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História The lovely maid - Capítulo 1


Escrita por: Hazzharold

Notas do Autor


"Eu dedico essa história para todos que gostam de romance. Desejo para todos vocês, uma boa leitura"- Anaelisatassi

Capítulo 1 - Capítulo 1


Fanfic / Fanfiction The lovely maid - Capítulo 1

Ano 1820...
  

O sol estava quente, quente demais e a senzala estava um forno. Rebeca, uma desde sempre escreva para a realeza de Tonmol, estava com sua filha nos braços. Sua pele branca parecia falsa, seu cabelo preto demonstrava que ela era uma recém-nascida. Sua respiração estava serena, querendo se aprofundar no seu sono. Rebeca, no entanto, estava a admirar, afinal, Aurora era sua primeira filha.

  Aos olhos de Rebeca, Aurora era a menina mais bela. Tão preciosa que Rebeca sentira uma imensa dor ao lembrar que a paz que essa pequena garota transmitia, logo viraria no mais puro a tormento. Se sentia culpada e ela não conseguia evitar aquilo em noite alguma.

  Esconder Aurora não estava mais nos planos de Rebeca. Ela queria demonstrar que tinha uma filha e que iria protegê-la com unhas e dentes mesmo sua classe não ajudasse muito. Ela sabia que ninguém iria fazer mal para a pobre garotinha, com exceção da rainha que com aquele coração gelado que ela possuía. A Rainha era um poço de egoísmo e não tinha piedade de ninguém. Sempre fora mimada por todos e era egoísta; aquele sentimento que crescia dentro dela, foi nascendo conforme ela percebia que tinha o poder sobre tudo e todos.

  Rebeca jamais gostou da rainha pelo simples fato que, além de amar, ela tinha o privilégio de jogar na cara de Rebeca as humilhações que ela passava e ainda assim, seria pouco pelo que ela tinha que sentir.

  A rainha sempre fora orgulhosa, mesmo sendo traída várias e várias vezes pelo o seu marido, o rei. Ela sempre ignorou esse fato e sempre seguiu a vida como tinha que ser seguida; mas, querendo ou não, era sempre do jeito dela. Mas a novidade não abalava ninguém que a rainha sempre teve pavor de sangue. Aquele líquido vermelho e grosso sempre a fez estremecer e, por isso, muitas das vezes, ela não sentia o privilégio de ver algum criado ou escravo ser torturado até a sua morte.

  Rebeca achava algumas atitudes dela, ridículas. Como não colocar a mão em criados, argumentando que são muito sujos para uma mão como a dela. Mas mal sabem todos, que ao anoitecer, aquela impecável mão era colocada em lugares absurdos em certos criados. Rebeca sempre achou esse castelo um ninho de cobra, onde cobra comia cobra. Era isso que ela via. De um lado, um rei traidor que faz tudo por negócios e do outro lado, a rainha mimada, egoísta, traidora, que estremecia ao ver sangue.

  Rebeca era a única que se encontrava na senzala, sozinha. Sem saber o motivo, ela continuou lá dentro sem ao menos abrir a boca. Ao comunicar que ela ficara na senzala sozinha, ela sentiu uma pequena curiosidade e um grande pavor. Geralmente, escravos que ficavam na senzala sozinhos não tinham bons resultados quando saíam de lá. Rebeca passou a mão nos cabelos da filha, esta que ainda dormia tranquila, pensando o que poderia estar acontecendo.

  Depois de alguns minutos, a porta da senzala foi aberta com uma certa brutalidade e logo o guarda apareceu. Em um ato sem pensar, Rebeca puxou sua filha para mais perto de si, sentindo cada vez mais o calor da pequena garota.

  — Você vem comigo. – Ele mandou autoritário. Rebeca ficou um tempo parada, assimilando o que ele acabara de dizer. — Vamos logo! Eu não tenho tempo! – Seu tom de voz aumentou.

  Rebeca se levantou com sua filha nos braços e, com passos rápidos, ela se aproximou da porta. O guarda segurou nos braços de Rebeca e a levou para fora. Os passos eram grandes e Rebeca não estava conseguindo acompanhar; mas o homem estava lhe arrastando para longe dali. Rebeca estranhou ao ver uma carroça que parecia estar lhe esperando.

  — Para onde estão me levando? – Perguntou ao sentir uma sensação estranha. Medo.

  — Ordens da rainha. – Ele apenas respondeu aquilo e lhe colocou dentro da carroça.

  Rebeca ficou apavorada ao ouvir o que o guarda acabara dizer. O que a rainha estava fazendo?

  A carroça começou a andar e Rebeca, sentada na carroça, segurou mais firme a sua filha que já estava acordada e com um olhar de medo. Encolhida, ela passou a esperar pelo que estava por vir.

  Com a respiração pesada, Rebeca estava a pensar nas possibilidades de ela ter feito algo. Tudo estava estranho. Uns dias atrás, no castelo, a rainha Charlotte estava aterrorizada, como se algo tivesse acontecido ou estava por acontecer. E mesmo com suas dúvidas, Rebeca sentira medo, como se algo estivesse saindo fora de controle. Porque, mesmo que tivesse acontecido, ela, Rebeca, jamais perdoaria o Rei.

  Agora, ela estava ali: dentro de uma carroça, indo ao destino que nem ela sabia onde iria dar. Seria muita coincidência. Uns dias atrás, a rainha nervosa, e no outro dia, Rebeca dentro dessa carroça. No entanto, Rebeca estava desconfiando das possibilidades do que pudesse ter acontecido. O rei contou e como uma forma de punição, a rainha lhe vendeu. Essa era a verdade que Rebeca pensava.

  Ao parar em frente a praia, Rebeca não tinha mais nenhuma dúvida. Tudo estava claro. Ela poderia agir como uma egoísta e fingir que nada houvesse acontecido, mas a verdade estava clara demais para o seu gosto e ela não podia negar e muito menos mentir para si mesma. A única forma de se fazer era deixar-se levar, afinal, ela não tinha outra escolha.

  Sendo puxada com força e com sua filha nos braços, Rebeca foi conduzida para o enorme barco que estava a sua espera. Ao entrar no barco, percebeu que não estava sozinha; olhares diferentes e rostos lindos. Rebeca percebeu que eles não eram escravos iguais a ela, e sim, criados. Em um piscar de olhos, ela sentiu-se ser puxada novamente, dessa vez, para dentro de um quarto pequeno, este que cabia apenas uma pessoa; no máximo duas.

  — Criados não se misturam com escravos. – A voz rude do guarda soou no pequeno cômodo.

  A porta foi fechada brutalmente e o quarto ficou escuro. Apenas uma pequena janela que servia para correr o ar estava trazendo uma pequena luz do dia.

  Com um suspiro longo, Rebeca se sentou no chão. Suas lágrimas estavam querendo sair e explorar seu rosto, mas ela tentou segurar embora isso estivesse ficando cada vez mais difícil. Ela tinha que ser forte, não podia se arrepender de absolutamente de nada. Ela estava indo para um outro rumo, uma outra oportunidade talvez. Aonde quer que fosse, longe daquele reino, — ou ninho de cobra, como ela chamava — ela estaria bem.

  No entanto, ao sentir uma pequena mãozinha em seu rosto, Rebeca percebeu que estava chorando e Aurora estava vendo. No meio das lágrimas, Rebeca deu um sorriso para sua filha e a mesma retribuiu com um sorriso mais iluminante que o da própria mãe, fazendo assim, o coração de Rebeca se aquecer. Oh céus, como ela amava aquela pobre garotinha.

  Rebeca passou a mão com muita delicadeza — como se sua filha fosse-se um diamante incrivelmente lapidado — em seu cabelo, deslizando para seu rostinho. Olhos castanhos, puxou-os da mãe. Cabelo liso, puxou-os do pai. Cabelos na cor preta, puxou-os da mãe. Pele branca, puxou-os do pai. Embora que suas feições puxassem para a mãe, Aurora ainda lembrava muito seu pai. Céus, como Rebeca lembrava dele ao olhar aquela garotinha.

  — Espero que você seja uma boa filha. – Aurora sorriu. — E espero que você não passe pelo o que eu passei. – Ela se mexe, ainda com o sorriso no rosto.


  Aurora podia não estar entendo o que a mãe queria dizer, mas Rebeca sabia o que estava sentindo. Era tão agoniante essa sensação de se arrepender e ao mesmo tempo não. O amor que Rebeca sentia por sua filha era uma sensação que ela não se arrependia; mas pensar que sua filha, a garotinha que transmitia paz com um simples olhar podia sofrer quando crescer e ficar mais moça, era demais.

  Sentindo o barco se mover, pensou que agora teria um outro rumo, um novo dono.

1 mês depois...

  Enjôo. Era isso que Rebeca estava sentindo. Muito enjôo. Ficou exatamente um mês dentro daquele barco, olhando através da pequena janela, água e mais água. Ao desistir de que alguma hora veria terra firme novamente, ela vira para sua filha, esta que estava a brincar com sua mão, sentada no chão. Rebeca não pôde evitar — era tão bom ver sua filha saudável — e logo um sorriso brotou em sua face. Caminhando até sua menina, ela se junta com a mesma — que parecia distraída brincando com sua mão —, e a pega no colo.

  — Você é uma garota muito forte Aurora. Eu sinto isso. – Rebeca sussurrou para que apenas seu próprio ouvido ouvisse e mais ninguém.

  Aurora parou de brincar com sua mão e acabou olhando para sua mãe como se estivesse a entendendo; mas Rebeca sabia que aquilo não era verdade. Aurora era, para os olhos de muitos, um bebê na qual não entendia absolutamente nada. E eles estavam certos.

  Ao sentir uma pequena tremulação no chão, Rebeca levantou com sua filha no colo e correu até à janela. Terra firme. Era aquilo que ela avistava. A entrada, especificamente praia, era diferente. Avistava casas e as maiorias delas eram pequenas e algumas grandes.

  A porta foi aberta novamente com brutalidade, mostrando o mesmo guarda que a colocou dentro daquele quartinho. O rosto de poucos amigos do guarda, de certa forma, deixou Rebeca com certo medo. Ele tinha cara de quem poderia fazer qualquer loucura quando perdesse a paciência e ela nunca iria tirar essa dúvida, afinal, Rebeca não queria perder sua cabeça por uma coisa tão tola.

  — Vamos! – Sua voz saíra autoritária e imediatamente cumpriu a ordem.

  Quando seu braço é segurado com força pelo o guarda, Rebeca foi arrastada para fora do barco. Ao sentir os ventos gelados baterem em seu rosto, ela olhou para sua filha, vendo-a estremecer em seus braços e a abraçou com mais força.

  Sendo arrastada até à carroça, subira na mesma. O céu estava nublado, indicando que a qualquer momento poderia começar a chover e os ventos gelados estavam indicando que, com a chuva, o frio também estava por vir. Olhara para o barco, vendo os criados saírem calmamente e Rebeca pensara: Como um tom de pele, e até beleza, mudava a classe de uma pessoa.

  E ela sentiu o vazio em seu peito. Ela sentiu uma tristeza profunda.

  Quando finalmente a carroça começou a andar, Rebeca olhou para frente, com os pensamentos longes e distantes. Por enquanto, sua filha estava quieta, olhando o rosto de sua mãe. Era incrível como ela era quieta porque ela poderia estar aos berros, apavorada pelo o que estava acontecendo. Quando chegaram ao enorme e imenso castelo, Rebeca ficou boquiaberta, maravilhada com tanto tamanho. O jardim do castelo parecia que cabia duas vezes o castelo do rei e rainha Plight, os ninhos de cobras. O castelo, no entanto, tinha uma cor linda. Parecia que todos os anos, esse castelo era retocado para que sua beleza não se perdesse com o tempo.

  Saindo da carroça, Rebeca foi novamente puxada, e dessa vez, outro guarda a levou para dentro do castelo, passando pelo grande palácio na cor dourada. Isso era muito elegante e lindo. Ao parar na sala, ficou confusa e sua confusão cresceu mais ainda quando uma bela mulher entrou em seguida pela mesma porta que havia entrado. Seu vestido lindo cobria todo o seu corpo, seu cabelo era preto e nele havia um delicado penteado. Sua postura era reta, como de uma verdadeira dama. Ela era uma dama.

  — Vossa majestade. – O guarda que estava ao lado de Rebeca faz uma reverência. — Aqui está a escrava que a vossa majestade estava procurando. – Rebeca arregalou os olhos.

  — Obrigada. – Ela voltou a olhar para Rebeca. — Geralmente não costumo a ser grossa com ninguém. – Ela falou educadamente. — E sim, eu estava a sua procura. Quero que você alimente meu filho Justin. Eu não posso alimentá-lo. – Ela faz uma pequena careta. — Mas você pode. – Ela suspira. — Ele se encontra neste momento, no quarto, dormindo. Ele está com fome, então você poderá fazer suas obrigações desde já. – Ela olhou para a criança e para Rebeca. — Não se preocupe, sua filha não passará fome. Sabe ao menos quantos meses de vida ela tem?

  — Quatro. – Rebeca sussurrou.

  — Ela poderá comer sopa até lá. Tudo bem para você? – Sem ter muita escolha, Rebeca concordou. — Ótimo. Valentin! – Um criado para ao lado da rainha. — Por favor, leve ela até o quarto de Justin. – O criado concorda.

  — Siga-me. – Ele olhou para Rebeca e logo se virou, começando a caminhar.

  Rebeca começara a seguir em silêncio. Corredores e mais corredores. Eram onde eles mais entravam e todos aparentavam não ter mais fim. Ao chegar à grande escada, já sentira uma imensa canseira. Pensou em quantos criados trabalhavam nesse imenso castelo que parecia não ter mais fim. Mas, aproveitando esse pequeno caminho até o quarto do garotinho, Rebeca foi apreciando cada parte do castelo e tudo era muito lindo. Coisas detalhadas de cor de ouro, que ela jurara que isso valia muitíssimo. Os cômodos pareciam enormes, olhados do lado de fora. Enormes velas espalhadas por todo canto, parecendo que realmente eles não viviam no escuro, então, pensou em quantas velas eles trocavam por dia. Ao chegar numa porta de madeira, o criado parou e virou-se para Rebeca.

  — Esse é o quarto do príncipe Justin. – Ele abriu a porta e logo entrou.

  Rebeca, por sua vez, nunca viu um quarto tão enorme como aquele, e o pior era que ainda era de um bebê. Admirada com tudo aquilo, ela olhou cada canto do quarto, até seu olhar cair no berço incrivelmente decorado e simplesmente lindo. O quarto estava silencioso, nenhum choro de bebê.

  — Aqui está as regras de comando. – Ela procurou com o olhar, o criado, e o viu no canto do quarto, perto de uma mesa. — É para que você os siga, senão será castigada. Lembre-se: você agora é escrava da rainha de Colinas, suas ordens devem ser a favor dela. Acho que já sabe disso. – Rebeca concordou; ela sabia disso perfeitamente. — Bem, aqui está as ordens da rainha e do rei. Você está lidando com um príncipe, todas os cuidados são necessários. Estou te dizendo isso como conhecimento. – O criado desdobrou o papel onde se encontrava todas as regras que ela deveria seguir. A folha parecia enorme. — Um: Seja cuidadoso com sua vossa majestade. Como já lhe disse, você não está lidando com qualquer pessoa. – Rebeca concorda. — Dois: Faça apenas seu serviço. Não ouse, jamais, sair fora de seu comando. O que o Rei ou a rainha pedir, faça. Isso é sua obrigação. Três: Dar atenção total para a criança. Isso quer dizer, além de você ser a pessoa que alimentará a criança, terá que também ter sua total atenção a ele. Quatro: qualquer coisa, avise o criado ou criada mais próxima, assim alguns deles poderá comunicar com a rainha ou rei.

  E o criado continuou a dizer todas as regras, estas que pareciam não ter mais fim. Ele dizia com tanta calma, lendo, como se isso não o cansasse. Rebeca estava admirada pelo seu fôlego, falando sem ao menos gaguejar, por ler tanto. Enquanto o criado diz todas as regras, Rebeca se pega admirando o quarto, olhando cada detalhe, até seu olhar cair novamente no berço. Será que a criança estava ali? Ela pensou. Ele estava quieto demais, ou talvez esteja adormecido.


Notas Finais


Apoio: créditos:

Betagem por: @nebuleuse
Obrigada pela betagem!!.

Capa pela: @Kind-hearted

Trailer pela: @Annabelia

Trailer da fanfic: https://youtu.be/aFg_V5vGGxQ


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