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História The Maze Runner: Secret File - Safe


Escrita por: Glads

Notas do Autor


Para não ficar monótono, o tempo vai passar bem rápido nesse capítulo.
É como se tudo isso acontecesse enquanto os Clareanos passaram pela "Cura Mortal".
P.s.: Lembrando que a fanfic contém SPOILER de todos os livros e eu só aviso quando contém de O CÓDIGO DA FEBRE, devido ao pouco tempo em que ele foi lançado.

Capítulo 10 - Safe


Com o tempo consegui algumas informações sobre os Clareanos.

Até onde o Braço Direito sabia meus amigos, tanto do grupo A, quanto do grupo B – eles também tinha enviado as meninas e fizeram os mesmos experimentos com elas – já tinham passado pelo Deserto, a fase dois e agora tinham fugido do CRUEL liderados por Teresa.

Apenas Thomas, Newt e Minho fugiram sozinhos com duas pessoas que eu não conhecia chamados Brenda e Jorge.

Gally partira hoje para Denver, onde seria o seu ponto de encontro com Thomas e os outros. Ao mesmo tempo que desejava desesperadamente ir e encontrar meu irmão, amigos e Minho, sabia que para segurança do meu bebê teria de ficar.

Para nossa surpresa, toda aquela organização já sabia do meu filho e por causa disso me davam mais comida que o normal. Eu até discutiria em outro caso, mas sabia que meu bebê precisava de nutrientes.

O meu único medo era ele nascer em meio aquele caos e pior, não ser Imune. Isso me tirou o sono por várias noites.

No fim, Gally não me ignorou e parecia culpado em me deixar sozinha aqui.

– Quando vê Chuck, garanta que ele fique bem, por favor. – pedi enquanto ele descansava no quarto que dividíamos antes da viajem.

Ouvi o menino respirar fundo.

– Tudo bem. – murmurou sombrio.

– E se vir o Minho... Tente descobrir se ele lembra de mim...

– O que você viu nesse Cara de Mértila, Lisa?

Sorri e senti meus olhos arderem.

Olhei para o teto, me acomodando melhor no meu colchão e disse:

– Acho que a petulância e o jeito que ele me irritava.

– Sério? – ele se sentou em seu colchão e me olhou.

– Sim. – esbocei um sorriso.

– E você acha que ele vai aceitar o bebê? Digo, se conseguirmos tirá-los do CRUEL e vocês ficarem juntos...

– Não sei. – sussurrei pegando na minha barriga de aproximadamente três ou quatro meses.

– Ele parecia gostar de você... – falou.

– Gally, não tente forçar a falar sobre sentimentos, por favor. – disse rindo e me levantando.

Saí para buscar água e quando voltei, a porta do quarto estava entreaberta e quando ia empurrá-la, ouvi a voz do líder do Braço Direito lá dentro:

– Você não pode esconder dela.

– Ela está grávida! Eu não posso... – Gally falou.

– Quando ela souber que você matou o irmão dela....

– Lisa está no início da gravidez... Ela não pode...

Comecei a ri abrindo a porta.

– Não posso o quê, Gally? Por que está enganando ele? Por que não diz que meu irmão está vivo?

Gally levantou e pareceu com raiva.

– Por que entrou aqui?

– Esse é meu quarto. – dei de ombros – Agora diga que é mentira. O Braço Direito está ajudando a gente, não tem porque mentir sobre uma falsa morte do meu irmão.

– Lisa... – Gally parecia a ponto de entrar em desespero.

– Não tem problema, Gally... Eles sabem que meu irmão está lá, eu falei para todos eles. – expliquei sentindo algo se formar em meu peito.

– O CRUEL me controlou, eu estava consciente, mas não tinha comando do meu corpo. – ele olhou diretamente para mim.

– Eu sei. – assenti sentindo os olhos arderem – Você matou o Steve.

O líder do Braço Direito tinha as mãos atrás do corpo e apenas observava tudo calado.

– Não. – ele negou começando a chorar – Eu matei o Chuck.

– Não. Você me disse que foi o Steve. – afirmei soluçando – Meu irmão está no Deserto! Você disse!

– Eu menti. – ele chorava copiosamente.

Eu nunca, nunca, tinha imaginado Gally chorando, mas ali ele pareceu verdadeiro. Claro, diante da dor eu não notei nada, apenas parti para cima do garoto começando a bater nele.

O senhor ali presente tentou me segurar enquanto o menino colocava os braços no rosto, mas não fazia muita coisa para se defender.

Quando dei por mim, estava em uma espécie de enfermaria tomando algo para me acalmar contra a minha vontade. A única coisa que queria fazer era ir atrás de Gally e ah! Nem sei... Eu só queria vê-lo.

Só me dei conta de que meu irmão não voltaria, quando as lágrimas cessaram. Uma mulher disse que eu tinha que controlar minhas emoções pelo meu bebê e foi olhando para minha barriga que prometi: O CRUEL nunca mais mataria crianças inocentes.

No fundo, eu sabia. Não tinha sido o Gally.

E também sabia, tinha sido melhor assim. Pelo o que sabíamos, o Deserto estava sendo terrível para todos e Chuck, por ser pequeno, não seria capaz de sobreviver.

Aceitar aquilo era o problema.

Naquele dia, depois que soube do embarque de Gally em um Berg que o levaria à Denver, comecei a reunir, escondida, um pouco de comida, água, entre outros.

Passaram-se dias e tudo o que eu sabia era que Gally já havia encontrado os meus amigos e Newt tinha sido levado para viver com outros Cranks.

Ele não era Imune.

Não preciso dizer que mais uma vez chorei...

(SPOILER: CÓDIGO DA FEBRE)

Chorei por meu amigo, por sua irmã Sonya, por meu irmão, por Minho que imaginei está sofrendo e por todos nessa mértila de mundo.

(FIM DO SPOILER)

A essa altura, eu já tinha suprimentos o suficiente para fugir e tentar encontrar Minho.

Eu não aguentava mais ficar fazendo as refeições diárias como se meu irmão não estivesse morto, o CRUEL não continuasse matando pessoas e Minho não estivesse passando por situações horríveis.

Por causa disso, durante a noite eu simplesmente entrei em um Berg e fugi.

Com uma arma roubada obriguei um homem de no máximo trinta anos a pilotar aquela coisa enorme e me deixar próximo à Denver.

Nenhuma pessoa com o Fulgor podia entrar na cidade, mesmo que ela já estivesse sucumbindo à doença. Logo, imaginei que Newt só poderia está no “Palácio dos Cranks” mais próximo que ficava em frente às montanhas.

Quando cheguei lá, não entrei. Apesar de desesperadamente querer encontrar meu amigo, quando olhei para minha barriga, para meu bebê soube que não podia correr o risco.

Então engoli o choro e fui embora dali sem um rumo ao certo.

Se eu tivesse ficado, teria visto Minho, Thomas e Brenda saindo de lá.

O que me restou foi voltar ao complexo do CRUEL.

Eu sabia que o Braço Direito tentaria derrubar o lugar com a ajuda do clareanos, então indo para lá, encontraria meus amigos.

E foi quando eu estava a alguns quilômetros de distância de um prédio, onde possivelmente haveria um Berg que eu daria um jeito de me levar ao CRUEL, que eu vi algo que preferia esquecer.

O carro que eu tinha conseguido – no qual, demorei três horas para saber como ligar – tinha ficado sem gasolina, então tive que começar a andar, quando ao longe notei um Crank ferido andando.

Em dois segundos soube quem era.

Newt.

Ele estava sem cabelo em alguns pontos da cabeça, tinha arronhões e ferimentos no rosto, sua roupa estava rasgada e tinha sangue por todo a parte.

Meu coração parou. Ele tinha... Ele já era um Crank.

Mas eu não fui a única que o viu.

Thomas saiu de repente de um carro e eu estava tentada a correr até lá, mesmo não gostando dele, mas o vi correr até meu amigo.

Os dois conversaram algo, enquanto eu observava atrás de um prédio.

Franzi o cenho ao perceber que Newt discutia com um Thomas praticamente chorando.

Alguém gritou da Van de onde Thomas tinha saído, mas Thomas pareceu impedir que o motorista atirasse.

Newt gritou e se jogou em cima do garoto a sua frente, fazendo eles caírem no chão.

O homem na van atirou, mas não atingiu nenhum deles.

Coloquei as mãos na boca assustada vendo Thomas fechar os dedos ao redor de uma arma, porém, o mais assustador foi vê Newt segurar a mão de Thomas e fazê-la aponta a pistola para si mesmo.

Thomas parecia devastado e falava algo, Newt estava fora de si, mas então, ele pareceu ter alguns segundos de lucidez.

Eu não faço ideia do que meu amigo disse para o outro, mas tenho certeza que foi isso que fez Thomas fechar os olhos e atirar.

O corpo de Newt arquejou e tombou na rua.

Thomas atordoado entrou no carro sem me dá tempo de fazer nada, a não ser ajoelhar voltando a sentir aquela dor triste de quando perdemos alguém.

Pegando na minha barriga já avantajada, corri em direção ao corpo do meu amigo.

Ajoelhei e quando vi o buraco de uma bala no meio da sua cabeça, não me contive e vomitei.

– Lizzy...

Arregalei os olhos e virei a cabeça de um lado a outro procurando o dono da voz.

–Lizzy. – a pessoa murmurou.

Olhei para baixo, para o corpo do meu amigo e percebi que ele não estava tão imóvel assim.

Eu não sabia como, afinal, era visível o lugar do tiro onde a bala passou direto.

– Newt, sou eu... – murmurei

– Não... A Lizzy... – sua voz era baixa e seus olhos estavam fechados.

Ele estava morrendo, eu sabia.

– Sou eu, Lisa, sua amiga. – falei desejando desesperadamente curá-lo ou que ele se lembrasse de mim.

(SPOILER: O CÓDIGO DA FEBRE)

– Não, minha irmã... – ele choramingou.

– Sonya. – murmurei.

– Lizzy. – insistiu ele e recordei que Newt sempre a chamara assim.

– Ela está bem. – garanti mesmo sem certeza.

– Eu a amo. – vi uma lágrima escorrer do seu rosto mesmo com os olhos fechados.

– Eu prometo que direi a ela, Newt. Eu prometo. – disse sentindo os olhos arderem.

– Obri-brigado, Lisa. – ele sussurrou e eu me surpreendi ao notar que ele reconhecera minha voz.

Com o coração acelerado, derramei algumas lágrimas no momento em que Newt se esforçou gemendo para abrir os olhos.

– Vo-você está grávida. – não sei como, mas ele pegou em minha barriga e sorriu levemente antes do seu olhar cair e não se mexer mais.

Chorei sob o corpo do meu amigo pelo o que pareceram horas e para que nenhum Crank comesse alguma parte dele, o enterrei próximo a uma árvore imaginando todos os que conheci e não tiveram a mesma sorte de serem enterrados, assim como meu irmão.

O resto foi um borrão na minha cabeça.

Um agente do CRUEL me encontrou e simplesmente me levou para o complexo. Eu não achei ruim, sabia que meus amigos estavam indo pra lá e me deixei ser levada.

Nunca imaginei que voltaria ao Labirinto, mas eram lá que estavam mantendo Imunes, tanto os menores quanto os mais velhos.

Tudo o que fiz, como sempre, foi esperar a hora de me juntar ao Braço Direito e aos Clareanos para acabarmos com aquela mértila de lugar.

Não demorou para que Thomas e os outros surgissem dizendo que deveríamos sair dali porque o lugar explodiria. Gally estava com eles e quando viu que eu iria em sua direção, balançou a cabeça negando como se dissesse “agora não”.

Eu obedeci.

Vê Minho passar seu olhar por mim, mas não me notar doeu e tive vontade correr, beijá-lo e contar tudo o que tinha acontecido. Mas não o fiz.

O grupo de duzentas pessoas saiu correndo do Labirinto, mas obviamente, o CRUEL não deixaria irmos tão facilmente assim.

Um Verdugo surgiu e não consegui vê de onde ele tinha saído, mas tudo o que fiz foi correr pensando no meu filho.

Thomas e Teresa, que tinham ficado para trás passaram por mim apressados nos guiando por um corredor onde luzes oscilavam.

Eu não sabia para onde eles nos levavam, mas sabia que tentavam nos manter seguros.

Uma explosão soou acima da gente e busquei Minho por segurança, ficando bem atrás dele como se pudesse protege-lo ou o contrário. Ele olhou para mim, mas não me reconheceu novamente.

Brenda – finalmente descobri quem ela era – nos instruía o tempo todo.

A poeira cobriu o local ao som de uma explosão e me perguntei onde estava o Braço Direito e o porquê deles não estarem nos ajudando. Seriam eles os que explodiam aquele lugar?

Fragmentos começaram a cair do teto, mas segundos depois tudo estava quieto.

– Todos estão bem? – perguntou Thomas.

– Sim! – gritei.

(PAUSA PRA DIZER QUE ISSO REALMENTE ACONTECE EM A CURA MORTAL: UMA PESSOA RESPONDE THOMAS NO MEIO DA MULTIDÃO)

– Continuem andando! – Brenda incentivou a todos.

Seguimos todos eles e entramos em uma sala de manutenção.

Arregalei os olhos... Era ali que meu irmão se encontrava com Minho, Newt e os outros, antes de irem ao Labirinto.

Thomas entrou em um porta dentro da sala e tirou uma tela pendurada na parede.

Então eu vi.

Um transportal.

Não sei como Thomas sabia que estava ali, mas entendi.

Ele estava querendo nos levar para outro lugar!

Onde está o Braço Direito?, me perguntei.

– Venham! – Thomas gritou – Venham todos para cá!

Uma explosão sacudiu o local e Teresa começou a nos conduzir para passarmos pelo Transportal.

Eu era uma das últimas da fila porque Minho estava ali, no fim esperando que todos passassem.

– É melhor darmos o fora daqui bem rápido. – pude ouvir a voz dele – As explosões estão cada vez mais perto.

Gally olhando diretamente para mim – mesmo que eu não fizesse parte do grupo no qual ele conversava – acrescentou:

– O lugar todo vai por terra abaixo.

Assim entendi que até o Braço Direito havia nos traído. Eles explodiram o lugar com os Clareanos e outros Imunes dentro.

Nem CRUEL, nem Braço Direito são a salvação da humanidade.

Thomas respondeu Gally e entendi que o último mandava pelo olhar que eu fosse embora, que eu atravessasse logo o transportal.

Vi Homem-Rato aparecer e quis lutar, eu realmente quis, mas arriscar meu filho não era a opção.

Metade de seus possíveis pais estavam mortos e foi pensando em Nick, Alby e Newt que passei na frente de todo mundo e entrei pelo transportal sem saber o que esperava.

[...]


Notas Finais


Obrigada @Iris_raissa_ e @NataliaReid por favoritarem.


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