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História The Lost Memory - Transe


Escrita por: XiaoXiaoLoLo

Notas do Autor


Vocabulário:
serdtse = coração
vkusno = delicioso

Capítulo 8 - Transe


POV Yuuri

 

“Quem você pensa que é?” um deles falou enquanto segurava com força meu braço.

Eu estava cercado por três deles, e fui empurrado para dentro de um beco. Um deles, que agarrava meu braço, vestia uma camiseta azul marinho, e pude ver uma tatuagem de dragão em seu braço.

“O gayzinho acha que vai poder fugir assim de nós,” outro deles falou enquanto me empurrava no chão.

“Me deixem em paz!” gritei com raiva. Sentia pavor do que poderia acontecer, mas não demonstraria o quão assustado me sentia. Não queria dar esse prazer a eles.

“Não podemos fazer isso, querido,” o de moletom vermelho retrucou. Um sorriso perverso apareceu em seus lábios, o que me deixou ainda mais aterrorizado.

“Não podemos abandonar o serviço depois de já terem pagado adiantado,” o terceiro falou, seu cabelo era ruivo como fogo, e me olhou fixamente. Seus olhos pareciam poços sem fundo, e eu senti um arrepio na espinha. Sua expressão era pura malícia, de alguém que realmente adorava atormentar qualquer pessoa, como se ele sentisse prazer naquilo.

De repente tudo começou a ir rápido demais... eu mal conseguia enxergar. Senti socos em meu rosto e chutes em estômago. Só consegui me fechar em posição fetal no chão sujo, ouvindo suas risadas. Meu corpo tremia com o frio que fazia aquela noite, e a dor ia se espalhando cada vez mais pelo meu corpo.

De repente ouço o tilintar de um metal. O de moletom preto pegou uma barra de ferro que devia estar caída em algum lugar do beco, e quando percebi o que ele pretendia tentei me levantar e correr. Eu sabia o que ele iria fazer e sabia que se continuasse ali seria meu fim. Em meio ao desespero tentei ficar em pé, mas minha visão turva não me permitiu ver que havia alguém próximo, até sentir um par de mãos que me puxava para o chão novamente.

“Tentando fugir?” o ruivo falou soltando mais um de seus sorrisos assustadores. Em meio à raiva e ao desespero, pulei em sua direção tentando derrubá-lo no chão. Caí por cima dele e comecei a acertá-lo para que soltasse a minha blusa.

Não vou ficar parado só apanhando. Posso sair machucado, mas garanto que não vai ser só eu. Senti uma raiva que nunca havia experimentado antes. Difícil de acreditar que esse pensamento passou pela minha mente. Um deles tentou me fazer parar, me agarrando por trás. Nesse momento dei uma cotovelada para afastá-lo.

“Ei, me ajude aqui! Vai ficar parado só olhando?!” um deles gritou.

“Saia da frente!” o outro berrou como resposta.

Então o senti se afastar de mim. O que não esperava era o que aconteceria em seguida. O cara que tinha berrado ainda estava com a barra de ferro em suas mãos, e com um movimento rápido acertou minhas costas. O impacto foi tão grande que não consegui aguentar e gritei de dor. O ruivo aproveitou a chance e me empurrou.

“É isso que ganha por tentar revidar. Devia ter ficado quietinho apanhando,” ele falou após ter me empurrado.

Dor de novo. Os chutes e socos recomeçaram, e os insultos me feriam ainda mais. O homem com a barra de ferro continuou a me acertar, até que seus amigos fizeram com que seus ataques cessassem.

“Ei ei... vai com calma! Nós não recebemos ordens para matá-lo,” um deles falou, tomando a barra de ferro da mão do outro e jogando no chão com um barulho alto.

“Vamos embora. Ele deve ter aprendido a lição. Ah… ia esquecendo, um recado de quem nos mandou aqui. Não se aproxime de Viktor Nikiforov novamente!” terminando de falar, foram embora gargalhando alto, como se nada tivesse acontecido. O chão era gelado, e o lugar onde estava deitado era úmido. A noite estava gélida, e eu sentia a dor e o frio me acertando em ondas. Sentia o corte em minha cabeça latejando, e o sangue quenta descendo pela minha pele. Me esforcei para pegar o celular no bolso da minha calça, e pressionei o botão de discagem rápida.

“Yuuri? Onde você está? Por que ainda não chegou?” Viktor soava preocupado, ainda deveria estar me esperando.

“Viktor… preciso de ajuda… estou ferido…” Tentei falar, mas minha voz saiu entrecortada. Estava cada vez mais difícil respirar. Cada vez que eu puxava o ar, sentia meu peito doer. Tentei aguentar, para que ele não ficasse muito preocupado. Mesmo assim, comecei a ouvi-lo começando a perder o fôlego do outro lado.

“Já estou indo, Yuuri! Só me diz onde você está!” Ele estava muito aflito. Nunca tinha ouvido Viktor desse jeito.

“E-estou no beco atrás do bar que costumamos vir...” Tento responder, mas sinto um pouco de dificuldade para respirar. As palavras saíam com dificuldade na minha voz rouca.

“Estou chegando aí, e te levarei no hospital! Apenas espere!” - Seu tom de voz mostrava que estava alarmado.

“Viktor…” Deixo escapar seu nome como um sussurro. Minha visão vai embaçando, minha consciência vai sumindo, até que tudo fica escuro.

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Pisco meus olhos, minha visão está embaçada e aos poucos volta à normalidade. A claridade que bate em meu rosto faz com que meus olhos doam. Quando finalmente consigo enxergar melhor, levo um susto. Vejo Viktor perto de mim, sua expressão preocupada. Suas íris extremamente azuis se fixam em meus olhos. O contato visual me deixa um pouco envergonhado e acabo desviando o olhar, só para então perceber meu corpo grudento de suor. Estou sentado na cama do hospital, com Viktor e o Dr. Celestino me analisando, tanto fisicamente quanto psicologicamente.

“Yuuri… você está bem?” Viktor finalmente fala.

“Você conseguiu relembrar? Tenho quase certeza que sim. Foi capaz de entrar em transe, afinal de contas…” Dr. Celestino fala sem tirar os olhos de mim.

“Sim… ah… foi difícil recordar… as sensações estão impregnadas em mim, preciso me acalmar…” falo sem conseguir olhar para ele. Fecho os olhos e esfrego minhas mãos neles com força. Era como se ainda pudesse sentir a sensação dos golpes que recebi em todas as partes do meu corpo.

“Você não precisa ter pressa, só estamos usando o método da hipnose para que suas memórias voltem mais nítidas. Quando você sonha, esquece muita coisa.” Celestino fala enquanto guarda o pingente na maleta. “Vamos deixar você descansar por agora. Mais tarde venho vê-lo novamente e nós conversamos.” continua falando sem tirar o olhar de mim. Aceno coma cabeça e dou um olhar de ‘estou totalmente bem’ para ele.

Os dois saem do quarto e finalmente consigo me acalmar. Minha respiração gradualmente volta ao normal, meus músculos que estavam tensionados devido à rigidez de meu corpo finalmente podem relaxar. A memória do que aconteceu está viva em minha mente, os detalhes... tudo. Eu repito a lembrança na minha cabeça várias vezes, como se sentisse que estou deixando algo passar. O método da hipnose pareceu funcionar, mas não sabia se aguentaria muitas sessões como aquela.

Uma semana atrás, um dia após eu descobrir que tinha amnésia, Dr. Celestino veio ao meu quarto conversar comigo e se apresentou como psiquiatra. Logo percebi que estava lá para verificar como estava o meu estado psicológico, e conversamos até que pudesse me sentir à vontade com ele. Ele me apresentou à hipnose, detalhou os tipos que existiam e os processos, e explicou que no meu caso as lembranças estavam reprimidas, como um bloqueio que eu posso ter colocado inconscientemente como uma forma de proteção. Hoje foi a primeira sessão, e depois de entrar no estado de transe, Dr. Celestino fez com que eu regressasse e escolhesse uma das memórias que mais me assustavam. Ele me explicou o processo: queria que eu superasse o que poderia estar bloqueando minhas memórias. Viktor insistiu para estar presente na sessão... eu não queria que ele estivesse, mas não consegui convencê-lo do contrário.

Quando Pichit me explicou o que tinha acontecido entre Viktor e eu, sobre a nossa relação, entrei em choque. Não esperava por isso, e quando ele terminou de falar, um misto de emoções tomava conta de mim: felicidade, angústia, tristeza, confusão. Desde esse dia me sinto nervoso quando Viktor está perto. Quero saber por que nós terminamos e porque ele não falou nada sobre nós depois que acordei, mas não tive coragem de entrar no assunto. Mas algo me diz que o nosso término tem a ver com essa lembrança que acabou de voltar.

Viktor idiota... por que não quis me contar nada? E ainda se comporta todo carinhoso quando estamos a sós. Não sei o que pensar... ele não percebe que posso confundir o jeito dele de se preocupar com os pacientes e pensar que ele está preocupado com seu ex-amante? Será que ele ainda gosta de mim?

Sinto uma pontada no meu peito... levo a mão sobre ele e aperto, tentando amenizar a dor. Fecho os olhos tentando descansar, e lembro da auto-hipnose da qual Celestino falou. Tentei algumas vezes, e embora já tenha entrado em transe, acabava dormindo. Penso se consigo encarar outra sessão de hipnose no mesmo dia, mas sinto a vontade de lembrar de tudo que perdi falar mais alto. Tomo a decisão.

Começo a fazer a tentativa. Olho para cima até meus olhos cansarem, e quando chego no limite e sinto ele quase fechando, começo uma contagem regressiva de 100 a 0. A cada número par fecho meus olhos, e a cada número ímpar abro eles. Quando chego no número 70 meus olhos já estão bastante pesados. Deixo-os fechados e inicio a última etapa do processo: a cada seis segundos inspiro, e a cada quatro expiro. Passado algum tempo tenho uma sensação de que estou no meu corpo e ao mesmo tempo fora dele. Talvez esteja em transe. Tentei falar em voz alta a minha sugestão, mas não consegui. Dr. Celestino disse que, caso eu não conseguisse falar em voz alta, poderia fazer a sugestão em pensamento: eu desejo recuperar a lembrança mais especial nesse último ano. O escuro começa a clarear.

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O cheiro do mar e das ondas que batem nas pontas de meus pés, o pôr do sol com seus raios laranja cintilam sobre a água, as montanhas de pedras ao redor. A cena, o lugar... me inspiram a cada instante que passa, a vontade de desenhar aumenta. Deixo que minha mão guie o lápis, começando o esboço do desenho. Estou tão concentrado nos traços que não percebo se aproximar a mão que começa a acariciar meus cabelos. Sentado ao meu lado, suas íris azuis profundas me encaram, e sua mão me puxa firmemente ao seu encontro. Seus lábios tocam os meus, nossas línguas se entrelaçam, e eu apenas me entrego por inteiro. Então, o caderno de desenho cai na água e sinto as gotas espirrarem em minha perna.

“Viktor... Viktor, espera!” falo parando o beijo.

“O que foi, serdtse?” Ele olha para mim confuso.

“Droga! O caderno que eu acabei de comprar… está ensopado! Não tem mais como desenhar nele agora...” falo enquanto olho para os papéis flutuando na água.

“Yuuri... você veio para a Itália para desenhar ou para passar o tempo comigo?” ele fala com um tom meio irritado fazendo bico.

“Ooohhhh... o senhor Viktor Nikiforov está se sentindo abandonado?” Um sorriso malicioso vem aos meus lábios enquanto falo.

“O que você prefere? Desenhar ou me beijar?” Ele pergunta com os olhos semicerrados, suas mãos se cruzando ao peito e em seus lábios um bico emburrado. Ver essa cena me dá vontade de rir.

“Humm… essa é difícil, hein? Deixa eu pensar...” falo coçando o queixo, fazendo uma pose de quem está pensando.

“Yuuri!!!”

“Estou brincando! É óbvio que eu prefiro você Viktor... mas eu queria desenhar algo que me lembrasse desse dia, afinal é meu aniversário… o melhor de todos” falo sorrindo.

“Humm… se quer aproveitar mesmo, porque não voltamos para o hotel e pedimos serviço de quarto?” ele disse com um sorriso malicioso e o dedo indicador nos lábios. “Eu compro um caderno novinho pra você amanhã como outro presente de aniversário, mas antes você vai ter que aproveitar essa noite comigo.”

Desvio o olhar para o chão e sinto minha face esquentar enquanto minha mente voa, imaginando várias coisas acontecendo, principalmente depois que bebesse alguma coisa. Viktor se levante e estende a mão para me ajudar a ficar de pé. Andamos até sentir a areia sobre nossos pés, e eu passo o braço por sua cintura enquanto ele apoia o seu em meu ombro. Caminhamos observando a marina com alguns barcos atracados, e ao longe, a colina cheia de casas e prédios começa a acender as suas luzes enquanto o céu vai escurecendo. Entramos na cidade, passando por ruas de pedras, construções antigas e coloridas, restaurantes com mesas na calçada e turistas andando por todos os lados, até chegar ao nosso hotel: um edifício muito antigo mas luxuoso, com uma fachada reta de pedra, portas de madeira maciça e sacadas curtas com guarda-corpos de ferro.

Entramos no quarto, um ambiente com ar antigo e não muito grande, porém muito aconchegante, com um espelho grande e adornado pendurado acima de uma escrivaninha, uma imensa cama com dossel e um leve tecido branco, e uma porta que leva ao banheiro. Caminho diretamente para a segunda porta enquanto Viktor pede serviço de quarto. Alguns minutos depois do meu banho, enquanto Viktor está no banheiro, o nosso pedido chega. Abro a porta e dou passagem para a funcionária do hotel, vestindo apenas um roupão. Nós trocamos sorrisos, eu agradeço e ela vai embora, então Viktor sai do banheiro só de roupão também. Abro o vinho e pego duas taças entre os dedos. O quarto em que estamos tem uma bela vista, e Viktor fica parado na janela admirando a paisagem enquanto eu nos sirvo. Segundos depois, ando até ele, lhe entrego a taça e o abraço por trás. As luzes da cidade brilham, e as pessoas lá embaixo na rua andam de um lado para o outro com pressa. Continuamos em silêncio, sentindo o calor dos nossos corpos aumentando, entrelaçando nossos dedos e saboreando a bebida.

Na terceira taça já sinto o efeito do vinho. Decido colocar uma música sensual para tocar no celular, e começo a dançar na frente de Viktor, tirando a faixa do meu roupão lentamente. Viktor percebe meu entusiasmo e decide ignorar a paisagem e fechar a janela. Depois começa a olhar para mim, e vejo malícia escurecendo seus olhos. Quero mais, quero que ele me deseje mais. Viro outra taça de vinho e começo a rebolar, depois me aproximo dele e puxo a faixa da sua cintura enquanto mordo seu pescoço, deixando uma marca de propósito. Tiro seu roupão vagarosamente enquanto o faço andar de costas pelo quarto, até chegar na cama e deitá-lo. Que visão maravilhosa, Viktor completamente nu na minha frente. Sua ereção já começa a se mostrar, e eu degusto com os olhos o seu corpo definido e apetitoso, seus músculos divididos sob sua pele branca com pequenas sardas quase invisíveis. Mordo meu lábio passando minha língua pelo inferior. A vista era incrível, mas não consigo ficar só olhando por muito tempo. Passo a mão pelos meus cabelos ainda úmidos, colocando-os para trás, e olho para ele. Seu rosto está vermelho, o álcool já nos afetando, tirando todas as nossas inibições e nos transformando por completo. Pego a garrafa com um restinho de líquido no fundo e jogo sobre seu torso, para logo em seguida começar a lamber cada parte molhada. Começo com seus mamilos.

“Ahh… Yuuri… Ahh…” Seus gemidos de prazer preenchem o quarto, e eu adoro isso. O cheiro de álcool se mistura ao cheiro do sabonete do banho na sua pele, e meus sentidos ficam inebriados. Volto até sua boca para morder seus lábios e lamber sua orelha. Mais gemidos, que me excitam e eu começo a sentir o meu membro contraindo.  Desço minha língua bem lentamente pelo pescoço, e então da sua clavícula até o seu peito, saboreando cada centímetro, mordendo e chupando a bebida vermelha que mancha a sua pele, deixando marcas que mostram que ele é meu… somente meu. O vinho continua escorrendo pelo seu corpo, então vou descendo pelo abdômen e passando os lábios pelo caminho que que as gotas fazem, até minha boca se aproximar do seu membro. Começo beijando de leve a ponta, então uso a língua para lamber seu comprimento. Por fim, eu o ponho inteiro na boca e começo a chupar, sentindo a ereção ficar cada vez mais forte contra a minha língua. Seus gemidos ficam mais altos, então eu o agarro com uma das mãos e inicio o movimento de vai e vem… Viktor fecha os dedos em meus cabelos com força, me fazendo sentir uma leve pressão em meu couro cabeludo. Com minha outra mão começo a me masturbar, e percebo que eu já estou começando a ficar molhado. Viktor me dá a impressão que está prestes a gozar, perdendo cada vez mais o fôlego, então decido parar. Ouço gemidos de protesto e, com um movimento rápido, agarro a parte interna de suas coxas e abro suas pernas. Começo a beijá-lo da dobra do joelho e deslizo minha boca até sua entrada, enfiando minha língua.

“Ahh… Não aí… Yuuri…” Viktor grita. Sua respiração ofegante não deixa lugar para protestos. Dou um sorriso malicioso.

“Por que não, Viktor? Você parece estar gostando…” Enfio dois dedos na minha boca e os levo até sua entrada, brincando e atiçando-o, até introduzi-los de uma vez segundos depois. O grito que vem do fundo de sua garganta é a coisa mais erótica que eu já ouvi. É a segunda vez que bebemos juntos, e cada vez mais me dá vontade de tomar Viktor só para mim.

Pego o lubrificante no móvel ao lado, dentro da gaveta, e começo a espalhá-lo na minha ereção e na sua entrada. Meus olhos caem na faixa do roupão do lado de Viktor e tenho uma ideia. Pego a faixa e começo a beijá-lo, para não deixar que ele note o que estou aprontando. De repente, agarro seus pulsos na minha frente e os amarro com a faixa.

“Yuuri… o que você está fazendo?” ele fala enquanto eu dou um nó.

“Algo que você vai gostar, meu amor…” falo soltando um sorriso malicioso. Viktor deitado na minha frente, com as pernas abertas, as mãos amarradas, marcas por todo o seu corpo, e seu membro tão duro que parecia doer. Realmente estou conseguindo me controlar.

Me debruço sobre ele e levo seus pulsos amarrados acima de sua cabeça, segurando-os ali com uma mão e com a outra, seguro seu queixo para entrelaçar nossas línguas furiosamente, um beijo quente e molhado que parece durar uma hora.“Viktor… você quer me chupar?” sussurro bem perto do seu rosto, nossas peles quase se tocando. Eu conseguia sentir o cheiro de shampoo na franja que caía sobre seu olho. Ele concorda com a cabeça devagar enquanto seu rosto fica vermelho, totalmente envergonhado.

Começo a engatinhar sobre ele, um joelho de cada lado de seu corpo, até que meu membro se aproxima de sua boca. “Abra a boca pra mim, Viktor” eu digo enquanto passo a cabeça do meu pênis pelos seus lábios, que se separam lentamente para que eu deslize para dentro de sua boca. Sua língua quente começa a enviar arrepios pelo meu corpo, então eu seguro delicadamente os dois lados de seu rosto e começo a me mover devagar. Viktor relaxa o maxilar e consigo escorregar facilmente, fodendo sua boca e sentindo seus gemidos fracos abafados pelo meu membro. É delicioso... suas mãos continuam amarradas acima da cabeça, e aquela visão de total rendição me excitava até a alma. Após um tempo, começo a perder o fôlego e diminuir a velocidade dos meus movimentos. Não quero gozar agora. Quero que isso dure. Finalmente consigo tirar o meu membro mais que endurecido da sua boca, enquanto sinto seus dentes resvalarem levemente minha pele. “Vkusno” ouço ele dizer antes de lamber os lábios.

Quando menos espero ele me derruba na cama, e eu me vejo agora deitado enquanto ele abre as pernas e se posiciona sobre minha ereção. Viktor desliza sua língua pelo meu abdômen, aperta meu pênis com suas mãos grandes e morde meus mamilos. Ele me levava à loucura com sua boca enquanto lambe e morde meus lábios, e suas mãos unidas pelo pulso se envolvem em meu pescoço.

“Ahh… ahh… Viktor…” Meus gemidos saem abafados, seus dedos dentro da minha boca. Agora ele tem o controle da situação. Posicionando as pernas abertas em cada lado do meu quadril, Viktor tenta encaixar meu membro em sua entrada, mas se atrapalha com as mãos atadas à sua frente. Eu o ajudo, colocando-o na posição correta, então ele põe as mãos abertas no meu peito e desce lentamente em meu membro, afundando minha ereção dentro de si. Sua expressão naquele momento é de pura excitação e prazer, com os olhos fechados, a boca aberta e os cabelos prateados caindo em seu rosto... então ele começa a cavalgar. O seu interior é quente e se aperta ao meu redor, e ele aumenta os movimentos enquanto eu vejo seu próprio membro endurecer de novo. Não era a primeira vez que fazíamos isso, mas não consigo me controlar mais. Aperto sua bunda com força penetrando mais fundo, fazendo com que ele solte um gemido alto.

“Hah... Hah... Haaahhh… Yuuri… muito… fundo…” ele diz ofegante, logo começando a rebolar. Lágrimas caem de seus olhos, e ele morde o lábio inferior enquanto eu o penetro com cada vez mais força. O calor de nossos corpos se equilibra enquanto vamos chegando ao limite. Não consigo me conter por muito tempo e gozo com força dentro de Viktor. Quando abro os olhos, percebo que ele me olha emburrado enquanto faz bico. Ele ainda está duro.

“Não é justo... Yuuri… eu quero ter... você também…”

“Então você vai ter… tudo de mim…”

Desamarro suas mãos e saio de baixo dele, me colocando de quatro com a cabeça apoiada no colchão, então começo a me masturbar na sua frente e coloco dois dedos em minha entrada. Ele se aproxima de mim e encosta suas coxas nas minhas. Vejo sua mão alcançando o lubrificante, e logo depois ele se posiciona e começa a pressionar minha entrada me provocando, até que eu pressiono minha bunda contra seu quadril, sentindo-o deslizar devagar para dentro de mim. Sinto o calor que ele passava, o seu membro rígido me preenchendo devagar... aquilo era meu êxtase. Viktor começa a se mover, e cada estocada lenta me atinge com cada vez mais força no lugar certo.

“Ahh… mais... fundo… maiiss…” eu falo entre gemidos. Ele se inclina sobre minhas costas, enquanto sua mão me masturba e outra guia meu rosto para um beijo. O gosto do vinho em nossas bocas deixando tudo ainda mais gostoso.

“Viktor… é o meu… limite…” Estou ofegante.

“Já… estou… quase lá… também...” ele me responde ofegante também.

“Aaaahhhhhh…” gritamos juntos. Seu gozo me inundando enquanto o meu próprio líquido suja o lençol. Exaustos, caímos na cama um ao lado do outro. Eu fecho os olhos, retardando a sensação de Viktor ainda dentro de mim, sentindo todo o meu corpo relaxar. Quando abro os olhos de novo, meu olhar cai sobre algo no móvel ao lado da cama que não tinha percebido antes. Uma pequena caixa preta. Imediatamente percebo o significado daquilo.

“Viktor… isso é...?” pergunto com a voz entrecortada, lágrimas se acumulando em meus olhos pela surpresa. Ele faz um gesto para que eu pegue e abra. Não esperava receber um presente assim. Pensei que nossa viagem para a Itália era o presente. Começo a abrir a caixinha, quando a minha visão começa a escurecer e a memória se esvai. Acordo tonto, molhado de suor e com a maior dor de cabeça, lágrimas caindo dos meus olhos e o pênis duro e melado, ouvindo a voz alta de Viktor.


Notas Finais


E então, gostaram?
A primeira lembrança dá uma dica sobre o porquê do término, masss não para por aí. Tem algo mais.
Bom, vocês vão ter que esperar para descobrir... kkkk


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