História The Love I Need - Até quando?

***Rin***

- Moça, você tá bem ?

- Eu... Eu... - Não consegui   dizer nada, pois sou interrompida.

- Você não suporta nem olhar para mim, não é? - o homem, agora mais calmo, diz. - Não posso te culpar, afinal, a culpa é toda minha. Mas... Eu vou voltar, depois. - Ele termina e sai.

- Vem, você não está nada bem. Precisa se acalmar. - O rapaz diz, e me ajuda a levantar.

- Mu-muito obrigada, é...

- Kouga, meu nome é Kouga!

- Prazer, sou Rin. - dou um sorriso, já um pouco melhor. Meu Deus se aquele homem for mesmo meu pai, o que eu deveria fazer ? E porque ele age daquela forma?

- Você quer subir? Acabei de me mudar, mas tenho um copo de água, ou se preferir um refri, para oferecer! - Ele abre um sorriso.

- Na verdade, eu moro aqui também. - Digo meio sem graça.

- Ah, onde está minha cabeça! Afinal, você estava vindo para cá mesmo, eu deveria ter imaginado, desculpe.

- Bom, mas... Se não for incomodar, eu aceito!

- Claro, vamos indo então! - Assim, pego o elevador com meu novo vizinho.

É... acho que estou sendo muito burra, afinal, nem conheço esse homem. Mas.. no fim, o medo que eu estava de ficar em casa sozinha agora, era maior que minha razão.

***

Kouga me ofereceu também, um jantar. Que no caso foi macarrão instantâneo e uma noite animada, com ele me contando um pouco mais de sua vida. No fundo, acho que ele fez tudo isso para manter minha cabeça ocupada, já que eu não estava mesmo bem.

Depois de me despedir, subo mais alguns andares, e chego em casa. Assim que fecho a porta atrás de mim, meus olhos enchem de lágrimas de novo. Queria minha mãe aqui comigo agora..

...

Acordo sentindo uma dor no pescoço, e quando sento, só piora. Quem mandou dormir no sofá, não é?

Pego minha bolsa no chão, e tento encontrar meu celular no meio da bagunça dentro dela. Quando o encontro, olha na tela, em busca de saber que horas são.

- Misericórdia! - Levanto, meio que aos tropeços. São 6:50 da manhã! Estou mais que atrasada. E, para piorar tudo, preciso urgentemente de um banho, já que ontem pulei ele.

**

Saio do banheiro e vou para o quarto, vendo que já são cinco para as sete. Me troco e vou para o elevador, penteando o cabelo. - Meu Deus, espero que ninguém entre agora.- mal termino o pensamento, e ele para.

Olho assustada para as portas, e vejo o Kouga me olhar, rindo.

- Você parece meio atrasada. E .. descabelada ! - Brinca, e acabo ficando vermelha, eu devo estar horrível.

- Muito. - Respondo, espantando a vergonha. - Para as duas coisas, infelizmente. - Escolho os ombros.

- Talvez hoje seja seu dia de sorte ! Uma carona de moto, vai bem numa situação dessas, não é?

- Ah, não, não precisa ! Já te incomodei demais ontem a noite. Mas, obrigada!

- Não incomodou em nada, moça! E não rejeite ajuda quando está tão desesperada!

De novo aceitei sua ajuda.

E, na verdade, foi bom ter aceito. Graças a ele, não cheguei tão atrasada !

Nos últimos dias, na empresa estava tudo uma correria, e de certa forma, uma bagunça também. Estávamos com o Presidente um tanto ausente, e uma das secretárias mais importantes, também não estava. Então, era com razão que tudo estava assim.

- Rin!! - me assusto, com a voz familiar me chamando, e me viro, encontrando uma Sango, nem tão sorridente como eu gostaria.

- Sango! Amei te ver, mas... o que você está fazendo aqui ?

- Ah, minha linda... É uma história complicada. Vou ter que te contar depois, já que parece que nós duas estamos super atrasadas! Continuamos nossos passos rápidos até nossos lugares, e lá, encontramos Inuyasha, muito feliz por ver nós duas.

Depois de demoradas três horas, Sesshoumaru finalmente chega, e quando me vejo de frente com o mesmo, não sei como agir. Quer dizer, sei como devo agir, como sua secretária, mas realmente não queria interpretar esse papel agora, e sim o da namorada preocupada e com saudades.. Mas, no fim sei que no momento tudo o que eu poderia ser para ele, era somente sua secretária.

- .... Oi. - Ele diz, depois de um tempo, me surpreendendo com seu jeito tão normal de falar. Não só a mim, mas a minha amiga também. Que assistia de seu lugar. - Hum... venha até a minha sala, por favor.

- Claro. - Respondo, o seguindo.

Assim que entro e fecho a porta, sinto seus lábios pressionando os meus. Me perco em seu beijo, e me coloco inteira naquele momento. Não fazia muito tempo, mas a saudade que estava em meu peito doia como se fizesse.

- Eu estava com tanta saudade.. - Ele diz, assim que nos separamos, ofegantes.

- Eu também estava. - o abraço, tentando aproveitar o máximo possível esse tempo com ele. Mas logo sesshoumru nos afasta e me olha.

- Rin, precisamos conversar de novo.. Mas, acho que estamos meio ocupados, não é?

- Sim, bastante.. - sinto que quero adiar essa nova conversa com ele.

- Você almoça comigo hoje?

- Sim, claro. - Assim encerramos nossa conversa, por enquanto.

Volto para minha mesa, e agora estamos um pouco mais livres de que quando chegamos. Então resolvo falar com a Sango, e tirar meus problemas da cabeça, por hora.

- E então, vai me contar o por que voltou hoje, e com uma carinha tão chateada ? - pergunto me aproximando da mesma, que me olha sorrindo.

- Você não vai acreditar, Rin! O Miroku tem uma irmã! Que mais me pareceu uma praga. Que ele não me ouça.. Mas eu não gostei nem um pouco daquela Kagura. - Sango só começa, e eu dou risada. Logo em seguida me desculpando. Ela então continua, me contando que Hino iria ficar com a recém descoberta Tia maluca, como a mesma diz. E continua batendo o pé em desaprovação com a mulher.

Conversar com a Sango como antes foi tão bom, que nem vi o tempo passar, e quando nos demos conta, já estava no horário de almoço.

Sesshoumaru não sairia mais por enquanto, por estar chegando tarde, sendo assim, almoçamos em sua sala mesmo.

- Rin, eu não vou te enrolar com um monte de palavras.. então vou ser direto. Assim como me distanciei de você uma vez, quando você finalmente me aceitou, enfim.. naquele momento, o que eu não queria era que você fosse uma amante. Se lembra, não é? - Ele para por um momento esperando minha resposta. E eu balanço a cabeça que sim, então ele continua. - Eu continuo não querendo isso, e sei que você também não quer. Mas é quase o que vai acontecer, se continuarmos juntos no momento..

- Você... nós estamos terminando ? - Perguntei a ele o óbvio, tentando não chorar mais uma vez.

- Não estamos terminando realmente.. Eu só preciso que espere um pouco, quer dizer.. É egoísmo pedir isso, mas não quero te fazer sofrer mais, porém, também não quero te perder.  E no momento, vou ter que ficar do lado da Abi, até sua memória voltar. Não é esse o tipo de relacionamento que queremos, não é? Nos encontrar escondidos de novo..

- Não, não é.. Eu entendo, realmente.. Se você está me dizendo isso, é por que é o melhor.

- Obrigado por confiar em mim. - Ele diz, e me beija.. pela última vez.

continua....