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História The Man I Love - Sterek - Culpa


Escrita por: CovenCult

Notas do Autor


Espero que gostem! :D Me desculpem por erros que passaram despercebidos.

Capítulo 22 - Culpa


Há duas semanas, ou quase isso, estamos recebemos a visita de Derek em nossa casa. Luna nunca se cansa dos abraços e de presentes que ele traz. Eu disse que ela não precisa de mais coisas que ocupem do chão do seu quarto na hora de dormir e eu tenha que arrumar na manhã seguinte.
            Ele dormiu em minha casa, não posso mentir para mim mesmo que na primeira noite em que ele estava aqui senti uma grande vontade de chama-lo para ficar, mas fiz isso apenas na segunda. Durante duas noites ele dormiu no quarto das visitas e me perguntou porque não poderia dormir comigo. Eu simplesmente não soube o que responder.
            Acho que ficar sem respostas não foi algo que estabeleceu um limite para ele, já que entrou em meu quarto minutos depois que dissemos “Boa noite” em uma das noites e deitou ao meu lado. “Melhor aqui?” Perguntei. Consegui minha resposta quando ele me abraçou e deixou meu corpo contra o seu. Isso parece outra vida com Derek. Mesmo com tudo o que aconteceu, agora parece um novo começo.
            Além de tranças, ele também é ótimo em fazer café da manhã para nós. Mais uma alegria em tê-lo em casa pela manhã. O alívio que sinto ao olhar para o lado quando acordo e ver o homem que sempre amei por ali é tanto que sinto a necessidade de me juntar a ele e não deixar que algo de ruim aconteça novamente com nós.
            Mas claro que ainda tememos o que não conhecemos. Bom, conhecemos o inimigo antigo: Chris Argent. E para me deixar ainda mais ansioso, jantaremos com ele na casa de Allison em alguns dias. Enfrentaremos o problema de uma vez por todas e juntos. Allison sabe que Derek está de volta em minha vida. E apesar de toda a raiva que sentiu comigo quando tudo aconteceu, pareceu bem feliz ao vê-lo em minha casa. Pareceu feliz em me ver feliz.
            Sinto que tudo dará certo. Conversaremos com Chris e resolveremos nosso problema. Não há nada que possa nos assustar agora.

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Passado

            Derek chorou comigo. Não sei porque senti a necessidade de bater meus punhos fechados em seu peito enquanto chorava. Talvez porque ele fosse a coisa mais resistente que havia em minha frente. Ele me abraçava no banco traseiro de seu carro enquanto Cora nos levava para a delegacia. Dizia que tudo ficaria bem, mas não consegui acreditar nisso. O buraco em meu peito só crescia. Como assim meu pai estava morto? Parrish teve que me ligar desesperado para dizer isso!
            Meu pai foi encontrado no estacionamento da delegacia depois de Parrish tê-lo esperado muito tempo em sua sala e saído para procurá-lo. Meu pai teria ido buscar algo em seu carro e quando não retornou, Parrish decidiu ir atrás dele. Não esperava encontrar meu pai com sua garganta cortada ao lado de seu carro e o pânico se instalou no lugar.
            O corpo de meu pai já não estava lá quando cheguei. Fiquei em sua sala enquanto os policiais faziam o que era necessário naquela hora. Derek não saiu de meu lado e Parrish o olhava desconfiado. Assim como meu pai ele deve saber sobre lobisomens. Meu pai nunca escondeu nada de seu colega de trabalho.
            Cora também estava comigo e tentava entrar em contato com os lobisomens adotados que foram embora da cidade. A lua cheia está próxima e sei como ela deve estar apreensiva por lobisomens que não conseguem se controlar estarem por aí, com medo e sozinhos.

            - Derek – Ela diz quando as vozes do lado de fora da sala de meu pai estão altas. – Você sabe que ele fez isso...

            - Agora não, Cora.

            - Mas...

            Derek me abraça mais forte na poltrona que dividimos e sei que isso é mais um truque seu para que a conversa que começou seja encerrada.

            - Do que estão falando? – Pergunto me levantando da poltrona e Derek tenta segurar minha mão.

            - Peter fez isso, Stiles.

            - Você não sabe disso, Cora – Derek diz tentando parecer calmo.

            - Não, eu sei muito bem disso. Você é quem está tentando fingir que não está tudo ligado. Quer proteger Stiles da verdade? Não pode fazer isso, Derek. Ele já está conosco. Já está com você. Não tem como ficar fora disso. O pai dele já morreu por causa de nós.

            - Não falem de mim como se eu não estivesse aqui! – Grito.

            O que eles dizem faz sentido, mas nem mesmo tive tempo para colocar tudo em ordem em minha cabeça. Não fazem nem mesmo duas horas que soube sobre meu pai. Como poderia já ter imaginado que Peter cortou sua garganta.

            - Por que ele faria isso? – É a única coisa que não consigo colocar em um caminho.

            - Porque você poderia contar a ele sobre a morte dos caçadores. Isso levaria todo o drama a mais caçadores.

            - Eu não contaria para meu pai!

            - Ele não liga para isso – Cora continua. – Talvez tenha achado que você é o humano de Derek que chegou para atrapalhar tudo.

            - Liam atrapalhou os planos dele com todas brigas – Derek rosna.

            - E Liam foi o primeiro a ir embora, você mesmo viu. Peter sabia que as coisas não ficariam boas para o lado dele. Resolveu acabar com o Xerife de uma vez. Ele iria começar a caça aos lobisomens. Não somente a Peter, mas também a nós. Ele não se importaria se você amasse Derek, não é, Stiles?

            Balanço a cabeça positivamente. Tudo isso faz sentido. Se Peter fugiu para outras cidades, foi apenas para despistar Derek e matar meu pai quando tivesse a chance. Meu pai realmente acabaria com a família de Derek se soubesse que Peter era o culpado das mortes pela cidade. Ele conseguiria a ajuda de qualquer tipo. Faria todos acreditarem que lobisomens existem apenas para acabar com eles.
            Mas Peter preferiu acabar com isso antes que começasse.

            - Eu sinto muito, amor... – Derek sussurra e se levanta para me abraçar.

            - Não foi sua culpa.

            E realmente não foi culpa de Derek. Peter foi o culpado do enorme buraco que cresce em meu peito. Minhas pernas estão fracas e deixo que Derek me segure. Ele não matou apenas o meu pai. Ele também é o culpado pela morte da irmã de Derek. Ele ainda não tem certeza disso, mas tem certeza de que Peter é capaz de fazer qualquer coisa para conseguir o que quer.

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Presente

            Uma grande surpresa chegou em minha casa hoje. Acho que agora posso chamar minha casa de “Nossa Casa” já que Derek se mudou para cá. Não foi A Mudança, mas boa parte de suas coisas estão aqui. Ele não vai em seu apartamento há dias e a palavra “família” começou a brilhar em minha cabeça.
            Derek não deixa sua filha ou eu em paz pela casa. Sempre faz perguntas sobre o que gostamos de fazer ou tenta nos agradar com presentes. Ele obviamente está tentando conseguir tudo o que perdeu durante seis anos.
            A surpresa em minha... nossa casa foi Cora. Ela nos visitou e eu a convidei para passar alguns dias pela casa. Ela nunca foi embora de Beacon Hills, mas também nunca entrou em contato comigo porque Derek a pediu para fazer isso. Ela disse que a saudade a corrompia e a curiosidade de ver como sua sobrinha estava era enorme, mas que acreditava que seria melhor manter a distância. Ela falava com Derek raramente e até mesmo mudou de casa duas vezes em Beacon Hills para tentar ser “mais humana”, seja lá o que isso signifique. Beacon Hills não deixou de ser o lugar favorito dos caçadores, mas ela disse que adora morar lá, é como um desafio.
            O mais engraçado da situação foi Cora não ter vindo sozinha. Liam apareceu com ela. O mesmo Liam que roubou dinheiro de Peter antes de fugir pelo mundo depois que todos já sabiam sobre a morte dos caçadores. Nunca achei que teria notícias sobre ele.
            Ele parece ter esquecido como era nossa relação antigamente. Apareceu sorridente ao lado de Cora e me abraçou como se fosse um dos outros adotados que não sentiam raiva de mim. Acho que para ele, depois de toda aquela confusão com Peter, vale a pena se aproximar.

            - Luna não é a coisa mais preciosa desse mundo? – Cora me pergunta na cozinha. Derek e Liam conversam na sala.

            - Agora também tenho você para roubar Luna de mim – Digo e sirvo o café que havia feito. – Derek nem mesmo pisca quando está perto dela. É como se não quisesse perder nada.

            - Ele disse que ela já demonstrou sinais.

            - Ah sim. Até mesmo me arranhou. Mas ainda não contamos para ela. – Olho rapidamente para a sala e vejo Luna tentando decidir que vestido de princesa deve usar. – Mas estava pensando e acho melhor apenas Derek conversar com ela. Você também pode ajudar, não é?

            - Está tentando ficar fora da conversa sobre o que ela é? – Ela pergunta com um sorriso e balanço os ombros.

            - Sou O Humano, sabe disso.

            Passamos mais alguns minutos conversando e penso em contar para ela sobre nosso plano de conversar com Chris Argent, mas tenho certeza de que Derek já falou sobre isso com ela no telefone e não quero que Liam tenha que escutar sobre mais problemas com a família.

            - O que Liam faz pela cidade? – Pergunto tomando mais um gole de café.

            - Está se mudando para cá. Acho que todos os outros também estão. Foi meio difícil encontra-los. Estavam espalhados pelo país desde o que aconteceu, mas acho que é melhor ficarmos juntos. E nosso Alfa está aqui, então...

            - Será como uma grande família novamente?

            - Sem nenhum problema, espero...

- - - - - - - - - -

Passado

            Passei dois dias chorando em meu quarto. Não quis receber meus amigos e apenas Derek entrava em minha casa. Me levava comida, mas eu sempre recusava, mesmo que minha barriga doesse de fome. Meu corpo era feito de chumbo e me movia de vez em quando na cama apenas para que não virasse parte dela. “Você precisa comer, amor” ele dizia, mas eu o ignorava.
            Eu não sabia separar a raiva da tristeza. Se Peter havia mesmo feito aquilo, Derek não havia o encontrado ainda. Então eu estava perdido em sentimentos negativos.
            Cora cuidou do enterro de meu pai. Observei toda a cerimônia de longe. A notícia chegou aos jornais e muita gente estava lá, tentaram falar comigo, mas os únicos com que realmente conversei foram meus amigos e seus pais. Eu observava o enterro de longe, mas também parecia me observar de longe. Como um fantasma.
            Retornei ao cemitério mais tarde naquele dia e o que encontrei apenas aumentou minha dor. Parrish estava lá, mas não foi ele o motivo. Existiam tantas flores por lá. Coloridas e tão cheias de vida, coisas que não combinavam com aquele lugar. Eram tantas flores que existia uma mistura de cheiros por ali. Parrish também parecia incomodado com aquilo.

            - Continuarão chegando por um bom tempo – Disse calmo. – Muita gente o adorava.

            - Nunca gostei muito de flores. Acho que agora as odeio.

            - Não diga isso. Significam algo bom para...

            - A morte de meu pai não significa algo bom em qualquer sentido.

            - Não foi o que eu disse.

            E sei que não, mas não queria me explicar para ele. Ele me abraça com calma. Vejo que seus olhos brilham por causa das lágrimas antes que meu rosto se perca em seu pescoço. Pedi a Derek para que ficasse em casa e me deixasse ir sozinho, mas não acredito que ele fez isso, acho que está me observando de longe. Se está, espero que entenda que isso não passa de um abraço dado por outra pessoa que se importava com meu pai.

            - Foram eles, não foram? – Ele pergunta. – Os lobisomens.

            - Não – Isso sai mais rápido do que eu pretendia. – Eles não...

            Parrish me afasta. Suas mãos apertam meus ombros e acho que nunca olharam tão fundo nos meus olhos como ele faz agora.

            - Isso dói

            - Me diga, Stiles. Podemos ajudar você. A polícia quer que o caso seja resolvido. Um dos nossos foi a vítima. Por favor...

            - Você não entenderia...

            - Se não me contar, acharei que foi seu namorado.

            - Não! Não é culpa dele!

            - Então me diga de quem é.

(...)

            Contei há uma semana para Parrish que a culpa disso era de Peter. Sim, não tenho provas disso, mas quem mais cortaria a garganta de meu pai?
            Ele está contando com a ajuda de outros policiais para procurar Peter. Pedi para que não contasse a eles sobre os lobisomens. Não quero ser o culpado do enorme segredo ter sido revelado.
            Derek se mudou para minha casa, mas Cora ainda continua na mansão dos Hale. Ela não tem medo de que Peter apareça. Na verdade, é isso o que ela quer. Há um carro de polícia na garagem de minha casa. Parrish pediu para que me vigiassem, caso o assassino queira prejudicar também a família do xerife.
            Parrish não confia que Derek está comigo apenas para me proteger e prefere que um de seus homens faça o que ele está muito ocupado para fazer.
            São quase 22:00 e estou em minha cama com Derek. Mesmo que não saia uma só palavra de sua boca, sinto que ele tenta me passar algo. Seus abraços quentes são o que encontro quando acordo e quando durmo. Não sei o que faria sem eles. A dor da morte de meu pai parece menor com Derek. Ele é como uma cura temporária. Somos apenas nós dois no meu quarto escuro. Encarar os dias lá fora são complicados, mas saber que ele está comigo me deixa “melhor”.
            A televisão está ligada. Algum filme de suspense passa e de tão preso que estava no drama da protagonista, me assusto quando o celular de Derek toca. Ele conversa com Cora por alguns segundos e seu olhar surpreso me deixa nervoso, mas ele ergue uma de suas mãos quando se senta.

            - Está tudo bem, amor. Quer dizer... quase tudo bem. Boyd voltou para a casa e está ferido. Não foi em Beacon Hills, mas conseguiu chegar até aqui e precisa de ajuda. Cora não sabe o que fazer, então...

            - Vá – Digo e lhe dou um beijo rápido. – Ficarei bem aqui. Ajude ele.

            Ele concorda e me beija mais uma vez. Quando sai pela porta de meu quarto, sinto o vazio de sempre, mas sei que ele retornará. Ele sempre volta.

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Presente

            A tarde com Cora e Liam foi agradável. Quando o Sol estava partindo, pedi a Derek para que mostrasse o quarto de visitas para Cora. Luna comemorou muito ao saber que a tia ficaria por lá. Como sempre ela se apegou a pessoas novas e sei que ficaria feliz ao encontra-la pela casa na manhã seguinte.
            Sobrou para mim a missão de levar Liam até a porta. Ele ficaria em um hotel enquanto não se mudava para sua casa. Me deu um abraço, o segundo que já trocamos em toda a minha vida, e me encarou quando abri a porta. Uma chuva forte caía, mas seu taxi já o esperava do outro lado do jardim.

            - Fico feliz pela vida que conseguiu aqui, Stiles, Derek me disse como as coisas foram difíceis para você.

            - Ele teve tempo de contar toda a história nos minutos que conversaram na sala? – Pergunto brincando e ele sorri.

            - Não, nós nos encontramos algumas vezes nos últimos anos – O sorriso continua no seu rosto e no meu. – Ele não lhe contou isso?

            - Não... ele nem mesmo falou sobre você.

            - Poxa... espero que o clima não fique estranho entre nós. Não precisa se preocupar, certo?

            Ele ri e joga as mãos para cima. O taxi buzina do lado de fora e ele abre boca para dizer mais alguma outra coisa, mas me adianto.

            - Por que o clima ficaria estranho entre nós? E com o que não preciso me preocupar?

            - Stiles... – Ele ri e continua sorrindo. Não faço o mesmo, na verdade não sei que tipo de expressão estou fazendo. – Nos encontramos algumas vezes nos últimos anos, consegue entender algumas coisas a partir disso, não é? Mas como eu disse, não precisa se preocupar, ele é todo seu agora.

            Liam não espera que eu diga mais nada. Na verdade, eu não consigo dizer mais nada. Ele dá dois fracos tapas em meu ombro antes de encarar a chuva e atravessar meu jardim para chegar em seu taxi.

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Passado

            Derek saiu há alguns minutos e decidi ir até a cozinha para tomar um copo de água. Ando até a sala de estar e vejo a viatura do colega de Parrish que me observa estacionada ali, mas não o vejo dentro.
            Deixo o copo sobre a mesa de centro e destranco a porta da sala. Derek tem a chave que era de meu pai, então a trancou quando saiu. Piso descalço na grama e isso me incomoda, sempre usei tênis ou chinelo todas vezes que andei ao redor da casa porque pisar na grama me irrita.
            Vou até o lado da viatura e confirmo que o policial não está lá dentro. Como é mesmo o nome dele? Wayne? Maine? Não me lembro.
            Ando até a lateral da casa e vejo distante, perto das árvores que formam a pequena clareira onde minha casa fica, e vejo um pequeno brilho se mover. Alguém está ali com uma lanterna. Tento chamar o primeiro nome que havia pensado.

            - Policial Wayne? Está tudo bem por aí?

            Ele está um pouco distante, mas com o pouco de luz que a lua lança sobre a clareira, consigo ver sua mão se movimentando acima da cabeça.

            - Tudo certo – Escuto distante. – Achei ter visto algo, mas está tudo...

            Dou um passo para trás assim que um corpo sai do meio das árvores e o ataca. Acho que seu pescoço foi quebrado ou algo assim. Ele despencou muito rápido no chão, não teve tempo de reagir. Quem fez isso começa a correr em minha direção. Está distante, mas sei que se não começar a me mover, acabarei como o policial.
            Preciso da arma que meu pai guarda em casa. Preciso me proteger com qualquer coisa que encontrar por lá. Peter está atrás de mim e sei que posso acabar como meu pai.


Notas Finais


Gostaram? Me digam! <3 A história está acabandooooo. Favoritem!
XOXO


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