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História The Manual - Extremos


Escrita por: ByunSun

Notas do Autor


CHEGAAAAAAAAAAAY
MEU DEUS, QUE BUG VIOLENTO QUE DEU PRA POSTAR CHESSUS

Capítulo 7 - Extremos


Fanfic / Fanfiction The Manual - Extremos

Dia 4 - segunda-feira

 

POV Moonbyul

 

 Papéis disso, papéis daquilo, papéis de todas as naturezas começavam a se empilhar na minha mesa. Eu sempre os analisava com cautela pra não deixar nada passar nas entrelinhas dos contratos maldosos, mas eu naquele dia eu precisava também ser sucinta. Como uma coisa é quase que antônima da outra, minha cabeça estava dando voltas e mais voltas!

 O baque de mais uma pilha de documentos me faz dar um sobressalto. Olhei para minha jovem secretária SeungHee, que sorriu amarelo visivelmente desconcertada.

- Mianhae... – ela se desculpou fazendo uma reverência. Sorri fraco sem mostrar os dentes e assenti, vendo-a sair pela porta quase que furtiva.

 Bufei olhando o mar de trabalho que teria naquele bendito dia. Eu já havia me acostumado com o ritmo acelerado do mundo empresarial, mas aquele dia a situação estava sobre-humana! Peguei-me pensando no quanto minhas tarefas seriam exigidas de maneira mais rápida e eficaz em Seul e arfei de novo. Sem muito pensar, ajeitei meus óculos redondos, tomei fôlego antes de mergulhar novamente no meu trabalho.

 Horas iam, horas vinham, e a pausa para o almoço havia chegado. Decidi por não descer ao restaurante mais próximo que costumava frequentar. Apenas pedi para que minha secretária pedisse algo num delivery barato que ela confiasse e levasse a minha sala. Para minha sorte e crédito dela, a jovem me trouxe comida chinesa, leve e muito saboroso.

 Saí de minha mesa pra não correr o risco de sujar algum papel e me dirigi ao estofado de couro preto encostado na parede ao lado. Tentei comer devagar para saborear a comida e ficar mais satisfeita, mas a ansiedade havia escolhido aquele dia para se instalar em mim. Poucos minutos depois, já estava jogando a embalagem no lixo e voltado a minha mesa. Não podia perder tempo!

 O tempo foi passando de maneira monótona e as pilha ia reduzindo. Faltavam menos de duas horas para o final do expediente quando a porta foi brutalmente aberta e uma figura quase familiar apareceu na entrada, vindo em minha direção: era meu irmão Minseok!

- O que você fez? – ele vociferou vindo em minha direção e num movimento brusco, jogando os papeis da minha mesa de vidro ao chão. Em seguida, SeungHee entrou esbaforida correndo na sala.

- Senhorita Moon, eu não conseg...

 Levantei minha mão para que ela silenciasse sem olhar pra ela.

 Eu poderia e talvez devesse ter me assustado com tal surpresa e me sentido coagida pelo rosto transformado do homem a minha frente, mas apenas mantive a expressão fria sem encarando a tela do computador no qual digitava.

 Ele não era mais o irmão que acompanhou meu crescimento, não era mais o menino com ideias maduras que configuravam um homem, há muito tempo não era mais o menino que me fazia admirá-lo, não era mais o rapaz por quem eu torcia pelo sucesso e que desejava igualmente que eu também conquistasse meus objetivos.

 Ele era a face do ódio.

 Parei de prestar a atenção no computador, tirei meus óculos e o encarei de frente: inexpressiva e indiferente.

- Olá, MinSeok-ssi. – dei ênfase no “ssi” para mostrar que não havia mais aquela relação que sempre tive com meu oppa. – Como está meu irmão? – usei meu tom levemente cínico. Ele respirava fundo, quase como se fosse uma fera a ponto de atacar sua presa.

- Eu sempre soube que tomaria tudo o que é meu! – ele rosnou entre os dentes.

- Tudo o que é seu? Até onde eu saiba, quem causou a partida da sua esposa, apostou a própria mansão num jogo em Las Vegas e está à beira da falência moral é você. E o mérito é puramente seu! – disse seu alterar a voz, mantendo o tom estável. Meu rosto não movia um músculo de expressão que seja e nem iria.

 Ouvi passos apressados vindo do corredor à frente da porta escancarada e logo vi dois homens altos e fortes vindo a minha sala. Eram meus seguranças.

- Ora, sua vadia! – ele fez menção em avançar, mas antes que seu braço se esticasse sobre mim, Kris Wu e Huang Zitao já o agarravam. MinSeok era bem menor que os dois, mas não ficava atrás no quesito força.

 Até pará-lo de vez, ouvi alguns desaforos, palavrões, xingamentos atirados sobre mim, mas apenas fiquei com o mesmo jeito indiferente. Pra quem foi motivo de sorrisos um dia, ele não merecia nem um franzir de cenho analítico.

 Os dois homens o arrastaram para fora da minha sala, e quando já não podia mais ouvir seus insultos no corredor, tratei de relaxar na cadeira. Nossa, como eu estava tensa! Meus ombros estavam tão duros que doíam sem nem movê-los. Esfreguei o rosto sem saber exatamente qual sentimento me resumia. Entre todos eles, nenhum era de compaixão.

 Pedi que minha funcionária chamasse meus dois seguranças e logo eles estavam no meu escritório. Não sentia medo, mas o receio e a apreensão eram claros. Era meio óbvio que ele viria para cima de mim, e se não fosse os rapazes, poderia estar bem machucada agora.

- Bem, com o incidente de hoje, terei que pedir que façam a segurança da minha casa hoje. Sei que estão cansados e tem suas famílias para cuidar, mas o perigo é eminente. Por isso, darei uma boa quantia de hora extra. – como dois robôs, eles assentiram e se retiraram novamente.

 Já não estava mais com cabeça para trabalho, o clima estava pesado e minha cabeça dava voltas aceleradas. As cenas do acontecimento iam e vinham sem parar a minha mente, me deixando cada vez mais preocupada. Não só com o que ele fazia da própria vida, mas também com meus pais. O quê eles tinham feito pra merecer uma dor de cabeça com o próprio filho? Ainda bem que esbanjavam saúde, mas eu temia pelo que o estresse os causaria.

 Senti meus batimentos acelerarem de novo e o suor escorreu por minhas têmporas. Minhas mãos começaram a tremer de leve e não conseguia focar em nada específico ao meu redor.

 Abaixei-me a fim de guardar a papelada atirada no chão de maneira organizada para não me perder no serviço do dia seguinte, mas as mãos sem coordenação não conseguiam firmar nada. Foi então que vi uma figura se agachar a minha frente.

- Deixe que eu te ajude. – SeungHee sorriu de leve e eu assenti.

 Ficamos em silêncio por um bom tempo. Um silencio que conseguia ser pesado e necessário ao mesmo tempo. Eu observava a jovem a minha frente pensando no que ela refletia sobre o caso.

Quando havíamos terminado de catar os documentos e os colocados em seus respectivos lugares, não pude deixar de pedir:

- O quê aconteceu hoje aqui...

- Vai ficar aqui! – ela completou meu raciocínio e fez um sinal positivo com a cabeça, que foi imitado por mim.

 Dispensei minha secretária e desci para a garagem. Não ia sair naquele exato momento, eu apenas queria ficar mais tranquila, coisa que só aconteceria totalmente quando chegasse em casa e abrisse um licor. Liguei o rádio numa estação de música internacional e respirei fundo, como se tentasse puxar toda a paz possível junto com aquele ar. Tive que o repetir algumas várias vezes até que estivesse numa situação que me permitisse dirigir até em casa.

 Saí da garagem, virei algumas ruas e reparei que um carro escuro me seguia. Merda! Senti a ansiedade me tomar novamente quando senti meus ombros enrijecerem e as mãos apertarem e travarem no volante. Eu virava uma rua, ele também virava. Eu quebrava outra, ele imitava. Eu fazia um retorno para dispensar, ele continuava na minha cola. A única saída era acelerar.

 Afundei o pé no acelerador aos poucos. Minha cabeça estava fora de controle novamente. Só de pensar que ele poderia estar no veículo logo atrás, talvez me seguindo e sabe-se lá o quê planejando, meu estômago embrulhava. Eu estava numa longa avenida reta numa velocidade bem maior do que a permitida, e o carro logo atrás de mim, tentando me alcançar. Ao longe, era possível ver uma sinaleira aberta para minha passagem, mas quando já estava próxima, o sinal mudou para o amarelo. Olhei para a calçada cogitando passar no sinal vermelho e percebi que tinham muitas pessoas aguardando para passar. Eu teria que parar.

 Fui freando aos poucos sabendo que seria a primeira da fila de veículos, mas para minha infelicidade, o mesmo carro iria parar logo ao meu lado. Eu estava em situação de pânico!

 Quando o sinal fechou, senti meu coração parar quando vi o vidro do automóvel ao lado abaixar. Talvez fosse o meu irmão a debochar de mim, ou jogar mais meia dúzia de xingamentos, mas não.

- Senhorita Moon, o quê está havendo? – Tao, no banco do carona perguntou preocupado. Kris abaixou a cabeça para tentar visualizar a mim.

 Minha respiração acelerou quando percebi que não estava em mim. Um ataque de pânico não poderia acontecer aquele momento e minha visão começou a escurecer.

 Antes que minha mente se desligasse de uma vez, vi a porta do carro se abrir, Tao tirar meu cinto, me empurrar para o banco do carona e tomar o volante.

- Deixe que eu dirija. – ele declarou. Tentando botar meu cinto e o dele logo depois.

 Tudo passou devagar por meus olhos, mas na hora de apagar tudo se foi rapidamente.

 

-x-x-x-

 

 Senti um leve chacoalhar na minha cabeça e aos poucos fui recobrando a consciência. Tentei me mover e me senti travada dos pés à cabeça. Tudo em mim doía.

 Abri os olhos vagarosamente e dei de cara com o rosto familiar de Kris. Tentei me levantar rapidamente, mas meu corpo reclamou e eu caí deitada novamente.

- Não levante, senhorita Moon. – ele pediu com sua voz grave e eu voltei a minha posição inicial.

 Olhei ao redor e reconheci a minha sala e o sofá onde estava deitada. Tao apareceu do corredor com um copo de água na mão para me oferecer. Levantei lentamente e aceitei o líquido na mão do rapaz, tratando de beber tudo.

 Me sentei tentando recobrar o controle da situação e senti a cabeça pesar. Ignorei a dor e fiz perguntas simples aos seguranças, como se eles estavam com sede, fome ou queriam usar o banheiro. Eles só aceitaram a água e disseram que logo iriam para a porta do apartamento.

 Sozinha em casa, decidi tomar um banho longo e quente para ver se conseguia soltar os músculos e esquecer o ocorrido. Devo ter ficado debaixo do chuveiro por meia hora pra me sentir melhor, não só fisicamente falando, mas também emocionalmente, já que as voltas demoraram a cessar.

 O tempo foi passando, já passavam das oito da noite e eu já me preparava pra deitar. Havia ligado para meu pai, que não conseguiu acreditar no que aconteceu. Ele tinha me dispensado do trabalho no dia seguinte pra que o incidente não voltasse a ocorrer e pelo meu estado de espírito. No dia seguinte, ficaria encarregada somente de organizar minha mudança. Talvez fosse uma boa em me mudar uns dias antes, assim ele não me encontraria aqui em Buncheon.

 Desliguei a lâmpada do quarto, fechei as cortinas, apaguei qualquer fonte de luz. Minha cabeça doía, não queria saber de nenhuma informação. Assim, apenas me virei na cama, passei o cobertor sobre a cabeça e foi minha vez de apagar.

 

Dia 5 - terça-feira

 

POV Eric

 

- Bom dia, senhor Nam.

 Minha rotina recomeçava no trabalho. Aquelas várias saudações forçadas e vagas faziam minha cabeça dar voltas e estavam começando a me incomodar! Agora entendia porque meu pai vive em constante mau-humor. Bufei rolando os olhos e acenei com a cabeça para a senhorita Son, minha fiel secretária. Seus saltos altos batendo contra o chão brilhante pareciam ecoar mil vezes mais altos. Acabei por saturar daquele som.

- Senhorita Son. - parei no meio do caminho de supetão, fazendo a quase tropeçar nos próprios pés. - Estou preocupado com seu conforto. Não quer calçar algo mais confortável, tipo chinelos? - sorri um tanto falso no final.

 Ela me encarou com um olhar inquisidor e uma sobrancelha erguida.

- Perdão? - ela realmente não entendeu o que eu quis dizer. Claro que tinha de ser meio burrinha, pra compensar a beleza. - Não é contra o regulamento?

-É. Mas vou te abrir essa exceção. Se não tiver chinelos, fique descalça mesmo. Segredo nosso, okay? - pisquei pra ela no final. Ela ainda estava meio atônita quando eu decidi voltar ao meu trajeto e demorou um pouco a voltar a me seguir.

- Uma representante econômica internacional está no seu aguardo, senhor.

- Mande-a embora. – fui sucinto enquanto seguíamos pelo corredor.

- Mas senhor, ela veio em nome das empre...

- Não quero saber, mande-a embora. Não estou nem um pouco afim de vis...

- Que pena que não quer conversar, senhor Nam. - antes que conseguisse terminar a frase, a porta da minha sala se abriu, revelando uma belíssima mulher de pele negra, olhos brilhantes e cabelos longos e cacheados. O vestido que ela usava modelava muito bem seu corpo curvilíneo. Se antes não queria saber de nada nem de ninguém, agora queria saber dela.

 Devo ter ficado um bom tempo a encarando boquiaberto tamanha beleza. Talvez fosse o olhar devorador da agradável desconhecida que mantinha uma sobrancelha levemente levantada de maneira inquiridora. Pigarrei um tanto sem ação, e não duvidava que estivesse suando.

- Alexandra Reid, mas pode me chamar de Alex. – ela estendeu a mão e eu correspondi o cumprimento. – Estava ansiosa pela sua chegada, mas não sei mais se sou bem-vind...

- Não! – acabei por responder rápido demais e tentei recompor uma postura mais dócil.  – Não, que isso! Isso foi só uma demonstração do meu mau humor matinal. – sorri amarelo. – Por favor, entre. – indiquei a porta. Vez ou outra, meus olhos percorriam toda sua extensão e vi que ela fazia o mesmo várias vezes. Era visível que minha má intensão era reciproca.

- Por que tanta formalidade já que você sabe que lá dentro não faremos nada formal? – ela perguntou sem cerimônias. Tive que me apoiar na lateral da porta, pois minha cabeça deu duas voltas somente com essa frase. Dei um passo à frente com a intensão de entrar, mas antes que o fizesse, uma voz esquecida me chamou a atenção.

- S-Senhor N-Nam... – Wendy encontrava-se tão ruborizada quanto seu cabelo vermelho.

 Ela estava sem qualquer reação. Ri do comportamento da mais nova e me aproximei, ficando bem perto do rosto dela, que pareceu recuar assustada. Não sei se o que diria a tranquilizaria ou a incomodaria, mas tinha que ser dito:

- Wendy, lembra do que te disse semana passada? “Vale qualquer coisa pra se obter sucesso profissional?” – ela assentiu vagarosamente. – Pois bem, ela já aprendeu isso. Você poderá ser a próxima.

 Pisquei de um olho e sorri, antes de entrar na sala e fechar a porta.

- Então, Alex. Tem a mesa, o sofá e o chão. Onde prefere?

 


Notas Finais


JÁ É A QUINTA FUCKING VEZ QUE TENTO POSTAR ESSE BENDITO CAP AAAAAAAAAAAAAAAA

Mas enfim, gostaram??? Tenho tido outros planos de fanfic, incluindo one shots e outros gêneros literários. Vocês querem? Aguardo respostas ^^
Até semana que veeeeem


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