Aurora POV's/on
— Aurora, eu preciso de você. – Ela ignora completamente meu pedido de desculpas. Balanço a cabeça em confirmação. Olho para Eriki e o mesmo não desviava seu olhar de Aninha.
— Tchau, Eriki. – Aceno com a mão e Aninha segura minha outra mão, me puxando. O mesmo acena com a mão, em forma de tchau. — O que precisa de mim? – Pergunto quando paro ao seu lado e Aninha tira sua mão da minha.
— Quero que você me ajude a fazer a comida de hoje e mais tarde chegarão os novos escravos. – Enrugo a testa, surpresa. Eu não sabia que tinham comprado novos escravos.
— Quem os comprou? – Pergunto, confusa nessa relação.
— Senhora Pattie. – Assenti.
— Eles vão permanecer aqui nas hortas do casarão? Ou vão dividi-los e dar à eles outro dever? – Aninha olha para mim.
— Não se sabe ainda, quem vai decidir isso vai ser o senhor Jeremy e até agora ele não deu as ordens. – Entramos dentro da cozinha.
— Quem mandou dar o recado? – Pergunta indo até a pia.
— Segurança do senhor Jeremy. – Assenti.
Justin Bieber POV'S/ on
— Isso será por sua conta. – Olho para ele, indignado.
— Eu não posso fazer isso! Eu não tenho nem planos para encaixar eles. – Falo. — Deveria ter me avisado isso antes. – Meu pai volta a olhar para o piano.
— É só você pensar o que quer que os seus escravos façam e eles farão. – Ele diz simples e calmo.
— Se você me dissesse isso antes, eu pensaria melhor. – Meu pai ergue o olhar, calmo. — Pai, não precisamos de escravos, o que temos já são o suficiente. – Meu pai solta uma risada e nega com a cabeça.
— O que temos são poucos, você pensa que são muitos, mas eles mal sabem saciar o nossos desejos de ordem. – Meu pai toca a primeira nota do piano, fazendo o som ecoar em todo o cômodo. — Uma família real, meu filho, tem que ser bem servida onde quer que seja, e é isso que eles tem que fazer, essas são obrigações deles. Se acostume Justin, pois essa é a sua vida. – Nego com a cabeça e meu pai continuava a olhar o piano, então, saio dali.
Naquele exato momento, achei que minha cabeça iria e explodir de nervoso. Sim, estou irritado. Meu pai quer que eu faça as coisas em cima da hora e ele sabe que eu não gosto atrasar nada. Passo pelo palácio e vejo um dos seguranças parado.
— Quando os novos escravos chegarem, mandem me avisar. – Ele assente.
— Sim, Alteza. – Balanço minha cabeça levemente e logo em seguida saio dali, indo para o escritório.
Fecho a porta e logo em seguida solto um suspiro longo, tentando manter a calma da situação. Vou até a mesa e sento-me na poltrona. Precisava pensar, seria um boa forma de analisar as coisas porque não posso sair escolhendo já de cara onde esses escravos vão ficar. Ouço batidas na porta e eu murmurou um “entre”, mantendo meu olhar sobre a mesa, pensando.
— Com licença, Alteza. – Ergo meu olhar imediatamente, encontrando com o de Aurora. Era impossível esquecer sua voz. — O almoço está pronto. – Assenti, me levantando. Aurora abre a porta para eu passar, mas eu seguro na maçaneta, esticando minha mão para frente, para que ela passasse primeiro e assim ela faz. Começamos a andar em silêncio, Aurora manteve sua cabeça baixa enquanto andava.
— Meu pai lhe contou sobre a chegada de novos escravos? – Aurora ergue a cabeça e olha para mim.
— Sim, o seu segurança veio nos informar. – Ela fala. — Mas a Alteza sabe que hora eles vão chegar? – Nego. Eu não tinha a mínima ideia que horas eles iriam chegar.
— Isso meu pai não me falou também. – Olho por cima do ombro de Aurora, notando um segurança olhando para gente e eu sabia muito bem o que ele estava pensando. Vou a olhar para Aurora.
— Já sabe o que eles vão fazer? – Olho pra frente e entorto os meus lábios minimamente.
— Estou pensando em deixar uma boa quantia nas colheitas e a outra quantia não sei. – Aurora assente. Entramos dentro da sala de jantar e eu logo fui para o meu lugar, então, ela veio me servir.
— Você poderia colocá-los na horta. – Ela murmura e olha para mim.
— Estava pensando em colocar nos campos, onde ficam os gados. – Aurora volta a olhar o que ela estava fazendo e, em seguida, ela olha para mim.
— Seria também uma boa opção. – Ela olha de canto para outro lado e eu acompanho, observando meu pai entrar dentro do cômodo. — Com licença, Alteza. – Ela pede em um sussurro.
— Boa tarde, meu filho. – Meu deseja, sentando na cadeira.
— Boa tarde, pai. – Aurora começa a servir o mesmo.
— Vejo que está zangado comigo ainda por causa do acontecido. – Nego.
— Por incrível que pareça, não, não estou zangado com você. – Meu pai assente, olhando seu prato.
— Que bom. – Ele pega seu garfo e faca e começa a comer, eu faço o mesmo. — Já sabe o que vai fazer com os novos escravos? – Meu pai bebe um gole de seu vinho e eu confirmo.
— Dividirei em três grupos e deixarei um na colheita, um na gado e o outro na horta. – Olho discretamente para Aurora e a vejo olhar para mim e logo em seguida abaixar o olhar. Volto olhar para o meu pai e vejo ele erguer a sobrancelha, mas ele assente e volta a comer, logo eu faço o mesmo.
Depois da nossa refeição, resolvi tocar um pouco de piano, já estava sentindo falta de tocar um pouco já que a última vez que toquei estava na casa de Íris. Íris não gostava muito que eu tocasse piano já que ela nunca gostou de ouvir as melodias, ela diz que dá sono. Mas para mim é totalmente ao contrário, eles me dão paz e calma. Olhava atentamente a forma que meus dedos deslizavam nas teclas do piano e como som saía de cada uma delas… era uma sensação boa.
— Precisamos conversar. – Paro de tocar e olho para porta, observando o meu pai entrar.
— Diga. – Falo assim que meu pai para de frente para o piano a para mim.
— Desde quando você anda conversando com aquela criada? – Olho para o meu pai totalmente confuso.
— Do que você está falando?
— Eu vi o olhar que você lançou para ela na sala de jantar. – Aurora. Esse foi o único nome que veio em minha mente.
— Eu lancei um olhar para ela, isso não significa que eu esteja conversando com ela. – Ouço meu pai suspirar.
— Não minta para mim, Justin! – Meu pai fala. — Escute bem, eu não criei meu filho para conversar com criadas e nem criados! – Tento manter o controle da situação.
— Foi aquele segurança que te contou, não foi?
— Mesmo se não fosse Justin, eu iria descobrir. Você é meu filho e um príncipe que logo começará a dominar tudo isso, você não pode ficar criando amizade com criados! – Vejo meu pai manter a calma, mas eu sei que no fundo ele está se explodindo de irritação. — Você está avisado, Justin. – Ele fala entre dentes e quando ele termina de dizer suas últimas palavras, ele sai da sala.
Respiro lentamente, não querendo explodir de irritação. Que mal tinha? Que mal tinha de eu conversa com ela? Só porque ela era uma criada? Era menos classe que eu? Saio daquele cômodo, indo direto pro único lugar que eu tinha que ir: para o meu quarto.
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