1. Spirit Fanfics >
  2. The Love Is Blind >
  3. Daniel

História The Love Is Blind - Daniel


Escrita por: NollramFoster

Notas do Autor


Oi, mais um capítulo pra vocês, e dessa vez eu quero agradecer a ~CrackShipper, ~LoucaDosKpop (de novo) e ao ~MukeLove pelos comentários no capítulo anterior e também a todo mundo que favoritou a fic. Espero que gostem do capítulo. 😘🍸

Capítulo 6 - Daniel


P.O.V Andrew 

Acordei e olhei para o despertador, faltava trinta minutos para ele tocar, me levantei, fui até o banheiro, tomei banho, escovei os dentes, mas não antes de passar no quarto de hóspedes, e lá estava ele dormindo feito um anjo, decidi não incomodá-lo e deixar o despertador fazer isso. Fui para a cozinha e bebi um suco, pois, como sempre, não estava com fome de manhã, esperei um pouco e ouvi o despertador do quarto de hóspedes tocando, poucos segundos depois o Peter apareceu descendo as escadas, ele estava com algumas olheiras e parecia estar morrendo de sono.

—Bom dia. - Disse sorrindo. 

—Bom dia. - Respondeu ele com a voz cansada. 

—Você está bem?

—Não, não consegui dormir, passei a noite inteira sonhando... Ou melhor, tendo pesadelos com o meu pai e com a minha mãe, e é claro que os machucados também não ajudaram.

—Sinto muito, devia ter te dado um remédio pra dor ou...

—Você já fez muito por mim e eu agradeço. - Disse ele me olhando nos olhos, minha vontade era de agarrá-lo ali mesmo, mas provavelmente o Daniel já tinha arrumado um jeito de impedir isso, eu preciso falar com esse garoto. 

—Ok. - Disse olhando para o relógio do celular. - Falta uma hora para a aula começar, se você quiser eu posso te emprestar um uniforme meu e...

—Andrew, eu não sei se eu quero ir. - Disse ele olhando para o chão. 

—De novo com isso? Eu já não te falei que vou ficar do seu lado o tempo todo? - Disse começando a ficar irritado.

—Falou, mas se te perguntarem oque aconteceu o quê você vai responder? - Não respondi, não sabia a resposta. - Viu, nem você sabe.

—Ok, se você prefere assim, vou tentar voltar o mais rápido possível. - Disse me levantando da cadeira e indo em direção a porta. - E se meu pai chegar do trabalho diz que... Ou melhor, não diz nada, até porque ele não vai estar aqui mesmo.

—Por quê ele nunca esta em casa? - Perguntou ele. 

—Ele é médico, vive quase sempre no plantão, por isso nunca está em casa. - Respondi pegando a minha mochila. - Tchau, até mais tarde. 

—Até. - Respondeu ele.

Saí de casa e fui para a escola, fiquei um pouco aliviado do Peter não ir comigo, porque assim eu poderia falar com o Daniel sozinho. Cheguei na escola e fui para a sala de aula, dessa vez não tinha ninguém lá, poucos minutos depois o Daniel entrou na sala com o capuz na cabeça e ficou me encarando com um sorriso debochado no rosto. 

—Fala. - Disse ele. - Eu sei que você está louco para falar comigo. - Ele me irritava... Muito.

Me levantei e fui até ele me segurando para não socá-lo ali mesmo. 

—Por quê você fez isso? Tudo isso. Você fez a professora passar um trabalho em dupla, me escolheu como dupla, e por causa disso eu encontrei o Peter, e por sua culpa eu estou completamente... - Parei, foi nesse exato momento que eu descobri oque estava acontecendo comigo, eu estou completamente... 

—Apaixonado? - Disse o Daniel ainda sorrindo. - Quem diria não é? Parece que o amor é cego. 

—E agora toda vez que eu vou... Ter algum... Momento com o Peter você arruma um jeito de atrapalhar. Por quê? 

—Vocês estavam indo rápido demais, não acha? - Respondeu ele com um sorriso irônico. 

—Então você assume?

—Assumo o que? 

—Oquê você fez.

—O quê eu fiz?

—Tudo isso.

—Tudo o que? 

Aquilo foi a gota d'água, levantei o meu punho pronto para socá-lo. 

—Se eu fosse você não faria isso. - Disse ele sorrindo olhando para minha mão. - Até porque acho que vai ser difícil você explicar porque você me socou, sem contar que a professora vai chegar em cinco segundos. - Abaixei a minha mão, não resisti, contei os segundos mentalmente e a professora chegou bem no cinco, olhei para o Daniel que sorriu pra mim. 

—Bom dia, meninos. - Disse ela.

—Bom dia, professora. - Disse o Daniel. 

A professora olhou em volta e perguntou parecendo preocupada:

—Vocês viram o...?

—Peter? - Disse o Daniel. - Ele está um pouco doente e pediu pra eu entregar isso pra você. - Disse ele passando um papel pra professora. - O trabalho dele, e aqui está o meu e o do Andrew professora. - Estava tão distraído com o Peter que acabei me esquecendo do trabalho e ele também. 

—Obrigado, e manda melhoras pra ele. Agora vão pro seus lugares. - Disse ela.

O restante dos alunos chegaram e se sentaram nos seus lugares de sempre, a professora deu a aula, porém nem prestei atenção, pois minha atenção estava toda apontada para o Daniel, eu tinha que descobrir oque ele queria ou pelo menos quem era ele. O tempo passou voando, pela primeira vez eu não prestei atenção em nenhuma aula, apenas pensava em um jeito de entender o Daniel, então tive a idéia mais louca da minha vida, seguir o Daniel. 

O sinal tocou, estava na hora da saída, enquanto todos os alunos iam embora eu fiquei esperando o Daniel sair, quando ele finalmente saiu, fui atrás dele tentando disfarçar e me esconder o máximo possível, ele saiu da escola e foi para um caminho completamente diferente do que o endereço que ele tinha me dado, ele seguia por ruas estranhas que eu nunca tinha visto na minha vida, não falava com ninguém durante o caminho e, para minha sorte, não olhava para trás, ele começou a entrar em becos escuros e saia em outras ruas mais estranhas que a anterior, começei a achar que estava dentro de um labirinto de tantas voltas que ele dava, as pessoas, muito estranhas e suspeitas por sinal, olhavam para mim com estranheza, porém nenhuma delas olhava para o Daniel, como se ele nem estivesse lá, estava pensando em desistir e voltar para casa, quando ele começou a correr e entrou em um beco, corri atrás dele e entrei no beco, porém lá só havia um muro de tijolos, o beco não tinha saída, e o Daniel? Simplesmente desapareceu, me perguntei oque estava acontecendo e como aquele garoto conseguia fazer essas coisas,  me virei para ir embora e lá estava ele atrás de mim, mas dessa vez o sorriso irônico no rosto dele havia sumido, ele me olhava sério, parecendo até... Mau.

—O quê você pensa que está fazendo? - Perguntou ele me olhando nos olhos. 

—E-eu s-só... - Odeio gaguejar, mas dessa vez foi inevitável, eu estava morrendo de medo dele, ele parecia aquelas crianças que são possuídas em filmes de terror. 

—Você só estava me seguindo. Você realmente acha que eu sou tão burro a ponto de não perceber que você estava atrás de mim? - Disse andando em minha direção. 

—Não, eu só queria... - Disse andando para trás me afastando dele que se aproximava ainda mais.

—Não importa oque você quer! - Disse ele aumentando o tom de voz. - Oque importa é que eu estou te ajudando, e você tem que agradecer que eu estou do seu lado, porque queridinho... - Disse ele com um sorriso maligno no rosto. - Você não ia querer me ter como inimigo. Agora, se eu fosse você, amarrava esse sapato e voltava pra casa, porque o Peter deve estar precisando de você. Ah! E se eu fosse você corria, porque... digamos que esse lugar é um pouco... Perigoso.

Não pensei duas vezes, passei por ele e saí correndo para fora daquele beco horrível, parei, olhei para trás e o Daniel já havia sumido, nunca fiquei com tanto medo assim, voltei a correr e fui para casa, estava na metade do caminho quando tropecei no meu cadaço, que eu não amarrei, pois estava com medo, machuquei minha mão e cortei minha testa, me levantei e voltei a correr, cheguei em casa quase desmaiando de tão cansado, parei na frente da porta, respirei fundo umas quatro vezes, abri a porta e me surpreendi com o que vi lá dentro. O Peter estava vermelho e nervoso no sofá e parecia estar sendo interrogado pelo meu pai, Peter foi o primeiro ao me ver, ele pareceu aliviado, mas essa sensação foi rápida ao ver meu corte na testa.

—Andrew você está bem? - Perguntou ele. 

Meu pai virou para mim e arregalou os olhos.

—Andrew! Onde você estava? E o que aconteceu? - Perguntou ele.

—Nada demais, eu só tropecei e cai na rua. - Menti, acho que ele não ia acreditar que estava correndo de um... Nem vou xingar, vai que ele me escuta. - Já que você já fez o milagre de estar em casa, pode me ajudar com isso? - Perguntei. 

—Claro, vamos pro meu quarto, já estava querendo falar com você mesmo. - Disse ele olhando sério para mim e depois para o Peter. - E você fica aqui, temos muito oque conversar mocinho. Vamos Andrew. - Disse ele subindo as escadas. 

Peter olhou para mim nervoso, apenas olhei de volta e falei:

—Relaxa. Vai ficar tudo bem.

—Promete? - Perguntou ele.

—Prometo.



Gostou da Fanfic? Compartilhe!

Gostou? Deixe seu Comentário!

Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.

Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.


Carregando...