Na segunda durante meu almoço fui visitar minha mãe na mansão.
— Querida... — ela me olhou surpresa — Você não voltou para casa ontem, está tudo bem? — ela perguntou dando espaço para que eu entrasse.
— Sim, está. Vim falar do dinheiro, já está na minha conta. — falei e então lembrei do papel que eu tinha assinado, tirei da bolsa e entreguei para ela. — De quanto a vovó precisa?
— Do que está falando? — ela perguntou confusa e se fazendo desentendida.
— Eu escutei quando fomos contar para ela.
— Não sei do que está falando. — minha mãe falou e eu revirei os olhos.
— Dona Sofia, por favor, eu escutei que a vovó está devendo seu colégio, seu curso técnico e com os jogos do vô. Então, qual o valor para eu lhe dar e você resolver isso? — perguntei segurando seus ombros e ela respirou fundo.
— Sabia que você iria escutar a conversa, não queria que você escutasse. Eu tinha que ter resolvido isso, mas não consegui... — abracei minha mãe interrompendo sua fala.
— Mãe, apenas o valor. Nós vamos conseguir, estou aqui para ajudá-la, e não julgá-la.
— Obrigada. — ela me soltou e eu vi que a mesma chorava. — Você foi a melhor coisa que me aconteceu. — sorri abaixando a cabeça envergonhada.
—Tive uma ótima criação e faria de tudo para vê-la bem. Assim como você fez de tudo para ajudar a vovó. — minha mãe me abraçou e eu senti meus olhos se enxerem de lágrimas.
— Sua vó me mandou as contas dela, eu estava calculando tudo esses dias e tentando negociar com o banco e tudo mais, consegui diminuir o valor se pagar a vista mas com os apostadores não tive escolha, tenho que pagar tudo. — ela engoliu a seco e eu a olhei desconfiada.
— O que foi? — perguntei segurando suas mãos.
— Nada. Vem comigo. — ela me guiou pelos corredores até o quartinho que ela ficava no final da casa. —Esse é o valor, você tem? — ela perguntou me olhando
—Sim, os 15% da para pagar tudo isso e ainda vai sobrar um pouco. — suspirei triste já que não poderia comprar a casa agora.
— Então, deposite na minha conta que eu farei os pagamentos — assenti e respirei fundo — Que foi? — ela perguntou acariciando meu rosto.
—Queria poder comprar logo a casa de vocês, mas com esse valor não vai ser possível, só depois dos 3 meses.
— Mas podemos olhar e negociar, até dar a entrada.
— Verei com o Justin. — disse tranquilizando-a — Vou no banco e pedir para mandar para sua conta, esse valor — ela assentiu e eu dei um beijo em sua bochecha me levantando.
— Onde você está? — ela perguntou antes que eu saísse do quartinho, olhei para minha mãe respirando fundo. Não tinha falado com Justin sobre esse momento.
— No apartamento de Justin, não se preocupe, estou bem. — disse sorrindo sem mostrar os dentes — Mas preciso ir, antes que o horário do meu almoço acabe. — ela assentiu.
— Ainda quero que me explique isso. — ri fraco.
— Claro, mãe. — sai do quarto respirando aliviada e segui até a ranger.
[...]
Voltei para casa e Justin já tinha chegado, deixei minha bolsa no sofá e segui até a cozinha. O cheiro e a luz acesa da cozinha estava me deixando intrigada. Parei na porta vendo Justin de bermuda com um avental.
— O que está fazendo? — perguntei estreitando os olhos, segurava o riso olhando a cena.
— Nosso jantar, achei que ia demorar para chegar. — ele soltou os talheres e veio até mim, selando nossos lábios.
— Não estou acreditando que você está preparando o jantar. — disse tirando os saltos e indo para perto dele.
— Sim, estou. Deveria aproveitar e tomar um banho. — ele falou me olhando de lado.
— Está dizendo que eu estou fedendo? — perguntei me afastando dele.
— Não! — ele riu — Apenas que você pode ir tomar banho que eu estou preparando tudo.
— Tudo bem. — disse me rendendo e segui para o quarto.
Após o banho, coloquei meu pijama, um macacão de alça fina com as cores azul piscina e bordados brancos na parte dos seios e na barra do short.
Voltei para a cozinha e Justin mexia em seu celular.
— Vai queimar a comida assim. — disse atraindo sua atenção, ele sorriu.
— Já está pronto, estou esperando você. — ele falou soltando o celular na bancada.
— O que fez com a mesa de jantar? — perguntei notando que a mesma não estava no lugar dela.
— Vamos comer na varanda hoje. — ele falou sorrindo.
— Lá é frio à essa hora.
— E daí? — ele perguntou pegando algo no forno — Vai! — ele apontou com a cabeça e eu ri balançando a mesma.
Segui para a varanda e vi a mesa posta, com velas eletrônicas e duas taças de champanhe. Ele trouxe um carrinho com a garrafa de vinho e a travessa.
—O que você fez? — perguntei já sentada no meu lugar.
— Lasanha. — ele sorriu orgulhoso e eu ri fraco. Justin se sentou do meu lado e serviu nossos pratos.
— O que estamos comemorando? — perguntei fitando o loiro que sorriu
— Nada, apenas quis fazer o jantar. — ele disse dando de ombros.
— Você me fez uma mega surpresa ontem, hoje fez o jantar, o que devo esperar para amanhã?
— Se quer eu paro — ri e neguei com a cabeça.
— Claro que não, mas não conversamos sobre falar com nossas famílias. — disse me lembrando do meu almoço.
— O que quer dizer? — ele deu uma garfada em sua lasanha e eu analisei ele comer — Devia provar, está uma delícia! — ele sorriu orgulhoso e assim fiz, realmente estava gostosa.
— Fui falar com minha mãe hoje e ela queria saber onde eu estava, já que não voltei para casa.
— O que você disse? — ele perguntou dando um gole no vinho.
— Que eu ainda estava aqui e que precisava ir embora. — ele riu.
— Vamos contar para eles no momento certo. — Justin falou — Até lá, você vai ficar aqui por causa do advogado que é doido.
— Não quero mentir. — disse fitando Justin.
— Nem eu, mas não quero chegar lá e dizer então o casamento deu certo, estamos juntos e é isso. — suspirei e dei uma garfada na lasanha.
— Tudo bem, Justin. — disse comendo a lasanha quieta.
— Eles vão ficar surpresos, meus pais, principalmente. — ele falou atraindo minha atenção — Não quero que eles fiquem esperançosos. Você sabe... — ele falou segurando minha mão — Vamos com calma, por favor.
— Já moramos juntos, já nos casamos e agora você quer ir com calma? — ele riu e beijou as costas da minha mão.
— Sim, começamos errado, então vamos tentar fazer as coisas certas, agora.
— Tudo bem. — ele sorriu de maneira fofa e eu me desmanchei, deixando isso para lá. Juntei nossos rostos iniciando um beijo.
— Melhor comermos. — ele disse sorrindo malicioso, assenti voltando a comer a lasanha e saborear o vinho.
Ao terminarmos de comer seguimos para a sala, para terminar de tomar o vinho e continuamos a conversar sobre coisas aleatórias.
[...]
No dia seguinte, liguei para minha mãe confirmando se o depósito tinha sido feito.
— Senhorita Miller. — Eloisa disse e eu a olhei esperando para que ela continuasse — Tem um rapaz querendo falar com você — ela disse e eu estranhei, mas me levantei indo até a entrada da loja. Um rapaz de terno, sorri ao ver Chaz.
— O que faz aqui? — perguntei cumprimentando ele com um abraço.
— Justin me mandou para te ajudar com a casa. Conheço um corretor de imóveis e já pedi algumas casa, ele me mandou e eu selecionei as melhores. — ri fraco.
— Não acredito que Justin fez isso. — disse balançando a cabeça — Vamos pra minha sala. — guiei ele até minha pequena sala.
— Muito espaçoso — ele disse rindo — Justin surtaria se entrasse aqui.
— Querido, eu surto estando aqui. — ele gargalhou e se sentou na cadeira na frente da mesa.
— Bom, aqui está algumas casa. — ele falou abrindo seu computador — Como não sei quanto você tem, não selecionei por preço.
— No momento não tenho muito. Praticamente todo o dinheiro que recebi foi para pagar as contas da minha família. — suspirei frustrada.
— Justin sabe disso? — ele perguntou confuso.
— Não, preferi não contar. Não achei que ele ia mandar alguém pra me ajudar a achar uma casa.
— Esse é o Justin apaixonado! — Chaz falou sorrindo — Melhor versão dele! — sorri involuntariamente.
— Estava pensando em dar uma entrada na casa com o dinheiro que sobrou, algo assim. — disse mudando de assunto.
— Pode ser, olha essas casa e você me diz como quer a casa. Vou ver o que consigo!
— Tudo bem, vamos olhar! — disse pegando o computador e olhando as casas.
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