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História The Manual - O Nome Dela


Escrita por: ByunSun

Notas do Autor


OLHA EU AQUI DE NOVO XAXANDO, OLHA EU AQUI DE NOVO PARA XAXAR
OEEEEEEEEN, SENTIRAM MINHA FALTA, CUPIDINHOS? Passaram bem a virada do ano?
Não tenho o que falar aqui em cima. Então, boa leitura!!!

Capítulo 6 - O Nome Dela


Fanfic / Fanfiction The Manual - O Nome Dela

Dia 2

 

 O ruído escandaloso invadiu o quarto de Wheein. Aquele barulho irritante parecia fazer parte do seu sonho, até que a acordou pra realidade. Jamais havia detestado tanto um liquidificador. Resmungou, se mexeu na cama, virou para tentar dormir. O som não incomodou somente a adolescente, pois seu gato, Ggomo, entrou correndo no cômodo e se juntou a dona nas reclamações em pensamento. Ela riu do desespero do seu animal de estimação e fez questão de acariciar a sua cabeça.

 Quando a perturbação matinal findou, agradeceu em mente e tentou dormir mais um pouco. Pra sua infelicidade, depois daqueles cinco minutos antes do cochilo, seu celular tocou. Ela não queria saber quem era, a ainda por cima fez questão de mandar o miserável para o inferno. Ainda bem que pouco tempo depois, o aparelho parou. Onde já se viu ligar para alguém sábado pela manhã!

 Os mesmos cinco minutos separaram a primeira tentativa da segunda. Outra vez seu telefone tocou. A essa altura, a paciência já era escassa, não que fosse abundante normalmente, mas cedo pela manhã era um pouco demais! A reação foi apenas ignorar.

 Uma Wheein de humor volátil quis jogar o celular na parede quando o mesmo período de tempo trouxe outra ligação. Uma boa quantidade de palavrões foi dita as paredes antes que ela pegasse o aparelho com uma força grande e olhasse sua tela como quem fosse o derreter.

- Que diabo me liga?!?!

 Ah, se vergonha matasse... aquele era nada mais nada menos que seu alarme que a acordava para a faculdade. Se sentiu ridícula por ter dado aquele showzinho matinal e desistiu de voltar a dormir.

 Desbloqueou a tela e abriu o aplicativo de galeria em seu telefone. Toda manhã ela tinha o mesmo ritual: olhar as fotos da sua amada. Havia pegado maior parte das imagens daquela pasta separada em redes sociais.

 Ela admirava cada detalhe dela.

 Seu coração admirava cada detalhe dela.

 Seu corpo inteiro sentia arrepios de ansiedade.

 Seus olhos deviam brilhar mais diamantes ao encontrar sua imagem.

 Era um amor intenso e irracional.

 Era o que a fazia se levantar da cama, como estava fazendo naquele momento, mesmo que com careta.

 Wheein era uma garota cheia de manias. Uma das suas principais era escovar os dentes durante o banho. Quando criança, sua mãe a mandava fazer sempre que estava atrasada para escola, e a partir daí não parou de repeti-lo.

 Ao terminar de se banhar, se enrolou na toalha e foi para o quarto se vestir. Pôs um moletom confortável para aquele meio de outono. Atravessou o corredor e se deparou com sua mãe com o copo do liquidificador na mão despejando um pouco do seu conteúdo numa frigideira. Na pia, um prato com uma panquecas empilhadas chamou sua atenção e fez sua boca salivar. Que fome ela sentia!

- Sei que a incomodei, mas pelo seu brilho nos olhos, valeu a pena a perturbação. – a mulher sorriu em ternura – Bom dia, filha.

 A filha sorriu com a doçura de sua mãe e respondeu com o mesmo “bom dia”. Queria ser morna como a mulher a sua frente, doce e amável. Elas eram totalmente opostas nesse ponto: Wheein era impaciente, impulsiva e teimosa, o que a fazia muito encrenqueira. Quantas vezes ela se envolveu em brigas só esse ano? Não sabia, mas nunca chegou apanhada em casa. Era pequena, mas sua força era comparável à de pessoas bem mais altas.

 Chacoalhou a cabeça para espantar tais pensamentos e tomou a iniciativa de ajudar a mulher. Sentaram-se e aproveitaram aquele desjejum maravilhoso e bem acompanhado. As duas sua apoiavam uma na outra, aliás eram tudo o que tinham, a definição de família que lhes cabiam.

 Quando terminaram a refeição, Wheein decidiu sair sem ter algum destino. No bolso do seu casaco, guardava somente um pequeno MP4, dinheiro, a identidade falsa e um maço de cigarro que escondia em seu quarto. Jogou o capuz sobre a cabeça, passou os fones por dentro da peça de cima e o conectou no aparelho através de um buraco no bolso. Deixou que as músicas tocassem aleatoriamente, passou algumas que não combinavam com aquele dia nublado, e pôs-se a caminhar.

 Morava no mesmo bairro de classe média desde que nasceu. Ela queria mudar de vida, e fazia por esse e outro motivo que ela dava tudo de si na faculdade. Era a ferramenta que tinha para conseguir o que queria.

 Caminhou sem saber por quanto tempo, até se deparar com um letreiro colorido recente na vizinhança escrito "Bar 24 Horas". Ótimo! Era difícil comprar bebida na sua área, primeiro porque ela era conhecida desde pequena, segundo porque ela não era bem vinda em muitos bares devido as encrencas onde se meteu.

 Sem pestanejar, passou pela porta com um sininho na parte de cima que soou. O local tinha uma iluminação fraca, o que dava um ar aconchegante ao ambiente. Do outro lado do balcão, uma estante com garrafas coloridas pelo seu conteúdo se estendia por toda parede. Como era cedo, não havia ninguém.

 Caminhou até a bancada tranquilamente e pediu um Soju. O atendente olhou desconfiado para Wheein e não demorou muito para pedir sua identidade. Ela revirou os olhos e a entregou o documento, mas o atendente não pareceu convencido. Que legal, já ia começar o dia em uma confusão.

 O homem a encarou tentando adivinhar a idade da pequena a sua frente, enquanto ela sustentou o olhar com uma sobrancelha erguida, como quem perguntasse “Dá pra ser ou tá difícil?”

 O rapaz parecia ter uns 20 anos de idade. Era de aparência agradável, moreno , alto, olhos hipnotizantes e muito atraente, a menina não pode negar, mas estava tirando sua paciência! O garoto sabia que ela era menor, mas sem ter como provar, nada fez. Só permanecia a encará-la porque gostava da cara que fazia. Sorriu provocativamente de lado e deu as costas. Andou até a geladeira de porta de vidro e, aproveitando o movimento nulo, pegou duas das garrafinhas verdes. Depositou ambas sobre o balcão de madeira vernizada e as abriu, logo erguendo uma delas no ar, como quem pedisse um brinde.

 A garota poderia reclamar da insolência do rapaz a sua frente, mas no fundo gostou do jeito sedutor dele. Ela não era de ferro, aquelas vistas brilhantes eram encantadoras! Sorriu mordendo o lábio e chocou as garrafas.

 Essa era a graça de ser Jung Wheein. Ela vivia cada momento sem pensar no que viria depois. Sabia bem como aproveitar esse espírito de Dionísio que a habitava, fazia o que dava em sua mente. Consequências são consequências! Que eu as sofra com um sorriso travesso e boas lembranças na mente!

[...]

 Wheein saiu pela mesma porta que entrou, rindo divertida acompanhada pelo mesmo homem do bar, que se chamava Chandong. Sábado ele trabalhava meio turno, já que sexta-feira ele passava a noite inteira trabalhando. Era um cara divertido, com atos sutis que o deixavam sedutor. Ambos sabiam onde toda aquela conversa e bebedeira daria, o interesse era recíproco. Não estavam embriagados, apenas desinibidos.

 Caminhavam pelas ruas de braços entrelaçados, até que ele passou na frente de uma porta que acessava ao segundo pavimento de uma construção de três andares.

- Quer conhecer minha casa? – o rapaz perguntou com um tom malicioso, um sorriso de canto e um olhar penetrante. Sim, ela sabia o que aconteceria.

 Com um olhar falsamente dissimulado e um sorriso travesso, ela assentiu com a cabeça.

 Uma boa companhia, uma boa bebida e uma boa foda! Como é bom ser Jung Wheein!

 

Dia 3

 

Toc!

 O taco de golfe acertou a bolinha branca, que voou numa longa parábola até voltar ao chão. Vários homens, uns jovens, outros grisalhos, se alternavam nas rodadas. Aquele era mais um evento esportivo da alta sociedade, onde homens expõem orgulhosos seus impérios e suas esposas as joias que usam. Certamente, não era o lugar de Kim YongSun. Não, não. Ali ela não era Kim YongSun: ela era a filha do Sr. Kim, futura esposa do Sr. Nam.

 Ela detestava viver na sombra de alguém. Ela sempre lutou por uma imagem própria, tornou-se professora, mas ainda assim era alguma coisa de alguém. Merecida revirada de olhos!

 Seu noivo estava no campo com aquela roupa de golfista. Ela ria do desempenho desastroso dele, era a única coisa que não fazia seu estômago virar do avesso. Sua mãe de certo modo sabia que aquele ambiente não agradava à filha, e por isso explicou após ser perguntada:

- Ela está tão apaixonada por ele que nem consegue prestar a atenção em nós. É lindo o amor dos jovens, não é?

 As senhoras davam felicitações se emocionavam com os dois. A noiva agradecia a mãe pela ajuda, e permaneceu pensando coisas aleatórias. Estava deveras cansada, pois aquela semana havia trabalhado em dobro. Havia alguns dias que ela não sabia o que era descansar direito: seus sonos eram cortados, desconexos e superficiais.  Isso quando ela conseguia dormir...

 O som da tacada tirou a mulher dos seus pensamento e chamou a atenção para o campo novamente. Seu irmão havia acabado de ter sua vez no jogo, e pela distância que a bolinha voou, a pancada foi realmente forte!

 Ele riu divertido e exibido. Uns adversário reagiram impressionados, outros brincaram de maneira competitiva, entre eles Eric.

 Kim JongHyun era um irmão excelente! A amizade que ele a YongSun mantinham desde criança era admirada e invejada por muitos, coisa que era rara em grandes famílias onde se herdam impérios.

 O olhar dos irmãos se cruzaram e o “legal” feito com a mão pela caçula foi respondido com um aceno de cabeça pelo seu oppa. Eric fez bico e virou a cara de maneira exagerada, fingindo ciúme. Sua noiva apenas balançou a cabeça sorrindo em desaprovação.

 O jogo acabou com a vitória de sei lá quem. A verdade é que a Kim mais nova não sabia nada de esportes, estava lá só de acompanhante. Era a hora em que os comes e bebes eram distribuídos aos convidados que conversavam em núcleos isolados uns dos outros. O Sr. Kim conversava com outros parceiros econômicos, junto deles estava o poderoso Sr. Moon, a mais recente sociedade.

- Então, JongUp-ssi, onde está seu filho MinSeok? – o patriarca Kim indagou. Sr. Moon engoliu em seco, pois sabia que seu problemático filho mais velho havia caído na bebedeira devido aos problemas com sua noiva.

- Está em casa. – limitou-se na resposta só depois conseguiu soltar o ar dos pulmões, quando viu o outro assentir em silêncio. – Como vão os preparativos do casório?

 O senhor Kim sorriu orgulhoso pela sua filha, futura mulher e mãe.

- Estão bem, graças a Deus! Não poderia estar mais feliz por ver minha preciosa YongSun sorrindo. O Eric é um bom homem pra ela.

 YongSun? YongSun. YongSun!!!! Será? Mas...

- JongUp-ssi? – o Sr. Moon foi tirado dos seus devaneios. – Está tudo bem?

- Ahn... Está sim, eu só me lembrei que... Er... Esqueci de comprar sal. – ao perceber a bobagem sem sentido que havia falado e a expressão estranha do Kim, ele sorriu amarelo, quase laranja! – Tenho que ir. Até a próxima!

 Sem esperar um momento que seja, o homem com as ideias fervendo na mente correu para o carro e não esperou nada até que ligasse para sua filha. O telefone chamou, chamou, chamou, e finalmente foi atendido.

- Yobeoseyo?

- Minha estrelinha, por que não me disse nada?? – o homem perguntou esbaforido.

- Appa? Do quê está falando?

- O nome dela. Qual o nome dela? É Kim YongSun, não é? – ele tornou a perguntar.

- É sim, por quê? – MoonByul respondeu sem nada entender.

- Claro!!! Claro que é Kim YongSun!!! – o homem exclamou sorridente, quase saltitante.

- Pai, o senhor está bem? – ela interrogou confusa.

- Filha, ela é uma Kim, os magnatas dos hospitais!!!

- Sim, eu sei.

- Nós firmamos uma sociedade!!! Vamos construir uma nova ala do hospital daqui de Seul!! – o homem tomou o fôlego depois de falar tudo de uma vez só.

- Omo!! Que ótimo!! Por que não me contou?

- É recente, tinha esquecido de te informar. Mas a melhor parte não te contei: sexta-feira que vem haverá um jantar de negócios. E sabendo que o Kim exige a presença de sua família, ela vai estar lá!! E você também...

 

-x-x-x-

 

POV MoonByul

 

 Passei alguns segundos em silêncio processando o que havia acabado de ouvir. Aquilo era bom demais pra ser verdade!!! Esse evento facilitaria muito meu trabalho, certamente é uma oportunidade ótima!!!

 Arfei surpresa e alegre ao mesmo tempo. Um frio na barriga de ansiedade me abateu levemente, não sei o porquê, me fazendo arrepiar um pouco. Chacoalhei a cabeça pra afastar aquela estranha reação do meu corpo.

- Pai, o senhor não poderia me dar melhor notícia!

- Eu sei que você é minha fã, minha estrelinha. Não precisa falar... – meu pai gabou-se e eu apenas rolei os olhos. Ele era o mesmo palhaço de sempre. – Como amanhã tem expediente, anteciparei toda a transferência pra que eu já te apresente como parte importante do projeto.

- Dae~ Falando nisso, e o MinSeok?

 O homem suspirou um tanto preocupado.

- Não faço ideia. Aliás, faço! Deve ter bebido a noite inteira até cair embriagado.

 Balancei a cabeça em reprovação. Meu irmão era um bom rapaz e sempre muito companheiro, mas não sei o quê aconteceu que o tornou uma grande dor de cabeça para meus pais. Eram desprezíveis seus atos, já que era um homem de quase 27 anos.

 Conversei por mais alguns minutos com meu appa até que ele teve que desligar. Nos despedimos e eu resolvi ir arrumando algumas coisas da futura mudança, aquelas coisas não tão importantes, como roupas de verão.

 Enquanto revirava minhas coisas, uma caixa de sapatos me chamou a atenção. Sabia o que havia nela, como esquecer? Tirei a tampa com toda intimidade que tinha com aquele paralelepípedo de papelão e sorri para as fotos das meninas que já havia ajudado a conquistar. Uma mais bonita que a outra, cada uma com seu encanto e seu jeito. Pra cada uma delas, existiu uma MoonByul diferente: uma mais aventureira, outra mais culta, uma quase casta, uma outra mais ousada etc.  Entretanto, essas versões de mim morreram junto com as relações que tivemos, se resumindo hoje a lembranças pervertidas e a um retrato. E em breve, YongSun seria só mais uma foto na caixa e uma conta cheia de dinheiro.


Notas Finais


QUERO VER QUEM VAI ADIVINHAR QUANTOS CAPÍTULOS FALTAM PARA NOSSO CASAL SE ENCONTRAR!!!!!!
É galera, em breve nosso MoonSun vai se conhecer. Como vai ser? O que elas sentirão? O que dirão? Como vão reagir? Ficaram ansiosos? Otimo, quer dizer que vão continuar lendo kkkk
Até semana que vem, FUI!!!!


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