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História The Meeting - Infinito particular


Escrita por: unbrke

Notas do Autor


Hey coisas lindas, tem um recadinho nas notas finais!

Capítulo 16 - Infinito particular


Fanfic / Fanfiction The Meeting - Infinito particular

POV ALEX

Quando acordei só acreditei não ter vivido um sonho, pois sentia o peso do corpo de Piper sobre o meu ela que estava praticamente deitada em meu colo ainda com a cabeça em meu pescoço seu corpo estava mais da metade sobre o meu e além do braço tinha a perna por cima de mim também, sorri com aquela cena e com a lembrança dos momentos do dia anterior, dei um cheiro em seu cabelo seguido de um singelo beijo e vagarosamente tentei me afastar consegui com que saísse de cima de mim, mas ao tentar desvencilhar de seu braço ela resmungou algo e me puxou novamente me fazendo rir baixinho. Poucos minutos depois quando me certifiquei que ainda dormia profundamente consegui me desvencilhar dela deixando meu travesseiro para que o agarrasse e assim ela fez. De pé já fora da cama, sorria a vendo dormir serenamente e com cabelos desajeitados.

Fui até a mala que estava em um canto do quarto peguei uma calcinha e uma camiseta que chegava a metade da bunda, mas ainda sim era confortável fiz um coque de qualquer jeito no cabelo e desci para preparar nosso café da manhã.

Já na cozinha abri os armários e geladeira á procura do que poderia fazer para comermos. Separei o que havia achado e comecei a preparar os ovos e panquecas, cortei algumas frutas que Piper havia comprado quando terminei fiz suco e café, já com tudo pronto comecei a arrumar as comidas em uma bandeja. Coloquei as panquecas empilhadas e a que ficou por cima desenhei um rosto feliz com a calda de chocolate deixando esta ao lado do prato, coloquei o prato com as frutas, o com os ovos e também um com torradas, o pote de geleia, separei duas xicaras e servi café nelas e o suco deixei na garrafa separando dois copos. Sai da cozinha a procura de alguma flor que estivesse pela casa e para minha sorte na sala havia um vaso com rosas e outras flores lindas, separei três delas e coloquei num copo com água e a depositei no meio da bandeja sorrindo para o resultado do que havia feito, caminhei com todo cuidado até o quarto e agradecendo por ter deixado a porta encostada, pois a bandeja estava pesada e eu não conseguiria abrir a porta caso fosse necessário a equilibrar em uma mão.

Deixei a bandeja na cômoda que ficava ao lado da cama e fui acordar Piper que continuava dormindo profundamente. Tirei o travesseiro vagarosamente me deixando ao lado dela e passei a beijar carinhosamente sua testa, olhos, nariz, bochechas, lábio, queixo e fiquei assim até vê-la começar se remexer na cama.

- Acorda dorminhoca, está na hora do café da manhã – deixei um beijo na ponta de seu nariz e ela apenas resmungou algo então continue a beijando como antes – Pipes me deixe ver esses olhos azuis, sim? Acorde meu amor – beijei seu lábio pela última vez e a vi abri os olhos lentamente como se adaptasse a luz e assim que vieram de encontro ao meu ela sorriu.

- Acho que vou fechar meus olhos para ser acordada assim novamente – disse sorrindo.

- Nada disso mocinha, e posso repetir tudo o que fiz com você acordada – passei a beijar todo seu rosto desta vez com mais pressa a fazendo rir.

- Alex... Al... – dizia entre risadas – Tudo bem entendi do que é capaz – segurou meu rosto entre suas mãos e deu-me um beijo demorado.

- Trouxe nosso café da manhã – disse depois que separamos nossos lábios e me afastei para pegar a bandeja enquanto ela sentava na cama deixando o edredom escorregar deixando seus seios á amostra. Depositei a bandeja em seu colo e fui pegar uma camisa para ela e quando voltei para me sentar em sua frente a vi sorrindo olhando tudo que estava na bandeja – Melhor vestir isso – e levantei a camisa para ela, Piper riu e a vestiu.

- Esse é provavelmente o melhor café da manhã de toda minha vida. Está tudo tão lindo e tem até flores! – disse sorrindo deixando um selinho em minha boca.

- Eu amo vê-la sorrindo assim – vi suas bochechas corarem levemente e sorri mais ainda diante daquela cena, me aproximei acariciando seu rosto – Você é tão linda – ela pegou minha mão e a beijou – Vamos comer? – Piper assentiu.

Peguei a xicara de café e fui bebericando enquanto Piper serviu-se de suco e passou geleia em algumas torradas comendo-as em seguida. Me servi de duas panquecas até terminar meu café devolvendo a xicara para bandeja ao final. Fazíamos tudo nos olhando e sorrindo.

Piper já havia comido as torradas e quando ia se servir das frutas tomei o prato de sua mão.

- Eu farei isso – disse e mergulhei a colher pegando uma quantidade de frutas – Vamos lá abra a boquinha – sorrindo Piper fez o que eu pedi, levei a colher ate sua boca que prontamente aceitou meu gesto – Boa garota.

Dei as frutas para Piper até que acabasse às vezes brincava de fazer “aviãozinho” o que a fazia gargalhar e eu poderia passar o dia inteiro fazendo só para ouvir o som de sua risada.

- Você é tão boba e tão linda! Obrigada por me alimentar – disse depois que devolvi o prato a bandeja, então segurou minha mão e a beijou.

- Está na hora de parar de me agradecer por tudo, já ouviu dizer que amor não se agradece?

Piper sorriu mostrando todos os dentes e balançou a cabeça tímida, em seguida pegou a calda jogando sobre uma panqueca e comeu fez o mesmo e deu a outra em minha boca, jogou um pouco nos dedos e pegando-me desprevenida a passou em meu nariz.

- Não acredito que fez isso – disse sorrindo depois de me limpar.

- Ah não, você nem sabe brincar – disse manhosa e sujou o dedo novamente, mas quando foi tentar passar em meu nariz me esquivei e seu dedo acabou sujando meu rosto e antes que pudesse dizer qualquer coisa ela foi mais rápida passando mais calda pelo meu rosto e gargalhava.

Aproveitando seu momento de distração enquanto ria, tomei a calda em minha mão e sujei quatro dedos. Quando Piper se recuperou da crise de riso e viu que ia a sua direção com a mão cheia de calda, segurou meu pulso.

- Não, você não vai fazer isso – disse sorrindo.

- Ah não? – com a mão desocupada passei a fazer cócegas em sua barriga e ela rapidamente soltou meu pulso e enquanto se contorcia rindo eu aproveitava para lambuzar todo o rosto dela e só parei quando me satisfez de que estivesse completamente suja.

Quando me afastei um pouco apenas para fitar seu rosto desengatamos em uma risada por ver a bagunça que fizemos com nosso café da manhã, quando o riso cessou diminui ainda mais a distancia sorrindo para ela que parecia ter entendido o que faria a seguir. Comecei beijando sua bochecha e depois lambia limpando-a, repeti o processo dos dois lados e segui para seu nariz onde o chupei o que fez Piper rir, percorri todo seu rosto e a sentia arrepiar a cada toque, me detive quando não havia mais calda em nenhuma parte.

Então ela passou a fazer o mesmo comigo sempre vagarosamente como se saboreasse o momento além da calda, quando terminou grudou seus lábios aos meus em um beijo intenso como costumava ser todos os nossos.

- Acho que precisamos de um banho – disse sorrindo depois que se afastou.

- Concordo – dei-lhe um ultimo selinho e nos levantamos a caminho do banheiro.

Tomamos banho juntas entre muitas carícias e beijos o que nos fez levar mais tempo debaixo do chuveiro, quando nos demos conta de que nossos dedos estavam enrugados pelo longo tempo debaixo d’água resolvemos sair para nos trocar.

 

- Al, o que acha de passarmos o dia na praia?

- É uma ótima ideia, imagino que trouxe biquíni – disse caminhando ao seu encontro.

Piper foi até a bolsa e tirou três pares de biquínis e deixou que eu escolhesse um, vesti o preto e a parte de cima não coube em meus seios e pude ver Piper sorrindo. Ela continuou esperando que me trocasse então tentei o branco que novamente não me serviu assim como o azul, e a essa altura ela já ria da situação.

- Me desculpa Al – parando de rir, se aproximou me dando um beijo na bochecha – Mas como poderia adivinhar que eles não te serviriam? Infelizmente não há que possa fazer quanto aos seus peitões aí, mas se quiser pode ir sem nada... Sabe como é não temos vizinhos e tudo mais – disse maliciosa.

- Você não perde uma oportunidade né Chapman? – disse rindo de sua insinuação enquanto ela dava de ombros – Tentadora sua proposta, mas vestirei uma camisa e ficarei com essa parte de baixo preta, não se preocupe.

- É uma pena, mas como prefere esconder essas duas maravilhas está no seu direito – disse pegando o conjunto de biquíni branco e indo até o banheiro se trocar.

Piper era uma caixinha de surpresa e cada momento ao lado dela me fazia ter certeza disso. Depois de ter entrado no banheiro me deixando rindo para trás, fui buscar na mala algo que servisse para ir á praia, encontrei uma blusa justa preta de alcinha, quando a vesti não chegava à altura do umbigo o que julguei ser bom então permaneci com a calcinha de biquíni preta e esperei Piper sair do banheiro o que não demorou muito, assim que abriu a porta percorreu meu corpo de cima á baixo com um sorriso malicioso nos lábios.

- Está melhor do que pensei Vause – disse se aproximando até colar nossos corpos.

- Pensei ter ouvido que preferia me ver sem nada – enlacei sua cintura.

- E ainda prefiro, mas isso aqui não ficou nada mal.

Começamos a nos beijar e quando as coisas esquentaram foi como se houvesse um acordo mutuo entre nós, nos separamos aos poucos até terminar o beijo com muitos selinhos.

- É melhor irmos de uma vez.

Então Piper entrelaçou nossas mãos, assim descemos as escadas e na estante da sala ela abriu uma gaveta retirou de lá uma chave e caminhamos para fora da casa. Já lá fora do lado oposto às escadas que davam para a entrada da casa havia uma edícula com utensílios de praia como cadeiras, guarda-sol, um armário com cangas, toalhas, tinha suporte e rede para vôlei assim como duas bolas, algumas raquetes para outros jogos e também um banheiro. Tudo meticulosamente planejado. 

Não fazia um sol forte a ponto de precisarmos nos proteger com guarda-sol e nos encher de protetor, optamos apenas pelas cangas, pegamos duas, mas antes de nos dirigimos á praia Piper disse que havia se esquecido de algo então pediu que a aguardasse ali, subiu rapidamente e voltou trazendo consigo uma cesta que continha algumas frutas, sanduiche e suco.

Decidimos ficar próximas ao mar, estendemos nossas cangas e nos sentamos. O tempo estava muito agradável, ventava pouco e o sol mesmo que brilhando sob nossas cabeças não era forte, o mar calmo e um silêncio exceto pelo som que ele reproduzia. Ao olhar para lado constatei Piper de olhos fechados com a cabeça erguida para o céu, pernas esticadas apoiando-se pelos cotovelos e uma fisionomia serena que me fez sorrir imaginando a sorte que tinha de poder partilhar esse momento ao lado dela, e que os dias difíceis que passei valeram a pena só de poder estar aqui.

- Porque está me olhando? – perguntou-me sorrindo ainda de olhos fechados na mesma posição.

- Como sabe que estou te observando se está de olhos fechados? – disse sorrindo.

- Não preciso estar de olhos abertos para saber que estava me olhando posso sentir seus olhos sobre mim, assim como tenho certeza que está sorrindo nesse momento – então abriu seus olhos e virou a cabeça para me observar – Como eu disse, me observando e sorrindo – disse ao constatar que eu o fazia.

- Como você faz isso?

- Não sei, talvez porque eu a conheça ou por imaginar que o pensa agora deve ser o mesmo que eu.

- É mesmo? E o que estou pensando agora? – perguntei erguendo a sobrancelha.

- Imagino que esteja feliz por estar aqui, assim como também estou – e sorriu daquela forma que só ela sabe fazer.

- Você é uma bruxa ou algo do tipo? 

- Não sua boba – me acompanhou na risada – Só talvez nossos sentimentos funcionem como um só... Não sei como explicar, mas é como se eu pudesse sentir o mesmo que você, como se eles fossem compassados e caminhassem juntos então posso entender o que está sentindo... Não sei nem se eu entendi o que acabei de dizer – terminou rindo o que me fez abrir um largo sorriso.

- Eu entendi o que você quis dizer sua boba – ela me mostrou a língua – E acredito também que nossos sentimentos funcionem como um, em corpos diferentes talvez por isso tudo entre nós seja tão intenso.

 Diminui a distancia e trouxe seu corpo para junto do meu, lhe dando um beijo que pudesse demonstrar todo o afeto que sentia por ela e Piper correspondeu da mesma forma.

- Vem comigo – disse depois que nos separamos ela estava de pé e me estendia à mão.

- Aonde vamos? – peguei sua mão me levantando e ela nos guiou até o mar – Ah Pipes essa água deve estar gelada demais.

- Não seja ranzinza Alex Vause.

- Ah... Estou sendo ranzinza é? – perguntei soltando nossas mãos e ficando de frente pra ela.

- Talvez...

- Ok – rapidamente a peguei pelas pernas a erguendo depositando seu corpo sobre meu ombro enquanto a segurava pelas coxas fui caminhando para dentro do mar – Vamos ver quem é a ranzinza agora.

- Alex me coloca no chão – se debatia rindo.

- Só se retirar o que disse.

- Deixe me pensar... Não! E além de Ranzinza agora está parecendo o Robusto me carregando dessa forma. Ei – disse virando o tronco tentando olhar para mim – Você é da família Smurf?

Não me aguentei e explodi em uma gargalhada, como disse antes essa mulher é uma caixinha surpresa ela dizia cada coisa. Acabei a soltando na água aonde já chegava abaixo de nossos seios.

- Me pareço um Smurf? – consegui dizer depois de recuperar o folego da crise de riso.

- Não, está mais para a Branca de Neve o que também poderia ser explicado por seus sete anões e você possuir o “espirito” de cada um deles – era engraçado a naturalidade com a qual ela dizia isso, se não fossem personagem de conto poderia até me convencer de tamanha seriedade que ela transmitia ao dizer.

- Você é maluquinha – disse balançando a cabeça e a beijando.

Um beijo que havia começado calmo rapidamente tornou-se lascivo, meu corpo já entrava em combustão só por sentir a forma como a língua de Piper invadia minha boca. Comecei a passear minhas mãos por seu corpo, até chegar a sua bunda onde a apertei, um baixo gemido saiu dos lábios de Piper que ainda estava junto ao meu e ela passou suas pernas por minha cintura e laceou seus braços em meu pescoço.

Passei a acariciar suas coxas, alternando entre apertar e arranhar. Desci o beijo para seu pescoço e colo me demorando ali enquanto com uma mão voltei para sua bunda e a outra comecei toca-la em seu sexo ainda por cima do biquíni, com a respiração já descompassada pude senti-la se apertando mais a mim em busca de um contato maior. Afastei sua calcinha para o lado e lentamente percorri seu sexo de cima a baixo o que arrancou um alto gemido da bela loira. Continue a carícia de forma lenta a observando, com o polegar passei a brincar com sua entrada sabia que era tortura o que estava fazendo, mas gostava de observa-la e a ouvir pedindo por mais e foi o que ela fez.

- Al... Ande logo com isso – em meio a gemidos e tentando buscar o ar que parecia ter lhe faltado, era tudo o que queria ouvir.

A preenchi com dois dedos que entraram com facilidade de tão molhada que ela estava os enterrei até o fundo e os deixei parados. Piper gemeu alto com o contato. Voltei a beijar seu colo e pescoço até chegar em seu ouvido onde mordi o lóbulo de sua orelha e sussurrei a ela:

- Agora é com você baby, rebole em meus dedos – afastei meu rosto para olhá-la.

Com um gemido manhoso passou a rebolar lentamente enquanto nos olhávamos, não demorou para que tomasse velocidade e com movimentos de vai e vem enquanto segurava com firmeza seu lindo traseiro pude sentir a parede de seu sexo se contraindo em meus dedos o que indicava que ela estava chegando em seu ápice, fechou os olhos e jogou a cabeça para atrás ainda se movimentando. Sentia-me extasiada por vê-la assim, era a mulher mais linda que existe sem precisar de esforço para isso, mas quando estava entregue a mim permitindo que lhe desse prazer conseguia ser ainda mais. Com a testa brilhando de suor, a boca entre aberta que gemia sem parar, os braços enlaçados em meu pescoço e seu corpo rebolando sobre mim... Como me sentia sortuda por tê-la, pelo menos por esses momentos. Percebi que ela foi parando de se movimentar então passei a estoca-la até sentir seu delicioso líquido escorrer por meus dedos.

Piper deitou a cabeça no meu pescoço respirando de forma desregular, arrumei sua calcinha e desci suas pernas, segurando em sua cintura a apertei em mim até que se recuperasse o que levou uns minutos e então ela levantou sua cabeça olhando fixamente em meus olhos e acariciou meu rosto para logo em seguida me beijar carinhosamente. Mais uma vez naquele dia eu a peguei no colo, mas desta vez a carreguei direito, novamente deitada em meu pescoço ela passou a beijar, morder, chupar e lamber o que me fazia arrepiar e suspirar pesadamente segurando o gemido que se formava em minha garganta. A levei para fora do mar até chegar a nossas cangas abertas na areia onde a deitei delicadamente.

Quando me deitei ao seu lado, ela rolou até ficar com seu corpo sobre o meu então me beijou profundamente já descendo uma de suas mãos até meu sexo, onde não tardou em adentrar minha calcinha e passou a brincar com meu clitóris o que instintivamente fez-me abrir mais as pernas e gemer em sua boca. Sem mais preliminares com dois dedos ela invadiu-me e arqueei as costas me movimentando seguindo seu toque. A sensação de senti-la dentro de mim era indescritível, suas mãos eram tão habilidosas não demorou para que chegasse em meu clímax e assim que o fiz ela vagarosamente retirou seus dedos e os levou até a boca solvendo todo meu líquido que tinha oferecido a ela naquela nossa troca de prazeres.

Sorrindo diante daquela cena a puxei para mais um beijo, ela saiu de cima de mim enquanto eu me recuperava e deitou de lado, fiz o mesmo para ficarmos de frente uma para outra. Piper sorria tão abertamente que eu podia sentir meu coração se aquecendo.

- Mocinha, acho que andou mentindo pra mim – disse a ela depois de algum tempo de silencio.

- Mentindo? – perguntou-me confusa.

- Quando disse que não era igual a mim, mas bem... Você tem mãos muito habilidosas olha o que fez comigo! Tem certeza que não se relacionou com nenhuma outra mulher antes?

- Deu para perceber? – ela disse com um sorriso tímido.

- Desde a primeira vez na verdade, você estava muita segura do que fazer eu desconfiei, mas não comentei nada e bem olha aonde chegamos – soltei um breve sorriso.

- Foi um pouco antes de entrar na faculdade, no ultimo ano do colégio eu a conheci ela me fazia bem e acabamos nos relacionando foi um tanto quanto diferente me ver nessa posição de estar com outra mulher. Minha mãe só soube quando nós terminamos porque acabei ficando abalada não tive como esconder, ela ia para uma universidade distante e preferi não levar a relação adiante. Quando contei a Carol ela enlouqueceu perguntou onde estava com a cabeça, que nunca imaginava isso, que eu havia agido de má fé escondendo isso dela enfim... Ela deu um show, mas vendo meu estado se desculpou e de toda forma Catarina, como se chamava, estava indo embora então não mais importava. Pedi que ela guardasse segredo quanto a isso, depois veio à faculdade, o Larry e o resto você já sabe.

- Você se apaixonou por ela? – perguntei com receio de ouvir a resposta.

- Se eu disser que sim, ficará com ciúmes? – disse divertida.

- Não poderia negar – ela me acompanhou na risada – Contou ao Larry?

- Não, foi bem antes dele além do mais achava que não voltaria a acontecer... Eis que me surge uma morena, alta, de lindos olhos verdes, com uma voz rouca e completamente sexy.

- Bem que um dia me disseram mesmo que morenas são um perigo, devia tê-la avisado.

- Sim, você deveria – voltamos a nos beijar – Estou com fome, vamos entrar? – depois de nos afastarmos ela mantinha sua mão acariciando meu rosto.

- Com uma condição.

- Qual? – perguntou-me de forma sugestiva.

- O almoço será por minha conta – disse já me erguendo e a pegando pela mão para levantar-se também.

- Por mim está ótimo.

Recolhemos nossas coisas, nos enrolamos na toalha e voltamos para dentro de casa. Ao chegarmos seguimos para cozinha onde deixei a cesta que nem foi tocada em cima da ilha, entreguei minha toalha a Piper que subiu com ela e as cangas que colocaria para lavar e aproveitaria para tomar um banho e se aprontar para o nosso almoço, quase café da tarde já que se passavam das três horas.

POV PIPER

Enquanto me despia antes de entrar no chuveiro, minha mente vagou pelos últimos acontecimentos desde o momento em que decidi ir atrás da Alex até agora com ela na cozinha da minha casa e um sorriso involuntário nasceu, acredito nunca antes ter me sentido tão feliz como estava e mal havia completado um dia que estávamos juntas.

Não pretendia me demorar no banho, mas com tantas lembranças que insistiam invadir meu pensamento fiquei a reviver cada uma delas o que me fez perder a noção do tempo que havia ficado debaixo do chuveiro, tomando consciência da demora tratei logo de sair e ir me trocar assim que estava pronta Alex entrou no quarto.

- Vim verificar se estava tudo bem, você demorou – sorria se aproximando.

- Desculpa, acho que acabei me empolgando. Precisa que eu termine algo enquanto vai se trocar?

- Não, já está tudo pronto inclusive a sobremesa se é que podemos a chamar assim – soltou uma risadinha.

 - Sobremesa? De fato eu devo ter demorado.

- Sim, mas serei breve para que nossa comida não esfrie – deixou-me um beijo na ponta do nariz, separou uma roupa e foi tomar um banho.

Enquanto se arrumava fiquei deitada na cama á sua espera e ela não tardou em sair do banheiro já trocada e perfumada, juntas descemos para almoçarmos.  

Na mesa havia um verdadeiro banquete, mesmo que ela tivesse feito em porções suficientes apenas para nós duas havia uma variedade de alimentos que acredito que ela cozinhou um pouco de tudo que eu havia comprado.

- Al... Quantas pessoas vão comer?

- A menos que tenha convidado alguém, só nós duas.

- Isso está um verdadeiro banquete e o cheiro está ótimo!

- Não sabia o que cozinhar e nem o que você queria comer então preparei algumas opções para que você se sirva do que quiser – disse como se não fosse nada demais e caminhando até a cadeira a afastou para que eu me sentasse.

- Você é maravilhosa – deixei um selinho em seus lábios e me sentei na cadeira – Diante de todo esse capricho e a fome que estou sentindo é provável que queira um pouco de tudo, sairei daqui com sua ajuda me rolando para fora da cozinha.

- Como é exagerada – disse depois gargalhar e fazer meu coração se aquecer com aquele som que tanto gosto de ouvir.

Alex sentou-se em minha frente e iniciamos o nosso almoço, a comida não tinha apenas um cheiro ótimo estava também deliciosa o que me fez pensar se era possível existir algo em que Alex não fosse boa. Acabei me servindo de tudo um pouco, sob o olhar atento dela a cada nova refeição que experimentava e sorria timidamente dos elogios que lhe oferecia. Quando terminamos me sentia estufada e também havíamos acabado com a garrafa de vinho.

- Como disse antes, precisarei que me role até a sala.

- Como é boba – disse rindo – Então nada de sobremesa?

- Deus, havia me esquecido! Mas estou tão cheia, o que preparou?

- Fiz brigadeiro.

- Ah não acredito, precisarei encontrar um espaço aqui dentro – rimos juntas – Pegue-o e vamos nos acomodar na sala, podemos assistir a um filme.

Enquanto me levantava, Alex foi até a geladeira onde pegou o vasilhame que havia despejado o brigadeiro para deixa-lo esfriar, abriu a gaveta e separou duas colheres e caminhamos para a sala. Liguei o televisor, apanhei os controles e me acomodei ao seu lado no sofá.

- Tem alguma preferência por gênero de filme? – perguntei a ela.

- Assisto a tanto conteúdo infantil para passar as minhas crianças, que nem me lembro mais quais gêneros de filmes existem – inquiriu rindo – Pode escolher o que lhe agradar tenho certeza que agradará a mim também.

- Coisa linda – deixei um beijo em sua bochecha e passei a vasculhar o aplicativo na tv em busca de algum filme que me chamasse atenção – Que tal esse? “O melhor de mim”?

- Parece interessante, por mim tudo bem – disse depois de ler a sinopse.

Com o vasilhame apoiado na perna de Alex e cada uma de nós com uma colher, dei play e voltamos nossa atenção para a tv. Por mais que vez ou outra desviávamos para nos olhar, entrelaçar nossas mãos e trocar um beijinho não perdemos o interesse no filme que conta a história de Amanda e Dawnson que se apaixonaram na adolescência, mas o relacionamento não era aceito pelo pai da garota o que fez com que se afastassem com o tempo. Assim cada um seguiu com sua vida e vinte anos depois um funeral faz com que os dois retornem a cidade natal onde se reencontram e seus sentimentos são postos a prova.

Quando o filme terminou, junto com o brigadeiro, estávamos sentadas com as pernas cruzadas sobre o sofá escutava Alex fungando assim como eu e quando viramos para observar uma à outra, nossos olhos inundados de lágrimas, vermelhos assim como nariz caímos em uma gargalhada.

- Se eu soubesse que assistir a isso me desidrataria pediria que escolhesse outro – disse sorrindo e secando o rosto com a camisa que usava.

- Opção de filme drama, nunca mais – limpei meu rosto também – Levarei isto para a cozinha a louça depois darei um jeito, só quero descansar essa comilança toda, pois sinto como se tivesse ganho uns quinze quilos a mais nessas ultimas horas – peguei o vasilhame das mãos dela e o levei até a cozinha.

Quando retornei a sala Alex estava deitada recostada no sofá com as pernas esticadas, quando me viu chegando sorriu.

- Vem aqui já estou com saudade de ficar agarradinha com você.

- Não precisa nem dizer duas vezes – deitei entre suas pernas, abraçando sua cintura e descansei meu rosto em seu pescoço aspirando aquele cheiro único que eu reconheceria em qualquer lugar.

Permanecemos em silencio exceto pelo volume baixo que se encontrava a tv em um canal qualquer, Alex fazia cafuné no meu cabelo e fui tomada por uma sensação de paz além do carinho que me transmitia aquele toque e fiquei a pensar que não conhecíamos muito sobre a outra, exceto pela nossa reciprocidade de sentimentos não havíamos conversado sobre infância, medo e coisas desse tipo e de certa forma isso faria com que nos conhecêssemos mais a fundo.

- Al, posso lhe perguntar algumas coisas? – recuei um pouco meu rosto o apoiando sobre minhas mãos de forma que pudesse a fitar nos olhos.

- Vai me interrogar para saber quais são minhas intenções com você? – perguntou-me com malícia.

- Não havia pensado nisso, mas agora que mencionou – ela arqueou as sobrancelhas e sorriu sapeca o que me fez rir – Posso imaginar quais são suas intenções, mas o queria lhe perguntar são algumas coisas pessoais... Sei lá, nunca conversamos sobre isso queria poder conhecê-la melhor.

- Pipes se existe outra pessoa além da minha mãe que pode me enxergar como realmente sou, é você – sorriu – Mas pergunte-me o que quiser talvez eu tenha algumas curiosidades sobre você também.

- Tudo bem... É deixe-me pensar... Fale-me um pouco sobre o seu pai.

- Não há muito que dizer, chamava-se Anthony e mamãe diz que me pareço ele. Meus pais se conheceram na faculdade e quando terminaram já estavam namorando a mais um de ano foi quando Diane engravidou. Depois de se estabelecerem financeiramente compraram uma casa que foi onde eu cresci. Meu pai tinha problemas cardíacos e seu falecimento foi decorrente de um infarto, eu ainda era pequena e tenho vagas memórias, lembro-me de como ele sorria, do beijo de boa noite que me dava na testa antes de apagar o abajur e sair do quarto, do quanto gostava de me carregar no colo o que me tornava uma completa preguiçosa – sorriu nostálgica – Mas é só, minha mãe me contou muitas histórias de viagens que já fizemos, que eu sempre ficava doente quando ele viajava a trabalho e se ausentava de casa, mas o que tenho são pequenos flash nada muito concreto.

- Sinto muito – depositei um singelo beijo em seu lábio – Seu pai deve ter sido um grande homem.

- Pelo que Dona Diane conta ele foi mesmo e está tudo bem agora, mesmo crescido sem a figura paterna minha mãe exerceu muito bem a função dele – sorriu.

- Antes de vermos o filme você disse sobre as suas crianças com tanto carinho, porque decidiu ser professora? – ela se remexeu parecendo incomoda com a pergunta – É... Tudo bem se não quiser falar sobre isso.

- Está vendo quando digo que me conhece tão bem quanto minha mãe? Eu nem mesmo abri a boca e você já soube – riu e alguns minutos se sucederam antes que ela tornasse a falar – Depois que terminei o colégio não fazia a menor ideia de que rumo tomar na vida então aproveitava para sair e em uma dessas vezes conheci uma pessoa, ela trabalhava em um abrigo e tive curiosidade em saber mais, quando me levou até lá fiquei encantada pelas crianças conheci a história de vida de algumas e percebia a força que carregavam mesmo sofrendo tanto tão novas foi então que decidi lecionar para crianças, além de passar conhecimentos transmitiria amor e atenção que é o que toda criança merece ter.

 - Você é a pessoa mais linda que já conheci – sentia meu coração transbordar depois de ouvir tudo isso, mesmo ficando curiosa sobre “a pessoa” decidi por não entrar no assunto se ela quisesse teria dito – Não digo isso apenas por seu externo, mas é tão generosa, carinhosa e da para sentir o orgulho na forma como fala da sua profissão o que faz dessas crianças sortudas por terem alguém como você, tenho certeza que elas a amam o tanto quanto deve amar cada um deles.

- Sortuda sou eu por ter aquelas coisinhas miúdas – sorrindo tão largamente me deu um longo beijo – Mas e você? Me conta o motivo pelo qual escolheu a arquitetura.

- Antes de o meu pai largar tudo e seguir com o que realmente gostava que é a botânica, ele se formou em engenharia civil e ainda adolescente eu o acompanhava em algumas obras e fiquei fascinada com o fato de a junção de blocos e outros matérias construírem coisas, mas o que me chamava a atenção não era a construção em si e sim a estética, a capacidade de alguém ter pensado em projetar aquilo, de distribuir cada espaço de forma simetricamente e tudo mais. Então me interessei pelo assunto e foi fácil decidir pela arquitetura.

- Eu consigo imaginar uma mini Piper com capacete amarelinho de obra enchendo o Bill de pergunta sobre para que serve isso ou aquilo.

- Era exatamente assim, eu o enlouquecia às vezes – ri lembrando como importunava meu pai com isso.

- E a sua mãe Pipes, como ela era? – não falava muito sobre ela, mas Alex me passava tanta segurança que não me recusaria a responder.

- Era muito bonita, todos dizem que sou a Carol quando mais jovem. Ela foi meu porto seguro durante todo o tempo que viveu mesmo que tivéssemos nossas desavenças de mãe e filha, era pra ela que corria quando queria dividir algo, o colo dela que me abrigou quando chorava, estava sempre disposta a me ouvir, aconselhar, não me privou de nada dizia que eu tinha que “aprender a andar com as minhas próprias pernas” porque ela não seria eterna, e quem dera fosse – a essa altura já sentia meu rosto inundado pelas lágrimas e Alex me apertando mais contra ela, mas só parei para respirar um pouco e tornei a falar – Talvez por não me privar fez com que eu confiasse tanto nela que foi minha melhor amiga. Depois que ela faleceu foi a período mais difícil que já enfrentei na vida bloqueei todos os sentimentos possíveis e me passei por forte, mas todas as noites eu chorava e pedia que ela voltasse, nunca antes havia falado disso – sorri para Alex em meio às lágrimas – eu tinha medo de parecer fraca, e quando finalmente compreendi o que era perder alguém que não mais voltaria precisei aprender a seguir em frente. Então permiti me lembrar das boas memórias que tivemos e as revivi até que não doesse mais em meu peito a ponto de me sufocar, e hoje quando falo dela e sou tomada por lágrimas não são mais de tristezas pela dor da perda e sim pela recordação do que já vivi ao lado dela – Alex secou meu rosto com a ponta dos dedos e deixou um beijou meu olho direito depois o esquerdo afugentando as últimas lágrimas que haviam por ali o que me fez sorrir – Carol Chapman teria gostaria de você se a conhecesse.

- Tenho certeza que eu teria gostado dela também – e o sorriso tímido deu lugar ao sorriso cafajeste que eu já tão bem conhecia – Talvez ela tivesse se oposto se soubesse o que pretendia com a filha dela.

- É mesmo? E o que pretende com a filha dela? – entrei no jogo dela já sabendo onde isso daria.

Alex me puxou mais para cima juntando nossos lábios em um beijo cheio de promessas, dando abertura para passearmos as mãos uma pelo corpo da outra. Levantando-se ainda sem separar nosso beijo ela foi nos encaminhando até o quarto, onde me levou até a cama ficando por cima de mim e ali era só o começo da nossa noite.


Notas Finais


Olha só quem apareceu... Um milhão de desculpas por essa demora toda, mas é que estava -com o perdão da palavra- com um bloqueio fodido!

Sentei em frente ao notebook todo dia e nada saia, com muito sacrifício e depois de quase um mês finalmente consegui voltar a escrever e tenho alguns avisos.

Vamos lá... Eu só iria voltar a postar quando tivesse terminado a fic, já que ela não está tão longe do fim (lá no comecinho eu disse que seria curtinha), e por não querer mais passar por esse período tão longo de ausência. Porém estava com esse capítulo pronto e de toda forma não voltaria antes do lançamento da s5. A propósito estou enlouquecendo com essa espera, mas finalmente faltam SETE FUCKING DIAS AAAAAAA!

Retomando o raciocínio, voltarei depois da estreia não tenho uma data precisa, mas prometo (sério!) que logo volto. O próximo capítulo já esta pela metade e os seguintes já estão guardados na cachola, sem mais bloqueios (amém!).

Ahh para o capítulo final irei precisar da ajuda de vocês, PORÉM só direi o que quando chegarmos lá ainda têm uns capítulos pela frente.

Acho que é só. Até já já!

PS: "O melhor de mim" é um dos filmes mais lindos que já vi, se vocês não assistiram juro que vale a pena! E preparem um balde porque só o lencinho é pouco para o tanto que da pra chorar com esse filme hahahah


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