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História The Maze Runner: Secret File - Debt


Escrita por: Glads

Capítulo 9 - Debt


– Bem-vindos ao Braço-Direito. – um homem de meia idade disse para Gally e eu.

Nos entreolhamos assustados.

Eu sinceramente não entendia absolutamente nada do que estava acontecendo.

Mas pelo menos estava longe do CRUEL e aquelas pessoas pareciam más o suficiente.

Vou explicar: Ava Paige parecia ser uma pessoa boa, mas era má, então se aquelas pessoas que se denominavam Braço Direito pareciam más, portanto, possivelmente eram boas.

Eu estava em um prédio esquisito.

Gally e eu fomos colocados em um quarto com dois colchões antigos – colocados diretamente no chão – cada um em um canto do espaço de pintura desgastada.

Logo o mesmo homem que nos deu boas-vindas começou a falar:

– Gally, acho melhor explicar para sua amiga a sua parte.

Encarei o garoto de nariz deformado confusa.

Ele pegou minhas mãos e me fez sentar em um dos colchões e suspirando se ajoelhou na minha frente dizendo:

– O Braço Direito é um grupo de pessoas espalhadas por todas as cidades que restaram neste planeta.

– A missão é acabar com o CRUEL e usar o dinheiro deles para coisas que realmente importam, como manter os Imunes seguros para salvar verdadeiramente a humanidade. – disse o homem de cabelo ralo.

Assenti tentando entender.

– Lisa, eles têm espiões no complexo principal do CRUEL. – Gally continuou – Eles se aproximaram de mim e explicaram que se eu me fingisse de louco, me mandariam embora. Foi o que eu fiz.

– A mulher... A que me levou para o carro disse que eu devia confiar em vocês.

– A Dinah é uma das nossas espiãs. Foi ela que nos contou do projeto ultra-secreto que Ava Paige cuidava pessoalmente, você.

Meu coração acelerou.

– Mas por que me querem aqui? – encarei Gally a minha frente – Por que nos querem aqui?

– Precisamos de pessoas que saibam como o CRUEL funciona, seus sistemas de seguranças e esse tipo de coisa. – o possível líder falou – Por isso atacaram o carro que vocês estavam e os trouxeram para cá.

– Seus espiões não foram suficientes? Você sabe que vivíamos trancados! – retruquei – Não tem como sabermos algo daquele lugar, pelo menos não a parte que querem!

– Vocês conhecem os Clareanos! Vocês sabem como podemos ajuda-los!

– Dê uma chance. – Gally, estranhamente dócil, disse.

Nunca imaginei que ele, justo ele, seria o único que ficaria perto de mim e de certa forma, me salvaria.

– Conte tudo. – o senhor pediu de braços cruzados no meio do quarto.

Suspirei e sem ter o que perde, falei tudo o que fizeram comigo, menos o que envolvia meu bebê.

– Seu irmão sempre esteve nos planos. Apenas enganaram você e garantiram que ninguém te visse dentro do Labirinto, além dos Psis e da Chanceler.

Não cheguei a me surpreender, apenas comecei a chorar baixinho.

– Agora meu irmão está no meio do deserto cheio de Cranks. – murmurei vendo Gally e o homem se entreolharam – Vocês tem que fazer alguma coisa.

O homem assentiu.

– Vocês enviarão um recado para os Clareanos e os encontrarão em breve para falarem do Braço Direito. Eles só acreditarão na nossa causa se vocês falarem.

– Eles não lembram de mim. – murmurei.

Gally me repreendeu pelo olhar e se colocou em pé de frente para o homem.

– Eu faço isso, se ela ficar segura.

O senhor assentiu contente e logo ficamos sozinhos.

– Por que isso Gally? Por que está me protegendo? Você nunca fez nada de ruim para mim, além de ser chato, claro.

– Eu fui um idiota, Lisa. Eu fui controlado pelo CRUEL e...

– E? – incentivei me ajeitando no colchão.

– Eu matei um Clareano. – ele sussurrou se jogando no outro colchão sem olhar para mim.

Uma pontada no peito me fez derrubar algumas lágrimas.

– Todos fomos submetidos a coisas horríveis. – murmurei – Não era você.

– É isso que estou tentando dizer, mas... O que a fa–família desse garoto faria se soubesse?

– A maioria de nós não têm família. Arrisco dizer que todos não temos.

Pensei em me levantar e dá um abraço nele, mas seria forçar demais.

– E o seu filho? – ele perguntou claramente querendo mudar de assunto.

Deitei e vi que ele, no outro colchão, estava de costas para mim.

Suspirei.

– Você e Minho...

– O quê? Como sabe que Minho e eu tivemos algo?

– Então tiveram? – Gally virou para mim e institivamente coloquei a mão na barriga.

Concordei envergonhada, mas logo acrescentei:

– Mas não chegamos a dormir juntos. Quer dizer, até dormimos, mas foi só isso... Deitamos e dormimos... Só. – tinha certeza que estava corada – Ah! Você entendeu...

– Então o bebê... Ele é consequência do abuso que...

– NÃO! – o interrompi abraçando meu próprio corpo – Eu já estava grávida e ele nem conseguiu.

– Grávida? Você já sabia?

Mordi o lábio olhando para o teto sabendo que ele me encarava do outro lado da sala.

– Eu tive algumas náuseas, mas Minho e eu descobrimos quando eu tive uma espécie de sonho dos médicos inserindo embriões em mim. A diferença é que eu não estava dormindo, então percebi ser uma lembrança. – suspirei – Só no outro dia que o Ben tentou fazer aquilo.

– Aquele plong! Eu fiquei indignado. Sabia?

– Gally, não precisa forçar... Você foi bem grosso e até deu em cima de mim.

Ele deu uma gargalhada estranha.

– Imagine ser um cara que está há anos num lugar cheio de garotos que do dia para noite recebe uma menina.

Ri.

– Mas não era preciso fazer aquelas coisas...

– Eu gosto de implicar com as pessoas e estava claro que você e Minho tinham algo, então estava com raiva.

Assenti e então, uma dúvida me veio à mente.

– O que aconteceu com o Ben? Ele está com o meu irmão?

Virei a cabeça para Gally e mesmo no lugar mal iluminado percebi ele morder os lábios.

– Ele foi banido da Clareira.

– O quê? Por quê? Vocês nem lembravam...

– Depois que você sumiu, soltaram o Ben, mas ele foi picado por um verdugo e atacou Thomas. Você sabe das regras, por isso ele foi banido.

O alívio que senti logo acabou.

Ben estava morto e merecia descansar em paz.

Todo o meu ódio deveria ser transferido para o CRUEL.

– Você sabe de quem é o bebê? – Gally me tirou daqueles pensamentos.

– Eu... Ahn...

O garoto tinha desabafado comigo.

Por Deus! Ele havia dito que matou um Clareano!

Ele merecia saber.

– Eles aplicaram embriões de pais diferentes.

Gally ia falar algo, mas levantei a mão me sentando e continuando:

– O meu bebê pode ser de seis Clareanos. – comecei antes que desistisse – Minho, Newt, Thomas, Alby, Nick e...

– Eu. – o rapaz concluiu.

Concordei e vi ele se sentar olhando da minha barriga para o meu rosto.

Gally soltou um palavrão se levantando apressado e indo em direção à porta.

– Ei! – me levantei rapidamente – Por favor, não conte sobre isso pra ninguém.

Ele assentiu um tanto atordoado e saiu.

Cogitei ir atrás dele, mas desisti.

Tudo o que pude fazer foi deitar e dormir.

Não sei por quanto tempo fiquei adormecida, mas acordei com alguém mexendo no meu rosto.

– Sou eu... – Gally sussurrou ao perceber meu susto – Está tudo bem. Vou cuidar de você e do nosso bebê.

Confusa, murmurei com voz sonolenta:

– Pode não ser seu...

– Não importa. Por tudo o que fiz, pelo seu irmão, vou cuidar de vocês...

– Como assim? – abri os olhos.

– Fui um grande idiota... Eles me controlaram e Chuck... – ele parecia arrasado.

Engoli em seco.

O desespero tomou conta de mim.

– O que tem ele? Você machucou meu irmão? – me sentei ficando muito próxima a ele.

– Não! – olhando para mim ele afirmou – Ele teve que me vê matando o Clareano.

– Que Clareano? – perguntei desconfiada.

– O Steve.

Me culpei por não conhecer esse garoto, mas prometi lembrar do seu nome para sempre.

– Eles eram amigos? – questionei.

– Não, mas é traumatizante, ainda mais para uma criança...

Concordei.

– O CRUEL é traumatizante para todos.

Gally assentiu e disse:

– O importante agora é manter você em segurança e salvarmos nossos amigos.

– Eu sei o quanto você odiava está lá na Clareira e também como não gostava de metade daqueles meninos... Então por que está fazendo isso? Você é egoísta, Gally, eu sei disso.

– Eu tenho uma dívida com todos... O que eu fiz... Quando eu matei o... Steve... Bom, eu não devia ter deixado me controlarem! Só vou ter paz quando todos estivermos a salvo.

[...]


Notas Finais


Obrigada @CristianeDixon por favoritar.

Gente! Estamos um pouco depois do meio da fic.


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