Ana *
- Paol... não fassa algo que vá se arrepender depois...ahh...- sussurro em meio a gemidos. Por mais simples que fosse, um toque que Paola desse em mim, me fazia estremecer. Podia ser uma abraço, ou quando ela me fazia de escoro e apoiava sua cabeça em meu ombro, ou até mesmo quando ela encosta no meu braço quando conversamos. Imagina agora?
- Nunca me arrepentiré. - fala com aquela voz rouca que me estremesse carregando no sotaque que só ela tem, me fazendo quase que chegar ao ápice apenas ouvindo-a.
Mas como dizem, " tudo que é bom dura pouco". Ouvimos a porta sendo aberta lentamente, e num pulo Paola se joga ao meu lado.
- Mamã? - adentra no quarto uma loirinha de olhos azuis toda sonolenta ainda, coçando os olhinhos e com ursinho em mãos. Era o que eu havia lhe dado.
- Fran!? - diz Paola assustada pelo quase flagra que nos dera.
- TIA ANAAAA!!! - Francesca me avista e corre pára os meus braços.
- Oooi, princesaaa! - olho para Paola e nos vemos constrangidas com o momento. Abraço Fran e nos jogamos na cama, rolando por quase toda a extensão da mesma. - Como você ta pequena?
- Yo estoy muy bien! - diz animada, mas logo seu semblante se transforma em raiva - Tia Ana, yo estoy muy chatiada contigo! - Fran fala com um biquinho de brava lindo e os braços cruzados.
- Ahm?! Como assim, meu amor, o que foi que eu fiz? - faço cara de indignação. Fiquei com medo agora. Fiz algo de errado?!!
- Já passou um mês que a tia no veio me visitar em mi casa! - despeja sob mim com a voz triste a minha ausência e interra seu rosto no meu pescoço - Eu e o Jacquin estamos com saudades! - Jacquin era o ursinho que lhe dei. Ela o apelidou deste nome após perceber que ambos eram gordinhos e fofos.
- Oooooh, medeuse!! Desculpa meu amor - falo distribuindo beijos em sua face - desculpa, desculpa, desculpa, é que a tia anda muuuuuito acupada ultimamente, mas eu prometo que te recompenso! Tá bom?
- Tá bien, Yo te perdono - diz tentando transparecer ainda estar brava, mas logo abre um sorriso não contendo a alegria e me abraçando novamente. - Mamã, Norma ainda no veio, como voy a escola?
* Paola
- Ó ceus, Fran, você ainda tem escola! - saio do transe vendo como Ana é lindamente fofa e carinhosa com Francesca, e percebo que realmente a babá não havia chegado, pois sempre arrumara e levara Fran a escola. Penso em levá-la mas, ao pegar meu celular, vejo que ja estava tarde demais - saco! - resmungo - Fran, não dá mais tempo de te levar, você vai faltar aula hoje. Mas só hoje, ouviu mocinha? - digo e vejo um sorriso sapeca ser contido mas não conseguindo por muito tempo.
- Ebaaaaa!!! Vou passar o dia com tia Anaaaa! - Ana sorri retribuindo o abraço quase que desesperado de Francesca.
- Você vai levá-la pra Band?
- No sei ainda, mas provavelmente sim. Vou ligar pra Norma e ver o que aconteceu - falo, e antes de ligar vejo que já havia mensagens da mesma, dizendo que não iria trabalhar por que seu filho estava doente e não o deixaria com alguém nesse estado. - É Fran, você vem comigo hoje. A Norma disse não vai poder vim hoje.
- Uhmmm, então quer dizer que hoje eu vou passar o dia inteiro com essa princesa aqui?
- Sim, infelizmente vai ter que aturar essa sapeca o dia todo rsrs.
- Aturo com o maior prazer.
- Aaii tiaa!! Pa- paraaa rsrsrsrs - implora Fran recebendo cócegas de Ana.
- Fran, vai lá no teu quarto, toma um banho, que daqui um pouco vou la te arrumar.
- Tá - obedece e sai uma loirinha saltitante.
- Aiaii, mas é muito sapeca essa menina mesmo, hein rsrs - Ana fala encantada com a felicidade de Francesca.
- Ana, você já vai pra Band?
- Já, já. Eu preciso resolver algumas coisas para a gravação ainda - suspira fechando os olhos, colocando as mãos na cabeça inclinando-a e recostando na parede em sinal de cansaço. Confesso que ver Ana assim... De olhos fechados.. Como consegue ser tão linda até mesmo cansada?
- Hum, que chato. Queria que ficasse mais um pouco - começo a acariciar suas maças com o polegar, e depois seu lábio inferior. Eles são macios e, permito-me dizer, apetitosos. Percebo que Ana fica sem jeito, pois olha para baixo, então paro o carinho. - Então, - me recomponho - desculpa estar sendo folgada mas já sendo, você me daria uma carona? Deixei meu carro na oficina ontem e um Uber daqui até a Band é uma fortuna. Não nem imaginar um táxi.
- Claro, dou sim. Mas antes vou passar em casa pra tomar banho e trocar de roupa, ok?
- Ok. Obrogada, Ana. - sorrio agradecida - Bom, agora deixa eu ver o que minha pequena apronta - deixo um beijo sua bochecha e saio correndo do quarto.
- Ta bom, vai lá.
* Ana
Olho para aquela cama gigante, ali, vázia, e me jogo nela. Oh... Que cama maravilhosa! Hummm e esse perfume... Inspiro profundamete os lençóis e, céus, o cheiro dela é delicioso.
Sou interrompida de meus devaneios por meu estômago rugindo dentro de mim. Descido ir até a cozinha pra saciar a fome de "leão" que eu possuía.
Passando pelo corredor, vejo Paola no quarto de Francesca vestindo-a.
- Mas como essa princesa ta lindaaa! - falo me escorando na lateral da porta.
- Obrigado, tia. - sorri pra mim se gabando um pouco.
- Paola. - a chamo.
- Fala, amor.
- ahhm... - tavez não tenha percebido por estar de costas para mim, mas, aquele "fala, amor" me tirou o chão, me fazendo até esquecer o que ia lhe dizer. - e-eeu queria saber se eu posso atacar sua cozinha, meu estômago me lembrou que estou desde o fim das gravações de ontem sem co...
- Aah Aninha , não acredito que você fez isso de novo! - e agora se vira para mim. Irritada. - Quantas vezes vou ter que brigar com você pra você se alimentar direito, caramba!?
- Desculpa, é que não...
- No, no desculpo. Me espera na cozinha que eu ja estou indo preparar algo.
- Tá bom, "mamãe". - falo em tom de deboche e as mãos em rendição, me retirando dali.
- E tira esse sorrisinho do rosto porque isso no é engraçado.
Vejo que realmente a deixei irritada pela minha irresponsabilidade, então sigo para cozinha. Chego na mesma e, como era ela quem prepararia o café, me inclino sobre um balcão que havia ali enquanto a esperava.
Sinto um braço entrelaçar minha cintura. Arrepiei.
- Ana, não faz isso comigo. - diz baixinho.
- Desculpa, eu prometo que vou me alimentar melhor.
- Ok, mas, eu não estava me referindo a isso - ao ouvir isso, lembro que estou debruçada sob o balcão e que estava com o bumbum empinado. Abaixo a cabeça e deixo um sorriso de constrangimento/satisfação escapar. Não era minha intensão mas, já feito, um ponto para Ana Paula.
Me viro para ela e nossos rostos estão próximos, próximos até demais. Aqueles castanhos me devoravam. Abaixo meu olhar e ,seus lábios, tão convidativos... me perco neles. Paola se apoia no balcão pondo um braço em cada lado do meu corpo, me prendendo entre eles. Percebo que se aproximara mais, e estavámos prestes a nos beijar, até que escuto Francesca se aproximando saltitando.
- Então, senhorita Paola Carosella, o que irá preparar para nós? - falo saindo do mundo em que estávamos e tentado tirá-la também. Mas, pelo jeito, só eu saí.
Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.
Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.