- Kate, me belisca se eu estiver sonhando, mas é o Dimitri mesmo que está ali? - Sussurrou Simone perto de mim.
Também não acreditando, levantei meus olhos e olhei novamente para Dimitri, um Dimitri bem diferente. Ele estava com um sobretudo preto e por dentro, ele estava com uma blusa branca e um colete social preto. Suas calças eram tradicional também. Os cabelos dele estavam bagunçados, o que eu não via enquanto estávamos de férias.
- Kate!
Pisquei os olhos com força várias vezes e voltei minha atenção à Simone.
- O que foi?
- Aquele é mesmo o Dimitri? - Discretamente ela apontou para ele que ainda se apresentava. - Ou é algum tipo de irmão gêmeo que tem o mesmo nome que ele? Se for, meu deus, a genética da família dele é muito boa.
- É ele, Simone! - Sussurrei de volta. - Só não estou acreditando que ele não me disse nada que era professor da academia. Pra mim, o cretino era empresário. Paul sabe disso?
- Eu não sei, mas vou descobrir quando me encontrar com ele depois da aula. Provavelmente ele sabe. Vou puxar a orelha de ... - A voz de Dimitri sobressai a nossas vozes o que nos faz pular da cadeira.
- Não irei admitir que me respondem e nem que fale enquanto eu estou falando. - Dimitri andava de um lado para o outro, mandando olhares assustadores para todos da sala. O engraçado que em nenhum momento ele olhou na nossa direção. - E se continuar a me enfrentar, terei que tomar medidas drásticas e vocês todos já devem saber a minha reputação e se quiserem perguntar algo, apenas levantem a mão que eu darei a oportunidade.
- Por que ele não olha pra gente? - Comentou Simone.
- Queria saber também.
- Espera então que eu vou dar um jeito nisso. - e com todas suas atitudes reunidas, Simone levantou sua mão esquerda bem alto.
- Simone! Abaixa esse braço agora! - Sussurrei para ela, mas ela não me deu ideia. - Simone!!
- Professor! - Simone o chamou. Os olhos cortante de Dimitri se voltou para nós. Eu, no mesmo momento, petrifiquei e petrifiquei mais ainda quando Dimitri olhou apenas para mim. Ele não demonstrava nenhum tipo de reação ao me ver ali. - Hey, professor. - Os olhos dele se voltam novamente para Simone. - E quando a gente tiver que ir ao banheiro? Devemos levantar nossas mãos também?
- Não. Vocês podem vir até minha mesa que eu darei o passe para o banheiro, mas tem um porém. É um de cada vez. - Disse. - Respondi sua pergunta, senhorita Holliday?
- Sim. Claro.
- Ótimo. - Ele volta a caminhar pela sala de um lado para o outro, mas eu percebi que dessa vez, ele mandava olhares furtivos na minha direção. - Mais alguma pergunta? - Ele apontou para um grupinho de homens do lado direito da sala.
- Pronto. - Disse Simone bem satisfeita. - Agora ele sabe que estamos aqui.
- As atitudes dele continua as mesmas. - Falei enquanto prestava a atenção no que os garotos perguntavam. - Na verdade, ele está tratando a gente como alunas. Não viu como ele te chamou? Senhorita Holliday. É muita formalidade.
- Eu entendo ele. Ele é o nosso professor aqui na academia, devemos respeitá -lo. Se ele esculachar a gente, temos que ficar quietas. Mas em casa, a gente dá um jeito nisso e pergunta qual é a dele em fazer a gente se sentir como lixo.
- Você pensa em tudo. - dei uma risada.
- Sempre, minha querida. A mamãe aqui tem que achar as saídas
- As mocinhas aí atrás ouviram minhas exigências? - Dimitri nos olhava com desprezo. Como uma pessoa pode mudar tanto quando está em outro ambiente?
- Ouvimos sim. - Falei.
- Então eu espero que fiquem em silêncio quando eu estiver falando. - Todos da sala nos olhava como se não quisessem estar na nossa pele naquele momento. Dimitri foi repreensivo com a gente? Foi, mas dessa vez ele está deixando passar, por hoje ser o primeiro dia de aula.
- Tudo bem. Desculpe. - Simone falou por nós duas.
Ele continuou a nos encarar, até se voltar para a turma novamente.
- Bom. Hoje iremos falar de Destiny. Algo de muita importância quando o assunto é vampiros. - Disse ele. - Vou falar em um resumo, porque não vou ficar perdendo tempo com... isso.
Destiny? Era a marca do destino! Dimitri havia perguntado para mim se eu sabia o que era a marca do destino, e agora finalmente saberei o que é.
Dimitri começou sua palestra e sempre tinha alguém para tirar algumas dúvidas, que no caso era a minha também.
- Destiny é a união de um vampiro e um humano. Não existe outro tipo de correlação a isso.
- Mas professor. - Falou uma morena dos cabelos lisos na primeira fileira. Ela levantou as mãos e logo o professor lhe deu a oportunidade de falar. - Você havia dito que Destiny é algo que só a pessoa que é marcada, sabe. Mas como ela vai saber qual vampiro especificamente foi marcado a ela? Ou a ele?
- Existe vários sinais, Senhorita...
- Lindsay.
- Sim, Lindsay. Existe vários sinais. Primeiro, antes de você ver o vampiro ou a vampira cara a cara pela primeira vez, seus sonhos é só com eles, mas nunca irá vê -los com total nitidez. - Explicou Dimitri. - E quando vocês se encontrarem pela primeira vez com o vampiro marcados à vocês, com certeza irão se apaixonar de Primeira.
Um garoto dos cabelos encaracolado levantou sua mão.
- Diga.
- Professor, mas eu já me apaixonei várias vezes. Isso não é muito significativo para alguém marcado. Qualquer um pode sonhar com um cara ou com uma mulher e pode se apaixonar em um piscar de olhos se o cara for pintoso e se a mulher for uma tremenda gostosa. - Toda a sala deu risada com o argumento do garoto.
- Qual é seu nome? - Perguntou o professor não achando graça daquilo.
- Mathew James. - Respondeu.
- Então, senhor James. Eu disse que são sinais. Há outras formas bem claras de se saber se você foi realmente marcado à uma vampira.
- E qual seria?
- Como o nome já diz, é a ... - O sinal de término da aula toca, interrompendo imediatamente o professor. - Amanhã eu irei terminar de falar sobre isso. Agora todos estão dispensados.
Rapidamente, todos os alunos colocou seus materiais na mochila e saíram, eu e Simone demoramos um pouco para pôr nossas coisas na mochila, e assim, fomos as últimas a sair da sala.
- Senhorita Benson. - Me chamou Dimitri quando eu estava já na porta. Eu e Simone paramos no mesmo instante.
Olhei para Simone.
- Pode ir, eu pego um ônibus depois.
Ela assentiu e saiu. Eu, me virei e vi Dimitri encostado em sua mesa de braços cruzados me olhando.
- Quero falar com você. - Disse. - Feche a porta, por favor. - Fiz o que ele pediu e me aproximei.
- O que foi?
- O que está fazendo aqui? - Seu olhar estava cerrado. - Pensei que era universitária.
- Eu aprendi que devo ter uma camuflagem para não chamar a atenção de inimigos.
- Então quer dizer que você não está se formando em design
- É.
Ele me encarou em silêncio.
- Gostei de sua estratégia. - Abri um sorriso rápido e logo voltei a ficar séria.
- E você? Você disse que era empresário.
- " Eu aprendi que devo ter uma camuflagem para não chamar a atenção de inimigos." - Revirei os olhos. - Fico feliz em tê-la aqui. Só não poderei te tratar como minha vizinha, apenas como minha aluna.
- Compreendo. - Me virei já indo em direção à porta. - Não precisa se explicar, com licença.
- Espere. - Ele se aproximou de mim e colocou uma mecha de meu cabelo atrás da orelha. - Não tive tempo de falar sobre a sexta passada.
- O que você quer falar?
- Nunca me senti tão bem como aquele dia.
- Está exagerando.
- Não estou, não. - Ele se aproximou dos meus lábios e selou um rápido beijo. - é tão bom beijá -la. - ele me beijou novamente.
- É permitido um professor ficar beijando uma aluna assim? - Eu estava de olhos fechados, apenas apreciando os leves selares dos lábios de Dimitri nos meus.
Ele riu e me puxou mais para si.
- Não. Não é permitido. - Falou. - Só é permitido quando passamos para as aulas práticas. As aulas teóricas podem ser subordinadas, por isso não permitem.
- Está dizendo sobre fazer sexo por nota alta?
- É.
- Isso é um problema nas escolas e universidades também.
- Pois é.
- Vou logo dizendo que não quero que você me dê notas altas só por que estamos juntos.
- Não vou fazer isso. Fique tranquila. - Ele segurou meu rosto e me deu um beijo um pouco mais demorado. - Irei julgar sua nota pelo seu desempenho.
- Então ta. - falei. - Agora eu preciso ir. As pessoas devem ter visto que eu estou na sua sala. Daqui a pouco vão começar a desconfiar.
- Vão nada, a gente só está conversando. - Ele começou a mordiscar meu rosto de forma sensual.
- Vou perder a hora de pegar a Sophia na casa da dona Silvia.
Ele me olhou nos olhos.
- Tudo bem. - Ele me largou e eu fui até a porta. - Até a noite.
- até. - Abri a porta e acabei tomando um susto com uma mulher bastante bonita e aterrorizante bem na minha frente. Ela usava um vestido vermelho longo bastante chic, logo de cara sabia quem era. - Líder... - Ela me encarava com desconfiança.
- O que estava fazendo aí dentro? - Perguntou ela.
Abri minha boca para argumentar, mas eu estava tão nervosa com sua presença ali, que petrifiquei. Rebeca Van Hellsing era a líder suprema dos caçadores, o que era uma surpresa, afinal, nenhuma mulher nunca foi líder dos caçadores, ela era incrível, e mais incrível ainda por ela ser uma vampira e todos a respeitavam.
- Eu estava conversando com ela. - Dimitri apareceu atrás de mim. - Estava chamando a atenção dela por ter falado o tempo todo na minha aula.
- Não falei o tempo todo. - Questionei
- A maioria do tempo.
- Para de ment... - a líder levanta sua mão em um sinal para que nós parasse de fala, e assim foi feito.
- Chega. - Disse ela tranquilamente. - Dimitri, te espero na minha sala. - Então, sem dizer mais nada, ela saiu graciosamente da nossa presença.
- Será que ela ouviu alguma coisa? - Perguntei.
- Não sei. - Ele deu uma pausa. - Bom, vá pra casa que eu vou lá ver o que é.
Assenti e fui embora pra minha casa já temendo o pior...
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