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História The Manual - Quente, radiante, inspirador


Escrita por: ByunSun

Notas do Autor


A CONTAGEM REGRESSIVA DOS SESSENTA DIAS COMEÇOU HAUHUAHHAHUAHHAHAHUHUAHAHUHAHAHAHUAH
Olááááá, estou muito empolgada em postar esse capitulo. Sabe por quê? PORQUE A HISTÓRIA COMEÇA AGORAAAAAAAAAAA
Nem vou me prolongar, só gostaria de agradecer aos 57 favoritos! É bem mais do que imagina <3
Agora vaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaamos lá!!!!!!!!!!!!!!!!!!!1
NOS PRÓXIMOS SESSENTA DIAS, TUDO PODE ACONTECER

Capítulo 5 - Quente, radiante, inspirador


Fanfic / Fanfiction The Manual - Quente, radiante, inspirador

Dia 01

 

 Jung Wheein havia acabado de chegar de Seul a Jeonju. Por um lado sentia o enjoo lhe subir a cabeça: que maldito homem era seu pai. Ela detestava se sentir um fardo, coisa que aquele homem fazia com maestria! Antes não ter aparecido em sua vida!

 Por outro lado, também se sentia tranquila por ter visto sua amada. O comportamento atípico de YongSun preocupava a adolescente, em sua cabeça aumentava a necessidade de salvá-la do casamento. Seus amigos diziam que tudo não passava de uma alegoria criada por ela, mas estava certa do que pensava.

 Jogou sua bolsa na mesa de centro e caminhou em direção ao quarto, porém a luz acesa da cozinha lhe chamou a atenção fazendo-a mudar seu destino. Ao chegar lá, encontrou sua mãe sentada à mesa com uma caneca de café a mão. Encarava o chão como se estivesse pensando em algo, semblante preocupado. Apesar de jovem, seu rosto era castigado pelo dia a dia, trabalho exaustivo e lembranças de uma sequela escondida.

 Wheein sempre se questionava o motivo de sua genitora, uma moça tão incrível, não  firmar namoro algum. Sempre que aparecia um homem que lhe agradava, este sumia sem mais nem menos. Perguntava-se se era porque a mulher era mãe solteira, mas não sabia que o motivo era mais profundo. Afinal nunca havia contado a ninguém, era melhor assim.

 Ao perceber a presença de sua filha, convidou-a para acomodar-se junto a ela. A adolescente lavou as mãos na divisória da lavanderia pegou uma caneca na velha cristaleira e sentou-se para se servir do café e de companhia tão agradável. Conversaram sobre como foi seu “bendito” dia com seu “querido” pai. De vez em quando, o olhar de sua mãe se perdia na conversa, mas Wheein ignorou: isso sempre acontecia, e quando perguntava, sempre recebia uma resposta vaga que nada servia. Ao fim da pequena refeição, voltou à sala para pegar o pacote que seu pai lhe entregou mais cedo e deu para sua genitora. Sabendo que ela resistiria ao grande valor ali, Wheein saiu sem dar chance de a mulher retrucar.

- YAH, JUNG WHEEIN, TIRE ISSO DAQUI AGORA MESMO! – a mãe ordenou enquanto via as costas da menina.

- Não irei, sei que esse dinheiro sempre é necessário pra você. Deixe de resistência e aceite!

 A adolescente resolveu se banhar e deitar-se logo em seguida. Não dormiria, apenas ia ficar mexendo no celular e pensado na sua vida, complicada e cheia. Era difícil não pensar nada sobre YongSun. A ansiedade em tê-la, fazê-la sorrir, ser motivo de alegria diário de sua amada a tomava por inteiro a ponto de fazer seu coração palpitar de nervosismo. Ela era a menina dos seus sonhos, e não via a hora de que fosse da sua realidade também. Wheein se perguntava se era possível alguém amar de maneira tão intensa e profunda, a ponto de dar a vida por ela.

 Sua cegueira era a única coisa que a dava um norte, um objetivo. Sua loucura a fazia sã de boa parte dos seus atos. Sua emoção a flor da pele era a sua razão, essa era Jung Wheein. Dessa forma, não resistiu em fazer uma ligação.

 

-x-x-x-

 

 MoonByul já havia perdido a conta de quantas vezes já havia ligado para aquele número. Seu appa era um homem bem sucedido na vida profissional, por isso compreendia a demora do homem em atendê-la. Mas isso não significava menos ansiedade.

 Após muito tentar, viu uma chamada aparecer na tela de seu celular e sem demorar atendeu. Só aí que percebeu que poderia ser outra pessoa a ligar.

- Moon ByulYi. – atendeu de maneira formal, torcendo para que fosse quem queria.

- Não sei o que mais me preocupa: a falta de informações ou o número de vezes que seu telefone deu ocupado. – a voz feminina se fez do outro lado, só aumentando seu nervosismo. – O quê anda fazendo por mim, ByulYi?

 Aquele era o dia seguinte ao primeiro contato entre contratada e contratante. Wheein, esquentada da forma que é, havia ligado três vezes naquele dia. Moonbyul já estava sem paciência pela a cobrança desnecessária da mais nova. “Cacete, mal tem 24 horas que nos conhecemos!” ela reclamava em mente.

- Não atualizei as informações sobre o caso porque não há informação alguma! – mesmo tentando não esbravejar falou de maneira alterada no final. – Acha que tive tempo suficiente para estudá-la?

 Era final de sexta-feira e aquele dia tinha sido mais tenso do que o anterior. As luzes intensas da vizinhança que invadiam a sala onde ela andava de um lado a outro a incomodavam fazendo sua cabeça latejar. Foi aí que ela se lembrou de fechar as janelas.

 Wheein arfou do outro lado da linha em nervosismo e desespero.

- Achei que fosse eficiente. Esqueceu que o casamento ocorre... – antes que a baixinha continuasse a frase dita já tão repetida, a maior interrompeu.

- Se esqueceu de que o trabalho está ao meu critério?

- Se esqueceu de que sou eu quem irá pagar?

 Sabendo que aquela tensão poderia gerar uma discussão que não levaria a nada, ambas suspiraram. Wheein se pronunciou primeiro:

- Tenho que sair. Mande-me uma mensagem quando resolver fazer algo. – a frase fez a mais velha se irritar, apertar o telefone entre os dedos e trincar os dentes.

 A ligação encerrada do nada quase fez Moon jogar o telefone pra qualquer lado e vê-lo espatifar, mas se conteve a tentação. Dirigiu-se a mesa e pegou o uísque esquecido sobre ela com duas pedras de gelos quase inexistente. Sentou-se no sofá, recostando a cabeça no seu encosto, olhando tediosamente para o teto mal iluminado pela luz do corredor.

 Ela não gostava de muita iluminação, por isso preferia a noite. Seu jeito frio se encaixava bem com esse fotoperíodo: tinha poucas amizades, se envolvia pouco com os problemas alheios, era extremamente observadora e nunca havia se apaixonado. Já havia tido casos com várias meninas, mas sempre terminava pelo mesmo motivo: falta de sentimentos suficientes. Como não era uma pessoa romântica, se via em festas e dormindo com inúmeras pessoas até o final de suas energias.

 Ela era um exemplo apolíneo, racional, calculista, frio e meticuloso. Era assim por natureza, não por frustrações ou decepções. Às vezes, gostaria de se sentir menos sólida, mas nunca conseguiu.

 Pegou o telefone novamente e resistiu à vontade de fazer mais uma ligação. Decidiu checar suas redes sociais.

 Uma parte das suas mensagens era de trabalho; outro pequeno pedaço, dos raros e valiosos amigos; e a maioria esmagadora, mulheres. As que menos interessavam, respondeu vagamente, com a real intenção de não haver mais assuntos; as suas favoritas, as do sexo casual, receberam mais atenção. Principalmente HyeJin, uma garota que conheceu numa viagem ao litoral.

 Não soube quanto tempo passou digitando, mas a tela foi interrompida pela esperada ligação de seu pai. Sem muito pensar, atendeu:

- Yeoboseyo? – disse muito rápido.

- Filha, está tudo bem? – a voz grave do homem pareceu preocupada com sua filha.

- Está sim, appa. Eu só tenho uma urgência a tratar com o senhor. – MoonByul recolheu suas pernas sobre o sofá e as cruzou. – Teria como me transferir?

 A linha ficou em silêncio por um tempo, até que o homem se pronunciou.

- Uma transferência? Por quê? Pra onde?

- Recebi uma proposta nova.

- Mas já? – o pai era a única pessoa da família que conhecia o emprego dela, bem como sua homossexualidade.

- Sim. E preciso de uma transferência pra Seul em tempo recorde.

- Meu Deus, como conseguirei fazer isso... – o homem teve de se sentar na poltrona da sala para tentar processar as informações e pensar numa solução. – Como será que o MinSeok irá reagir?

- Bem... – MoonByul coçou a nuca. – Eu tenho o motivo perfeito pra ele. Sabia que a JooHyun voltou para cá pra Bucheon?

 JooHyun, também conhecida como Irene, era noiva dele. Bem, quase isso: eles estavam brigados, mas se sabia que eles só queriam a chance de se reencontrar.

- Filha, não é garantia que ele não vá querer continuar por lá. – o mais velho alertou.

- Eu sei, mas a quantia é grande. Em quanto tempo acha que pode resolver toda aquela burocracia?

- Isso depende. Conte-me tudo que lhe darei uma estimativa.

 MoonByul respirou fundo e relatou cada detalhe. No final, estava quase sem ar e suando, mas era determinada e faria esse trabalho dar bem mais do que certo.

 Seu pai refletia o que teria de ser feito, mas faria de tudo pra que a “transferência relâmpago” corresse bem. Temia que seu filho mais velho reclamasse, como já vivia fazendo. Era um jovem muito ganancioso, e apesar de fingir não ver, seu pai sabia que seu primogênito invejava a irmã mais nova. Aquele seria um dos momentos em que o Sr. Moon teria de usar do seu poder de patriarca em dizer: “eu mando, você obedece”.

 Conversaram um pouco mais sobre aquelas coisas de família até que decidiram dormir. MoonByul andou até seu quarto e ligou o rádio na sua estação favorita. Encaminhou-se a janela de bela vista sobre a cidade e sentiu o vento frio contra seu rosto, mas não ligou. Queria refletir sobre as possibilidades do que lhe aconteceria dali para frente.

 

-x-x-x-

 

 YongSun andava de lado a lado com o celular entre o ombro e a orelha. Em suas mãos, um álbum era folheado de maneira ansiosa. Difícil não ficar emocionada com tantas opções de vestidos.

 No sofá, Kang SeulGi observava a amiga tagarelar sem para e dar voltas na sala. Já estava ficando tonta e impaciente, mas deixou pra lá. Ela era dona de uma agência de eventos, e a festa inteira seria um presente pra noiva. Essa era a estimativa do valor da amizade delas

- Hm. Uhum. Hm. Tá. Uhum. Entendi. Hm. Uhum. – YongSun murmurava enquanto ouvia indicações de sua mãe. Ela não estava muito interessada, era aquela ladainha de “como ser uma boa esposa”, “como se portar ao lado dele”, “como ser uma boa mãe e dona de casa”. Era tortuoso pra ela ser programada a ser uma esposa, parecia tão insincero...

- Querida, tem outra coisa importante pra tratar com você. – a Sra. Kim respirou fundo. Aquele era um assunto difícil de tratar com qualquer pessoa, pior ainda com sua filha.

- Estou te ouvindo, omma.

- O quê você sabe sobre sexo?

A pergunta fez a noiva corar numa velocidade e numa violência tão grande que ela nem sabia como reagir.

- YAH MÃE! – YongSun deixou o álbum cair da sua mão e foi repreendida pela amiga, mas ignorou a advertência. – Er... Estou ocupada, ligo mais tarde. – assim, ela desligou sem mais nem menos.

-O que deu em você? – perguntou indignada.

- Minha mãe perguntou sobre sexo. – respondeu de maneira atropelada.

-Mas... Ué? – franziu o cenho. – Ela não sabe que você não é mais virgem?

- A intenção era que eu casasse virgem!

- Você mora com seu noivo e têm 25 anos, o quê ela quer? Só falta ela explicar que os bebês vêm da cegonha!

- Taquipariu, com que cara vou mentir pra ela?

- Com a mesma cara que mente pro Eric, ora!

 YongSun repreendeu com um longo e forte “Shhhh”. SeulGi era a única que sabia dos sentimentos não tão sinceros da amiga.

- Está quase na hora dele chegar, está maluca? – a mais velha vociferou ao mesmo tempo em que sussurrava olhando pros lados, como se tivesse cometendo um crime. – Nunca mais fale isso em voz alta.

 Não demorou mais nem um segundo até que o trinco da porta fazer barulho e abrir. A dupla de amigas congelou sem reação.

- YongSun-ah! Cheguei!

 O homem chegou sorrindo de orelha a orelha e foi em direção a sua amada. Sua noiva botou o melhor sorriso disfarçado no rosto e selou os lábios nos deles de maneira casta. Ele cumprimentou a visita e desconfiou do olhar criminoso da futura esposa.

- Está tudo bem amor?

 As duas se entreolharam por uma fração de segundo. A noiva não sabia como reagir, e como sua amiga a conhecia, inventou a primeira desculpa que lhe veio à mente:

- Ela tinha acabado de encolher o vestido do casamento. Você chegou na hora, ficamos com medo de você ter visto a surpresa.

 Eric assentiu para SeulGi e sorriu para a sua noiva. Seu coração palpitava só de pensar em quão linda sua esposa estaria no tão esperado dia.

 YongSun soltou o ar com dos pulmões e devolveu o sorriso para o homem. “Obrigada, SeulBear, te devo essa!” ela agradeceu em mente.

- Bem, já vou indo. – a mais nova declarou enquanto catava os álbuns e revistas de casamento. Após abraçar a melhor amiga e acenar para Eric, partiu.

 O homem seguiu para o banho enquanto ela preparava o evento da noite: era sexta-feira, isso queria dizer a “Noite americana”, como ele havia batizado. Tratava-se de nada mais nada menos do que uma noite para comer comida nada saudável, jogar videogame ou assistir qualquer filme. Naquele dia em especial, pediram comida mexicana e optaram por alimentar a rivalidade em jogos de luta.

 Passaram horas assim, até que decidiram ir para o quarto. A noiva já sabia o que aconteceria quando a porta se fechasse, e tediosamente aceitou os fatos, não havia muita opção. Esse era o preço de uma vida estável e normal.

Então a porta fechou.

 

Dia 2

 

 O dia seguinte amanheceu nublado e a pãozinho quente e uma boa caneca de café. MoonByul folheava sua boa e velha agenda. Não ia checar nenhum número ou compromisso, até porque aquela agenda era de 2013. Aquele era seu valioso manual.

 Nele, havia longas anotações sobre suas experiências com mulheres. Como elas se portam, como gostam que sejam tratadas, e o que as atraem. Esse era o ponto mais importante de todas aquelas páginas, pois era aí que entravam os métodos de como atrair uma menina heterossexual. Nas suas várias festas, o recurso mais utilizado era a curiosidade. Era é incrível aos olhos dela como era comum essa vontade entre as mulheres.

 Alternando a atenção entre sua refeição e suas anotações, além do noticiário matinal servindo de som de fundo. Sobre a bancada que dividia a cozinha da sala, estavam as informações levadas por Wheein sobre YongSun. Pelo que demonstrava, parecia uma menina doce ao mesmo tempo em que era uma mulher responsável. Havia se formado em música, experiente em canto. Era de ascendência influente e detinha uma boa parte da rede de hospitais da sua família.

 Apesar de ter um caminho de sucesso traçado na medicina por seus parentes, preferiu lecionar numa escola em Seul do ensino médio. A primeira vista, era uma menina incrível!

 Após fazer anotações em sua agenda e bebericar seu café mais para o morno do que para o quente, MoonByul pegou as fotos do seu alvo. A menina era de uma beleza perfeita, muito atraente. Apesar da pressão irritante que a Jung botava, aquela missão já parecia bastante interessante. Ela sorriu com malícia.

 Distraída em sua atividade, foi chamada a atenção pelo som do telefone vibrando contra a bancada. A notificação de mensagem aparecia no visor. Deslizou o polegar pela tela, digitou sua senha e leu o seguinte recado:

 

Mensagem de: Appa

Filha, tenho boas notícias! Conversei com seu irmão e ele aceitou a transferência. Você pegou no ponto fraco dele, pois aceitou sem muito resistir, apesar de parecer muito desconfiado. Agora só falta toda aquela burocracia.

Beijos, papai.

 

 Suspirou. Seu irmão mais velho tinha uma personalidade complicada e desde sempre a invejou, já que sua irmã caçula tinha tanta influência quanto na empresa do pai. Em resposta, ela digitou.

 

Obrigada por ter convencido ele pai, confesso que a desconfiança me preocupa. Sabe dizer se o apartamento da omma está livre? Queria poder ficar morando lá nesse período.

 

 Não demorou muito até que o homem respondesse:

 

Ela mandou dizer que a casa dela também é sua e te mandou um beijo. Eu vou adiantar alguns documentos que mantenho em casa pra que o processo ocorra o mais rápido possível. Aviso quando terminar. Beijos.

 

 A filha respondeu seus pais e continuou focada em seu trabalho. Folheou todos os papeis que já tinha analisado e acabou por reparar na foto que veio no envelope. Não soube dizer quanto tempo ficou admirando o belo sorriso de YongSun. Era quente, radiante, inspirador... Era um sorriso Solar.


Notas Finais


Espero que esse cap tenha agradado vocês. Demorei 4 capítulos só naquela enrolação de apresentação, por isso quero que esse seja o melhor pra vocês ~.~
Também queria desejar um feliz natal atrasado e um feliz ano novo adiantado. Jamais se esqueçam daquele ditado que diz: "Hoje é um novo dia de um novo tempo que começou" *limpa as lágrimas"
Até a próxima pessoaaaaaaaaaaaaaaaaaaal!!!!!


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