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  3. Pregnant

História The Maze Runner: Secret File - Pregnant


Escrita por: Glads

Capítulo 3 - Pregnant


— Não vai dormir com a gente, Fedelha? – um garoto magro, até demais, me segurou pelo ombro.

Fiz o possível para dá aquela olhada matadora para ele, pouco adiantou, é claro.

Na cabeça de todos aqueles garotos, por eu ser menina, era fraca e burra.

Todos machistas.

Mas que escolha eu tinha? Não podia mostrar pra eles o quanto sou ágil ou o quanto sou esperta, sem oportunidade.

— Com licença. – pedi.

O garoto ia colocando a mão em cima de mim, mas pareceu lembrar da punição para quem sequer encostasse em mim sem minha permissão.

Exagerado, eu sei, mas infelizmente necessário.

— Ahn. Desculpa. – ele murmurou olhando para algo atrás de mim e saiu correndo.

Olhei para trás confusa e meu coração parou por alguns segundos.

— Minho... – soltei.

Tão lindo... Plong. O que eu estou pensando?

Ele fechou os olhos por um momento e em seguida os abriu e os prendeu em mim.

— Para o quarto. Agora.

Um arrepio percorreu minha espinha.

Quem ele pensa que é para mandar em mim?

Respirei fundo.

Mesmo achando ruim aquela ordem, o segui sem dizer nada.

Pelo menos minha fome passou... A comida do Caçarola estava divina.

Observei o jeito que os músculos das costas do asiático se moviam e tencionavam.

Ele parecia precisar urgentemente de uma massagem, mas eu é que não vou oferecer algo do tipo.

— É o seguinte: Não se mexa, não ronque, não fale, não respire. Preciso de uma boa noite de sono sem ser prejudicado.

Sua voz grossa e aveludada só piorou aqueles arrepios sem noção.

Isso porque ele estava mandando em mim.

— Não é porque sou menina que podem mandar em mim! – expressei meus pensamentos e ele revirou os olhos sem dizer nada.

Ele escancarou a porta do cubículo com duas redes.

REDES!

Eu tinha certeza que teria cama!

Se bem que dormir com o Minho... É, estou bem aqui mesmo.

O quarto tinha alguns buracos na parede, mas nada com o que eu não posso lidar.

Ainda nervosa entrei no quarto e tratei de deitar na rede azul encardida.

— O que está fazendo? – o garoto perguntou.

— Ahn... Deitando.

— Essa rede é minha! – ele pareceu indignado.

— Desculpa... Eu não...

— Esqueça. Eu deito na outra. – fez um gesto com a mão como se não ligasse.

Encolhi todo o meu corpo e fechei os olhos por uns segundos sentindo aquele cheiro de pele limpa.

Será que é o cheiro dele?

Tentando mudar meus pensamentos começo a pensar em tudo o que ocorre a noite.

Era a pior parte do meu dia.

Era durante a noite, quando eu não tinha nada para fazer, que o medo voltava a me consumir.

Assim que voltei a abrir os olhos no local mal iluminado, me assustei.

Minho estava tirando a camisa.

— O que está fazendo? – repeti sua pergunta de ainda a pouco.

— Tirando a camisa... – ele foi sarcástico deixando uma risada, uma risada linda, escapar.

Ele jogou a camisa no canto do quarto e observei todo o seu corpo, para fins de conhecimento, é claro, afinal não lembro de nenhum garoto.

Uma espécie de pano continuava no lugar onde eu o tinha machucado, mas isso não impedia minha análise.

Seu corpo não era só “levemente” musculoso, era completamente e...

— Admirando a paisagem? – ele questionou atrapalhando meus pensamentos.

Senti meu rosto queimar e virei para o outro lado.

— Não se preocupe, é um alívio que quem esteja me olhando seja uma garota tão gos... Tão bonita como você. – pela primeira vez ele pareceu, um pouco, só um pouco legal, tirando a pare que ia me chamar de gostosa, o que é um desrespeito total.

Sem dizer mais nada ele se deitou.

— Olha... Eu quero pedir desculpas por...

Te machucar com uma faca.

— Não fale. – ele disse me interrompendo – Durma.

Fechei a boca e ainda com uma sensação esquisita dentro de mim tentei dormir, sem chorar – como fazia constantemente nos últimos dias.

Mas então começou.

Aquelas cenas na minha cabeça...

— Eu não quero ir, Lisa. – um rosto que não conseguir distinguir, mas que era infantil, falou.

— Você não vai. Eu prometi que vou cuidar de você e é o que eu vou fazer.

Um apagão se fez presente e em seguida uma nova imagem.

— Você será uma nova variável. Uma muito importante. – uma mulher, cujo rosto eu não via, falou.

— O que vão fazer com ele?

Eu nem sequer sabia onde estava.

— Fique tranquila. Se tudo ocorrer nos conformes, ele estará livre. – ela respondeu.

A cena mudou.

Eu estava deitada em uma maca.

— Fique tranquila. Estamos inserindo os embriões. – alguém usando uma roupa completamente branca estava na minha frente, enquanto eu estava deitada.

— Será um embrião para cada um das cinco variáveis. – outra voz falou apertando minha coxa enquanto inseria algo dentro de mim.

— Hey! Hey! Calma! – Minho me puxou contra si – É só um pesadelo.

Mas não era.

Eu estava completamente acordada e ainda assim, essas cenas se repetiam sempre em minha mente.

Expirei. Suspurei. Abri os olhos.

Não faço ideia se são lembranças ou estou ficando louca.

E se todos aqui forem loucos, por isso estamos presos? Ou eu criei todos em minha mente e na verdade eles não existem...

Foquei no olhos do asiático.

Ele não pode ser uma ilusão.

Esses olhos são reais.

Minho está mesmo me abraçando.

Eu estou segura.

— Você está segura! – Minho pareceu lê meus pensamentos e surpreendentemente me apertou ainda mais contra seu corpo.

Com algumas lágrimas se formando ao redor dos meus olhos, retribui o abraço daquele menino.

— Como veio parar aqui? – perguntei sentindo sua respiração contra meu pescoço.

Percebi que um pouco relutante, ele me soltou, o que não sei se foi bom ou ruim, já que o queria perto, mas também corria sérios riscos de ficar ainda mais arrepiada.

— Você começou a se debater. – falou um pouco mais sério, porém não saiu da minha frente.

Sentei na rede e o observei desconfiada.

— Eu falei alguma coisa?

— Você repetiu cinco nomes várias vezes. – ele olhou para minha rede e continuou – Posso sentar do seu lado?

Ok, isso é estranho, muito estranho. Por que ele quer sentar aqui?

— Não precisa, só me fale exatamente o que eu disse e pode ir dormir. Amanhã procuro outro lugar para passar a noite, assim não atrapalho seu sono.

Ele não me obedeceu, simplesmente afastou meu corpo e se colocou ao meu lado.

Aquele não era mais o Minho que todos conheciam, não havia sarcasmo ou frieza nele, era um Minho totalmente novo.

Será que ele não percebe o risco que corre com esse físico maravilhoso exposto?

Lisa, pare com isso. Se quer respeito, respeite, falei para mim mesmo.

— Então é frequente? Toda noite você fica assim? – ele questionou virando o rosto para mim.

Mordi o lábio – por insegurança – e assenti.

— O Platon dormiu perto de mim no meu primeiro dia e disse que eu repeti cinco nomes também. – expliquei relembrando como aquele Clareano era até simpático.

Uma coisa que não saia da minha mente é o fato de eu ter certeza que estava acordada quando tinha esses “sonhos”. Como eu falava se estava ocupada tendo aquelas visões, ao mesmo tempo que acordada tinha a consciência de estar na Clareira?

— Ele informou o Nick ou o Alby? – ele perguntou puxando minha mão para si.

— Não sei. Não vieram me perguntar nada. Ele só achou ruim e mandou eu procurar outro lugar para dormir...

— Ele te contou quais nomes você repete?

Assenti.

Eu tentava não pensar muito nisso. Até cheguei a achar que todos aqui também tinham essas visões, mas logo percebi que não.

— E seu pesadelo? Era sobre o quê?

O encarei, não queria assusta-lo.

— Todos temos pesadelos aqui. – confidenciou apertando minha mão – E os meus sempre são com você.

“E os meus sempre são com você”

“E os meus sempre são com você”

“E os meus sempre são com você”

“E os meus sempre são com você”

“E os meus sempre são com você”

Na hora não soube se me animava porque ele sonhava comigo ou se ficava surpresa por ele conseguir ver o rosto de alguém em um sonho.

— Eu me lembro de você, Liss. – ele sussurrou me olhando tão assustado quanto eu.

Liss. Eu já.. Eu...

Tento forçar minha mente ao ouvir esse apelido, mas não consegui encontrar nada, quase nada.

— O que você lembra? – me vi perguntando ansiosa por qualquer coisa que tivesse acontecido na minha vida anterior.

De alguma forma sabia que podia acreditar nele e eu também sentia, eu sentia que o conhecia.

— Não consigo dizer. – ele começou.

— Ah. – soltei pensando que obviamente ele não confia em mim.

— Eu sei que é você. Eu vejo o seu rosto sempre. Só não consigo por em ordem as memórias, mas você sempre está nelas. Mesmo antes de eu lhe vê aqui, nessa mértila de lugar.

Assustada o encarei incrédula.

— Não pode ser. – puxei minha mão da sua e mexi no meu cabelo.

— Quando ouvi você falando meu nome, tive a esperança de que estivesse tendo uma lembrança... – ele parecia desesperado – Uma lembrança comigo...

Onde está aquele Minho sarcástico?

Entendi o que ele queria e bom, nada mais justo.

— Eu não falei só seu nome. – disse.

— Eu sei. – ele mexeu em seu topete e me encarou – Gally, Newt, Alby, Nick Minho e Thomas. Quem é Thomas?

— Não sei. – murmurei – Antes de explicar eu queria saber se só sou eu que veja uma fumaça fantasmagórica nas pessoas quando tento lembrar de algo.

Ele me olhou confuso.

— É que você disse que conseguia me vê nos seus pesadelos... E quando tenho os meus, não consigo vê o rosto de ninguém. – exceto o daquela mulher loira, tive vontade de dizer, mas me calei.

— Ninguém aqui tem lembrança. De nada, nada mesmo. – explicou.

Assenti, respirei fundo e contei minhas visões.

— Isso não nos diz nada, eu sei. – murmurei.

Quase pude ver as engrenagens na cabeça de Minho funcionando, até que ele arregalou os olhos.

— Ai meu Deus. – disse olhando do meu rosto a minha barriga.

— O que foi? – perguntei olhando para baixo sem vê coisa alguma a não ser minha camisa.

— Você, você está grávida.

Incredulidade.

Surpresa.

Aceitação.

Essas foram minhas reações ao ouvir aquilo.

Percebi como ele tinha chegado àquela conclusão e vi que tinha razão.

Peguei na minha barriga e de alguma forma, soube.

Era verdade. Eu estava grávida.

Os Criadores desse plong todo não quiseram acabar só com a minha vida, tinham que inserir embriões de cinco variáveis, os cinco nomes que eu repetia, dentro de mim.

— Oh! Céus! – Minho se deitou mexendo no rosto e me olhando sem expressão.

— O que eu vou fazer? – murmurei para mim mesma.

— Você não vai dizer nenhuma palavra para ninguém até termos uma ideia. E vai continuar dormindo aqui e agindo normalmente com trabalhos leves. Ok? – ele me encarava perplexo demais.

Quis dizer podia ser capaz de trabalhar no Sangradouro ou em qualquer outro lugar, mas eu não seria, não grávida, não com esses sonhos.

Grávida. Estou grávida. Dentro de meses eu teria um bebê ou mais, se todos os embriões vingassem... Oh! Céus.

— Quem eles pensam que são? Por que colocar um bebê nesse lugar? – minha voz saiu trêmula de repente e logo senti algumas lágrimas escorrerem – Eles... O Nick não vai me mandar sair. Não é?

Ele estranhamente me puxou para deitar ao seu lado e ajeitou a rede de forma que nosso corpo ficasse completamente dentro dela.

Ali, em cima do seu peitoral recebi um beijo na testa.

— Não sei, mas vamos dá um jeito.

Ele está comigo. Estou segura.

— Por que isso, Minho? Por que você está aqui comigo?

— O Newt disse que você tinha que dormir comigo. – ele passou o braço ao redor da minha cintura.

Olhei pra ele confusa.

— Estava tentando fazer você rir. – ele tratou de explicar – Eu não sei... É como eu disse, eu te conheço, desde antes.

— Ah. – murmurei um tanto desgostosa.

Não sei o que quero que ele fale, ele já está fazendo muito por mim.

— Durma. – ele sussurrou bem baixo próximo ao meu ouvido me causando arrepios.

Fechei os olhos instantaneamente só então me dando conta do meu sono.

— Desculpa por te deixar acordado. – falei me aconchegando ainda mais em seu corpo sem em nada.

Quero dizer, só em uma única coisa.

— Minho. – murmurei sem saber se ele ainda estava acordado.

— Hummm.

— Você sabe que esse filho pode ser de um dos nomes que falei, que poder seu?

Fazia todo sentindo, cinco variáveis, cinco nomes.

— Eu sei. – ele murmurou e me apertou contra si.

Mal sabíamos nós dois que toda aquela conversa nos traria muitos problemas e por causa disso eu teria apenas mais uma semana na Clareira.

[...]


Notas Finais


Obrigada @JuliaCris133200, @newtmasotpx, @rafaelaislaya18, @RaqueelBS e @orgaszain por favoritarem.


GENTE! É IMPORTANTE!
Eu esqueci de falar sobre o Nick! Antes ele era o líder da Clareira e faleceu antes do Thomas chegar, conforme o autor cita no livro The Maze Runner: Correr ou Morrer.


Ah! E é claro: FELIZ NATAL! MUITA PAZ, PROSPERIDADE E SAÚDE. E o principal: NÃO SE ESQUEÇAM DE JESUS, AFINAL É A COMEMORAÇÃO DO BDAY DELE!


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