História The marauders - Capítulo 5- Segredo cabeludo

-- Quantos dias de detenção?  --Perguntou Lilian sentando na cama de Mary.

   -- Três semanas...

   -- Mas porque você á azarou?-- Perguntou novamente .

  -- Bem, ela estava mexendo comigo e além do mais ela falou coisas que não devem ser ditas!

  -- Você poderia falar para o professor, ele poderia resolver.

   -- Tá! Mas eu já estava toda trabalhada no ódio, não consegui me segurar.

Mary estava se preparando para o restante do sermão mas o olhar de Lily suavizou.

-- Obrigada.

-- Obrigada por tê-la azarado? Eu sabia que você entenderia o meu lado.

-- Não. Eu sei porque você fez isso.

-- Você...

-- Eu estava sentado do seu lado, esperava mesmo que eu não ouvisse você quase matando ela?-- Riu.-- Só não faça mais isso, tá? Não quero que se meta em confusão pela minha causa.

-- Não foi só por sua causa, foi também questão de honra! Eu não iria deixar aquela otária achar que aquele pensamento é normal-- Mary desviou o olhar de Lily.-- E eu também não fui com a cara dela, o que contribuiu.

-- Aquilo foi demais!-- A porta foi escancarada pela negra que adentrou o quanto e foi em direção as garotas.-- Você é demais! Primeiro azara aquela nojentinha e depois zoou as cobras!

Mary sentiu suas bochechas queimarem com os elogios, mas tentou manter-se descolada para impressioana-la.

-- Valeu. 

  -- Aqueles seus colegas estão te procurando-- Falou Rose sentando-se ao lado de Lily.

Ainda constrangida, ela apenas acenou com a cabeça e desceu para o salão comunal, onde os demais estavam jogados no sofá esperando ela, com exceção de Remu.

-- Que acongteceu ?

   -- Remus .

   -- Oque aconteceu com meu irmão? --Perguntou receosa.

   -- Ele tá todo estranho, desde de manhã, vai ver é o jeito dele..-- Sirius deu de ombros.-- Mas do nada ele se trancou do banheiro e disse que estava passando mal e se recusou a ir para a enfermaria, aí pensamos que você talvez soubesse o que rolou.

Mary suspirou aliviada.

-- Não é nada demais, assim como meu outro irmão, Remus tem a saúde frágil e tá quase sempre doente...ele até costumava ir todo mês para a casa da minha outra irmã para fazer check-up.

    (MARY NÃO SABE QUE REMUS É UM LOBISOME)

   -- Ah sim..

Nenhum deles parecia muito convencido com sua explicação.

-- Estavam me esperando para ir jantar?-- Remus chamou a atenção dos outros enquanto saía do dormitório.

-- Sim, que bom que já está aqui, vamos?-- Petter puxou os amigos pelo pulso em direção as escadarias.

-- Vão na frente, vou espera Lily.
                  =x

    -- Aonde vai Remus? -- Pergunta o moreno chamando a atenção do amigos para Remus, que tentava sair despercebido.

   --Eu...? Eu vou ir á Vila,minha...mãe está doente e pediu que eu fosse lá-- Mentiu.

   -- Por que nossa mãe estaria na vila?-- Questionou Mary sentando ao lado dos demais.-- Ela se recusa a ir em um hospital, quem dirá uma vila bruxa. O que rolou?

   -- Não, não é bem a mamãe, é a...-- Remus não era conhecido por ser um bom mentiroso.-- Tia Lange, ela veio visitar uma curandeira e pediu que eu lhe fizesse companhia nesse momento tão difícil.

   -- Sério? Azar o seu, velha chata...

   -- Verdade, é melhor eu ir, você sabe que ela odeia atrasos, vou avisa-la que desejou a melhora dela.

   E assim o garoto sai correndo em direção a porta do salão

-- Vocês acham que ele não está...-- James tentava formular a frase cuidadosamente.

-- Mentindo?-- Completou Mary enquanto observava o lugar vazio que seu irmão antes ocupava.-- É, acho que sim-- Deu de ombros.

-- E você está de boa com isso?-- Petter perguntou incrédulo.

-- E eu vou fazer o que? Ele deve ter uma razão-- Falou enquanto colocava o peito de peru em seu prato.-- Vai ver ele tá com vergonha de dizer que vai a Ala Hospitalar porque está com dor de barriga.

Os garotos decidiram não questionar e apenas mudaram de assunto. 

         Alguns dias depois

   -- Sem magia? -- Perguntou o moreno.

  -- Sim-- Respondeu o monitor.

   Eles estavam na detenção, o castigo era limpar os troféus que estavam muito sujos, aparentemente nunca haviam se encontrado com uma esponja.

-- Não acham injustos nós estarmos em uma escola de magia e ter que fazer as coisa sem magia?! Hipocrisia.

-- Injusto mesmo é o Remus se safar por conta de uma "febrezinha", certeza que foi in-- Antes que Petter terminasse, foi interrompido. 

   -- Vamos logo com isso, quero ir dormir-- Mary bocejou enquanto esfregava o trófeu desleixadamente.

   -- AH!-- Ouvi-se um grito.

Todos viraram  assustados para ver o que era e viram Sirius com um pedaço de algo difícil de identificar -- Mas que por...

   -- Menos conversa e mais trabalho - Interrompeu o monitor de cabelos ruivos.

   Sirius permaneceu xingando baixinho.

   Após um longo trabalho nojento, foram liberados .

  -- Finalmente, aquilo foi a experiência mais nojenta da minha vida, e olha que durmo no mesmo quarto que o Petter! E--

 James parou de falar, o que acontecia raramente.

-- Eu sabia!-- Petter comemorou aos sussurros.-- Eu falei que ele tinha inventado, olha o safado bem ali!

Mary só viu um vulto passando rapidamente pelos corredores.

-- A onde quer que ele vá, ele vaicom pressa...Vamos segui-lo!

-- Mas e se Filch pegar a gente?! Não aguento mais detenção.-- Sussurrou Petter.

-- Era só o que faltava, um Remus 2! Se quiserem ficar, fiquem-- Sirius deu passos a frente com James em seus calcanhares.-- Mas nós vamos segui-lo e desmascara-lo!

-- Que droga-- Xingou Mary enquanto pegava na mão de Petter e o puxava para alcançar os outros.-- Odeio quando o Sirius tenta usar frase de efeito!

   Os quatros seguiram o garoto sem atrair a atenção do perseguido e nem de nenhum monitor, segundo Sirius aquilo era o destino, mas a experiência de Mary dizia que algo estava errado. Remus saiu da escola, e foi em direção a uma árvore bem grande que balançava seus galhos violentamente, o Salgueiro Lutador, Mary tentou lembrar de alguma aula que pudesse se relacionar com aquilo mas nada vinha a mente, ou isso era um sinal que Remus mentia para ela há tempos ou que ela precisava estudar mais.

A segunda opção pareceu mais coerente.

Ele começou a jogar umas pedrinhas na árvore, e só parou de joga-las quando a árvore parou, aquilo era muito estranho. O garoto sem saber que os amigos o seguiam , entrou dentro de um túnel.

   O túnel ia em direção a uma casa.

   --  Oque ele tá fazendo aqui? -- Perguntou Mary saindo do túnel com a ajuda de Sirius .

  -- Eu não sei. Vamos, ele foi por ali--Apontou para a porta que Remus adentrara.

  Mas estava dando certo de mais para ser verdade.

Desta vez, quem estragou o plano foi James, que sempre queria ver mais que os outros, sua curiosidade quase matou seus amigos.

Caso ele fosse um curioso cauteloso, seria outra história, mas na tentativa de chegar mais perto da porta, ele acabou pisando no pé de Petter que já estava histérico o suficiente que se atrapalhou e bateu-se contra Sirius, que estava agachado, que caiu sobre Mary que estava atrás dele.

O estrondo de sua queda chamou a atenção de Remus, que olhou para os amigos petrificado.

-- Você não estava com febre?-- Questionou Mary enquanto se levantava do chão frio.

-- O que estão fazendo aqui?-- Remus gritou com ódio enquanto caminhava na direção dos demais-- Só saiam logo, por favor! Andem!-- Ele tentava desesperadamente empurrar os amigos de volta para o túnel mas sem sucesso.

-- Tu acha que tá com moral, é?-- James cruzou os braços ignorando o desespero do amigo que se distanciou quando percebeu que não conseguiria tira-los dali.-- Anda, desembucha.

-- Vocês não entenderiam..-- Remus andava de um lado para o outro enquanto passava as mãos pelos cabelos.-- É perigoso..eu não quero machuca-los, eu nunca me perdoaria...-- Lagrimas de desespero enchiam seus olhos, seu corpo todo tremia.

-- Do que você está falando, Remmy?-- Mary riu nervosa, ver o irmão naquele estado estava a deixando sem ar.-- Você não vai nos machucar, por que faria isso?

  -- E-Eu-- Sua voz falhava, ele chorava desesperadamente, Mary tinha a esperança de ser só uma pegadinha, se aproximou rapidamente do irmão tentando acalma-lo, mas ele desviou dela, seu olhar tornou-se diferente, como se estivesse enojado.-- Eu sou um lobisomem.

-- Não, Remus...acho que está delirando, tomou seus reme-

-- Tudo foi uma mentira..-- Ele interrompeu.-- Essa é minha doença de verdade, por favor saiam-- Ele soluçava.--Vocês tem que sair daqui antes da transformação.

Mary não se mexeu, talvez ela nem conseguisse. Ela saberia se Remus fosse um lobisomem, ele estão sempre juntos.

Mas Remus não é do tipo de fazer essa brincadeiras.

Então..?

  -- Vamos-- James estava pálido, ele tentou puxar a garota mas ela se desvencilhou dele.-- Mary.

-- Não pode ser verdade...se não você teria me contado...-- Mary olhava confusa pro irmão.

Antes que ele pudesse responder, suas pernas fraquejaram e ele caiu no chão, contorcendo-se como se estivesse sendo torturado, seus gritos agoniados iriam perseguir Mary pelo resto de sua vida.

Mary não enxergava e nem sentia de nada, não sentiu nada quando James lhe agarrou e a puxou para o túnel. Ela não se lembrava de correr para não ser morta pelo proprio irmão, também não lembrava de quando ele alcançou ela.

         DISCRIÇÃO PLEASE