História The Marauder's Map - Capítulo Cinco.

– CAPÍTULO CINCO –

*Remo.

Agora Remo estava sentado debaixo da faia sobre a sombra, com Tiago, Sirius, Pedro com ele a sua volta, Remo estava lendo um grosso livro de História da Magia, Tiago estava brincando com um pomo de ouro que havia afanado, Rabicho olhava entusiasmado para o amigo deixando o pomo escapar e pegando novamente, com hábeis reflexos, mas Sirius parecia levemente irritado com o que Tiago estava fazendo. Tiago sempre fazia aquilo, normalmente para se exibir, mas dessa vez ele não parecia estar se importando se as pessoas olhavam ou não, parecia querer treinar de verdade.

Haviam se passado duas semanas desde o primeiro treino, e o time não havia parado de praticar nem por um segundo, aquela taça era realmente muito importante para eles. Remo ainda se sentia um tanto quando culpado pelo time não estar indo tão bem quanto o esperado, por culpa de Elifas, mas o que ele podia fazer? Realmente, depois que a mãe de Remo resolveu ler mais um pouco sobre o mundo mágico, para saber mais sobre o mundo do seu filho e de seu marido, após descobrir que “lobisomens ficam mais agressivos aos dezessete anos” ficou muito preocupada com o filho, a mulher havia ficado muito doente nos últimos tempos, e aquilo preocupara demais Remo e seu pai, então depois dessa preocupação, o pai dele o pediu para sair do time de quadribol - por ser um jogo perigoso e as vezes um tanto agressivo - para acalmar um pouco sua mãe, e o menino, um tanto triste e contrafeito aceitou, e Remo teve que inventar que o “médico psicólogo” dele, havia o pedido para não jogar.

Depois de alguns minutos, Sirius pareceu ir falar alguma coisa para Tiago, como se fosse pedir para ele parar de brincar com o pomo, mas incrivelmente, o garoto guardou o pomo no bolso antes que Sirius mal abrisse a boca. Rabicho pareceu meio chateado, e Sirius franziu o cenho, Remo também estranhou, Tiago estava meio diferente aquele ano, parecia mais na dele, sem querer aparecer muito, o que não era bem uma atitude normal da parte do amigo. Depois de guardar o pomo, Tiago começou a olhar para as garotas a beira do lago, mas Remo sabia que o termo certo não era bem “as garotas’ e sim “a garota”, Lílian estava sentada a beira do lago, juntamente a Dorcas e a Maria.

Um tempo mais tarde naquele dia, Remo se separou dos amigos e foi pegar outro livro para ler na biblioteca, estranhamente, até que a bibliotecária, que não gostava de nenhum aluno, parecia ter simpatizado depois de todos aqueles anos, com Remo.

O garoto estava pesquisando títulos e mais títulos de livros a sua frente, muitos ele já havia lido, ele estava procurando algum livro sobre transfiguração, pois não tinha lido nenhum no mês ainda, e por falar em mês, Remo estava realmente muito cansado, seu corpo ficava dolorido com muitos movimentos, estava mais estressado e enraivecido, e seus olhos já estavam fundos e com olheiras não muito notáveis ainda, mais era apenas o começo.  A lua cheia estava se aproximando. Finalmente, o garoto encontrou um livro bom que ainda não havia lido, tinha uma exuberante capa roxa com letras douradas que diziam: “TRANSFIGURAÇÃO – V. III: Sétimos Anos”, então ele pegou o livro, encontrou uma mesa no canto do lugar, pois na maioria das vezes preferia ficar sozinho quando estava lendo, e desacatou a ler.

Ficou um bom tempo assim, apenas lendo e tentando decorar as coisas mais importantes que passavam pela sua cabeça, quando finalmente terminou o livro, – ele lia bem rápido – fechou a capa e levantou a cabeça para observar as pessoas que estavam na biblioteca, sempre muito poucas, e ninguém que ele conhecia, isso particularmente o incomodava um pouco, mesmo perto dos N. I. E. M’s ninguém se importava tanto em estudar. Quando percebeu que em frente à sua mesa havia uma garota, de grandes cabelos castanhos e lisos que nas pontas acabavam em cachos, era Emmeline, Remo estranhou um pouco, Emmeline não andava muito pela biblioteca, odiava ler.

A garota segurava um livro e estava olhando para outro canto da biblioteca, esticando o pescoço, como se procurasse alguém, depois ela virou sua cabeça para trás e finalmente percebeu que Remo estava ali, nisso ela andou até ele e se sentou na cadeira em frente a dele na mesa, colocando o livro de capa azul-turquesa em cima da mesa em frente ao de Lupin.

- Oi Remo, você viu a Marlene?

- Marlene? – Remo fingiu pensar – Acho que não, vai ver não está aqui. – Remo abriu o livro que acabara de ler e foi em uma página aleatória, fingindo ler. Desde o quinto ano Emmeline nunca falara com Remo, desde que eles haviam terminado... e ele não gostava muito de falar com ela, não depois do que ela havia feito, mas ele sempre fingia que estava tudo bem, e pretendia continuar fingindo.

- É que eu marquei com ela de estudar da biblioteca, sabe? Para os N. I. E. M’s, mas ela nem se importou de aparecer...

- Deve estar chegando. – Disse Lupin, rapidamente, sem tirar os olhos do seu livro. Emmeline percebeu o incomodo dele.

- Não precisa falar assim comigo, sabia? Ser tão seco. Não é porque não estamos mais namorando que não podemos ser amigos...!

- Foi isso o que eu tentei te dizer quando tínhamos quinze anos, mas em vez disso você preferiu me ignorar e depois no outro ano começar a namorar com um dos meus melhores amigos só para me irritar. – Emmeline corou, e ficou meio sem jeito, Remo continuou sério, ainda sem tirar os olhos do livro.

- Acha mesmo que foi por isso que eu comecei a namorar com o Sirius? – Emmie enraiveceu-se – Escuta aqui, eu pensei que estava apaixonada por ele... acontece as vezes! Desilusões amorosas, todo mundo tem.

- Olha, eu não acho que tenha sido por isso que você começou a namorar com o Sirius, eu tenho certeza! Você beijou ele na frente de todo mundo depois que ganhamos o primeiro jogo contra a Sonserina no ano passado, só para me irritar, e conseguiu, depois gostou do efeito disso e começou a ficar com o Sirius a todo momento, até começarem a namorar de vez. Isso foi muito baixo.

- Não! – Emmeline se levantou da cadeira – Por um momento eu achei realmente que estava apaixonada pelo Sirius, porque ele me tratou incrivelmente bem a vida inteira, eu sempre tive um carinho gigante por ele, isso não teve nada a ver com você! – Remo não se moveu, começou a ignorar Emmeline, o que a deixou ainda mais enraivecida – Mas se você quer mesmo saber, um dos motivos para eu gostar tanto do Sirius no nosso relacionamento, era porque eu tinha certeza de que ele era um cara incrível e que não ia terminar com a namorada dele quando ela estava muito apaixonada com a desculpa mais idiota que se pode existir no universo! – Ela começou a lacrimejar, e foi embora, batendo o pé.

No começo do quinto ano Remo havia começado a namorar Emmeline, mesmo sabendo os riscos que corriam, os riscos que tinham de ela o descobrir..., mas ele arriscou, porque estava extremamente apaixonado. Mas ao longo do tempo, Emmie começou a se preocupar amis com Remo, e queria saber o que ele tinha e o porquê que andava agindo tão estranho, ele não podia contar a verdade, o que acabavam gerando muitas brigas, brigas que acabavam sempre com ela o chamando de mentiroso. Em uma hora, Remo ficou realmente preocupado com Emmeline, ele era muito perigoso para ela, então ele disse a ela que não sentia mais nada por ela, inventou aquela desculpa boba de que não estava mais dando certo e de que ele não queria engana-la, mas ela não levou na boa. No outro ano começou a ficar com o Sirius, logo começou um namoro, e o pior de tudo era que Remo tinha certeza de que Sirius gostava muito de Emmeline, mais do que gostou de qualquer outra garota, Remo não queria estragar aquilo, mas ele tinha certeza absoluta de que Emmeline estava enganando Sirius, assim como estava engando a si própria também.

Depois que Emmie saiu, Remo notou que ela havia esquecido seu livro na mesa, foi quando notou que não era um livro, e sim um caderno. Remo abriu para ver do que se tratava e viu que era o diário de Emmeline. Sem querer se intrometer nas coisas dela, ele o fechou imediatamente, mas também resolveu não deixar o caderno jogado ali, qualquer um poderia chegar e ler ele, então o pegou e colocou em sua mochila, depois foi andando em direção a sala comunal, tinha que devolver o caderno a ela, afinal de contas.