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História The map leads to you - Penses-tu à moi?


Escrita por: xavisball

Capítulo 5 - Penses-tu à moi?


Fanfic / Fanfiction The map leads to you - Penses-tu à moi?

O primeiro dia de aula, até o momento, estava indo muito bem. Havia conseguido dormir direito, acordar no horário e até tomar um café da manhã mais reforçado. O professor do penúltimo horário liberara mais cedo, então estava aproveitando o mini intervalo para arrumar alguns dos meus materiais, anotar uns livros sugeridos para comprar, esse tipo de coisa.

Porém, até o momento, ainda não tinha trocado palavra alguma com Lavezzi – desde o show. Eu estava tentando ocupar minha mente com o início dos estudos, os altos e baixos da vida amorosa de Zlatan, e até mesmo tentando fazer novas amizades na faculdade. O fato de que ninguém ter me ‘’reconhecido’’, ou se sim, não ter feito perguntas e me assediado, estava sendo muito bom; era ótimo me sentir mais uma estudante, uma pessoa normal. Às vezes sentia alguns olhares sobre mim, mas esperava que fossem apenas por eu ser um rosto diferente ali.

- Sasha, vamos, o Sr. Martin já chegou. – Liz, minha primeira amizade feita lá, me avisara. Eu me encontrava em uma das mesas do refeitório.

Catei meu caderno e livros e guardei na mochila, a colocando em um dos meus braços. Corri para alcança-la e quando adentrei a sala, os outros alunos ainda se ajeitavam em suas respectivas cadeiras. Andei até o fundo e me sentei do lado de Liz.

Como estava apenas me transferindo da Universitat de Barcelona para a Universidade Paris-Sorbonne, eu já entrei numa turma que se conhecia muito bem por cinco semestres, e se iniciava o sexto. Mas, apesar disso, o curso de jornalismo era bem amplo e sempre tinha muita gente nova se envolvendo, onde fosse.

- Bom, como todos já bem sabem, serei o professor de Marketing e Comunicação de vocês durante todo o semestre. O plano de estudo completo já foi enviado no portal do aluno e está disponível para quem quiser imprimir e trazer para acompanhar as aulas. – o Sr. Martin começou a dizer, enquanto escrevia seu nome completo e formação no quadro branco.

 

A aula havia sido muito interessante, total sucesso. Eu gostei do sistema de ensino de lá, do jeito dos professores e inclusive dos meus companheiros de turma que tinham sido totalmente receptivos comigo e com outros novatos. Somente a língua francesa que ainda estava sendo uma dificuldade, mas nada que eu não iria superar com dedicação.

- Obrigada pela carona, Sasha. Quer dizer, já posso começar de chamar de Sah, não é? – Liz disse quando a deixei na porta de sua casa.

- Claro que sim, Liz. – ri baixo. – Te vejo amanhã, garota.

Fui para casa e, quando cheguei, Ibra estava se preparando para almoçar.

- Senta aí. Não tem nada para me contar? – ele me perguntou.

- Oi para você também, Zlatan. – debochei.

- Para de graça, Sasha. Desembucha.

- E o que o senhor que saber, Ibrahimovic?

- Essa história toda com Lavezzi, fiquei sabendo algumas coisas com o fofoqueiro do Pastore.

- Hum... a gente está tentando se entender, mas pedi um tempo para pensar. Muita novidade para uma pessoa só, entende?

- Mais do que entendo. Dizem pela imprensa que Helena está grávida de um ator de comédia aí. – o rosto dela murchou.

- Ela não merece o Rei. – eu respondi passando a mão pelos cabelos dele e ele sorriu em concordância.

- Verdade, preciso achar alguém que me mereça. E direi hoje ainda ao Ezequiel que ele tome todo o cuidado com a minha pequena ou está morto. – disse e beijou minha testa. – agora vamos comer.

 

Passamos o início da tarde vendo a programação que passava em um canal de esportes aleatório, até o momento que Zlatan precisava ir para o centro de treinamento.

Decidi que seria bom tirar algumas horinhas para estudar francês, e assim o fui fazer.

- Acho que vou mandar uma mensagem para o Pocho. – pensei alto, depois de me sentar em minha mesinha e colocar meu livro nela.

Peguei o celular e comecei a digitar.

‘’Ei, Pocho. Tudo bem por aí?’’ Queria ser mais sutil, mostrando que ‘’me preocupo, mas nem tanto.’’

Sem receber alguma resposta, me esforcei para focar nos estudos.

 

Algumas horas depois, minha cabeça já doía de tanto ler. Peguei o telefone para checar o horário e foi quando vi que havia uma mensagem ainda não lida.

‘’Oi, Sah. Tirando a saudade de você, está tudo bem. Saindo do treino agora. Espero que seu primeiro dia de aula tenha sido divertido.’’

Sorri. Ele nunca se cansava de demonstrar que gostava de mim, mesmo sabendo que eu tinha um pé atrás com isso. Lavezzi era o tipo de cara que não mudava nada por ninguém. E eu o admirava por isso.

Como eu já tinha conhecimento que o próximo jogo do PSG seria fora de casa e eles iriam viajar no dia seguinte, resolvi amolecer um pouco e chama-lo para fazer algo. Uma pequena angústia de saber que não poderia o ver nos dias seguintes me incomodou um pouco. Não queria ceder tão fácil.

Mas também não era justo com ele, que estava sempre presente para tirar um sorriso meu.

‘’Por que não passa aqui para eu te contar? Zlatan vai levar Max e Vin para passear e vou fazer o jantar.’’

Senti minhas mãos suarem e os batimentos acelerarem um pouco enquanto esperava por sua resposta. Maldita ansiedade.

‘’Claro que sim. Só passar em casa e vou para aí.’’

Enquanto esperava por Ezequiel, fui para cozinha ver o que tinha nos armários e pensar no que cozinharia. A vontade era de fazer uma macarronada, mas infelizmente a dieta dele não permitiria.

Resolvi, então, preparar uma salada crocante com frango e molho rose. Lavei os ingredientes e aproveitando o tempo para que o frango cozinhasse, fui tomar banho.

Escolhi um vestido florido de alcinhas, bem leve e que ia a um palmo acima de meus joelhos. Prendi meus cabelos num rabo de cavalo e deixei o rosto limpo.

Voltei para cozinha e comecei a picar as verduras e as juntei com o frango que havia desfiado. Preparei, por último, o molho e coloquei tudo à mesa. Por fim, fui escolher um vinho na adaga de Zlatan.

Quando voltei, Ezequiel já tocava a campainha. Pus o vinho e as taças junto com a comida à mesa e fui apertar o botão no interfone de abrir o portão.

- Oi. – ele disse quando passou pela porta.

O sorriso dele parecia estar mais incrível do que nunca e a barba, como sempre, dava um charme inexplicável. Lavezzi vestia bermudas pretas, uma camisa cinza com uma jeans por cima, boné, os sempre presentes colares e pulseiras e seus yeezys cinza e brancos. Definitivamente essa última sendo sua cor favorita. E como ficava bem nele...

- Oi, Pocho, - o cumprimentei com dois beijinhos em suas bochechas.

- Vem, vamos comer de uma vez que já estou com fome. – o puxei para a cozinha. Lá, a mesinha de madeira com lugar para dois já estava a nossa espera.

- Leu minha mente. – ele respondeu.

Nos sentamos, um de frente para o outro.

- Vinho argentino...tentando ganhar pontos comigo? – Lavezzi perguntou ao pegar a garrafa.

Ri.

- Eu gosto, ok?

Ezequiel abriu a garrafa e derramou em nossas taças, enquanto eu servia os pratos.

- Então, vai me contar sobre a faculdade? – ele decidiu puxar o assunto.

- Melhor que o esperado. Estou espantada com meu dom em fazer amizades nesses últimos tempos. – eu disse e ele sorriu balançando a cabeça.

- Fico feliz por isso.

- E você? O que tem feito?

- Ontem tirei o dia para passear com Tomi e hoje apenas treinei mesmo, não posso ficar fazendo muitas estripulias em vésperas de viagens. Acho que meus nervos possuem o dobro da idade que eu, não tem outra explicação para minhas dores pós viagem. Sério. – ele disse e eu gargalhei.

- Você é uma comédia, Pocho.

- Eu sei.

- E convencido.

- E lindo também. – Ezequiel completou e eu joguei um guardanapo nele.

Nos encaramos enquanto ríamos e nossas mãos acabaram se encontrando na mesa. Ele as olhou e fez um carinho, que foi retribuído por mim.

Pude sentir o quanto a presença dele me fazia bem.

Continuamos a comer e ele a fazer piadinhas de tiozão que eu não resistia em segurar o riso.

- Estava tudo uma delícia.

- Obrigada, Pochito. Mas acho que estou fraca para bebida, viu?

- Ou estamos os dois ou realmente bebemos muito. – ele respondeu conferindo o que restava na garrafa.

- Pelo visto é a segunda opção mesmo. – eu disse e nós dois caímos no riso.

- Espero não ficar de ressaca amanhã ou vou levar um sermão daqueles.

- Pois é, não devíamos ter tomado tantas taças.

- Ah, Sasha. Relaxa, vai. Deixa de ser tão quietinha. – ele elevou seu tom de voz.

- Hum, então está bom. Vamos passear?

- Como assim, menina?

- Sei lá, deu vontade de ir para o Arc de Triomphe.

- Então vamos. – ele disse e pegou o celular chamando um táxi.

- Você está sempre de bom humor, como consegue? – o perguntei e ele se virou para me olhar.

- Estou sempre alegre porque essa é a melhor maneira de resolver os problemas da vida.

- Como se isso fosse sempre possível... – revirei os olhos.

- Algo é impossível até que alguém duvide e resolva provar o contrário. E eu gosto de ser esse alguém.

- Você sabe ser interessante quando quer.

- Pelo visto vou ter que usar esse meu lado com você. – Lavezzi me respondeu e eu dei um tapinha em seu ombro.

Ouvimos a buzina do táxi e saímos de casa.

 

- É incrível isso aqui. – ele disse olhando para o Arc.

- 50 metros de pura beleza. – falei contemplando a obra.

- Para falar a verdade, venho bastante aqui. Olha lá, aquela é a minha favorita! – Pocho apontou para o canto esquerdo. Tudo é espetacular, mas aquela parte em especial me fascina.

Óbvio, como uma ótima apreciadora da história, eu já havia escutado e lido sobre o Arc. As referências à importantes batalhas, travadas pelo exército francês, como Aboukir, Ulm, Austulitz... O enaltecimento das glórias e conquistas do Primeiro Império Francês, liderado por Napoleão Bonaparte; mas ver aquela imensidão monumental me fez voltar meus pensamentos ao século XIX, e imaginar como aquele símbolo de patriotismo e orgulho francês havia sido projetado, construído e conquistado a população francesa.

Eu estava no paraíso.

- Por quê? - o perguntei me referindo a sua afirmação anterior. 
- Ah, foi ali onde tudo começou, na minha opinião. A batalha de Aboukir, a morte do general Marceau, e finalmente o Triunfo de Napoleão.
 - É... O que me deixa também encantada é a inevitável percepção da submissão do povo ao Estado e a crença, pelos populares, na vitória das forças armadas. 

- Você entende muito de história, hein? Ganhou alguns pontos comigo.

Ele riu.

- Acredite se quiser, mas era minha matéria favorita durante os tempos de escola. Vir para Paris reacendeu essa apreciação que eu tinha e tomei gosto de estudar sobre as obras arquitetônicas daqui. Podemos visitar mais algumas das próximas vezes.

- Conte com isso, Pochito. – eu disse e ele sorriu satisfeito.


Ficamos alguns minutos apenas apreciando aquela obra de arte, até que ele quebrou o silêncio:
- Ici repose un soldat français mort pour la patrie. 
- É o que? - questionei sem entender primeiramente o que Ezequiel havia dito, e então acompanhei meus olhares para onde os dele repousavam. 
 - As cinzas do soldado desconhecido que morreu na Primeira Guerra Mundial, elas repousam aqui desde 1920. 
 - Isso é assustador. 
 - Sim - ele disse rindo. 
 - Só digo que Jean Chalgrin foi um gênio para projetar essa belezura

Algumas pessoas que passavam ali nos pararam e pediram algumas fotos. O efeito do álcool já passava e o cansaço chegava na mesma medida.

- Acho melhor irmos embora. – bocejei.

- Sim, verdade. – ele conferiu o relógio. – amanhã acordo cedo e nem arrumei minhas coisas.

Pegamos um táxi que estava no ponto da praça e ele deu o meu endereço primeiro.

 

- Está em casa, milady. – disse quando paramos em frente à casa de Ibra.

- Obrigada por hoje. – peguei em sua mão.

Ele olhou e abriu um sorriso tímido.

- Vou esperar ansiosamente para a próxima vez.

Dei um selinho demorado nele e saí, encarando sua expressão de espanto com um sorriso sapeca no rosto.


Notas Finais


Vem reconciliação por aí?


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