História The Marriage Contract - Agora é oficial.

Estava pronta com uma blusa branca com flores coloridas e as mangas caídas, uma calça preta rasgada, um tênis branco, um colar de borboleta, um brinco com o formato de um triângulo com pedras dentro e algumas pulseiras com relógio. Fiz um babyliss rápido em meu cabelo e prendi uma mecha de cada lado atrás da cabeça. Minha maquiagem estava básica, com um delineador de gatinho, sombra marrom e um batom rosado. 

-Estou pronta! – disse saindo do quarto, já que Justin ainda estava no banho.

-Estou quase pronto. – ele falou e eu revirei os olhos. 

Depois de 30 minutos ele saiu com uma blusa básica preta, uma blusa quadriculada preta com branca por cima, uma calça preta, um tênis azul e um chapéu preto.

-Está bem preto hoje. – disse e ele se assustou, ri fraco e sai da cozinha. 

-Vamos. – ele disse e eu peguei minha bolsa na cama saindo do apartamento. 

[...]

Justin parou sua Ferrari na frente da mansão e nos descemos. Bieber deu a volta na casa e vi que iríamos comer do lado de fora. Patricia já estava na mesa, lendo uma revista. 

-Chegamos! – Justin falou recebendo a atenção da mãe.

-Até que fim! – ela falou – o que quer me dizer? - perguntou se levantando e parecia aflita - não é nada que vá nos prejudicar não é? - ela disparava fazendo Justin me olhar.

-Vocês chegaram. – Jeremy falou – podemos almoçar? Estou com fome. – ele disse vindo para a mesa.

-Não, ele vai contar primeiro. – Patricia disse séria, Justin me olhou segurando o riso. 

-Calma mãe. - Justin falou indo abraçar a mãe, me sentei-me à mesa e vi meus pais saírem da casa.

-Estamos atrasados? - minha mãe perguntou e eu neguei me levantando, abracei os dois e nos sentamos.

-Ok, agora vocês vão contar. – Patricia falou.

-Mãe, calma. A senhora está muito nervosa. -Justin falou e nós rimos.

-Claro. Você disse que tem algo para me contar, assim do nada. - ela olhou para mim e arregalou os olhos - você está grávida? - minha mãe me olhou e eu neguei com a cabeça.

-Não, não estou grávida, Patricia. - ela suspirou aliviada. 

-Vamos comer. – Jeremy falou se servindo e assim fizemos. 

Depois de todos terminarem a comida nos sentamos na tenda armada perto da piscina.

-Então, gente – Justin fez uma pausa dramática, o que me fez ri – o que tenho a dizer interfere nas duas famílias – meus pais me olharam preocupados – como sabem o advogado falou que caso algo pareça suspeito ele vai pedir o dinheiro de volta.

-Ele pode? - minha mãe perguntou preocupada.

-Foi o que ele disse, mas não vamos deixar acontecer – Patricia assegurou - o que foi Justin?

-Só queria dizer que, antes de sabermos disso, - Jeremy olhou confuso.

-Nos? Nós quem? - ele perguntou olhando fixamente para o Justin.

-Me deixem terminar – o loiro implorou, já irritado. - eu e Chloe estamos juntos – todos olharam confusos.

-Sim, vocês são casados, sabemos disso – minha mãe falou e Pattie concordou.

-Não é isso – disse atraindo a atenção deles – agora é de verdade, sem ser pelo contrato. - disse e eles nos olharam surpresos.

-Vocês estão namorando? - meu pai perguntou pela primeira vez dizendo algo.

-Sim, estamos – disse mordendo meu lábio inferior.

-Como isso aconteceu?- Patricia perguntou se levantando.

-Bom, depois que oficialmente dei a parte dela no contrato. Como teoricamente tinha acabado o contrato, eu a pedi em namoro quando chegamos em casa -  Justin falou sorrindo e me olhando. 

-Isso é sério? - Jeremy perguntou se levantando também.

-Sim, pai. – Jeremy sorriu largo assim como Pattie. 

-Meu deus, não acredito. – ela disse abraçando o filho, meus pais ainda estavam processando a informação. 

-Não acredito que agora é real. – Jeremy falou nos fazendo ri - parabéns! - ele me abraçou e logo se sentou, olhei para meus pais e minha mãe se levantou.

-Parabéns! - ela disse me abraçando - por isso ainda está na casa dele. – ela falou e eu assenti.

-Quando isso aconteceu? - meu pai perguntou sério.

-Na lua de mel – Justin falou – conversamos e descobrimos que ambos estavam escondendo os sentimentos por achar que não era correspondido, então decidimos tentar, mas não tínhamos "oficializado" e eu decidi que precisávamos, por isso escolhi o dia que o contrato “terminou’’”. 

-Você é muito romântico. – minha mãe falou sorrindo sem mostrar os dentes – fico feliz por vocês.

-Obrigada! – disse dando um beijo em sua bochecha.

-Não magoe minha filha. – meu pai falou se levantando e vindo ate Justin - não matei o ultimo, mas você pode não ter a mesma sorte – ele disse baixo apenas para Justin escutar, mas eu estava ao seu lado e cutuquei meu pai.

-Não faça isso. – disse brava.

-Estou apenas avisando, creio que ele sabia... – interrompi meu pai suspirando. 

-Sim, pai ele sabe, não é a mesma coisa. 

-Tudo bem. – ele me abraçou e deu um beijo na minha testa - só quero que você seja feliz – sorri.

-Eu sei pai, Justin me faz feliz - ele assentiu e se sentou. 

-Sim, estamos felizes, como não estávamos há tempos – Justin falou me abraçando de lado, sorri largo e ele beijou minha bochecha.

-Que foto linda – Patricia falou e olhei para minha sogra, a mesma segurava seu celular. - fico feliz por Justin ter achado uma menina boa para se relacionar. - ela disse animada.

-Também mãe. No final o casamento não salvou apenas a empresa – ele disse e eu olhei surpresa para ele.

-Que lindo – disse apaixonada com sua frase. 

-Sou lindo eu sei – ele disse convencido me fazendo revirar os olhos e tirar o sorriso do rosto.

-Convencido – disse me afastando dele.

-Agora vamos embora, pois vamos ao cinema – ele disse se despedindo da família e eu fiz o mesmo. 

-Até depois – disse e segui com Justin para seu carro – viu nem foi tão difícil.

-Não mesmo, minha mãe apenas quase enfartou.

-Ainda mais quando ela suspeitou que eu estivesse grávida. 

-Foi engraçada a cara dela – Justin falou rindo.

[...]

Depois de longos minutos no trânsito chegamos ao shopping. Passamos as portas automáticas e Justin entrelaçou nossos dedos. 

-Vamos logo comprar os ingressos? - perguntou o loiro e eu o olhei.

-Os ingressos e ai andamos pelo shopping – ele assentiu e me roubou um selinho. Sorri com o gesto. 

Andamos pelos corredores do shopping na direção do cinema, eu olhava as vitrines vendo as roupas, já Justin olhava para frente.

-Você vai acabar esbarrando em alguém – Justin falou e eu o olhei, o mesmo estava sério. 

-Estou prestando atenção no caminho – argumentei ainda o olhando e ele olhou para frente novamente.

-Tudo bem – Justin respondeu, ele não parecia feliz com minha distração. 

Paramos na fila do cinema e eu olhei os filmes em cartaz. 

-Qual vamos ver? – ele perguntou me abraçando por trás e apoiando seu queixo no meu ombro. 

-Que tal guardiões da galáxia volume 2? – perguntei olhando para ele, que apenas concordou com a cabeça. – tem uma sessão daqui à uma hora – falei animada e ele beijou minha bochecha.  

-Como quiser – ele disse baixo, deixando sua voz ainda mais rouca e sexy, os pelos do meu corpo se arrepiaram e quando Justin percebeu riu fraco beijando meu pescoço. Ele ajeitou sua postura e eu sorri. 

Um relacionamento que tinha começado de maneira errada, mas tinha se encaminhado e se possível nunca terminaria. 

-No que está pensando? – ele perguntou me apertando, ri pelo nariz me virando para ele.

-Em como nossa história começou errada – ele apertou minha cintura e pareceu pensar.

-Só porque nos casamos antes de nos conhecer? – ele perguntou me olhando com a cabeça torta, como se aquilo não fosse nada além de um pequeno detalhe.

-Pessoas normais não fazem isso – disse passando meus braços pelo seu pescoço e ele sorriu.

-Ainda bem que não somos normais – juntei nossos rostos, iniciando um beijo romântico. Mesmo que me sentisse incomodada com os olhares, continuei ali, aproveitando a melhor coisa do mundo. Separei-me de Justin e olhei para a fila, vendo que a mesma tinha andando, o puxei que riu com nossa falta de atenção.

Alguns minutos depois e estávamos no caixa comprando dois ingressos para o filme. Como o tempo que faltava decidimos passear pelo shopping. 

-Vai querer doces? – Justin perguntou, passando seu braço pelo meu ombro e me puxando para perto dele, um gesto provavelmente de ciúmes, já que um grupinho de rapazes tinha acabado de passar e me olhavam fixamente. 

-Quero – disse com a voz fina, ele riu e eu bati em sua barriga. 

-Você pareceu uma criança – ele falou apertando minha bochecha esquerda. Revirei os olhos.

-Me deixa Bieber – falei fazendo ele ri ainda mais. 

-Não deixo senhora Bieber – Justin disse me cutucando, mas não me importei, foi naquele momento que percebi que eu era a senhora Bieber, esposa de Justin. Se algo desse errado, não teríamos apenas que terminar, mas sim se divorcia. E se não déssemos certo nesse período que o advogado tá de olho? Como iriamos continuar fingindo? 

-O que aconteceu? – Justin perguntou preocupado, balancei a cabeça e vi que estava parada olhando para o chão. Senti sua mão em meu queixo e olhei para ele – Que foi Chloe? – ele estava com a testa franzida, extremamente confuso. 

-E se não dermos certo? E se brigamos feio nesse período? E se não continuamos fingindo bem se algo der errado? – disparei o fazendo dar um passo para trás. 

-Por que está pensando nisso? Achei que estivesse feliz – ele perguntou magoado, mas ainda sim confuso. 

-Estou e muito. Mas não sabemos como isso vai rolar, podemos brigar e terminamos, não agora, pode acontecer daqui a um tempo. Estou apenas pensando nas possibilidades, se não dermos certo agora podemos acabar perdendo o dinheiro. 

-Não deveria pensar nisso, Chloe. Estou bem e eu não pretendo terminar com você – ele parou de fazer e vi sua expressão muda completamente, ele estava arrasado – você quer terminar comigo? – perguntou receoso e eu o abracei.

-Não, Justin, obvio que não. Só não quero que algo ruim nos aconteça. – disse e fechei os olhos sentindo o cheiro de seu perfume, ele me abraçou de volta, me apertando em seus braços tatuados. 

-Nada vai acontecer. Tirar isso da cabeça, por favor. Não me assusta assim – ele disse baixo e eu senti meus olhos se enxerem de lágrimas. 

-Desculpa – pedi baixinho e ele me apertou mais, sua camisa foi molhada pelas minhas lágrimas e o mesmo me soltou. 

-Não chora. Você está certa em ter essas preocupações, eu que sou idiota e não pensei nisso. – ele segurava meus braços me olhando nos olhos, fechei meus olhos respirando fundo – não quero perder você – ele falou e eu sorri abrindo os olhos para ver suas órbitas caramelos.

-Nem eu, Justin. É só que, agora eu sou a senhora Bieber e estamos juntos de verdade, muita coisa para pouco tempo. Há três meses eu estava solteira terminando minha faculdade. 

-Eu estava indo a festas e pegando geral, agora estou aqui com você e não quero pisar em uma festa. As coisas mudam e às vezes para melhor. Vamos apenas viver o momento, quando os problemas chegarem nós lidamos com eles, que tal? 

-Ótimo – ele sorriu de lado e selou nossos lábios. Passei a mão no rosto tirando qualquer vestígio de lágrimas e voltamos a caminhar até a loja de doces.

Ao sair da loja, passamos por uma loja de bebês e um enxoval rosa me chamou atenção, o que me fez parar para olhar. 

-Já está pensando nos pequenos Justin? – ele perguntou rindo e eu balancei a cabeça negando.

-Ainda não, está cedo para os pequenos Justin – disse e o olhei – você quer ter filhos? – perguntei receosa, não tínhamos falado disso. 

-Quero, não agora, mas um dia. E você? – Justin respondeu olhando o enxoval rosa, mas ao me perguntar olhou dentro dos meus olhos castanhos. 

-Quero mais na frente, quero primeiro ter dinheiro para sustentar uma criança, uma casa. 

-Você já tem tudo isso – ele falou e eu suspirei. 

-Você tem, eu não. O dinheiro agora posso até ter, mas não a casa e nem um emprego bom para me garantir realmente um futuro para uma criança. 

-Gosto do jeito que você pensa – ele passou o braço pela minha cintura

-Também gosto. Acho que penso assim por ver tudo o que aconteceu com meus pais. Tiveram-me cedo e a preocupação maior era ter comida para me alimentar. 

-E aqui está você, bem alimentada e uma moça maravilhosa – ele sorriu – que é toda minha – Justin beijou minha bochecha e eu sorri. 

-Você é tão fofo quando quer – disse e ele riu. 

-Vamos ali – ele segurou minha mão, me puxando até uma loja de calçados.