— Vamos Remmy, rápido.— Exclamava a pequena loira puxando o irmão gêmeo.
— Crianças, esperem! — Ao ouvirem a voz de sua mãe, ambos pararam de correr e esperaram seus pais que estavam mais atrás
Toda essa animação havia um motivo, e se chamava: Hogwarts. Era o primeiro ano dos gêmeos Remus e Mary Lupin.
— Vocês parecem estar ansiosos — Comentou Senhor Lupin com um enorme sorriso, a alegria de seus caçulas era o motivo de sua felicidade.
— Muito! — responderam os gêmeos em coro.
O sorriso de Sr.Lupin foi desaparecendo assim que ouviu seu relógio aptar.
— Lamento crianças, mas eu tenho que-
— Nós já sabemos, papai.— Mary o interrompeu — O senhor tem que ir trabalhar...
— Até logo crianças, não esqueçam de enviar cartas!— O homem se despediu das crianças com um breve abraço e um beijo na testa, mas antes de se afastar e aparatar, cochichou no ouvido do filho:
"Livre-se do maldito gato”.
Simples.
O garoto apenas acenou com a cabeça, com sorrisos maliciosos, Sr Lupin desapareceu em meio a multidão.
Eles falavam de Fofo, ou como seus irmãos chamavam, Fodêncio, o gato récem-adotado pela garotinha, nome dado por Robbie, o irmão mais velho dos gêmeos, eles também tinham outra irmã, Lucy. Bem, Mary odiava o nome do gato, por isso chamava ele apenas de Fofo, porém ela era a única, os demais acreditavam que aquele gato era possuído por algum espirito das trevas.
— Queridos vamos atravessar? Vocês não vão querer perder o trem logo no primeiro ano.— Seu tom de incerteza trouxe de volta o nervosismo dos gêmeos, não tinha mais volta.— Seu pai me disse que se estiverem nervosos podem correr.
Os gêmeos trocaram olhares receosos. E se por um acaso a barreira não os deixassem passar? E se eles dessem de cara com a parede de tijolos -- seria hilário, mas decepcionante.
— Vamos juntos, O.K?.— Perguntou Remus e a loira apenas concordou, com as mãos trêmulas, ele segurou o carrinho onde tinha suas malas e as gaiolas de sua coruja, Estelar, e de Fodêncio. A garota sem pensar suas vezes, subiu encima do carrinho .
— E sério que vocês vão fazer isso ?— Perguntou a mãe deles com um sorriso bobo e balançando levemente a cabeça.
Eles fazem tudo juntos.
— Sim!— Responderam juntos.
— Pronta?
— Acho que sim, mas se eu der de cara com essa parede eu vou te-- Antes que terminasse, Remus empurrou o carrinho com todas suas forças, ambos fecharam seus olhos com medo da colisão que por sorte, não aconteceu. O cheiro de fumaça trouxe os de volta para a realidade, era como se estivessem sonhando, bruxos de diversas idades beiravam o trem, se despedindo ou se cumprimentando, Mary não pode deixar de notar que os vagões já estavam quase todos cheios
— Seu pai não mentiu quando disse que aqui era bonito— A mãe deles nunca havia ido a Hogwarts, pois era uma trouxa— Os vagões já estão cheios, se apressem e venham me abraçar!— Uma série de abraços apertados e avisos foram desferidos pela mais velha, seus caçulas iriam morar longe dela, como não derramaria algumas lágrimas?
— Bem, vocês sabem que seus irmãos queriam muito vir se despedir, mas sabem como é...Lucy trabalha e Robbie..— Sua voz falhou, tentando disfarça a tristeza que sentia, enfiou a mão em seus bolsos e estendeu um envelope em direção aos garotos—...não está em boas condições, mas eles tiveram a ideia de escrever uma carta...
-- Legal-- Remus guardou o envelope em seu bolso.
Desde que se conheciam como gente, Robbie estava doente, Mary não possui memoria alguma de seu irmão saudável e com a pele corada, ele era trouxa e não haviam hospitais locais muito bom para cuidar de sua situação. E Lucy estava estagiando como enfermeira, então quando não estava no hospital, ela estava com seu namorado.
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