Sesshoumaru
Eu havia conseguido me distrair com o que tem acontecido na empresa,o suficiente para não lembrar que ela viria hoje e que teria um jantar na casa dos meus pais.
- Boa noite ,Tekei..Como vai?
- muito bem! Andei viajando bastante,conheci muitas pessoas interessantes e lugares novos.
- Que maravilha.. - mesmo com meu tom,ela não se toca,ou finge não se tocar,que não estou interessado e com isso me prende um tempo falando de suas baboseiras.
- mãe,deixe o Sesshy agora,ele precisa se arrumar. - diz Abi vindo em nossa direção e pela primeira vez estou agradecido a ela por algo.
Pedi licença e subi para tomar banho,mas infelizmente esqueci minha pasta na sala e tive que voltar,andei sem pressa até lá e parei na escada ao ouvir falarem meu nome.
- ah mãe..não está sendo fácil,ele não quer me dar.
- ora!É obrigação do Sesshoumaru dar a você o que quiser minha filha,você não pode desistir. - tenho quase certeza que é do colar que estão falando..
- claro que não vou mamãe.. ele não pode me dizer não assim!
- acho que podemos contar com a ajuda de seu adorável sogro,eu quero mesmo que você tenha a jóia daquela mulher, minha filha.
Ouvir ela se referir à minha mãe assim,fez meu sangue ferver,mas mantive a calma,pois pensei que elas fossem grandes amigas,essa é nova pra mim.
- humm.. agora parando para pensar,porque você sempre insistiu para mim ter esse colar? - prestei atenção novamente.
- chega Abi!esqueça desses pequenos detalhes. - ela disse séria e irritada,e Abi não disse mais nada,assustada. Resolvi deixar a pasta para la e tomar meu banho logo,não consigo tirar isso que escutei da cabeça,o que a mãe da minha esposa tinha com a minha mãe realmente?
Terminei e desci arrumado para a sala,encontrando as duas,agora sentadas. Quando me viram levantaram e seguimos para o jantar.
Estacionei e vi que minha mãe - com o tempo me acostumei a chama-la assim - estava nos esperando na entrada,junto dela estava meu pai. Se cumprimentaram e eu apertei a mão dele,ja Izayoi,me puxou para um abraço carinhoso,que retribui, e depois de alguns segundos me soltou.
Entramos e as três ficaram na sala conversando,minha mãe um pouco deslocada com o ritmo de Abi e Tekei,porém continuou gentil e atenciosa,enquanto que meu pai me levava para o escritório.Não temos muito o que conversar,a não ser os assuntos da empresa e logo somos chamados para a mesa,todos mais a vontade, conversando ,vi que Tekei falava mais alto e olhava para mim e para meu pai.
- acho que não importa o valor ou tamanho,se é algo que vem com apreço do coração. - ouvi minha mãe dizer.
- sim sim,e é por ter sentimentos que Abi gostaria de poder ficar com o colar da verdadeira mãe de seu marido. - Izayoi abaixa o olhar,talvez um pouco ressentida pela forma rude que ouviu isso.
- eu sei que..- foi cortada.
- Inu no Taishou,não acha que minha filha merecia esse ato de seu marido?
Me cansei de ouvir tudo aquilo, e ainda como se eu não estivesse aqui,me levantei fazendo a cadeira ranger um barulho chato.
- Eu creio que já tive essa conversa com...a minha esposa,não é querida?- Falei olhando mãe e filha e depois meu pai. - acho que não há necessidade desse assunto de novo,se ja o dei por encerrado. - terminei com a voz fria e dura.
- mas,Inu.. - Tekei insistiu mas foi cortada.
- Acredito que MEU filho tem o direito de não dar,é uma recordação que ele prefere manter para si mesmo. - minha mãe disse firme
- Você tem razão,querida. Bom Tekei,a escolha é do Sesshoumaru se ele disse não,é não. - meu pai terminou não deixando espaço para mais. Agradeci mentalmente por isso,na verdade eu achava que ele iria apoiar a ideia,mas enfim, não.Depois disso o clima ficou um pouco tenso e logo nos preparamos para ir.
Em casa novamente me arrumei para dormir com uma ideia fixa na cabeça,quando a manhã chegou,depois do banho e roupas vestidas me fechei em meu escritorio e digitei a senha do cofre que tenho ali,peguei a caixa de veludo preta e a guardei nas minhas coisas,fechando e saindo em seguida.
Consegui chegar mais cedo como queria e encontrei uma Rin bastante distraída e perdida em pensamentos,só,em sua mesa.
- Bom dia - falei parado em sua frente,mas ela não pareceu me ouvir.
- Rin ?- tentei de novo e dessa vez ela me olhou,e logo se pôs de pé assustada.
- m-me desculpe,não o ouvi chegar! Bom dia. - ela deu um sorriso tímido.
- Você estava bastante distraída..pensando em que? Ela parece não saber bem o que dizer e nem o porque de eu estar perguntando algo assim,bem, na verdade nem eu sei... fui muito intrometido.
- Nada em especial, senhor. -Porque ela não pode falar normalmente comigo? As vezes a vejo tão descontraída,e quando estamos perto ela parece travar e agir contidamente.
- preciso ter uma conversa importante com você,mas acho que daqui a pouco tenho uma reunião,não é?
- sim,daqui trinta minutos.
- então depois que voltarmos dela,você vem comigo.
- está bem,senhor.
Entrei em minha sala e depois de me sentar tiro a caixinha das minhas coisas e a abro,olho sua pedra roxa, tão bonita,fico pensando sobre minha decisão e chego a conclusão de que realmente quero dar isso a ela,embora pareça um tanto maluco eu confiar isso a minha secretaria que mal conheço à duas semanas,mas sinto que posso.
Depois de atrasos chatos para a reunião que se estendeu por mais tempo que o desejado finalmente saímos de la,e ja era bem tarde,não daria tempo agora.
- Parece que agora não vamos poder conversar..aceitaria um almoço comigo,senhorita ?- Falei enquanto voltávamos para minha sala.
- almoçar com o senhor ??
- Sim.
- e-eu.. - ela parecia numa confusão interna,de,isso não é certo. Isso não pode.
- Não tem nada de mais nisso,daqui dez minutos esteja pronta para irmos. - falei por fim entrando em meu escritório novamente.
Quando sai Rin estava em pé do lado de sua mesa.
- vamos ? - perguntei parando ao seu lado.
- claro. - ela me respondeu com um sorriso aparentemente nervoso.Indiquei para ela ir em minha frente e começamos a caminhar.
No estacionamento do restaurante,eu caminho até sua porta e a abro estendendo a mão para ajuda-lá a descer, entramos e fomos recebidos, eu calorosamente a parte, por Kaede. Que depois de nos receber,nos encaminha para a mesa bem reservada que eu sempre uso,já que é aqui que eu almoço quase todos os dias.
- aqui é tão bonito e também acolhedor,gostei muito.. - Rin fala distraída olhando tudo em volta.
- sim,é um ótimo lugar,o que eu mais gosto e frequento na verdade!.
- Você vem aqui a muito tempo?
- dês de sempre, na verdade. Aquela senhora que nos recebeu,ela é minha avó. - Rin pareceu surpresa com o que eu contei.
- Que delícia,comer a comida da avó todo dia! - ela disse com um sorriso finalmente descontraído. Me deixei sorrir também,acho que toda a tensão possível do meu convite repentino,estava quebrada.
- confesso que é muito bom ! Mas agora me conte um pouco sobre você! - os pratos chegaram,e enquanto comíamos,continuamos a conversa.
- hum.. Não tenho muito o que contar sobre mim.. vivo com minha mãe em um apartamento,e agora,finalmente consegui um emprego! acho que é isso..
- entendo..você tinha planos para uma faculdade?
- tinha..mas aconteceram várias coisas,então tive que deixar de lado..- ela pareceu se entristecer,mas não acho que seja pelos estudos.
- me perdoe,e se não quiser não precisa dizer,mas, o que aconteceu?
- Não tem problema..bom..é que minha mãe,ela está doente,muito na verdade. - ela disse cabisbaixa,mas logo voltou a falar.
- mas,já falei bastante de mim! Sua vez,senhor! - ela disse trocando seu rosto triste por um animado. Acho melhor por hora entrarmos em outro assunto mesmo,não quero vê-la desanimada.
- o que gostaria de saber,senhorita?- A olhei um pouco divertido.
- hum... -ela colocou o indicador nos lábios. - me dei conta de que nem a idade do senhor eu sei..quantos anos tem?
- haha,não imaginei que me faria essa pergunta!
- desculpe.. - ela encolheu os ombros.
- tenho vinte e seis anos.
- uau.. - ela parecia surpresa.
- o que ? Eu pareço mais velho ??
- n-não,não senhor! - Acabei por rir,ela tinha ficado vermelha.
- acho que vou ter que interromper nosso jogo de perguntas,preciso te pedir algo e o nosso tempo está acabando. - falei olhando no relógio e depois para seu rosto.
- sim? - ela disse esperando que eu continuasse.
- Eu tenho algo que realmente gostaria que ficasse com você. - dei uma olhada para ela e continuei - Mas sei que provavelmente você vai rejeitar,então peço para que cuide para mim,a guarde com você.- terminei enquanto abria a caixinha. Ela arregalou os olhos no mesmo instante.
- s-senhor..eu...como posso cuidar de algo assim para o senhor ?
- sei que pode.. acredite eu confio em você para te entregar isso.. era da minha mãe.
- senhor..agora muito menos posso fazer isso... e sua esposa? - fechei um pouco o rosto quando ela falou da Abi.
- te falei outro dia sobre meu casamento,não é? minha esposa,na verdade não tem nenhum interesse real e como a mesma disse é algo sem graça ou importância,ela o quer,mas só pelo fato de que eu não quis dar.
- é uma pedra tão delicada e bonita,Não entendo o porque dela dizer algo assim .. - ela disse olhando o colar com admiração.
- então,você fica com ele ?- Ela me olhou e iria contestar de novo,mas continuei antes.
- cuide pra mim,por favor,só o guarde,sinto que vai estar em boas mãos.
- senhor.. - ela me olhou não sabendo certo o que fazer,mas a devolvi um olhar pedindo novamente e ela concordou com a cabeça. - somente guardar até algum dia,e o senhor pegar de volta,não é!? - imitei seu gesto com a cabeça,mesmo que meus planos sejam que ela ficar com ele. E ela parece mais calma e em concordância.
- vamos voltar então? - falei aliviado e depois de vê-la guardar em sua bolsa,paguei a conta e voltamos para o trabalho.
Continua..
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