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História The map leads to you - Ne dites pas que ce n'est pas votre faute


Escrita por: xavisball

Capítulo 3 - Ne dites pas que ce n'est pas votre faute


Fanfic / Fanfiction The map leads to you - Ne dites pas que ce n'est pas votre faute

Podia sentir cada átomo do meu corpo vibrar de acordo com cada grito que ambas as torcidas davam. O estádio Parc des Princes parecia tremer com os pulos, as canções e cada palavra de apoio que os presentes falavam.

Eu tinha resolvido ficar no meio da torcida do Barcelona mesmo, sentia falta do calor que os camarotes nunca poderiam proporcionar à um verdadeiro fanático por futebol. O sangue fervia nas arquibancadas, simplesmente uma sensação de outro mundo.

Podia ver, claramente de onde eu estava, o telão acima do estádio. Passava as imagens dos jogadores entrando em campo, e pude notar Pocho me procurando na área vip, falhando em me encontrar. Ibra e os outros já me conheciam muito bem para saber que meu lugar era no meio das torcidas animadas.

Eles se organizaram em fila e o hino da França ecoou pela arena. Depois de os capitães decidirem os lados do campo e se cumprimentarem, o juiz apitou para o início da partida. Era hora.

Não era minha primeira vez sozinha em um jogo, mas sempre tentava fazer amizade com quem estivesse do meu lado, porque simplesmente não conseguia guardar minhas opiniões para minha mesma. Precisava poder discutir sobre as jogadas com alguém. 

- Animado? - perguntei para o rapaz que se encontrada na cadeira à minha direita.

- Bastante. E você?

- Sempre. Isso é uma pergunta que nem se precisa fazer para mim. - respondi e ele riu.

- Veio de Barcelona também ou já mora aqui?

-Estou morando aqui.

- Ah sim, eu vim com uma caravana. Sou Adrià, prazer em te conhecer.

- Sou Sasha, prazer é meu. Vamos gritar muito juntos. - disse e me levantei, sendo acompanhada por ele. Quem aguenta ver jogo sentado?

O Paris saiu com a bola, e o time tocava tentando penetrar a defesa da equipe blaugrana. Às vezes eu tinha a impressão que o barça crescia ainda mais diante dos parisienses, já era um clássico europeu.

 

Ibrahimovic conseguiu chegar até a grande área com a bola, porém foi impedido por Piqué, que a chutou direto para os pés de Sergio Busquets, no meio de campo. Este, por sua vez, tocou para Xavi, que lançou para David Villa, que entrava na área do Paris pela esquerda. Villa viu Messi entrando no meio, e passou a bola para ele. Acontecia o primeiro gol da partida.

Ao gritar comemorando, eu e Adrià nos abraçamos. Quando olhamos para frente, estávamos no telão; olhamos um para o outro rindo e demos um tchauzinho em direção à câmera.

O jogo prosseguiu, com a posse de bola bem equilibrada entre as duas equipes, que mantiveram a partida eufórica com os frequentes chutes à gol e algumas defesas difíceis que deu uns sustos das torcidas.

Vi Verratti driblar André Gomes e Rakitic, indo para pequena área. Ele chutou, mas Ter Stegen conseguiu espalmar, e a bola caiu diretamente aos pés de Lavezzi. O argentino prontamente chutou em direção ao gol e, mesmo de longe, consegui ver a rede balançar. 1 a 1.

Pocho saiu correndo a procura de uma das câmeras e se posicionou em frente, apontou o dedo e todos puderam fazer a leitura labial: Sinto muito Sah, mas esse foi para você. Aquilo daria o que falar na imprensa, começando pelo fato de que eu estava no meio da torcida catalã e ele, parisiense, dedica um gol a mim. Ibra não se mostrava muito feliz com a declaração, mas parabenizou o colega por ser responsável pelo empate. O juiz apitou o fim do primeiro tempo e as equipes se retiraram de campo.

Sentei de volta no banco.

- Por que esse desânimo todo? Calma que ainda teremos o segundo tempo. - Adrià disse ao olhar minha expressão.

- Não é isso. Longa história.

- Hum, entendi. Estou com fome, vamos comer?

- Vamos.

Fomos até os estabelecimentos que ficam dentro do estádio e pedimos uma pizza média para dividir. Tirei uma foto dele com uma fatia em mãos e postei no storygram com a legenda ‘’novo amigo’’ e a localização do Parc des Princes.

Só deu tempo de comprar, engolir e voltar para a arquibancada. Intervalos, por que tão curtos?

Os jogadores saíam pouco a pouco dos vestiários e Piqué e Zlatan entravam em campos juntos, conversando. Haviam trocado as camisas entre si no fim do primeiro tempo. A amizade deles era admirável e mesmo com os boatos infundados de que os dois teriam tido um caso quando o sueco ainda jogava pelo barça só por causa da proximidade deles em algumas fotos, eles não se abateram por isso e não terminaram a amizade. Quem os conhecia sabia que eram carne e unha.

O segundo tempo se iniciou com o chute de Messi para Iniesta, mais atrás dele. O Barcelona seguia o seu famoso tiki taka, tocando a bola entre si com muita maestria e penetrando no campo adversário com calma e frieza, sem muitas dificuldades. Mas o segundo gol simplesmente não saía, o goleiro do Paris Saint-Germain se encontrava em um dia bastante inspirado e a torcida parisiense estava agradecida por isso.

Todo Parc des Princes ficou calado por alguns minutos. Ibrahimovic estava caído, no meio de campo, com a mão direita segurando o joelho e a esquerda chamando por socorro. A equipe médica prontamente atendeu o sueco, e o retirou de campo imediatamente. Não se ouvia mais gritos, nem canções... somente se via expressões preocupadas e nervosas de ambas as torcidas, que queriam tanto por ele.

- Adrià, tenho que ir. – eu disse apressada o empurrando.

- Como assim? Onde? – ele perguntou sem entender o que estava acontecendo.

- Ver o Zlatan. Agora. – segurei seu braço.

- Você o conhece?

- Eu simplesmente moro com ele. Enfim, depois a gente conversa e te explico. – disse e nem esperei alguma resposta dele, apenas corri. Agradeci por já saber todo o caminho e fui direto para a ala médica. Os seguranças me reconheceram e logo permitiram que eu me adentrasse.

Eu já estava acostumada em ter que lidar com lesões, pancadas e até alguns traumas; sempre ajudava os meninos se cuidarem em casa, então não estava muito preocupada com Ibra em si – até porque não existe alguém mais confiante do que ele – mas sim sobre a gravidade, que poderia o fazer perder a época mais importante de toda a temporada.

- Zlatan? – chamei quando o vi conversando com o ortopedista.

- Ei, Sah. Chega aqui. – ele me chamou com a mão.

- O Jean acha que não é nada demais. Provavelmente umas duas semanas fora. Fazer raio x e ressonância agora, não se preocupa. – ele pegou na minha mão e disse.

- Vou ficar para acompanhar, o jogo ficou chato mesmo.

- Tudo bem, desde que não me use para dar o bolo no Pocho depois...

- Como você sabe disso? – perguntei espantada.

- Ele me contou antes de te pedir para sair. Ou acha que ia esperar minha opinião depois? Lavezzi sabe que não pode mexer comigo.

Acompanhei Zlatan durante os exames e realmente fora só uma luxação parcial e que com fisioterapia reforçada e acompanhamento diário, em até duas semanas e meia ele estaria de volta, pelo menos para jogar durante um tempo. O time médico não queria que ele se forçasse tanto, mas Ibra era dono de si próprio, não adiantava.

Antes que a partida acabasse resolvi me arrumar de uma vez. Ezequiel me dissera que íamos a um restaurante jantar, então vesti um vestido rosa bem claro, que era decorado com rendas bem delicadas. Calcei um par de sandálias altas cor nude. Fiz uma maquiagem mais forte, porém não tão pesada. Os cabelos deixei normais, soltos lisos até um pouco embaixo dos ombros. Coloquei meu cartão dentro da capinha do celular e deixei a mochila com minhas coisas no armário de Zlatan, que ele levaria para casa por mim.

Assim que saí, ouvi o juiz dar o apito final. Bem em tempo. Despedi de Ibra, ouvindo um ‘’juízo’’ dele, e fui ver os garotos do barça, já que de lá iriam direto para o aeroporto voltar para a Espanha.

Fiquei aliviada do placar ter ficado no empate, já que não teria que escutar reclamação de nenhuma das partes, além de que tinha sido uma partida bem jogada por ambas as partes.

Avistei eles descendo do campo e fui o mais rápido que conseguia até o encontro deles e, sem me importar com suor, abracei Xavi com todas as minhas forças.

- Vou sentir saudade, meu amor. – disse a ele.

- Pode ter certeza que eu vou mais. Te espero lá em casa algum dia desses. E rápido.

- Conte com isso.

Despedi dos outros, que como Zlatan, disseram que iam estar de olho em mim. E em Lavezzi, principalmente. Segurei para não chorar quando eles saíram para acompanhar o resto da equipe e fui esperar Ezequiel num lobby que tinha perto do vestiário do time da casa.

Como um bom vaidoso, ele demorou um pouco.

Troquei algumas mensagens com Ibra, que me avisara que já estava em casa e começando o tratamento do joelho, e que era para eu me divertir. Com cuidado.

- Caramba, você está linda. – escutei a voz de Ezequiel se dirigindo a mim.

- Obrigada. – senti minhas bochechas corarem. – você também, argentino.

Ele vestia uma calça jeans de lavagem escura, camisa social azul marinho estampada com pequenos desenhos e mais um de seus tênis impecavelmente brancos. Pocho tinha uma coleção destes.

- Vamos, meu carro está aqui perto. – me chamou e quando levantei, ele segurou uma de minhas mãos. Me senti um pouco incomodada pois era estranho tudo aquilo, mas me deixei levar.

Entramos no automóvel dele e pegamos o caminho até o restaurante com o som do rádio ao fundo, não deixando que ficasse um silêncio completo.

Ao chegar, consegui notar logo ao descer do carro que era um lugar muito elegante. As paredes eram todas de vidro, dando para ver tudo que acontecia dentro do estabelecimento, e pude notar também a decoração, que abusava de muitos lustres e prataria.

Pocho confirmou sua reserva com o maître, e o mesmo nos guiou até a nossa mesa para dois.

- O que achou daqui? – ele me perguntou.

- Eu amei, Pochito.

- Tem certeza? Se quiser podemos ir para outro lugar. – Ezequiel disse incerto. – sei que não é fã desse tipo de programa.

- Nisso você está certo. Mas as vezes é bom, não é? Está ótimo. Vamos pedir algo? – o questionei e ele concordou com a cabeça, abrindo o menu no centro da mesa.

Decidimos pedir um sukiyaki de wagyu para cada, que se tratava de um lombo em pedaços de uma única espécie de animais no mundo: Wagyu boi, uma raça endémica da província de Kobe, Japão. Aqueles que já provaram dizem que é um único bife do seu tipo, seu alto grau de marmoreio, maciez e muito bom gosto, além da presença de zero de gordura. Quero ver.

O atendimento era rápido e não demorou para os pratos chegarem, acompanhados de um vinho argentino que Lavezzi pedira. Estava impecável.

 

Pulamos a sobremesa e Pocho fez questão de pagar por tudo. Resolvemos andar um pouco do lado de fora, já que o restaurante ficava em frente a um lago lindo, cheio de árvores e luzes a seu redor. Ezequiel havia ganhado um ponto por não ter aplicado o clichê comigo e me levado à Torre Eiffel. Todos faziam isso. Andávamos de mãos dadas, até que eu avistasse um banco mais na frente.

- Podemos sentar? – perguntei apontando para o banco.

- Claro.

- Meus pés estão começando a doer. – sorri sem graça.

- Entendo.

Ficamos sentados ali na margem, comigo envolta pelo braço de Lavezzi, apenas curtindo a vista.

- Eu me encantei por você desde quando derramou bebida na camisa do Pastore. – ele quebrou o silêncio.

- Ah, para, Pocho! Aquele dia eu estava ridícula, bêbada e tudo mais. – rebati.

- Por isso mesmo que eu te admirei. Aquela situação toda e ainda exalava uma beleza delicada de uma maneira muito diferente. Me deixou intrigado e com muita vontade de te conhecer melhor. E foi o que procurei fazer.

Por um impulso, por causa daquelas palavras, me limitei a pensar, eu o beijei. Lavezzi me beijou na mesma intensidade em que havia comemorado seu gol por mim há algumas horas atrás e só nos separamos quando algumas mãos bobas começaram a passear por nossos corpos. Segurei sua mão que tentava alcançar meu seio e ele riu, como se tivesse sido pego em flagrante.

- Foi mal, me empolguei. – disse, culpado.

- O problema foi só o lugar. – sorri. – quer sair daqui?

- Ainda me pergunta? Vamos voltar. – ele respondeu me puxando para de volta ao seu carro.

Chegamos num prédio, em um bairro mais afastado da cidade. Ele me conduziu com a mão nas minhas costas, e apertou o botão do elevador, que nos levou até o último andar. A porta já se abriu dentro da sala de estar, revelando uma decoração de cores mornas. Chique e simples ao mesmo tempo. Ezequiel me abraçou por trás, traçando uma trilha de beijos molhados por meu pescoço, levando minha mente ficar em êxtase. Me virei de frente a ele e nos unimos num beijo caloroso, totalmente cheio de segundas intenções.

Ele me conduziu, mesmo aos beijos, até a última porta do corredor, que levava a seu quarto. Antes que chegássemos até lá, ele me levantou e me apoiou com as mãos em minha bunda, e entrelacei minhas pernas em volta de seu corpo. Lavezzi empurrou a porta com o pé, entrando comigo em seu colo. Me deitou cuidadosamente em sua cama, mantendo seu olhar sobre o meu.

Enquanto eu desabotoava desajeitadamente sua camisa, ele beijava minha boca, pescoço e maxilar; o que fazia com que eu já pudesse me sentir molhada cada vez mais. Voltei a sentar e ele retirou meu vestido, jogando onde eu já havia colocado sua camisa. Ezequiel desceu seus beijos até meus seios, ainda cobertos pelo sutiã, que foi logo retirado por suas ágeis mãos. Enquanto mordiscava e chupava o seio esquerdo, apalpava com a mão livre o direito, me fazendo delirar e arquear as costas de prazer, e soltar gemidos altos. Arranhei seu peitoral até o cós da calça, e o senti arrepiar todos os pelos do corpo. Tratei logo de desabotoar o cinto, e com a ajuda dele, jogar a calça aonde já estavam as outras peças de roupas. Não pude deixar de sorrir ao ver seu membro já pulsante de desejo por mim dentro de sua cueca. 

 - Andou me espionando, foi? - Eu disse olhando para ele e depois para sua boxer vermelha, reparando que ambos estávamos com as peças íntimas de mesma cor. 

 - Para de provocar, Sasha. - Pocho disse com um sorriso malicioso nos lábios. 

Troquei de lugar com ele, ficando por cima. Tirei sua boxer, jogando-a longe. Segurei seu membro e comecei um movimento de vai e vem com a boca, vendo-o delirar de prazer, colocando sua mão direita na minha nuca, me ajudando a movimentar do jeito dele. 

Sem ao menos falar nada, ele saiu de cima de cama, já tateando o chão e pegando o pacotinho do preservativo na sua calça, o rasgando com a boca, e no segundo seguinte já estava entre minhas pernas me penetrando sem aviso prévio. Gemi, sem saber se era de dor ou prazer, ou ambas sensações. Não poderia negar que Lavezzi sabia o que fazia. Começou lento, mas à medida que eu apertava sua bunda, ele aumentava o ritmo das estocadas, parecendo entender o que eu queria. Chegamos ao ápice juntos, e Ezequiel deixou seu corpo cair contra o meu, em sinal de cansaço. Rolou para o lado, me puxando para perto de si, me dando um selinho demorado. 

 - Vou me livrar disso e já volto. - disse, se referindo ao preservativo.

Ezequiel voltou a se deitar ao meu lado, e eu já havia vestido meu lingerie e ele, sua boxer. Ficamos em silêncio por um tempo, abraçados, tentando processar tudo que havia acontecido.

 - Eu quero te perguntar uma coisa, mas não quero que pense que é só por causa do sexo. – ele se pronunciou.

- Pode falar, Pocho.

Ele se deitou de lado para olhar em meus olhos, e fiz o mesmo.

- Namora comigo?

- Sério isso?

- Mais do que sério. Quero que saiba que sou só seu.

- Pocho... caramba. – eu respondi. – não que eu não queira e tudo mais, só está muito cedo, não acha? Sem contar que Zlatan e os meninos lá em Barcelona vão pirar no ciúme.

Ele voltou a deitar de costas na cama, suspirando frustrado.

- Você já tem 21 anos, Sasha. Vê se age como uma. – ele disse bravo e saiu, catando suas roupas.

Escutei o carro dele dando partida, e vi pela janela do quarto que ele havia saído. Vesti minhas roupas e chamei um táxi, indo para casa. 



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