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História The Lost Powers - 1. Calum


Escrita por: Gumball_neko

Notas do Autor


Quero agradecer a minha primeira e, por enquanto, exclusiva leitora, LetsMake. Eu te amo, e amo todo o apoio que você me dá :)
Boa leitura, espero que gostem do poder do Cal.

Capítulo 2 - 1. Calum


Fanfic / Fanfiction The Lost Powers - 1. Calum

Se Calum pudesse escolher qualquer animal para ser no mundo, com certeza ele não escolheria ser um cachorro.  

Tudo o que eles sabem fazer é cagar e mijar em qualquer lugar, te encarar para pedir comida, abanar o rabo e te olhar com cara de idiota quando está segurando uma bola. Não, Calum com certeza não se daria bem com toda aquela agitação e latidos.  

Ele está mais para um gato que tem seus dias de cio, mas passa a maior parte do tempo dormindo.  

Infelizmente, não era isso que grande parte das pessoas pensava, além de sua mãe não respeitar seu lado de gatinho preguiçoso. 

ㅡ Calum Thomas Hood, ou você larga esse vídeo-game e vai estudar ou eu largo você em um emprego pra deixar de ser vagabundo.  

Foi naquela noite quente de terça-feira que Hood duvidou erroneamente da autoridade da própria mãe, apenas mandando-a sair da frente da TV. Ele nunca foi o que pode-se chamar de... filho exemplar. E a Sra. Thomas nunca ficava em casa tempo o suficiente para dar-lhe um corretivo, e evitava fazê-lo nos dias de folga em que queria apenas descansar.  

Contudo, estava mais do que desocupada naquele dia. E Calum não escapou de tomar um tapão na orelha e ver a mulher cumprir a promessa na mesma hora.    

Após tirar o console da tomada, ela saiu do apartamento pequeno. Talvez as meias do filho encontradas na mesa da cozinha, os salgadinhos espalhados pelo tapete felpudo e pacotes do mesmo espalhados pelo sofá novinho tenham contribuído para a raiva da mulher. Voltando minutos depois, ela não estava mais sozinha, mas com o Pug da vizinha preso a uma coleira cor de rosa.  

ㅡ Liam precisa fazer cocô, xixi, e dar uma volta no quarteirão para manter a forma, boa sorte com ele.   

A correia foi jogada em sua direção e ele a segurou atrapalhado.  

Ao olhar para a cara amassada de Liam, a língua de fora, o cotoco de rabo balançando de um lado para o outro, Calum teve certeza de que estava amaldiçoado. Além de ter perdido a maior pontuação que já fizera em seu jogo – conquistara dez territórios da Poneilandia em menos de cinco minutos – teria que andar por aí com um pulguento. 

E o restante da semana se tornou um pesadelo em que a mãe trazia um cachorro a mais por noite para ele cuidar, alguns tão grandes que o derrubavam no chão ao "cumprimentá-lo", se é que aquilo poderia ser chamado de cumprimento.  

Da primeira vez que ela trouxe um labrador, Calum implorou para levá-lo de volta porque ele faria a lição de casa.  

Mas a gargalhada da mulher foi tão maligna que ele nem precisava de uma resposta em palavras. 

Ao menos ele teria o próprio dinheiro para comprar os seus hentais. 

ㅡ Admita, Cal, você mereceu - Michael dizia após Calum contar sua história macabra. - Você está no segundo ano e sua mãe ainda tem que pedir para você fazer os deveres. 

As palavras entraram tão desgostosas em seus ouvidos que Cal mal as absorveu. Quase nunca escutava seu considerado melhor amigo, muito menos na hora do intervalo, quando se ocupava demais comendo seu pedaço de pizza. Ele observava com um olhar sereno as crianças brincando no pátio, os adolescentes conversando sobre coisas completamente irrelevantes como "Menina, você soube que o Cledosvaudo tá namorando a Cleusiele?", todos aproveitando seu falso momento de liberdade. Inclusive Michael ali ao seu lado.  

Pobrezinho.  

Ele também caia nas ilusões da vida. Mas Cal sabia que a hora do recreio não passava de uma distração para fazê-los não pensar em uma revolução contra a escola e os deveres de casa. 

ㅡ Meu Deus, me diga que você não está pensando naquela sua teoria maluca de novo – pergunta Michael, e Calum até mesmo interrompe sua próxima mordida na comida para encará-lo. 

ㅡ Ahn? Ahn Ahn... - mente, negando, com a boca aberta.  

O queijo escorrendo pelo canto de sua boca durante a mordida lenta faz Mike perder a vontade de comer o próprio hambúrguer, o deixando sobre a mesa.  

ㅡ Sabe... aconteceu algo estranho comigo ontem... 

E quando não acontece? Calum conteve-se para não perguntar. Desde que se conheceram no primário, Michael Clifford sempre aparecia com histórias estranhas para Calum. Como na vez que tinha ketshup na sola de seu sapato e ele pensou que fosse sangue de um homicídio que ele cometera e não se lembrava, e quando seus pelos pubianos começaram a crescer e ele bombardeou Calum com mensagens dizendo que finalmente estava virando um lobisomem, ou, pior ainda, quando ele disse estar gostando de k-pop. 

ㅡ O que foi? Alguma das salsichas que você vende nos cachorros ganhou vida? 

Michael engasgou com a própria saliva ao ouvir aquilo e Calum apenas franziu o cenho em sua direção. Ele havia dito algo errado?  

Comendo o último pedacinho de sua borda, Cal dá tapinhas fracos nas costas do amigo que parece estar quase morrendo por asfixia.  

ㅡ Calminho... - diz, suspirando pesadamente quando Michael vai parar no chão. ㅡ Chega de drama, diz logo o que aconteceu. 

Michael ergueu uma das mãos para alcançar o braço de Calum e se apoiar no mesmo para levantar do chão sujo e grudento do pátio. Ele ainda teve que pigarrear algumas vezes, completamente abismado por Hood ter praticamente lido seus pensamentos.  

Ele segura os ombros de Cal. 

ㅡ Uma salsicha falou comigo, Calum. - Afirmou, sério, olhando diretamente nos olhos do amigo. 

Primeiro, Calum pensou ter ouvido errado e quase pediu para o outro repetir. "Uma salsicha falou comigo." Era isso mesmo? Foi isso que esse maluco disse? Mas então lembrou-se de que Michael era Michael e que ele seria mesmo capaz de dizer algo assim e pensar que tinha sido verdade, ou estaria zombando e achava que Calum estava acreditando.  

O moreno soltou uma gargalhada estrondosa após alguns segundos de silêncio, debatendo-se e colocando as mãos na barriga, rapidamente perdendo o ar.  

ㅡ ESTÁ CONVERSANDO COM SALSICHAS AGORA? DEPOIS EU QUEM SOU DEPRESSIVO E SOLITÁRIO! - Calum grita e algumas crianças o encaram assustadas. - Olha, eu sabia que você era gay, mas não sabia que era tanto! 

As bochechas brancas de Mike tomam um tom avermelhado ao ouvir Calum falar e rir.  

ㅡ Cala essa boca. Eu estou falando sério e eu não sou gay. - Afirmou, enfatizando a última parte. - A salsicha me falou pra não recusar o poder dela, depois várias outras salsichinhas começaram a dançar e... 

ㅡ Michael, pelos meus poneis.  

Cal se levanta, empurrando Mike para o lado para passar por ele. Não acreditava em uma palavra que lhe foi dita, sem saber se aquilo teria mais porções de loucura ou de retardamento mental.  

ㅡ Calum, por favor - choraminga Michael ao segui-lo. - Você precisa confiar em mim, só você acreditaria.  

ㅡ Claro. Como da vez que você pensou que seus olhos são verdes porque sua mãe teria comido grama na gravidez. Ou da vez que eu estava com soluço e você disse que eu logo começaria a cuspir grilos.  

Michael rosna baixo ao ouvir aquilo, colocando-se na frente do outro.  

ㅡ Minha mãe tinha mesmo desejos estranhos, ta bom? Ela disse que tinha vontade de comer a grama da fábrica do Willy Wonka, e sobre os grilos, quero ver se você tem explicação mais plausível para soluços! 

ㅡ É mesmo? - Calum ri sem humor, cruzando os braços. - Até eu quero comer a grama do Willy Wonka, e soluços são... são... - Calum também não conseguia explicar, o que provava que ambos não prestavam atenção nas aulas de biologia. - Ah, eu sei lá, mas não são grilos, Michael! Isso é ridículo!

A resposta de Calum faz Michael se calar. Ele abaixa a cabeça, o cenho franzido, mais uma vez refletindo sobre sua loucura interior. Nem ele sabia o que o levava a pensar naquelas coisas.  

ㅡ Você deve só ter pego no sono enquanto trabalhava. - Calum prossegue, revirando os olhos. - Precisa urgentemente de um namorado.  

ㅡ EU NÃO GOSTO DE GAROTOS!  

É Michael quem grita dessa vez, batendo o pé irritado, e chamado ainda mais a atenção das pessoas para os dois garotos esquisitões. Algumas garotas dão risadinhas. Em algum canto, Calum escuta alguém dizer que Michael finalmente estava se redescobrindo, o que o faz, institivamente, mostrar o dedo do meio na direção do comentário.  

Só ele podia infernizar e se intrometer na vida do amigo.  

ㅡ E aquela queda que você tem pelo garoto da aula de música? 

ㅡ Eu mal sei o nome dele, e fazemos em horários diferentes, isso não importa.  

ㅡ Tá vendo, Mike? É disso que estou falando. Você não negou que gosta dele.  

E a conversa mudou totalmente de rumo, das salsichas falantes, à sexualidade Michael. Quando este contou a Calum que fora o garoto da aula de música quem lhe disse para "aceitar o poder da salsicha", Hood teve certeza de que tudo não passou de uma ilusão, e que seu amigo estava perdidamente apaixonado ou só com uma forte vontade de transar repreendida.   

Os dois não tiveram mais muito tempo para discutir sobre isso, já que Michael teve que ir para a sua sala de terceiro ano e Cal para a sala do segundo. Ser repetente deveria ser uma merda, mas ele não se importava. O pior que aconteceu foi ele ter ficado sem o amigo para conversar durante as aulas, mas nada que seu celular não resolvesse.  

Quando Michael não o respondia, irritantemente focado demais em alguma aula, Calum fixava o olhar no relógio da parede e implorava para que o tempo passasse mais rápido e ele pudesse ir para casa. Detestava aquela vida monótona que teria um único destino. "Atente-se ao professor, estude até seu cérebro ser sugado, e arranje um emprego para pagar seus impostos." Sempre quis que algo divino ou extraordinário acontecesse consigo. Por isso, talvez, jogasse tanto vídeo-game e fosse amigo de Michael. Ambos o davam uma outra visão do mundo. O que o irritava tanto em Clifford era o fato de ele crer quase incontestavelmente em coisas impossíveis, que nunca aconteceriam, ludibriando ainda mais as ilusões de Calum. 

No entanto, aquela seria a noite em que o garoto logrado teria todas as suas fantasias transformadas em algo perigoso. Por mais ignorante que fosse àquilo. 

Com todo seu mal humor habitual do momento, ele passeava com os seus seis cachorros durante a noite, correndo quando eles corriam, parando impacientemente quando queriam fazer xixi, e berrando pelas ruas desertas quando todos decidiam latir ao mesmo tempo. As poucas pessoas que passavam por ele riam, ou só o consideravam maluco.  

Até que os cachorros mega corajosos, que latiam para qualquer pomba que pousasse no caminho, pararam agitados quando Calum passava com eles por uma praça com parquinho. Não importou o esforço que fez para puxá-los, o tanto que implorou para que eles continuassem. Os animais, simplesmente, sentaram aos seus pés e passaram a encarar fixamente o parque vazio.  

Calum suspirou pesadamente, pensando em largar todos eles ali. Mas seus donos o matariam se o fizesse. Então, sentou-se em um banco de madeira, com os braços cruzados, encarando os pulguentos com desprezo por ter que esperá-los ficar observando o nada.  

Uma brisa gelada bagunçava seus cabelos negros e o fazia se encolher mais dentro do moletom vermelho. A rua estava vazia, e apenas um carro ou outro passava entre um longo período de tempo.  

Cal olhou o relógio. Eram quase dez horas da noite e o sono já começava a fazer suas pálpebras pesarem.  

ㅡ Por favor, mijões, vamos - ele pede de novo, puxando as coleiras. - Não tem nada aí, as crianças já foram dormir e eu também só quero minha cama. 

Como se um ser superior quisesse que ele estivesse errado, Cal ouviu o ranger do gira-gira velho e enferrujado as suas costas, o fazendo virar a cabeça com o cenho franzido. Por mais que ninguém estivesse sobre o brinquedo colorido, ele se movia de forma lenta e quase assustadora.  Calum negou com a cabeça para espantar qualquer bobagem que pudesse passar por sua mente, convencendo-se de que era apenas o vento quando os balanços começaram a se mover também. 

O vento..., pensou. Mas as folhas das árvores sacudiam-se tão suavemente, e caiam tão tranquilas na calçada, que o vento não poderia ter força o suficiente para aquilo.  

Os cachorros não paravam de olhar para o local, visualmente vazio, mas onde brinquedos de criança se moviam sozinhos. 

Quando uma das luzes fracas da rua começou a piscar, falha, e deixando a iluminação noturna mais parca que o normal, Calum se levantou de seu banco, temendo ficar em um completo breu naquela praça tão esquisita. 

ㅡ Agora chega! Vamos logo! - brigou com os cachorros, e, esperançoso, esperou que eles o seguissem quando levantaram.  

Mas não foi bem o que aconteceu.  

Todos eles latiram ao mesmo tempo em direção a uma moita cujas folhas se mexiam, e com certeza não era por causa do vento. A lâmpada piscou mais vezes, os balanços pareceram ranger mais alto e Calum grunhiu, quase desistindo dos animais idiotas para sair correndo.  

Logo, Cal estava na completa escuridão com a lâmpada estourada. E ele riria do que aconteceu a seguir se não fosse extremamente anormal e sem sentido. 

ㅡ Escute eles! Escute os cachorros! Não ignore o poder deles! 

Alguém gritara do outro lado da rua, e, quando Calum olhou, era o garoto da aula de música de Michael, que passava correndo com seus fios loiros balançando ao vento. Ele ignorou completamente a situação alheia, após dar aquele concelho a Calum, e sumiu na esquina com um simples aceno alegre.

Cal mal teve tempo de franzir o cenho. Por trás da moita, dois olhos brilhantes encontraram os seus e um rosnado profundo soou da mesma.  

Como o gatinho assustado que era, Calum atirou-se ao chão escondido em meio aos cachorros e cobrindo a cabeça com as mãos enquanto deixava que seus gritos se misturassem aos latidos frenéticos dos caninos. 

ㅡ Não quero morrer! 

Fez o pedido para o grande o universo, esperando que fosse ouvido. 

O que o universo estava realmente fazendo, era rindo da cara de Cal.  

O garoto não sabia quanto tempo ficara no chão, mas não deveria ter passado mais de um ou dois minutos ao que sentiu alguém cutucar suas costas com delicadeza. Jogou-se para o lado com um berro desesperado, encarando a dona do toque gentil. 

A garota que chamou sua atenção deu um grito também, pulando pra trás com as mãos para o auto e os olhos arregalados. 

ㅡ M-mas o que...  

Ela olhou bem para a cara de Hood, como se o analisasse.  

Logo suas conclusões pareciam ter sido feitas, quando ela revirou os olhos e se abaixou para pegar algo que tinha caído no chão. Um pacote de Pepero colorido. 

ㅡ Qual é o seu problema, cara? - A menina pergunta irritada e o garoto ergue um pouco a cabeça para olhar ao redor. 

A luz estava de volta, os cachorros haviam parado de latir e a garota ao seu lado não parecia nada feliz por vê-lo ali jogado no chão. Calum só não sabia ainda o que ela tinha a ver com ele.  

Ela era tão peculiar que o garoto tinha quase certeza que se lembraria caso a conhecesse. Em seus braços cruzados, nos antebraços mais especificamente, haviam diversas tatuagens, marcas e símbolos os quais ele não fazia ideia dos significados. Seu cabelo, preso em rabo de cavalo, tinha uma tonalidade de azul claro, mas não desbotado, e sim brilhante, como se fosse completamente natural, a não ser pelas pontas, que eram pretas. Sua regata preta parecia ter tido as mangas rasgadas, e era estampada com um urso de pelúcia macabro com olhos de botões e corpo remendado. 

Sobretudo, os olhos eram os mais dignos de atenção. Suas íris possuíam cores diferentes. A direita deveria ser azul, que via-se como prateado dependendo do ângulo. Enquanto na esquerda, o tom dourado reluzia em sua expressão enfurecida.  

ㅡ Nós só estávamos...   - Cal tenta encontrar uma explicação em vão, já que suas palavras somem no ar enquanto ele levantava e limpava as próprias roupas.  

Ele faz a contagem dos cachorros, percebendo que não há nenhum faltando, mas sim um a mais. Um pequeno chiuaua sentado próximo a moita e observando tudo com o abanar de seu rabinho.  

A menina peculiar solta uma risada divertida e debochada,

ㅡ Foi aquela coisinha que te botou tanto medo, Hood? 

Ela pergunta, passando por ele enquanto coloca um Pepero entre os lábios para comê-lo. Abaixa-se entre os cachorros para pegar justamente o primeiro "cliente" de Calum. O pequeno Liam, que lambe sua face e tenta pegar o pacote de doce de suas mãos.  

Calum a encara surpreso por ela saber seu sobrenome. 

ㅡ Como você sabe... 

ㅡ Sou sua vizinha, babaca - Responde a garota, antes mesmo do outro terminar a pergunta. - É assim que passeia com os cachorros? - questiona, arqueando uma sobrancelha.  

Mais uma vez, Calum se surpreende. Ele era tão distraído assim que não percebeu quem era sua própria vizinha? Ele se esforça para lembrar seu nome, e ela logo percebe isso, fazendo uma careta. 

ㅡ Sherry. Sherry MCLee. Eu e minha mãe nos mudamos pro 206 faz três meses. - Ela coloca Liam no chão novamente, segurando sua coleira enquanto o animal dava voltas, agitado por ver sua dona. - Aish, eu disse a ela que não era uma boa ideia... – resmunga a garota, negando com a cabeça e seguindo seu caminho com o cachorro. - Por favor, nunca mais chegue perto do Liam de novo. 

Sua ordem foi tão serena, um pedido feito com polidez irônica. Calum não se importou em obedecê-la, mas o jeito da garota lhe dava uma certa gastura, uma pontada de irritação.  De que buraco ela tinha saído para se intrometer daquele jeito na sua vida profissional tão trabalhosa? 

A lerdeza de Calum não o permitiu pensar rápido o suficiente para argumentar antes da garota já estar distante, bem longe na calçada.  

O garoto olha para o único ser que poderia culpar. O pequeno chiuaua trêmulo, que o fez jogar-se no chão, gritar e parecer um perturbado. 

  ㅡ Você. - Ele aponta para o cachorrinho, inclinando-se na direção dele. - Não deveria ter feito Calum Thomas Hood de idiota! 

Ele encarou o cachorro, e o cachorro o encarou. Sem aviso prévio, o bichinho avançou no rosto de Cal com um latido, alcançando seu nariz em cheio e cravando os dentes pequenos e afiados ali.  

Calum gritou e balançou a cabeça para todos os lados enquanto puxava o chiuaua em desespero. Os outros cachorros fugiram arrastando suas coleiras e logo o garoto estava jogando no chão de novo, se debatendo e gritando "Alguém tire essa ratazana peluda de mim!". 

Ele xingou e chutou tanto o ar quando finalmente conseguiu se livrar do pulguento, que algumas pessoas apareceram nas janelas dos prédios do outro lado da rua para mandá-lo calar a boca, ou chamariam a polícia. 

A noite do pequeno Hood não podia terminar de maneira pior. Teve que encontrar às pressas cinco fugitivos, cujos donos ralharam com ele por levá-los muito tarde para casa. No hospital, a enfermeira aplicou tão violentamente a vacina antirrábica em sua bunda que ele literalmente latiu para ela.  

Deviam ser duas da manhã quando ele estava na cama, com uma coceira horrível atrás de uma das orelhas, e só conseguindo pensar que só teria quatro horas para dormir. 


Notas Finais


Como ficou? Obrigada por ler, beijos no mindinho, perdoem qualquer erro :3


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