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História The Man I Love - Sterek - Algo Errado


Escrita por: CovenCult

Notas do Autor


Mais um capítulo para vocês! Espero que gostem ♡ Favoritem por favor!

Capítulo 20 - Algo Errado


Só notei que estava na porta do apartamento de Derek quando toquei a campainha. Meu corpo sentiu a necessidade de visita-lo depois que conversei com Parrish e entendi que ele não tem culpa no que aconteceu. Acho que “entendi” não é bem a palavra certa. Eu acreditei em Parrish. Acreditei nele do mesmo jeito que acreditei em Lydia.
            Mesmo que mais pessoas possam estar me observando agora, como Derek disse que existiriam, deixei isso de lado para que eu pudesse conversar sobre isso com ele. Quero que ele saiba que desconfiei de pessoas erradas que talvez poderíamos achar as pessoas certas juntos.
            Ele está claramente surpreso ao me responder pelo interfone e enquanto espero ele descer para que a porta seja aberta, reparo nos carros da rua, procurando alguma janela de carro ser aberta para que algum atirador possa colocar uma bala em minha cabeça. Eu sei que os caçadores de lobisomens usam todos os tipos de coisa para matar, mas acredito que uma simples arma poderia acabar com o cara que se envolveu com uma das criaturas que eles odeiam.
            A porta é aberta e vejo Derek. Ele veste a calça azul escura de um pijama e nenhuma camiseta. Meu corpo se arrepia ao ver o seu exposto desse jeito. Achei que não conseguiria parar de olhá-lo até que ele me pedisse para entrar. Quando estamos no pequeno hall ele segura minha cintura com uma mão e deixa a outra em minhas costas. O abraço que me dá é tão espontâneo que meu rosto fica contra seu peitoral exposto em segundos. Ele me aperta, me fazendo sentir seu maravilhoso cheiro e suspiro antes que ele comece a falar.

            - Ainda bem que veio até aqui. Preciso mesmo falar com você...

            Seu abraço se torna mais um pouco apertado e acabo não resistindo. O abraço também e sinto suas costas quentes em minhas mãos. Ficamos assim por alguns segundos até que ele me solte devagar e me leve até seu apartamento.
            Me sento no sofá enquanto ele veste uma camiseta. Vejo sua cama bagunçada pela porta do quarto enquanto a TV da sala deixa que o som da abertura de um jornal se espalhe pelo cômodo. Derek vem até meu lado e segura minhas mãos assim que se senta. Ele está sério e seus olhos estão presos em minha boca.

            - Eu estava enganado. Não foi Parrish quem contou sobre você para Chris Argent. Conversei com ele agora há pouco.

            - E confia nele?

            - Meu pai confiava, Derek. Ele não gosta de você, claro, mas acredito que ele não fez isso conosco. Chris e os outros caçadores souberam de outro jeito.

            - Não sei se isso já passou por sua cabeça, Stiles, mas... Eu estava pensando se Allison não poderia...

            - O que?

            Minha voz sai mais alta do que eu esperava. Imediatamente ele levanta uma mão e se aproxima mais de mim no sofá. Ele não quer que outra briga aconteça em seu apartamento, mas eu também não quero iniciar uma. Apenas fiquei surpreso com o que ele disse.

            - Olhe – Ele começa voltando a segurar minhas mãos. – É uma possibilidade, amor... Stiles. – Ele respira fundo ao notar o que falou. Meu coração nem mesmo acelera, na verdade, uma pequena rachadura apareceu nele. – Ela sabia sobre mim. Talvez viu como estava sofrendo comigo e preferiu pedir ajuda a seu pai para que você ficasse seguro. Ela pode preferir você sozinho e feliz do que infeliz comigo.

            - Ela não faria isso, Derek. Ela não faz ideia que seu pai é um caçador de lobisomens ou já teria me contado isso. Contamos tudo um para o outro.

            - Ela, assim como outros, pode achar que você sem mim tem chances de ser feliz, Stiles... Talvez também ache que tenho ligação com a morte de seu pai.

            - Mas você não tem!

            Isso sai como um grito, mas não tão alto. Estou cansado desse tipo de pensamento em que Derek teria alguma ligação com a morte de meu pai. Não foi ele o culpado, de jeito nenhum

            - Allison é minha amiga e nunca faria isso comigo. Com nós. Ela sabia o quanto eu te amava. E não causaria tanta tristeza para me ver recomeçar com uma filha em uma cidade nova.

            - Certo, me desculpe... Eu só... estou tentando achar uma solução para nosso problema. Você quer isso, não é?

            - Claro que quero. Quero que tudo fique bem. Só preciso saber de toda a verdade e tentar resolver tudo isso. Agora estou apenas com duas coisas em minha cabeça.

            - E quais são?

            As vozes na televisão soam em segundo plano em minha cabeça. Consigo escutar por alguns segundos apenas a minha respiração enquanto vejo o corpo de Derek marcado na camiseta. Sua barba está um pouco maior e há algo de diferente nele. Talvez seja o modo simples como o vejo agora. Com seu pijama, como quando costumava ser todas as manhãs em minha antiga casa.

            - Chris Argente descobriu tudo sozinho ou... você está mentindo. Inventou tudo isso para que voltasse para você em segundos. E o único problema de tudo era sua falta de interesse em ser pai.

            Ele nega o que digo lentamente com a cabeça. Sussurrei tudo lentamente enquanto me perdia em seu rosto. Claro que não acredito na segunda parte. Não quero acreditar na segunda parte. Prefiro aceitar que querem arrancar sua cabeça e acertarem duas flechas envenenadas em seu peito do que imaginar que ele me deixou porque quis.

            - Me deixe mostrar que não – Ele sussurra aproximando seu rosto do meu. – Me deixe mostrar que te amo e que nunca te deixaria de propósito.

            Sua testa encosta na minha e suas mãos vão até minha cintura. Em um segundo minha cabeça está no braço do sofá enquanto seu corpo está sobre o meu. Como na primeira vez em que ele me beijou, uma forte energia percorre meu corpo quando seus lábios tocam os meus. Minhas mãos acham o caminho para suas costas quando o beijo se fortalece e nossas línguas se encontram depois de tantos anos. Preciso lembrar de respirar enquanto meu coração acelera.
            Minhas mãos entram por debaixo de sua camiseta e toco sua pele quente mais uma vez. O calor que ele tem é tanto que não o tocar parece errado.
            “Eu te amo” ele sussurra quando estou de olhos fechados e nossas testas se encontram novamente. Meus sapatos já estão no chão quando ele, com um abraço, me ergue e me leva para seu quarto. Quando minhas costas atingem a cama, minha calça desliza por meu corpo e ele a joga no chão. Mais uma vez ele fica sobre mim e não consigo evitar um gemido quando seu rosto se perde em meu pescoço e recebe um beijo. Ele costumava fazer isso. Ama meu cheiro humano. E também amo o seu, que fica mais forte quando sua camiseta também está no chão.
            O tecido da calça de seu pijama é fino, então não há muita coisa que impeça sua ereção de ficar contra a minha. Ele levanta minha camiseta e mais uma peça de roupa atinge o chão. Sentir seu corpo quente contra o meu deixa que as memórias de ser jogado ao fogo todas vezes que íamos para a cama voltem de uma vez. Quando ele se levanta para tirar sua calça e cueca, faço o mesmo com a única peça de roupa que restou em mim. E depois de tantos anos estamos nus novamente no mesmo cômodo.
            Quando ele volta para a cama, faço questão de ficar por cima e sentir o calor sob mim. Minhas mãos estão em seu peito e as suas estão em minha cintura. Nossas línguas se encontram mais uma vez e aquilo parece tão certo.
            Não consigo evitar de descer devagar, beijando seu peito e sua barriga até chegar ao seu membro. Derek geme quando o coloco na boca. O sinto em minha língua enquanto minhas mãos apertam sua coxa.
            O tempo passa lentamente quando faço isso com ele e quando ele faz isso comigo. Gememos enquanto nossos corpos se arrepiam e pedem por mais. Nossos beijos são calmos e significativos. As rachaduras em meu coração se fecham, ou pelo menos é isso que sinto acontecer em meu peito.
            Quando ele está sobre mim, vejo cada detalhe do seu rosto já que a luz do Sol invade o quarto pela janela e o ilumina. Ele me olha com atenção. O sorriso em seu rosto é pequeno, mas ele parece pensar em algo para dizer.

            - Quero que tudo fique bem, Derek – sussurro.

            - E tudo ficará, amor... Confie em mim. Me ame novamente.

            Não respondo. Seu rosto se perde em meu pescoço novamente enquanto seu dedo médio e o indicador estão em mim antes dele. Ter Derek dentro de mim é dolorido, porém o prazer que acompanha toda a situação vem junto. Lentamente ele move sua cintura, entrando e saindo de mim depois de tanto tempo. Ele geme em meu pescoço enquanto minhas pernas o envolvem e minhas mãos deslizam por suas costas, sem que eu me importe com os arranhões que causarei.
            Toda a energia que começou com um beijo continua com nós até que ele chegue em seu clímax ainda dentro de mim e nos faça gemer. Nossos corpos suados sentem a necessidade de ficarem juntos agora. Não quero soltá-lo. Não quero negar que ainda amo Derek.

- - - - - - - - - -

Passado

            Precisei de um tempo para processar o que Derek me disse enquanto ele dormia em minha cama. Me sentei na cadeira giratória que fica em frente a escrivaninha para observá-lo sonhar, calmo, como se não houvesse quase chorado ao me dizer que Peter provavelmente matou sua irmã mais velha, que eu obviamente não conheci.
            Ainda tentava aceitar que ele também havia matado todas aquelas pessoas da cidade e que todas elas caçavam lobisomens. Não consegui dormir pensando em sair de meu quarto e contar toda a verdade para meu pai, mas com isso chegaria a desconfiança de Derek. Se meu pai odeia Derek agora, odiaria ainda mais se soubesse que ele é sobrinho do assassino. Ele não hesitaria em pensar que Derek também é culpado por algumas das mortes.
            Quando o sono chegou, a ideia de que pessoas que causariam o mal a criaturas que – na maioria – não eram ruins, estarem morrendo, pareceu algo “certo”. Se Peter estava protegendo sua família de quem não pensaria duas vezes antes de matá-los, não deveria ser algo tão ruim assim, não é?
            Adormeci ao lado de Derek, pensando que o único problema em tudo isso era o assassinato de sua irmã.

(...)

            Fui para a casa de Derek quando o dia chegou. Ele acordou antes de mim e ficou ao meu lado até que meus olhos se abrissem. Tomamos café em silêncio em minha cozinha. Meu pai não estava em casa e a vontade de contar a verdade voltou a cochichar em minha cabeça junto com todas as outras vozes que nunca saem de lá.
            Assim que chegamos na casa, a porta se abriu para nós. Na verdade, a porta foi aberta por Liam, para que ele saísse de lá com uma enorme mochila nas costas e um olhar raivoso.

            - Boa sorte nesse lugar – Ele disse olhando diretamente para Derek. – Espero que perceba como isso tudo é horrível e dê o fora daqui. – Quando olha para mim, seus olhos brilham amarelos por um segundo e posso escutar um rosnado baixo. A mão de Derek aperta minha cintura quando Liam volta a encará-lo. – Esse daí só trará a desgraça para sua vida.

            E sem pensar duas vezes ele começa a correr para a floresta. Peter aparece na porta e meu corpo todo se arrepia. Quero que ele não escute o meu coração ou sinta cheiro de medo, mas ele me olha antes que eu diga algo.

            - Ele partiu – Diz sério. – E os outros querem fazer o mesmo.

            - Porque? – Derek pergunta.

            Peter olha para trás e sorri, então entra na casa assim como nós e some da escada que leva até o segundo andar.

            - Cora

            Derek diz isso em um tom normal e segundos depois ela desce a escada. Está linda como sempre, mesmo com sua cara de preocupação. Ela confirma com a cabeça sem que Derek tenha dito alguma coisa. Pega um papel e um lápis em uma das várias pequenas mesas espalhadas pela sala e começa a escrever.
            Quando nos mostra o papel podemos ler “Todos sabem dos caçadores. Não querem mais morar aqui. Liam descobriu há muito tempo e por isso brigavam. Precisamos ir embora também”
            Derek pensa em dizer alguma coisa, mas ela o impede na mesma hora. Peter pode escutá-los e obviamente sabe que estão falando sobre ele.

            - Leve Stiles para a casa dele – Derek diz para Cora e ela concorda com a cabeça. Não tenho tempo de dizer algo, pois a mão dela segura a minha e ele apenas olha para mim quando já está na escada. – Vou conversar com Peter. Não vou demorar, prometo.

            Então ele sobe a escada, Cora me leva para fora da casa e uma sensação ruim chega até mim. Sinto que algo ruim acontecerá até o fim do dia.

- - - - - - - - - -

Presente

            Derek e eu tomamos banho em silêncio. Ele mantinha um pequeno sorriso em seu rosto enquanto me abraçava e eu sentia seu corpo mais quente do que a água que caía sobre nós.
            Quando nos trocamos, pensei em dizer diversas coisas que rodavam por minha cabeça, mas nada consegui. Ele me abraçou pelas costas e encostou seus lábios em minha orelha e sussurrou que me amava. A grande questão era “Por que não consigo dizer o mesmo? ”. Eu sei o que sinto, então como não consigo colocar isso para fora?
            Ele disse que queria ir até minha casa e depois de aceitar o risco que corríamos concordei que ele poderia fazer isso. Ele quer se envolver mais com sua filha e não há problema nisso. Ele não se afastou porque quis, ele está sendo ameaçado. Só não sei quem começou com tudo isso.
            Ele seguiu meu carro até minha casa. Eu não pude colocar o meu na garagem, pois o carro de Scott estava lá, então deixei o meu ao lado da calçada. A rua toda estava cheia de carros. A vizinha do outro lado da rua estava dando alguma festa, consegui até mesmo escutar a música alta que tocava lá. Seus convidados devem ser os culpados pela falta de vagas para que Derek estacionasse perto de minha casa. Ele teve que ir até o fim da rua, onde deixou seu carro.
            Uma fraca garoa começou e fui até a porta de minha casa, não esperaria Derek na chuva. Escuto uma conversa do lado de dentro de minha casa. Uma voz é a de Scott, mas a outra...
            Quando abro a porta, vejo Jackson conversando animado com meu amigo. Não tive tempo de conversar sobre Jackson com Derek enquanto transávamos, e obviamente não faríamos isso. Mas daqui a poucos segundos ele estaria na porta de minha casa e o veria aqui novamente!

            - Olá, vizinho! – Jackson diz animado. – Quero mesmo conversar com você.

            - Vou até a cozinha, Luna está mexendo a massa de biscoito.

            Toda a farinha de trigo na camiseta de Scott mostrava que os dois estavam mesmo aprontando na cozinha. Ele sai do cômodo e Jackson segura minhas mãos. Derek aparecerá a qualquer segundo em meu jardim. A porta aberta atrás de mim deixa que o som da chuva, que fica mais forte, entre alto. Imagino se a festa de minha vizinha foi arruinada.

            - Olhe, sei que nosso encontro não foi algo bom para você. E gostaria de repetir isso hoje. Pode ser em minha casa, eu só quero ficar mais tempo com você, Stiles.

            Jackson fala isso como se buscasse por ar. Suas mãos apertam mais as minhas.

            - Jackson, agora não é uma bora hora.

            - Talvez pense que me importo se você já tem uma filha, mas não! Estou apaixonado por você e quero saber se sente o mesmo por mim. Claro que já dormimos juntos e foi ótimo, mas... o que quero dizer é: quero uma chance.

            Seus lábios encontram os meus, tornando Jackson o segundo homem a me beijar hoje. Suas mãos seguram meu rosto e as minhas vão até seu peito, onde tento afastá-lo sem muita força.

            - O que é isso?

            E Derek aparece justamente na hora errada. Não, Jackson apareceu na hora errada. Ele não poderia ter ficado quieto em sua casa e aberto seu coração em um outro dia?
            Acredito que ele se arrependeu de ter feito isso no segundo em que o punho de Derek atingiu seu rosto. O som esquisito fez meu queixo cair e imediatamente entrar no meio dos dois quando o punho de Derek era erguido mais uma vez para o segundo soco.

            - Não! – Grito. – Vá para a cozinha.

            - Eu achei que...

            - Você não achou nada! – Digo para Derek. Ele terá que entender o que está acontecendo. – Vá para a cozinha e me espere lá. Luna! Seu pai está aqui!

            É o que grito para a cozinha e escuto um gritinho vindo de lá. Derek pensa em dizer mais alguma coisa, mas seguro a mão de Jackson que está chocado enquanto o encara e começo a sair pela porta, recebendo a chuva daquele sábado. Claro que algo tinha que dar errado.


Notas Finais


Gostaram? Me digam o que estão achando ♡
Faltam quatro ou cinco capítulos para o fim da história então espero que estejam gostando!! Me desculpem por erros que passaram despercebidos!
Um beijão e até o próximo capítulo ♡


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