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História The Love Is Blind - A Sad History


Escrita por: NollramFoster

Notas do Autor


Oi, mais um capítulo pra vocês, quero agradecer a todos que comentaram e a todos que favoritaram, bj e espero que gostem. 😘🍸

Capítulo 16 - A Sad History


P.O.V Andrew 

—Eu sou um... - Começou o Daniel. 

—Um o quê? - Perguntei impaciente. 

—Eu sou um... Anjo. - Disse ele.

Minha tia soltou uma risadinha de deboche, Daniel olhou para ela com raiva.

—Anjo? - Disse ela ainda rindo. - Pelo amor de Deus, ele é o cupido!

—Cupido? - Perguntei surpreso. 

—Não me chama assim. - Disse ele com mais raiva. - Eu sou um anjo, mas posso virar um demônio se eu quiser. 

—Eu sei disso, você arruinou a minha vida, exatamente como um demônio faria. - Respondeu ela.

—Espera, mas isso não faz nenhum sentido. -Disse confuso.- Você não pode ser um cupido...

—Anjo. - Disse ele irritado. 

—Isso é impossível, cadê suas flechas e suas asas e...

—As coisas não são bem assim.

—Mas... Mas... - Tentei dizer, mas nada saia da minha boca, apenas procurei um lugar para sentar, pois senti que minhas pernas estavam ficando bambas.

—Claro que não são bem assim. - Disse ela. - Você só sabe se meter na vida dos outros e transformá-las em um verdadeiro inferno.

—Eu não tenho culpa do quê aconteceu com você. - Disse o Daniel.

​—Espera, de onde vocês se conhecem? - Perguntei. 

—Antes de você, eu... - Começou ele.

—Ele manipulou a minha vida e meu coração para eu me apaixonar, - Interrompeu ela. - Só para matá-lo depois. 

—Eu não o matei. - Disse o Daniel. 

—Mas não fez nada. - Respondeu ela. 

—Você sabe muito bem o porque.

—Vão com calma vocês dois! O que aconteceu? - Perguntei me levantando.

​—Quando um casal que eu junto descobre o que eu sou, sou obrigado a ir embora. - Respondeu ele.

—Mas você não foi, você estava lá, você podia fazer alguma coisa para salvá-lo, mas não fez nada. - Disse minha tia chorando. - Você deixou ele morrer!​​​

—Como assim? - Perguntei. ​

​—Quando sua tia descobriu a minha identidade, eu podia escolher entre ir embora ou observar, mas eu não podia interferir. - Disse ele olhando para baixo.

​—E o quê aconteceu? Com o amor da minha tia. - Perguntei me sentindo triste por ela.

—O nome dele era Gabriel. - Começou ele. - A casa dele foi assaltada enquanto ele dormia, os ladrões prenderam ele dentro do quarto e incendiaram a casa, ele tentou sair, mas não conseguia. - Disse ele, a cada palavra que saia de sua boca mais a minha tia chorava.

​—Você não fez nada. - Disse ela entre os soluços. - Você só ficou lá olhando.

De repente vi uma coisa que eu realmente não esperava ver, Daniel começou a chorar, não sei se era de raiva ou de dor, mas ele chorava. 

—Eu tentei fazer, eu realmente tentei, mas nada funcionava. - Dizia ele soluçando também. - Tentei entrar na casa, mas não passava das portas. Tentei... Tentei apagar o fogo pelo lado de fora, mas nada funcionava, pelo contrário, o fogo... O fogo só... O fogo só aumentava, liguei para os bombeiros, mas já era tarde demais... 

—Você não tem o direito de chorar! - Gritou minha tia. - Ele morreu um dia antes do nosso casamento, eu o amava, você não sabe o quanto foi difícil pra mim. 

—Eu não tenho direito de chorar? - Perguntou ele com raiva. - Eu tenho todo direito de chorar, ele era meu amigo! Eu sei que foi difícil pra você, mas você não teve que ficar lá... Ficar lá ouvindo seus gritos, ouvindo ele agonizando, você não teve que ficar lá ouvindo ele morrer. - Disse ele chorando ainda mais, estava me segurando para não chorar também, mas aquele nó na garganta estava me matando.

Minha tia não respondeu, apenas ficou lá chorando, o Daniel não fez diferente. 

—Eu sinto muito, eu não sabia que... - Tentei falar. 

Daniel parou de chorar, deu seu último soluço, limpou as lágrimas que restavam em seu rosto, se dirigiu a mim, segurou meus braços com força e disse:

—Andrew, presta atenção, não saia de perto do Peter, não o abandone, ele precisa de você e vai precisar muito mais, agora que você sabe o que eu sou...

—Espera, você vai nos deixar? Você vai embora? - Perguntei. - Não! Você não pode! Eu não sabia que isso ia acontecer se eu soubesse. Eu...

—Andrew, eu falei que não podia contar, eu falei que se eu contasse coisas ruins iriam acontecer, eu queria que fosse diferente, realmente queria, mas agora vocês estão por conta própria. 

—Mas...

—Me desculpa... - Disse ele me soltando e saindo da sala, fui atrás dele, mas ao sair da sala ele já havia desaparecido, voltei para casa e fui até os fundos onde estava meu celular, após pegá-lo voltei para a sala onde minha tia continuava a chorar. 

—Tia, eu... 

—Só vai embora. - Disse ela limpando as lágrimas, mas não adiantando muito já que ela voltava a chorar. - Vai embora. 

—Mas...

—Por favor, eu preciso ficar sozinha.

—Está bem. - Disse saindo da casa.

Não pensei duas vezes e começei a correr, corri como nunca havia corrido antes, cheguei em casa, subi as escadas correndo, abri a porta do quarto e lá estava ele surpreso ao me ver, eu estava com lágrimas nos olhos, todas as lágrimas que eu havia segurado, agora estavam saindo feito uma cachoeira, corri até o Peter e o abracei,  ele devolveu o abraço, mas mesmo assim estava confuso, depois desse longo abraço, eu o beijei intensamente, o beijo demorou apenas alguns segundos, mas foi um dos beijos mais intensos que eu ja tinha dado nele, após nos separarmos Peter perguntou preocupado. 

—Está tudo bem? 

—Não. Não está. - Respondi chorando. 

—O quê eu posso fazer? - Perguntou ele 

—Só fica comigo,  por favor. 

—Claro, sempre. 

—Eu te amo. 

Peter sorriu, só aquele sorriso para me animar.

—Eu também te amo. 



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