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História The loves of my life - Tensão


Escrita por: Lilly-chibi

Notas do Autor


Esse capítulo vai deixar muita gente doida kkk
Espero que gostem.
Boa leitura!

Capítulo 25 - Tensão


 

De todas as dores que eu senti nos meus quase trinta anos, aquela superava todas.

A dor de saber que meu filho, o qual eu havia tido poucos momentos, havia sido sequestrado me deixava muito agoniado.

Quando a moça havia dito que o único bebê que tinha ali havia sido levado, ChanYeol começou a explicar a ela que nós éramos os pais do bebê. Pediu que ela verificasse tudo novamente caso tivesse algum engano.

Ela o fez, e não encontrou nenhum engano.

ChanYeol começou a ficar mais desesperado e pediu a presença da doutora Oh ali, para que ela explicasse o que estava havendo.

E, para nossa surpresa, a doutora havia viajado naquela madrugada e deixou um amigo cuidando do consultório.

As coisas começaram a se encaixar na minha mente.

Aquela viagem repentina, logo no dia em que eu filho some...

Eu não podia acreditar...

A doutora havia sequestrado o meu filho?!

Enquanto via ChanYeol gritar com a pobre moça, comecei me sentir tonto e, depois de alguns segundos, acabei desmaiando.

 

Eu acordei quando já era noite. Não quis levantar e continuei olhando para o teto.

Eu não sabia o que fazer.

Meu filho havia sido sequestrado... Aquilo era tão injusto!

Meus olhos começaram a arder e eu coloquei um braço por cima dos olhos. Não queria chorar, mas a cada segundo que se passava, aquilo ficava cada vez mais difícil.

Senti minha mão esquerda ser tocada e tirei o braço da frente dos olhos, visualizando ChanYeol ao meu lado.

E ela estava mal. Não, ele estava péssimo.

Os olhos estavam inchados e os rastros de lágrimas recentes ainda estavam no seu rosto. Ele olhou para mim e vi tanta dor naquele olhar que foi impossível segurar o choro.

Me sentei na maca em que eu estava e o abracei. Choramos enquanto apertávamos um ao outro.

Tudo que eu mais queria naquele momento era que eu acordasse e tudo aquilo não passasse de um pesadelo mas, para a minha infelicidade, tudo era muito real.

ChanYeol e eu só nos separamos quando ouvimos leves batidas na porta.

Um rapaz que não devia ter mais que trinta anos entrou no quarto. Sua expressão demonstrava compaixão, mas mesmo assim ele sorria minimamente.

Ele estava vestindo um jaleco e eu deduzi que aquele era o tal amigo que estava substituindo a doutora Oh.

-Boa noite, eu me chamo Kim JongDae. -Ele se curvou rapidamente. -É um prazer conhecê-los.

ChanYeol se afastou e nos secamos nossas lágrimas.

-Espero que esteja aqui para trazer notícias do meu filho. -Disse rudemente.

ChanYeol apertou a minha mão, pedindo silenciosamente que eu me acalmasse. O problema é que eu não ficaria calmo tão cedo.

-E-eu... Eu, infelizmente, não tenho notícias do seu filho. Mas podem ficar despreocupados que já acionamos a polícia e faremos tudo para que seu filho volte para casa com segurança.

Eu o encarei.

Ele não parecia ser uma pessoa ruim, e também parecia estar sendo sincero. Mas eu também confiei na doutora Oh e olha só...

-O que o senhor sabe sobre esse suposto sumiço da doutora Oh? -Perguntei e o vi abrir os olhos, surpreso com a minha pergunta.

-Bem... -Ele coçou a cabeça. -Eu não estava na cidade quando ela me ligou dizendo que precisava de ajuda urgentemente. Quando eu cheguei na clínica, ela nem estava mais.

-E ela, por acaso, te contou a minha história?

-Sim, senhor. E eu posso afirmar que sou o único que sabe e não revelarei nada.

Eu desci da maca, soltei a mão de ChanYeol e me aproximei até ficar cara a cara com o doutor.

-O senhor não acha um pouco suspeito ela ter sumido logo depois do meu filho nascer?! -Ele ficou surpreso mais uma vez com a minha pergunta.

-Está dizendo que a doutora Oh sequestrou o seu filho?

Dei de ombros e continuei o encarando.

O quarto ficou em completo silêncio depois daquilo. Esperei que ele respondesse algo, mas quando ele abriu a boca, um aparelho que estava no seu cinto começou a apitar.

-Preciso ir.

Antes que eu pudesse protestar, ele havia saído do quarto.

E toda a pose que eu estava sustentando até aquele momento desabou. Voltei a me sentar na maca e coloquei as mãos no rosto.

O que eu estava pensando?! E se ele estiver ajudando a doutora em tudo isso?! Ele pode estar ligando para ela nesse momento e revelar minhas suspeitas, o que vai fazer com que ela dê um jeito de sumir no mundo sem deixar um rastro.

-Você acha mesmo... -ChanYeol começou, sua voz soando rouca devido ao choro recente. -Que a doutora levou o nosso bebê?

Olhei para ele e assenti.

-É a pessoa mais possível, ChanYeol. -Lamentei. -Ela ter me ajudado assim, de boa vontade, me deixou desconfiado no começo. Achei que ela estava fazendo aquilo por amor ao trabalho, por isso deixei passar, mas agora...

Ele me abraçou mais uma vez.

-Nós vamos achar o nosso filho, Baek.

Eu retribui o abraço e segurei a vontade de chorar.

Por que tudo tinha que acontecer assim?!

 

 

---x---

 

 

Quando a polícia chegou no consultório, um dos policiais pediu que seguíssemos para a delegacia para dar depoimento.

Outros policiais ficariam ali para coletar informações e pegar as fitas de segurança.

Já estava anoitecendo e eu estava ficando cada vez mais tenso e preocupado. Será que tudo estava bem com JiSung?!

Quando chegamos a delegacia, fomos levados para uma sala que só tinha uma mesa abarrotada de papéis, uma cadeira acolchoada e outras duas de plástico. Havia uma porta do lado direito da sala mas, como estava fechada, não pude saber o que era.

-Fiquem aqui, o chefe do departamento virá logo.

Um policial disse e logo saiu, nos deixando sozinhos.

ChanYeol e eu nos sentamos nas cadeiras de plástico e, como não tínhamos o que fazer, só nos restou esperar.

Depois de exatos cinco minutos de puro silêncio, a porta foi aberta e ChanYeol e eu nos levantamos.

-Por favor, sentem-se.

O rapaz estava com um uniforme azul e diferente dos outros policiais. Seu cabelo escuro também tinha um corte diferente dos outros, talvez fosse algum agrado por ele ser o chefe.

Ele parecia ser muito novo para um chefe de polícia.

-Me chamo Do KyungSoo. -Ele se curvou antes de se sentar a nossa frente. -Acabei de saber sobre o caso de vocês. Não se preocupem que o seu filho estará com vocês o mais rápido possível.

Eu sentia que o KyungSoo parecia estar abalado, mas não sabia ao certo com o quê. O vi mexendo em alguns papéis e depois colocou um óculos de grau, voltando a olhar para nós.

-Agora, me digam com detalhes o que exatamente aconteceu.

 

ChanYeol contou a maior parte da história, ocultando o fato de que eu havia gerado a criança.

E quando KyungSoo perguntou qual seria o motivo para desconfiarmos da doutora, simplesmente respondemos que ela poderia estar envolvida com tráfico de bebês.

Eu tinha cem por cento de certeza que a doutora Oh estava envolvida no sequestro do meu filho. Eu não acreditava mais que as pessoas ajudavam as outras por amor, só por interesse e foi isso que me fez suspeitar dela.

Mas, mesmo KyungSoo autorizando viaturas a fazerem rondas pela cidade procurando alguma pista, acabamos ficando sem nada.

Fomos orientados a ir para casa e descansar, mas descansar seria um pouco difícil não só para mim, mas para ChanYeol também.

Ele parou o carro em frente a nossa casa e desligou o motor. Nenhum de nós ousou se mover ou dizer algumas coisa, estávamos abalados demais para fazer algo naquele momento.

-Eu fui um idiota. -Falei, suspirando e senti o olhar de ChanYeol sobre mim.

-Não faça isso...

Ele pegou em minha mão e eu apertei a sua.

-Eu deveria ter desconfiado. Quem deixaria uma coisa dessas passar?! E ela pode provar que o JiSung é filho de um homem, ela tem tudo pra provar isso... E se ela vender o meu bebê, ChanYeol?!

Eu o encarei com os olhos marejados. Só de pensar na possibilidade de não ter o meu filho em meus braços novamente me partia o coração...

-Isso não vai acontecer. -Ele levou a mão livre para o meu rosto, secando algumas lágrimas. -Vão encontrar o JiSung e a doutora vai pagar por ter feito isso conosco.

Eu assenti. Queria que somente aquelas palavras me tranquilizassem, mas teria que ter o meu filho de volta para tudo voltar ao normal.

E eu faria de tudo para tê-lo.

 

 

 

---x---

 

 

Eu estava tão cansando que, assim que deitei na cama, acabei caindo sono.

Mas não tive o prazer de ter uma noite tranquila.

Vários pesadelos me atormentaram e eu não acordei nenhuma vez, apenas sofri com aquela imagens horríveis na minha cabeça.

ChanYeol me acordou às 13h e fomos direto para a delegacia, sem comer nada.

Eu havia apenas pegado uma foto de JiSung, a primeira por sinal. Talvez aquilo pudesse ajudar a acharem ele.

Quando chegamos ao local, reparei que tudo estava tranquilo, assim como ontem. ChanYeol avisou ao recepcionista que queríamos falar com o chefe de polícia.

-Vocês terão que esperar. Ele saiu agora a pouco.

Suspirei e, junto a ChanYeol, caminhei até algumas cadeiras que tinhas ali.

Eu olhei para a foto que estava em minhas mãos. Ela havia sido revelada a pouco tempo, no mesmo dia que foi tirada para ser mais exato.

ChanYeol segurava JiSung nos braços enquanto eu os observava com um olhar admirado. Aquela havia sido uma foto perfeita.

Só de lembrar que a doutora Oh que havia tirado aquela foto me dava raiva.

Será que ela estava planejando aquilo faz tempo?!

-Tudo bem?

Deixei de olhar para a foto e encarei ChanYeol. Lhe dei um pequeno sorriso e assenti.

Não queria dizer a ele que não estava nada bem, ele já parecia preocupado demais com tudo que estava acontecendo.

Ele sorriu também e me abraçou pelo ombro. Me encostei nele e estava até cogitando tirar um cochilo quando fui surpreendido com o toque estridente do telefone da recepção.

O rapaz que estava ali atendeu o telefone com uma terrível cara de tédio, mas seus olhos se arregalaram e ele olhou para nós.

Ele desligou o telefone e foi direto para o computador, digitou algumas coisas e voltou novamente para o telefone. Não consegui ouvir o que ele estava falando mas parecia ser urgente.

Assim que o telefone foi desligado, ele respirou fundo e saiu de onde estava, vindo até nós.

Dei uma leve cutucada no ombro de ChanYeol e ele olhou para a direção do rapaz que se aproximava.

-O chefe acabou de ligar. -Ele disse. -Parecia que encontraram o carro da doutora em um terreno baldio na saída da cidade.

Minha respiração ficou presa na garganta.

ChanYeol se pôs de pé e agarrou o policial a nosso frente pelos ombros. Vi pelo canto do olho os outros policiais que estavam ali, olharem para a cena atentamente.

-E o que mais ele disse?! Encontraram a doutora? E o meu filho?

ChanYeol estava desesperado, e o rapaz que ele segurava parecia assustado.

-E-ela só disse isso. Pediu para eu comunicar mais duas viaturas para seguir para o local onde ele e o parceiro estavam.

Minhas pernas estavam tremendo. Eu não podia deixar de pensar em vários fins para aquela tensão toda.

Tudo poderia acabar bem. A doutora poderia ser pega e eu teria meu filho de volta. Ou então...

Eu não queria pensar na parte triste, mas aquela falta de informações estava deixando a minha cabeça maluca.

ChanYeol soltou o rapaz e o mesmo voltou rapidamente para o balcão da recepção. ChanYeol se sentou novamente ao meu lado e passou as mãos nos cabelos.

Eu respirei fundo, sentindo meu peito apertando em expectativa.

Tomara, tomara mesmo que encontrem do meu bebê são é salvo. O meu maior medo é que algo de ruim aconteça com ele e aquilo era o que eu menos queria.

Não via a hora de pegá-lo nos braços novamente, seguro, onde tinha que estar.

ChanYeol segurou minha mão e eu o encarei. Não precisávamos dizer nada, tínhamos apenas que nos manter fortes agora e esperar que tudo dê certo.

 

 

 

---x---

 

 

Sete horas da noite e nada. Nenhuma notícia do meu filho ou da doutora.

ChanYeol e eu estávamos começando a ficar ainda mais desesperados.

Eu prometi que só sairia dali quando soubesse de alguma coisa, mas como eu não havia comido nada, comecei a passar mal e fui obrigado a ir até uma lanchonete para matar a minha fome. Mas assim que acabei, corri para a delegacia e fiquei plantado lá novamente enquanto ChanYeol ia comer.

Haviam se passado apenas dois dias do sequestro do nosso filho e parecia que nós tínhamos envelhecido cinquenta anos.

Eu mesmo estava horrível. Meu corpo doía, minha cabeça parecia que ia explodir e fora o meu estado mental que não devia estar nada bom.

Mas, no momento, a única coisa que me interessava era o bem do meu filho.

Os minutos se passavam lentamente e eu, de tão cansado, estava começando a cochilar ali mesmo nas cadeiras. Só abri os olhos quando ChanYeol me chamou, avisando que estava de volta, mas bastou ele se sentar ao meu lado para eu cochilar mais uma vez.

Era até um soninho bom, mas fui surpreendido quando ChanYeol se levantou de vez e me assustou.

Olhei em volta para ver o que estava acontecendo e vi o chefe da polícia, KyungSoo, entrando ao lado de uma pessoa.

Kim JongDae, o médico auxiliar da doutora Oh.

 

 

 

---x---

 

 

Quando eu vi o doutor Kim ser conduzido até a sala do chefe de polícia, imediatamente comecei a pensar no que tinha acontecido.

Teria sido ele o responsável pelo sequestro do meu filho?! Ou ele estava ajudando a encobrir os rastros da doutora Oh?!

Só sei que quase tive um colapso naquele momento. O que me tranquilizou foi ver KyungSoo caminhando até nós e pedindo que o seguíssemos.

Na sala havíamos ficado apenas ChanYeol, eu e o doutor Kim. KyungSoo havia dito que iria precisar de apoio e teve que chamar um dos seus colegas, por isso nos deixou sozinhos.

Eu queria perguntar ao doutor Kim o que ele fazia ali, mas foram ordens de KyungSoo. Não poderíamos falar sem a sua presença.

A mão de ChanYeol apertava a minha e eu estava começando a ficar sem paciência. Quando eu pensei em me levantar, a porta da sala se abriu e KyungSoo entrou, seguido de outro rapaz.

O rapaz era um pouco mais alto que KyungSoo e tinha um tom de pele mais moreno, o que dava certa beleza a ele. Mas o que me chamou a atenção foi um aparelho que ele trazia em suas mãos. Se eu me lembro bem, aquele aparelho era um reprodutor de áudio, e dos bem antigos.

-Coloquei aqui, Kai. -KyungSoo disse para o rapaz e o mesmo obedeceu imediatamente, tratando rapidamente de organizar tudo. -Bem, antes de tudo eu queria me desculpar com vocês.

Apertei a mão de ChanYeol na minha.

-P-por que? -ChanYeol perguntou com a voz falha.

KyungSoo respirou fundo e encarou a mesa a sua frente.

-Nós não encontramos nenhum rastro do seu bebê... Eu sinto muito.

Eu quis chorar naquele momento, mais do que em qualquer outro.

Cobri o rosto com uma mão e respirei fundo, me controlando.

-Mas tem alguma notícia da doutora? -Perguntei olhando para ele.

KyungSoo ergueu a cabeça e confirmou. Ele olhou para o rapaz que estava ao seu lado e o mesmo retribuiu o olhar, como se os dois estivessem com medo de contar o que descobriram.

Eu já estava no meu limite. Se eles demorassem mais um pouco para falar, eu iria começar a xingar cada um deles.

KyungSoo se endireitou na cadeira, passou a mão pelo cabelo e finalmente me olhou nos olhos.

-Nós encontramos a doutora Oh...

Fechei meus olhos, me sentindo aliviado.

-Então, ela já falou algo sobre o nosso filho? -ChanYeol perguntou. Ele também parecia ter adquirido um pouco mais de vida.

KyungSoo olhou mais uma vez para o tal Kai e ele suspirou. Dessa vez que falou foi o rapaz... E eu não queria ter escutado aquilo.

-A doutora Oh está morta.

 

 

 

---x---

 

 

 

 


Notas Finais


O que acharam?!
Comentem e até a próxima!


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