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História The Mask Man - Behind The Mask


Escrita por: Enma-

Notas do Autor


Eu seiii que prometi que postaria terça feira o último capítulo, maaaaas, meu celular fdp resolveu me trollar e apagar o capítulo que passei dias, horas escrevendo!
Espero que gostem.
Em itálico é flashback e outra coisinha que vocês vão entender
Em itálico + sublinhado são trechos da música de encerramento de Owari No Seraph, coloco o link nas notas finais só o ultimo trecho que é The one that got way da Katy Perry
Ah, e não comam meu figado :)
Me perdoem por qualquer erro ortográfico.

Capítulo 5 - Behind The Mask


I - Narradora

"Aprisionado na cidade que chama de lar, um broto de flor congelado chora silenciosamente."

Jimin sabia que seria difícil cortar relações com o mascarado, só não imaginou que fosse doer tanto. Vê-lo chorar tão abertamente e não poder fazer nada para consolá-lo o destruiu por dentro.

 

"— Irei me casar em três dias — disse Jimin de repente, do nada, sem nem ao menos preparar terreno.

— O que? Por que?

— Minha mãe já cuidou de tudo.

— E você vai simplesmente aceitar? Abaixar a cabeça de novo?!

— Deixa eu ex... Pera... Como assim de novo?

Jungkook levantou da cama nervoso.

— Nada.

— Quem é você?! — Jungkook tocara a própria máscara ao ouvir tal pergunta — Tira essa máscara! Não sabe o quão irritante é estar apaixonado por um homem que nunca vi o rosto? Me diga, quem é você?

Por um momento ambos ficaram em silêncio, Jimin por ter admitido pela primeira vez em voz alta o que sentia pelo mais novo e Jungkook por ter recebido a declaração.

— Apaixonado? — murmurou Jungkook mais pra si do quê para Jimin.

— Me mostre seu rosto — devagar, como se estivesse com medo que Jungkook fugisse, o Senhor Feudal levantou-se da cama — Por favor.

O mascarado recuou um passo.

— Com quem você irá se casar? — sem querer Jungkook aumentara o tom de voz.

Então ele ainda não sabia... — pensou Jimin.

— Naomi... — respondeu baixinho, Jungkook quase não conseguira ouvir.

— O que?! Como assim? Por que?

Jimin abriu e fechou a boca várias vezes, não sabia como respondê-lo.

"Diga a verdade: Você me ama."

As palavras de Naomi invadiram seus pensamentos. Teria de mentir. Sentiria-se um canalha, principalmente por ter se declarado sem pensar.

E agora? O que faria para reverter aquela situação?!

Jimin respirou fundo. Aquilo doeria mais em si do que no mascarado, pelo menos era o que ele pensava.

— Você não vai tirar a máscara? — Jimin fez o seu melhor para aderir uma máscara de frieza.

Jungkook envergou as sobrancelhas, nunca vira Jimin daquele jeito.

— Não. — depende da sua resposta. Completou mentalmente.

— Céus! Olha, foi muito bom enquanto durou, você é realmente uma delícia, mas agora que consegui a permissão da minha mãe para me casar com Naomi, não quero mais continuar com isso — Jimin cerrou os punhos, suas mãos tremiam — Eu a amo. — nesse momento tivera de segurar a ânsia de vômito, sequer conseguia olhar para Jungkook — Isso que tivemos durante esses dois meses fora apenas diversão, eu te usei para esquecê-la e...

Jimin interrompeu a própria fala, o mascarado havia soluçado. Assustado ele ergueu o olhar. Pela abertura dos olhos o Senhor Feudal pôde ver que eles brilhavam, as lágrimas estavam presentes a transbordar.

— Cala a boca — disse Jungkook entre dentes — Cala a boca, cala a boca, CALA A BOCA! — ele tampou os próprios ouvidos.

Como pôde ter sido tão ingênuo? Jungkook se perguntava. Como pôde ter se enganado tanto com Jimin? O que havia acontecido com aquele garoto de dez anos atrás que dizia que nunca usaria alguém?

— Então quer dizer que eu fui somente uma foda pra você?! — indagou retoricamente — E as noites que passamos conversando? Nos conhecendo? Você me contou coisas de sua vida que disse nunca ter contado pra ninguém — Jungkook não fazia mais questão de conter as lágrimas, elas já caíam livremente — Eu achei que.. Eu achei que você...

— Que eu gostasse de você? — Jimin pôs o máximo de deboche possível em sua voz — Por que eu sentiria algo além de tesão por alguém que só me dá a bunda sem ao menos mostrar o rosto?! — ele riu forçadamente — Eu disse que estava apaixonado somente pra ver se você tirava essa maldita máscara, mas você deve ser desfigurado pra não ter tirado depois disso. Sabe, prefiro não ver seu rosto mesmo, vai que me arrependo desses dois meses que me diverti.

Cada palavra que saía da boca de Jimin era como se uma agulha perfurasse o peito de Jungkook, doía tanto. O pior de tudo era que de certa forma Jimin estava certo, ele agira como um enrustido que estava atrás de sexo usando aquela maldita máscara para esconder sua verdadeira identidade.

— Tudo bem — Jungkook fungou — Não se preocupe, Alteza. — ele fez uma breve reverência — Nunca mais cruzarei o seu caminho, nem com muito menos sem máscara. EU TE ODEIO PARK JIMIN!

Em silêncio Jimin caminhou até o mascarado. Jungkook achou que ele fosse agarrá-lo, mas Jimin simplesmente passou direto por ele e abriu a porta do quarto num pedido mudo para que se retirasse. 

Jungkook cerrou os punhos. As lágrimas insistiam em cair, os soluços eram inevitáveis e seu coração estava tão apertado que chegava a doer fisicamente.

Pois bem! — Jungkook disse para si mesmo mentalmente. Ainda lhe restava o orgulho, pouco, mas restava. Por isso, sem dizer uma palavra ou olhar para trás, ele atravessou a porta.

Internamente Jimin esperava que o mascarado gritasse ou lhe socasse, que fizesse qualquer coisa consigo, menos que suas últimas palavras fossem um "Eu te odeio " carregado de ódio, tristeza."

 

Definitivamente Park Jimin se sentia um monstro.

-♡-^--^-♡-

"Assim como as luzes  neon que deixamos ao acordar e os motivos que buscamos fora de nós mesmos, corra em paralelo."

Dois dias atrás.

Jungkook saíra tão afobado do quarto de Jimin que acabara por não traçar um percurso mental, quando se dera conta já estava perdido em meio ao jardim. Chovia forte e o céu esbravejava em forma de raios e trovões. Não se importou com a lama, simplesmente caiu de joelhos ali. Jungkook já não sabia mais se chorava de raiva ou tristeza; Raiva por ter sido tão burro ao ponto de não perceber as intenções de Jimin, e tristeza por descobrir que aquele garoto de dez anos atrás não existia mais, que talvez ele nunca tivesse existido...

— Aquele canalha, desgraçado, mentiroso... — a cada xingamento Jungkook socava o chão, não se importava com a dor, simplesmente queria descarregar a raiva — Maldita hora que inventei de ir aquele baile — ele retirou a máscara — Será que se eu tivesse dito quem sou as coisas teriam sido diferentes? — revoltado Jungkook jogou o objeto o mais longe que conseguira — Por que Jiminie? — ele se encolheu no chão em posição fetal — Por que?! — gritou o mais alto que pôde.

Abraçado as próprias pernas, Jungkook ficou ali, deitado, chorando como uma criança que acabara de nascer.

— Céus! Jungkook! — exclamou Namjoon surpreso. — O que faz aqui?! — ele se agachou rente ao amigo. Havia acabado de sair do campo de treinamento junto a Jin quando ouvira um choro forte, seguiram o som somente por curiosidade, nem passara por suas cabeças que fosse Jungkook.

— Eu sou um imbecil, Hyung — choramingou — O Jiminie nunca gostou de mim...

— Vamos sair da chuva primeiro, ai você me explica direito o que está havendo. Se continuar aqui pode pegar uma pneumonia — disse puxando Jungkook pelo braço. O mais novo tremia dos pés a cabeça, o som dos seus dentes batendo um contra o outro era nitidamente audível.

— Não! Eu vou ficar aqui e...

— Você segura os braços e eu as pernas — Jin combinara com Namjoon.

— O que vocês... — antes que pudesse completar a frese Jin segurou suas pernas, Namjoon os braços e juntos o ergueram do chão.

Jungkook se debateu, gritou, xingou, mas nada adiantou. Em passos rápidos o casal de namorados levou o mais novo para o quarto. Graças aos céus Namjoon era o líder da cavalaria, sendo assim tinha direito de possuir um aposento solo, o qual decidira compartilhar com o amigo e o amante.

— Tire as roupas dele, vou pegar uma toalha para seca-lo — disse Jin após deixar Jungkook sentado numa cadeira.

Namjoon apenas assentiu e fez o que lhe fora pedido. Jungkook tremia sem parar, sabe-se lá quanto tempo ficara sob a chuva, as chances de contrair uma doença eram altas.

Não demorou muito para que Jin voltasse com uma toalha, roupas secas e um grosso lençol. Como se o mais novo fosse uma boneca o casal secou-o, vestiu e enrolou com o edredom. Em momento algum Jungkook se manifestara, o rapaz simplesmente olhava para um ponto qualquer enquanto deixava os amigos fazerem o que bem entendessem.

— Pronto — disse Jin, ele terminava de secar as madeixas castanhas do mais novo com uma toalha. — Agora, nos conte direitinho o que aconteceu.

Como se Jin houvesse enfiado o dedo em sua ferida, as lágrimas de Jungkook voltaram, dessa vez silenciosas, mas não menos abundante.

— O.. O Jimin — ele engoliu um soluço — O Jimin é um canalha!

O casal de namorados se entre olharam confusos.

— Como assim? Você contou pra ele quem é você? — visivelmente confuso, Jin perguntou.

Jungkook balançou a cabeça negativamente.

— Nunca irei contar. — fungou — Ele vai se casar, hyungs... Se casar com... Com a Naomi!

— Oh! — num gesto de surpresa, Jin pôs a mão sobre os lábios. — Com a Naomi?! — ele agachou-se rente à Jungkook.

— Uhum. E ainda disse que a amava, que... Que eu não passei de diversão...

— Estranho... — pronunciou-se Namjoon pela primeira vez desde que a conversa teve início. Ele nunca fora bom em dar conselhos, preferia deixar essa tarefa para Jin que era o total oposto — O Jimin e eu somos muito amigos, ele me contaria se gostasse dela.

— É! Mas não contou! Vai ver aquele canalha não gosta de você, nem de você — apontou para Jin — nem de mim — apontou pra si mesmo — e nem de ninguém!

— Calma, calma — murmurou Jin na tentativa de acalmar o amigo — Bem que ouvi um boato estranho quando voltei da patrulha diária. Diziam que a Naomi iria se casar, mas não dei muita importância. Nunca imaginei que fosse com o Jimin.

— Eu preciso sair daqui, Jin-Hyung. Não vou suportar vê-lo se casar com alguém que não seja eu! — num ato desesperado, ele segurou o rosto de Jin entre as mãos — Sabe quantas pessoas eu matei para chegar até aqui? Sabe quantas vezes não consegui dormir a noite por isso?!

— Mas eles eram bárbaros, você só estava se defendendo, defendendo nossas terras. — justificou

— Isso não muda o fato deles serem pessoas! — Jungkook recolheu as mãos.

— Por hora, deite um pouco, descanse. Vou estar aqui quando você acordar — sugeriu Jin.

-♡-^-♡-^-♡-

Dias atuais...

— Podem se retirar. — Jimin dispensou as criadas que trouxeram seu dejejum.

— Sim, senhor — disseram em uníssono.

Chegara o grande de dia, mais uma vez iria se casar contra a sua vontade e perder quem... Ama. Pena que desta vez sua esposa não seria tão compreensível.

— Um raio não cai duas vezes no mesmo lugar, Jimin!

A porta é aberta bruscamente.

— Papai! — gritou Kim invadindo o quarto, ele estava em prantos — O senhor não podi se casa com aquela bluxa! —  o pequeno abraçou as pernas do pai — Eu queria que o senhor ficasse com o tio Jungkook!

Jimin arregalou os olhos.

— Espera, o que você disse?! De onde conhece esse nome?! — indagou estarrecido. O chão sob seus pés pareceu sumir.

Kim fungou.

— O tio Jungkook. Não conta pra ele que eu te disse, mas eu vi ele sainu do seu quarto um dia. Ele disse que é seu amigo desde que tinha esse tamanho ó — ele ficou na ponta dos pés e levantou os braços o máximo que pôde. — Foi ele que ensinou eu a lutar com espada e tudo mais!

II - Jimin

Sabe aquele sentimento de quando se está procurando por algo desesperadamente e não encontra de jeito nenhum? Então vem outra pessoa e acha o que você procurava sendo que estava bem na sua cara?

Pois é, era exatamente assim que eu me sentia; um cego, idiota, que fora incapaz de perceber o que estava bem diante dos meus olhos.

Como não desconfiei?!

— Ele é um cavaleiro? — perguntou Jimin ainda estarrecido, não conseguia acreditar no que ouvia. Seria possível que o mascarado fosse Jungkook? O seu Jungkook?

— Uhun!

Jimin não perdera mais tempo pensando, saiu correndo do quarto.

-♡-^-♡-^-♡-

Jungkook não se arrependia da decisão que tomara...

"No dia interior...

— Agora a pouco, em reunião com o Senhor feudal, entramos em consenso de que amanhã de manhã é o dia ideal para iniciarmos um ataque a base dos bárbaros — anunciou Namjoon.

No mesmo instante, os murmúrios tiveram início:

Mas isso é uma missão suicida.

Não vou fazer isso!

Eu tenho mulher e filhos! Se algo acontecer a mim, quem cuidará deles?

— Como eu sabia que ninguém iria se voluntariar ou reclamar de minhas escolhas, decidi fazer um sorteio. — o líder da cavalaria estendeu uma algibeira de pano — Aqui dentro contém pedras de duas cores: Pretas e brancas. Quem pegar as pedras de cor preta, irá para o ataque. Os que pegarem a de cor branca tem o poder da escolha: Não participar do ataque ou trocar de lugar com quem pegou a pedra preta. — ele mostrou aos ouvintes duas pedras, uma de cada cor — Agora formem uma fila.

A contra gosto, os cavaleiros fizeram o ordenado. Jungkook fora um dos primeiros, pegara a pedra de cor branca. Lamentara, no fundo preferia ter pego a preta. A enorme fila continuou a andar, quem pegava as pedras brancas comemorava como se tivesse ganho uma pepita de ouro, enquanto os que pegavam a preta, lamentavam. Não demorou muito para que chegasse a vez Jin, mesmo sendo amante do líder da cavalaria era um cavaleiro como qualquer outro e teria de participar do sorteio. Respirando fundo, ele colocou a mão dentro da algibeira. Namjoon prendeu a respiração. Ao pegar uma das pedras, Jin a apertou com força sob os dedos.

— Que cor, meu amor? — murmurou Namjoon para que somente Jin escutasse.

Temeroso, Jin estendeu a mão. Ele abriu os dedos de um em um até revelar a pedra.

— Preta. — Jin a estendeu para que todos vissem.

Namjoon respirou fundo. Estava fazendo um esforço enorme para não abraçar Jin.

— Eu...

— Eu irei no lugar do Jin-Hyung — interrompendo a fala de Namjoon, Jungkook se manifestou.

Todos os presentes voltaram sua atenção ao rapaz, era a primeira vez que alguém se voluntariava. Alguns murmuravam o quanto seu ato fora admirável, outros o quanto era burro. Jungkook os ignorou e caminhou até o casal 20.

— Jungkook, não precisa...

— Eu quero e vou! — decidido, o mais novo cortou a fala Jin. — Por favor, Hyung. Eu não vou suportar ficar aqui e presenciar esse maldito casamento. — murmurou para que somente o casal escutasse. Ainda estava abalado por causa do dia anterior e achava que ir ao ataque lhe ajudaria a esvaziar a mente, pelo menos por um curto período de tempo.

— Você está ciente de que você pode não retornar, não está?

— Sim..."

 

Jungkook segurou o arco contra o peito, estava camuflado entre as árvores assim como alguns cavaleiros. Poucos metros à frente, cerca de quatro bárbaros conversavam e bebiam entre si em frente a um acampamento improvisado, nenhum deles parecia preocupado com um possível ataque em plena manhã de domingo.

Jungkook posicionou a flecha no arco e respirou fundo. Precisava controlar a respiração e os batimentos cardíacos.

"— Entrega essa carta ao Jimin antes que ele se case por mim? Ah, e lhe dê também minha máscara. — Jungkook estendeu uma folha dobrada em forma de envelope para Jin — Ai está escrita toda verdade — informou antes que o amigo perguntasse o conteúdo — Se ele decidir se casar depois de lê-la, ele realmente nunca mereceu meu amor e será bom o fato deu não estar aqui quando ele se casar. Mas se ele desistir de tudo... Diz... — engoliu a seco — Diz pra ele esperar por mim. Essa é a última chance que dou a ele, Hyung."

Jungkook balançou a cabeça negativamente, não era hora de ter fleches de memória, um descuido poderia custar sua vida. Ele respirou fundo mais uma vez, mirou no peito do seu alvo e lançou a flecha.

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Jimin invadiu os aposentos de Namjoon. Assustado Jin pulou pra fora do colo do amante, nunca passou por sua cabeça que alguém invadiria o quarto sem bater. O mais velho só conseguiu soltar a respiração — que nem percebera estar prendendo — quando constatou que era apenas o Senhor Feudal.

— O que houve? — indagou Jin após se recuperar do susto.

— Onde... Onde está o Jungkook?

O casal se entre olhou surpreso.

— Como você...

— O Kim... — ele respirou fundo. Havia literalmente corrido até ali — O Kim me contou.

— Ah... — murmurou Jin.

— Onde ele está? — indagou caminhando pelo quarto. — Jungkook!

— Jimin...

— Jungkook!

— Jimin! — chamou-o Jin novamente. Dessa vez o Senhor Feudal lhe dera atenção — Ele não está.

— Onde ele está então?

Jin mordeu o lábio inferior.

— Ele foi... — engoliu a seco — Ele foi ao ataque contra os bárbaros.

— O que?! Você o deixara ir?!

— O Jungkook praticamente implorou, ele não queria vê-lo se casar.

— Esse maldito casamento! — num ato de nervosismo, Jimin começou a andar de um lado pro outro — Se Naomi não tivesse me ameaçado...

— Ameaçado? — indagou Namjoon curioso.

— Ela viu o Jungkook saindo do meu quarto e ameaçou nos denunciar caso eu não me casasse com ela.

Jin sorriu aliviado. Então Jimin não mentira quando disse que estava apaixonado por Jungkook, ele realmente estava, ao ponto de até mesmo sacrificar a própria felicidade para salvar a vida do Maknae.

Enquanto Jimin resmungava algo que não fizera questão de ouvir, Jin vasculhou suas coisas até encontrar a carta e uma máscara negra.

— O Jungkook pediu para lhe entregar isso, disse que é sua última chance. — ele estendeu o envelope para Jimin. — É uma carta. Preferi não ler, então, nem me pergunte o que há ai.

Jimin agradeceu mentalmente pela discrição de Jin e pegou o papel junto com a máscara.

— Vamos, Nam. Acho que o Jimin precisa de um tempo sozinho. — sem esperar por resposta Jin literalmente arrastou o amante para fora do quarto.

Após ter certeza de que estava sozinho, com o máximo de cuidado possível, Jimin desdobrou o papel. Suas mãos tremiam, tanto que tinha medo de rasgar a carta sem querer. Um sorriso triste escapou de seus lábios, algumas manchas que pareciam ser de lágrimas salpicavam o papel.

 

"(rabiscado)Caro Jimin     Querido

Vossa Alteza (rabiscado)

Sabe, iniciar uma história ou até mesmo uma carta é sempre muito difícil, nós nunca sabemos que começo dar a elas. Você nem imagina quantas folhas gastei para escrever esta carta, peço que me desculpe pelos rabiscos, mas está era a última.

Caro Jimin, não conheço outra forma de dizer o que direi sem ser direto: Eu sou Jeon Jungkook.

Isso mesmo, aquele Jungkook, o camponês que cuidara de ti quando fugiste de casa.

Bem, não sou muito bom com as palavras, aliás, se não fosse por ti eu nem ao menos estaria a escrever esta carta. Lembra que foi você que me ensinou a ler e escrever? Tu puxara minhas orelhas tantas vezes que até hoje não sei como elas não ficaram deformadas."

 

Jimin riu ao ler a última frase e sentou-se na primeira cama que viu pela frente.

 

"Lembranças a parte, você deve estar se indagando: "Por que não revelou sua identidade antes? "

Simples: A situação toda virou uma bola de neve.

Eu fui naquele baile na intenção de contar tudo para ti, mas então você me beijou e eu perdi a noção de tempo e espaço, me deixei mergulhar no prazer de ter você dentro de mim.

Sim, eu poderia ter revelado a verdade quando você me nomeara Jungkook, mas sinceramente? Eu não queria estragar aquele momento tão bom. "

-♡-^-♡-^-♡-

Jungkook rolou pro lado e lançou outra flecha contra os inimigos. O campo de batalha estava um caos, vários de seus companheiros estavam feridos, alguns mortos e outros lutando bravamente como ele. Por outro lado a situação dos bárbaros estava ainda pior, tanto que alguns chegaram a fugir.

O som de flecha cortando o vento se fez presente. Não dera tempo de desviar, ela atingira de raspão a bochecha de Jungkook, causando um corte superficial. Imediatamente um de seus companheiros que estava ao lado revidou o ataque, acertando o peito do bárbaro.

— Obrigado. — aliviado, Jungkook deslizou as costas no tronco da árvore até chegar ao chão.

— Não tem de... — a fala do cavaleiro fora interrompida por uma adaga que acertou em cheio sua cabeça.

Sangue espirrou contra o rosto de Jungkook que tampou a própria boca, abafando um grito de horror. Definitivamente ele nunca se acostumaria com a morte.

-♡-^-♡-^-♡-

"Continuei empurrando a poeira pra de baixo do tapete, deixei que nosso "relacionamento" se estendesse por dois meses, principalmente pelo fato de você ter me dito aquilo quando te perguntei o motivo pelo qual me nomeara Jungkook, lembra?"

 

Se arrependimento matasse, Jimin estaria morto e sepultado. Lembrava-se perfeitamente do dia, o mascarado lhe perguntara o motivo do seu nome e por falta de confiança ele disse: "Era apenas um garoto que eu desejava sexualmente e não tive a chance de levar pra cama."

 

"(rabiscado)Eu senti vontade de lhe esmurrar(rabiscado)

Imediatamente pensei: Se ele sente apenas desejo por mim, que diferença faria se descobrisse minha identidade?

Então eu usei você, usei esse desejo que você sentia por mim pra suprir minha necessidade de você, você se tornou meu amante e melhor amigo, tudo embrulhado e com uma fita em cima. O problema é que você me usava de uma maneira diferente da que eu usava você, de uma maneira cruel, somente por diversão. Me senti tão tolo, eu achei que você realmente sentisse algo por mim, achei que nossa ligação fosse tão forte ao ponto de você gostar de mim mesmo não sabendo que era eu.

Tsc, você nem imagina o quanto me machucou, não é?"

 

Uma lágrima escorreu dos olhos de de Jimin, caindo sobre a pergunta.

 

"Mas me diga Jiminie: Não é louco quando se está apaixonado? Você faria qualquer coisa por quem você ama."

 

Até mesmo se casar com uma mulherzinha desprezível se isso significasse salvar a vida da pessoa amada. — completou Jimin mentalmente.

 

" Você não imagina o que passei para chegar até aqui, as batalhas que enfrentei e as cicatrizes que carrego tanto por dentro quanto por fora somente para te ter em meus braços — e por tão pouco tempo."

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A batalha fora longa, muitas vidas foram sacrificadas, mas no fim, tudo ocorrera como devia.

— A VITORIA É NOSSA! — exclamou Jungkook, com um grande e sincero sorriso nos lábios. Todos os sobreviventes reunidos urram em felicidade — Agora vamos, tenho certeza de que muitos de nós tem pra que vol... — Jungkook não conseguiu completar a frase.

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"Não, eu não escrevi essa carta para que você lesse minhas lamúrias, além da verdade eu queria lhe dizer algumas coisas que guardo em meu peito há 12 anos, algo que não pude lhe fizer à beira do Lac d'Annecy porque"

-♡--^--♡-

Um maldito bárbaro lançara uma flecha contra Jungkook. Fora tudo muito rápido, ninguém imaginava que havia um sobrevivente inimigo, ninguém esperava que fossem ser atacados. Talvez, só talvez, se tivessem sido mais cuidadosos e não tivessem abaixado a guarda, aquela flecha nunca teria acertado o peito de Jungkook.

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“Eu te amo Park Jimin, nunca senti algo tão forte, jamais me entregarei a outra pessoa como me entreguei a você”. E é por isso que estou aqui, para lutar por você pela última vez:

Se após ler essa carta você ainda quiser se casar, (rabiscado)eu vou entender isso como um desaforo(rabiscado).     vou saber que você nunca me amou, que você realmente está cego de paixão pela (rabiscado)vagabunda(rabiscado) Naomi e prometo sumir da sua vida assim que eu voltar do ataque. (rabiscado)Se eu voltar.(rabiscado)"

 

Jimin sentiu um aperto no peito ao ler a última frase riscada do parágrafo.

 

"Mas, se após ler essa carta você chegar a conclusão de que também me ama eu te peço que; espere por mim, mesmo leve 1000 anos, me espere.

Sei que é um pedido egoísta, mas por falta de egoísmo nós deixamos de viver muitas coisas juntos, não é?

Só quero que você saiba que nunca deixarei de te amar, nem mesmo quando eu renascer em outro corpo. Como você mesmo disse: Uma alma nasce para completar a outra. E a sua nasceu pra completar a minha.

Se o sentimento for reciproco, espere por mim no quarto do Namjoon-Hyung a partir do começo da noite, daqui há 2 dias.

Com amor, Jungkook."

 

"Venha e quebre tudo por mim, vou guiar o caminho até em casa, mesmo que as estrelas cadentes nem nos notem, deixando nossos desejos por cumprir."

Jimin dobrou a carta com cuidado e pôs no bolso. Estava feliz, triste e angustiado ao mesmo tempo. Se optasse por escolher Jungkook, ambos poderiam morrer, mas se não seguisse seu coração, a morte não seria física, seria sentimental — o que é ainda pior.

— Namjoon! Jin! — gritou.

Imediatamente o casal de namorados adentrou o quarto.

— Tenho algumas perguntas — disse limpando os resquícios de lágrimas com as costas da mão.

— Pode falar. — Jin sentou-se ao lado do mais novo na cama.

— Há quanto tempo o Jungkook está aqui, bem de baixo do meu nariz?

— Quase quatro meses.

— Ele se tornou cavaleiro por ter me salvado, não é?

— Sim. — dessa vez fora Namjoon a responder.

Jimin engoliu o choro. Agora entendia o real significado das palavras de Jungkook: "Você não imagina o que passei para chegar até aqui, as batalhas que enfrentei e as cicatrizes que carrego tanto por dentro quanto por fora." Não foi uma metáfora, ele literalmente enfrentara batalhas. Céus, seu psicológico devia estar destruído, Jungkook nunca gostara de guerras, só aprendera a manejar uma espada com Jimin para se auto defender, não para sair matando como se fosse a coisa mais normal do mundo.

— Eu... Eu o amo tanto. Desde o dia que quase nos beijamos acidentalmente quando eu tinha 13 anos e ele 11. — Jimin riu ao se recordar da cena.

— Então não se case. — sugeriu Jin.

— Engraçado, mesmo sem saber que era o Jungkook, eu me apaixonei por ele, de novo. Como isso é possível? — Jimin disse mais pra si do que para o casal — Eu sentia que ele era a parte que faltava em minha vida sem nem ao menos saber que ele era ele, entende? — Jin assentiu — Eu não tenho dúvidas, prefiro morre junto a Jungkook do que viver uma vida sem ele. Eu não consigo virar as costas pro pedido dele, eu preciso arriscar, eu vou arriscar.

Jin sorriu 

— Tenho certeza de que ele faria o mesmo.

-♡--^--♡-

Não sabiam quanto tempo ficaram ali, conversando, esclarecendo duvidadas e compartilhando histórias, só tiveram uma noção quando a noite já havia chegado. Aquela altura Jimin nem se lembrava mais de quê em menos de uma hora seu casamento teria início.

— Sério, o Jungkook ficou dolorido a semana inteirinha! — disse Jin contendo o riso, ao contrário de Namjoon que gargalhou.

— Você devia ter sido mais gentil, cara — disse Namjoon após cessar o riso. — Ele era virgem.

Jimin sorriu forçadamente. Desde que terminara de ler a carta sentia-se angustiado, como se algo de ruim estivesse acontecendo ou fosse acontecer, alguma coisa haver com Jungkook.

— Vocês têm idéia de quando o Jungkook vol...

— Namjoon, Namjoon! — um cavaleiro invadiu o quarto — os sobreviventes chegaram, temos muitos feridos e o Jung... — ele interrompeu a própria fala ao perceber a presença do Senhor Feudal ali — Ah, Alteza, perdão.

— Termine o que você ia falar, cavaleiro. — ordenou Jimin. Sentia que ele tinha algo de extrema importância a dizer, sentia do fundo da sua alma.

— O Jungkook... Ele fora ferido em combate e... Não sei por quanto tempo mais aguentará.

Nesse momento, dois cavaleiros carregando uma maca improvisada adentraram o quarto seguidos pelo médico do palácio: Doutor Melchior.

— O trouxemos pra cá, ele insistiu muito. — explicou Melchior — Ponham ele sobre a cama, rápido.

O mundo de Jimin pareceu desabar quando o corpo de Jungkook fora depositado sobre a cama, ele suava muito e murmurava coisas sem nexo. A flecha ainda estava cravada em seu peito.

Rapidamente o Senhor Feudal sentou-se ao lado do amante. Queria tocá-lo, no entanto, não o fez, teve medo de machucá-lo.

— Jiminie, não puxa minha orelha! — murmurou Jungkook. Ele estava inquieto, virava a cabeça de um lado pro outro o tempo todo.

— Ele está delirando — explicou Melchior. Ele mergulhou um pano branco na água, torceu e pôs sobre a testa do Jeon.

— Por que ainda não tirou essa maldita flecha?! — sem querer Jimin acabara soando grosso.

— Não tem como — explicou o médico pacientemente — Se movermos a flecha um milímetro sequer, ele morre. Ela é a única coisa que está o mantendo vivo, pelo menos por enquanto. — ele olhou para Jin que já estava em prantos, sentia-se culpado por ter permitido que o amigo fosse em seu lugar — Sinto muito, não posso fazer mais nada. Já é um milagre o fato dele ter resisto a viagem.

Jimin segurou a mão direita de Jungkook entre as suas com cuidado. As lágrimas que antes se encontravam acumuladas em seus olhos transbordaram. Ele não podia acreditar no que acabara de ouvir, só podia ser uma brincadeira de muito mal gosto.

— Deixe-nos à sós. — ordenou Jimin.

Melchior envergou as sobrancelhas. Não entendeu o motivo daquela ordem, que ligação eles tinham? Analisou Jungkook com mais afinco. Aquele garoto lhe era familiar, só não conseguia lembra-se de onde o conhecia.

Mesmo confusos todos os presentes se retiraram, inclusive Jin e Namjoon.

— Ei, Kookie — murmurou Jimin após estarem sozinhos no quarto. — Abra os olhos, sim?

— Hum... Não... Não! Cuidado! — jungkook continuava a murmurar frases sem nexo algum.

Com cuidado, Jimin se debruçou sobre o mais novo até que seus lábios tocassem os trêmulos dele. Depositou um singelo selinho ali, tentando transmitir todo o amor e carinho que sentia.

— Abra os olhos, Jungkookie.

— Hum... — gemeu o mais novo. — Jiminie-ah?

— Sim, sou eu.

Com dificuldade pois as pálpebras tremulavam muito, Jungkook abriu os olhos.

— Eu... — tossiu — Eu vou morrer?

Jimin engoliu o choro.

— Como se sente? — desconversou.

— Morrendo. — Ambos riram sem humor. — Você veio... Isso quer dizer que...

— Sim, isso quer dizer que eu te amo.

Jungkook fez um pequeno movimento para se levantar. A flecha se moveu e um gemido dolorido escapou de seus lábios.

— Oh, Jiminie... — Jungkook pôs a mão livre sobre a boca e apertou os olhos. A tosse se tornara mais forte e insistente

III - Jungkook

Dessa vez ao tossir, o gosto metálico de sangue invadiu meu paladar.  Recolhi a mão e abri os olhos. Jimin me encarava assustado, como se estivesse vendo um fantasma. Foi então que percebi, eu estava tossindo sangue. Provavelmente, ao me mexer, acabei por mover a flecha e ela perfurara de vez meu coração.

— Vou chamar o doutor...

Segurei seu pulso quando ele fez menção de levantar.

— Não temos muito tempo... — engoli um pouco de sangue.

— Eu não posso perder você! — Jimin pôs a mão livre sobre minha bochecha. — Não de novo. — era a primeira vez que eu o via chorar por mim, e vê-lo daquela forma doía mais do quê a flecha cravada em meu peito — Eu não vou conseguir seguir em frente, não quero viver em um mundo sem você.

— Shii — coloquei o dedo indicador sobre seus lábios — Você tem que ser forte, por Kim, ele precisa de um pai. E sabe — tossi — Nosso... Nosso amor sempre fora impossível. Nunca poderíamos ficar juntos, principalmente por causa... Por causa do seu título.

— Eu te amo — ele encostou sua testa na minha — Eu te amo, eu te amo, eu te amo. Te esperarei o tempo que for, eu prometo.

— Obrigada — sorri sem forças. Minhas pálpebras pesavam, eu me sentia mole, meio lerdo.

— Eu queria que tudo tivesse sido diferente...

— Quem sabe uma... Próxima vez... Numa próxima... Vida eu possa ser seu sem ter de me preocupar com essas malditas leis. — só Deus sabe o esforço que eu estava fazendo para não chorar. Não queria que a última lembrança que Jimin teria de mim fosse mórbida, então sorri — Eu amo você...

IV - Narradora

Para selar a despedida, Jimin depositou um longo selinho nos lábios do amante. Não se importara com o gosto de sangue, queria apenas sentir seu calor, pela última vez. Jungkook fechou os olhos, apreciando a carícia que recebia. Pouco a pouco o aperto no pulso de Jimin fora afrouxando. O Senhor Feudal afastou os lábios. Esperava que Jungkook abrisse os olhos ao fazê-lo, mas ele não abriu. Seus olhos não abriram.... Nunca mais.

"Em um mundo depravado e desprovido de culpa, o tom que tu evocou escurece o vermelho enlouquecedor."

♡____________

Todo esse dinheiro não pode comprar uma máquina do tempo, não.

Eu deveria ter dito a você o que você significava para mim. Porque agora eu pago o preço.

 

 

30 anos depois...

Jimin pôs a caixa sobre a estante novamente. Há dez anos se mudara para aquela confortável casa no campo a espera de sua morte, queria ficar sozinho com suas lembranças do passado. Gostava de repassar cada detalhe, cada toque, cada momento que passara junto ao seu amor.

Jimin não se casara com Naomi, deixara a mulher plantada no altar. Claro, ela o delatara na frente de todos os convidados, mas o Doutor Melchior desmentira dizendo que não havia sinal algum de sodomia no corpo de Jungkook e muito menos no seu. Jimin nunca fora capaz de agradecer o suficiente ao médico por tê-lo ajudado, graças a ele pôde enterrar seu amado de forma digna e cumprir seu desejo: Cuidar de Kim. Que nos dias atuais se encontrava casado com uma bela mulher e tocando os negócios da família brilhantemente. O garoto se lembrava vagamente de Jungkook, mas não o suficiente para sentir saudade.

— Ah, Jungkook... Se felizes para sempre realmente existisse eu estaria abraçado a você agora. Contos de fadas não existem, na vida as pessoas sofrem por não seguir o padrão imposto pela sociedade. — murmurou para si mesmo. Seu olhar era vago, triste.

— Pai! Cheguei! — ouviu Kim gritar do andar de cima.

Com certa dificuldade por causa da idade, subiu as escadas. Mesmo com todos os afazeres no castelo, Kim sempre arrumava um tempo para visitar o pai.

Ao atravessar a porta, Jimin olhou pra trás. O porão havia se tornado um pequeno museu particular em homenagem a Jungkook, lá estavam todos os pertences do maknae, inclusive os mais importantes para Jimin: A carta e a máscara. Com um singelo sorriso nos lábios, Jimin fechou a porta.

 


Notas Finais


Então, como eu havia pedido no começo: Não comam meu figado!
Espero que tenham gostado, pois eu amei escrever essa fic.
Beijos <3
https://www.youtube.com/watch?v=Iu1N67c3mfA
Aqui o link da música.


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