurea que rodeia tudo aqui na terra. Da pédra ao homem. Da formiga a um enorme urrso. Estas energias estão em constante movimento e são elas quem vão forrmando o nosso futuro, baseada nas nossas ações. A Anna consegue sentir essa énêrgia e enxergar o futuro.

- Ela é tipo uma vidente? – perguntei.

- Mais do que isso. Pessoas assim, quando treinadas podem manipular as énergias ao seu favor. Podendo até viajar no tempo.

- Viajar no tempo? – Perguntei surpresa – A Anna pode viajar no tempo?

- Ainda não – falou – mas poderá quando tiver o treinamento ádequado.

- Existem nessa tal escola pessoas como a Anna?

- Não – falou – ninguém lá possui esse poder. Durante toda a história apenas 2 pessoas possuíram esse dom, e isso foi a muito, muito tempo atrrás.

- A Anna é ainda mais especial do que eu? – falei e  olhei para a janela, chovia lá fora – Porque nós somos assim?  O que fez com que eu e Anna tivéssemos esse poder? E mais uma coisa, se vamos começar um escola secundária, eu já não estou um pouco velha para os primeiros anos?

- Primeiramente, um pouco atrasada é verdade, mas não tem importância. E quanto as outras, élas serão respondidas com o tempo. – Falou – Porém tudo o que você precisa agora é contar a sua irmã sobre o seu poder e sobre a éscola. Em fevereiro mandarei alguém vir busca-la. Até lá, aproveite as férias e siga as minhas dicas.

- Contar a Anna? – perguntei.

- Sim. Vai ser um pouco complicado, mas você consegue.

- Você não vai mais aparecer aqui?

Ele sorriu, mas agora um pouco mais baixo.

- Iremos passar um bom tempo sem nos ver Élsa. Você ainda não sabe, mas eu sou uma pessoa muito ocupada. E esses trrês anos que passei ensinando a você digamos que me atrapalhou um pouco.

- Atrapalhou?

- Sim, mas não se preocupe. Meu Yetis  e anões cuidaram de tudo.

- Yetis? Anões? Esses seres existem?

Ele deu uma gargalhada.

- Sim, éxistem. Todos eles éxistem. Dos bonzinhos até os mais malvados. Se é que me entende?

Eu não conseguia falar.

- Ah e não ésqueça de dizer a todos lá que o nome do seu professor particular se chamava..... se chamava.... Senhor Oeste, e não Norte Ok.

- Ta mas... porque? Tem haver com o fato de você ser muito ocupado?

- Digamos que sim. Só faça isso. – ele disse indo até a porta – adeus Élsa.

Aquela foi a ultima vez que o vi. Dezembro se passou rapidamente, e eu não fazia ideia de como explicar a Anna sobre os poderes e a noticia de que ela também possuía dons especiais também havia me surpreendido. Nesse período algo havia se passado na minha cabeça: se a Anna tinha essas habilidades é provável que o papai e mamãe também soubessem, assim como sabiam dos meus. E se conheciam o Norte, um cara com poderes, e se existia esta tal escola para pessoas com eu, o que é um indicio de que eu e a Anna não somos tão anormais assim, porque motivo eles decidiram nos manter trancadas dentro da casa e afastadas uma da outra?

Sempre me culpei e me culpo até hoje pelo fato de quase ter matado a minha irmã. Por anos chorei sozinha, isolada de todos como se fosse algum tipo de monstro. E me sentia como um por todo esse tempo. Mas a partir do dia que o velho Norte chegou batendo na porta do meu quarto e eu descobri que não era a única assim eu criei uma suposição de que se em vez de ter sido trancada e isolada do mundo, eu tivesse sido treinada a controlar meus poderes o acidente nunca teria acontecido. E se por um acaso o papai só tivesse conhecido o Norte depois do acidente, ainda sim, ter sido treinada seria a melhor opção. Pergunto-me até hoje o que fez com que as coisas tenham tomado esse rumo. Pergunto-me também com o que acontecerá com o meu futuro e o da minha irmã. Quais serão as novas aventuras que a vida irá preparar para nós? 


Notas Finais


Vou postar o segundo ainda hoje!
Não esqueçam de comentar, eu fico feliz :D


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