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História The Meeting - Dias no paraíso


Escrita por: unbrke

Notas do Autor


Oi amores, saudades!
Tem um recadinho nas notas finais.

Capítulo 19 - Dias no paraíso


Fanfic / Fanfiction The Meeting - Dias no paraíso

POV ALEX

Há primeira semana longe de Piper mais pareceu uma eternidade, os dias se arrastaram até enfim chegar o fim de semana o qual decidimos que eu pegaria a estrada de encontro a ela que daria uma desculpa á Larry para se ausentar. Mantínhamos contato por mensagem, e quase que diariamente usávamos do nosso horário de almoço no serviço para fazer uma vídeo chamada ou ligação. Assim seguiu-se até nos reencontrarmos, Piper havia reservado uma diária em um hotel da cidade para passarmos a noite.

Logo que cheguei por volta das dez horas da manhã de sábado não nos desgrudamos mais, fomos a um restaurante diferente da primeira vez, ao cinema, passeamos no shopping e passamos a noite fazendo amor. No domingo decidimos passar o dia no parque que havia sido montado e nos divertimos como adolescentes até chegar a hora de nos despedirmos mais uma vez, mas concluímos que daria certo nos revezar para nos vermos e deixamos marcado para o próximo fim de semana que seria a vez de Piper e eu já planejava diversas coisas para fazermos, visto que não teríamos tanta preocupação com ela encontrar algum cliente, em andarmos de mãos dadas ou trocar beijo em publico sem corrermos o risco de alguém a reconhecer. A situação era desconfortável para ambas, mas procuramos não ficar pensando no que poderia acontecer e só aproveitar o momento.

Mais uma semana se iniciava e as noites sem Piper ao meu lado eram terríveis, mas pelo menos havia minha ocupação com uma programação que preparei para quando ela chegasse. Entre ligações e mensagens contei a ela que preparava algo especial o que a deixou curiosa e muito brava quando não lhe disse o que era senão deixaria de ser surpresa e ainda pedi que viesse na sexta-feira a noite, pois precisaríamos sair ainda de madrugada se quiséssemos chegar a nosso destino.

Não perguntava qual desculpa ela inventaria á Larry nem como estava a relação entre os dois, confiava na palavra dela que daria um jeito na situação o mais depressa possível então não a pressionava, nem mesmo tocava no assunto quando estávamos juntas éramos apenas nós e nada mais. Reservas feitas, cronograma do fim de semana devidamente preenchido e a tão esperada sexta-feira chegou mais depressa do que imaginei.

Eram nove horas da noite quando a campainha do apartamento tocou. Ao abrir a porta deparei-me com o rosto de Piper escondido atrás de um buque de flores e ao abaixá-lo ela sorria de uma forma que fazia meu coração descompassar. Não perdi tempo em puxá-la para um abraço enquanto a conduzia para dentro do apartamento.

- Como senti sua falta, amor – eu a apertava afim de que aquele contato suprisse toda a saudade.

- Sim, Cariño você me fez muita falta também – ainda abraçadas nos espaçamos o suficiente para nos beijarmos com todo o amor guardado – Trouxe para você – e entregou-me o buquê de Crisântemos em varias cores.

- Baby, é lindo! – o peguei cheirando as flores que tinham um aroma indescritível de tão bom – Obrigada – a beijei mais uma vez.

- Não agradeça – sorriu-me enquanto a puxei pela mão até a sala de estar e fui atrás de colocar as flores na água – Então é aqui seu cantinho?

- Sim, venha vou lhe mostrar.

Depositei o vaso com as flores na mesa de centro e fui mostrar meu apartamento para Piper. Não havia nada de extravagante visto que morava sozinha quando o comprei, eram dois quartos com suítes, a sala era espaçosa assim como a cozinha, havia uma copa, outro banheiro na área de serviço e uma varanda com vista para o parque da cidade. Ela parecia encantada com alguns quadros que havia pendurados na sala, corredor e no meu quarto.

- Já jantou? – perguntei a ela depois de retornarmos a sala. 

- Não amor, fiquei até mais tarde no escritório para adiantar o serviço e acabei vindo direto.

- Muito bem mocinha, então vamos comer, pois preparei o jantar e estava a tua espera mesmo não sabendo se chegaria com fome.

- Você é maravilhosa demais para mim, sabe disso não é? – aproximou-se e me deu um beijo – O que preparou para nós?

- Veja por si mesma – a peguei pela mão e caminhamos até a cozinha.

Havia feito lasanha e comprado um bom vinho para acompanhar. Puxei a cadeira para que se sentasse e a servi. Enquanto comíamos, conversamos amenidades sobre a nossa semana e Piper disse-me o quão estava ansiosa para saber onde iriamos e confesso que me sentia da mesma forma. Quando acabamos o jantar coloquei a mesa a sobremesa, tinha feito uma torta de morango, essa que Piper não poupou elogios depois de comer.

Depois de organizar a louça e a cozinha, fomos nos sentar a sala. Deixei a tv ligada em um canal qualquer e trouxe Piper para encostar entre minhas pernas descansando seu tronco em meu peito enquanto a abraçava, permanecemos assim por um bom tempo só sentindo o conforto que era estar uma no abraço da outra.

- Al, aonde iremos hein?

- Já disse que não irei contar curiosa! – dei uma pequena mordida em sua bochecha.

- Só uma dica, por favor – e virou-se me fitando nos olhos.

- Ah não, nem adiantar vir com esses seus belos olhos azuis pidões, pois não irei ceder. Fora de cogitação – disse enquanto balançava a cabeça negativamente.

- Isso não é justo, sabia? – e novamente lá estava, uma Piper emburrada.

- Baby, você deve confiar em mim não a contarei senão deixará de ser surpresa. E se serve de consolo, é um lugar muito requisitado e só consegui as reservas por serem apenas dois dias, também será a minha primeira vez lá.

- Isso só me deixa ainda mais ansiosa.

- Ok senhorita Curiosa, mas ainda sim terá que esperar até a hora de chegarmos para afugentar sua ansiosidade. Agora desfaça esse bico – lhe dei um beijo – E vamos dormir, pois partiremos ás quatro.

Entre resmungos e mais perguntas, nos encaminhamos até o quarto. Piper decidiu que tomaria um banho e ao sair pediu por um pijama meu, pois não queria desfazer sua mala. Depois dela foi a minha vez, de banho tomado nos deitamos com Piper praticamente encima de mim e nossas pernas entrelaçadas.

- Boa noite, cariño – deixe-me um beijo no pescoço, onde repousava a cabeça.

- Boa noite, meu amor – lhe dei um beijo na testa e apertei ainda mais á meu corpo.

Com Piper em meus braços era tão fácil adormecer, sentir o calor de seu corpo junto ao meu, sua respiração tranquila em meu pescoço eram como anestésicos.

Ás quatro da manhã o celular nos despertou foi difícil nos soltarmos para levantar, mas iria valer a pena. Tomamos uma xicara de café, eu havia terminado de arrumar poucas coisas que ainda faltavam colocar na mala. Levei a minha de Piper até o carro, iriamos com o meu já que não havia necessidade de ir com dois. Depois de guardar as malas e nos acomodarmos, dei partida para nosso tão esperado fim de semana.

Eram dez para seis da manhã quando chegamos a nosso destino. Aliás o lugar onde nos levaria á nosso verdadeiro destino. Deixei o carro em um estacionamento próximo e paguei pelas diárias dos próximos dias. Retirei nossas malas, e Piper caminhava ao meu lado intercalando seu olhar entre mim e um piloto que estava a nossa esperava um pouco mais a frente, buscando por alguma resposta.

- Bom dia, senhoritas – disse ao nos aproximarmos e depois que o respondemos deu continuidade – Me chamo Carlos, e serei seu condutor. Por favor, deixe que me encarregue destas malas.

- Al isso é... – ela parecia chocada o que me fez sorrir.

- Sim, isso é um hidroavião e ele nos levará ao Resort Clayoquot Wilderness, conhece?

- Eu... – ela tentava formular uma frase – Eu... É claro que sim! Quer dizer, nunca estive lá, mas já ouvi falar, vi algumas fotografias. O lugar parece ser incrivelmente lindo! Não acredito que essa era surpresa – agora ela trazia um belo sorriso no rosto.

- Sim, meu amor acredite – dei um beijinho nela – Agora vamos, pois temos dois dias que para aproveitarmos.

Sendo assim nos encaminhamos até a aeronave, ajudei Piper a se acomodar e enquanto o piloto nos dava algumas recomendações acomodei-me também e não demorou muito até que decolássemos.

Não fazia sol, mas o céu estava limpo o que nos proporcionava uma bela imagem antes de pousarmos na água que no inicio me deixava um pouco assustada, mas o piloto estava constantemente nos explicando algo e foi uma experiência única. 

Ao desembarcar, o piloto novamente sendo solicito trouxe nossas bagagens e nos desejou uma ótima estadia. De mãos dadas a Piper que trazia um brilho nos olhos capaz de cegar alguém, fomos caminhando até a recepção para fazer o check-in e nos hospedarmos. Eram sete horas da manhã, e apesar do cansaço que trazíamos por acordar cedo, teríamos o dia todo para desfrutar deste paraíso e tínhamos uma variedade de atividades para aproveitar.

O Clayoquot Wilderness Resort é um lugar feito para quem tivesse curiosidade em passar por uma experiência de acampamento, mas sem depender de barracas, fogueiras e afins. Por mais que essa seja a graça em acampar o resort proporciona a mesma proximidade com a natureza, porém de uma forma mais confortável.

O Resort foi inspirado nos grandes acampamentos do século XIX, a hospedagem é feita exclusivamente em tendas ultra confortáveis, mobiliadas com antiguidades e oferecem um conforto extremo e refinado, com uma linda vista para o céu estrelado para completar este cenário idílico.

A experiência já começava com a viagem de hidroavião que era o único método para chegarmos ao acampamento. O espaço também nos oferecia passeios a cavalo, pesca no lago, caças a ursos, observar baleias, tínhamos um sommelier exclusivo, equitação, golf, canoagem, esqui náutico, ciclismo, caminhadas, sauna, spa, stand up paddle, passeio de helicóptero, e mais uma infinidades de coisas. O programa era variado e escolhido por nossa conta, mas dependeria das marés e das condições meteorológicas.

Depois do check-in feito fomos direcionadas a nossa tenda, o caminho até lá era feito por uma estrada de madeira com lamparinas espalhadas por toda sua extensão, o que me fez imaginar o quão lindo seria caminhar por ali durante a noite quando elas estivessem acesas. Para qualquer lado que olhássemos era apenas mata e podíamos ouvir o canto dos pássaros, o que me causava calmaria.

Nossa tenda, que seria nosso lar por essa noite era ainda mais bonita do que as fotografias que haviam sido enviadas a mim. Com móveis de madeira uma cama king-sive, possuía suíte e até velas que poderiam ser acesas ao anoitecer. Piper parecia tão maravilhada quanto eu, olhando para todos os lados, nossas mãos ainda permaneciam entrelaçadas e ela a segurava com firmeza.

- Está foi à tenda reservada, espero que esteja ao agrado das senhoritas – disse à hostess que nos acompanhou – Nossa mesa de café da manhã ainda está à disposição, e permanecerá aberta até às nove horas, depois voltaremos ao meio dia para o almoço, mas sempre temos petiscos disponíveis – esperou um pouco antes de retomar sua fala – Próximo à recepção temos um quadro com as atividades disponíveis do dia e os horários dos instrutores, então quando decidirem basta se encaminharem até o local. Alguma dúvida?

- Por enquanto está tudo ótimo, obrigada – lhe respondi sorrindo.

- Certo, se precisem de algo podem procurar por mim. Chamo-me Regina – assentimos e ela nos deixou a sós.

Já nos encontrávamos dentro do nosso “quarto” e Piper permanecia encantada com tudo a sua volta, imaginei que seu maxilar e bochechas deveriam estar doendo, pois ela ainda não tinha tirado o sorriso do rosto.

- Baby, está tudo bem? Você não disse uma palavra desde que chegamos aqui.

Sem nada responder, Piper pulou em meu colo entrelaçando seus braços em meu pescoço e quase me levou ao chão com esse ato. Depois que consegui segurá-la e mantê-la firme não aguentei em segurar o riso.

- Isso aqui parece um sonho, me sinto tão feliz que nem posso descrever o quanto e olha que acabamos de chegar! Obrigada Al – sorrindo ela levou uma de suas mãos ao meu rosto e a deixou por ali me acariciando.

- Não tem nada o que agradecer, espero que esse fim de semana seja o suficiente – caminhando com uma Piper com braços e pernas entrelaçados em meu corpo, sentei com ela na cama.

- Você já me é o suficiente e isso independente de onde estivermos cariño – então selamos nossas bocas em um beijo longo e cheio de afeto.

- É tão linda, meu amor – colei nossas testas – Passaria horas e horas assim com você, mas acho que devemos nos apressar para o café e depois decidirmos nossa programação de hoje.

POV PIPER

Ao chegarmos ao restaurante do resort nos deparamos com uma extensa mesa com tudo o que se poderia existir em um café da manhã e um pouco mais. Por conta do horário decidimos por tomar um café reforçado, já que não havíamos decidido o que faríamos e a que horas conseguiríamos retornar para o almoço.

Entre trocas de carinho e conversa sobre as expectativas para os próximos dias, nos alimentamos e retornamos para o espaço próximo a recepção para fazer nosso cronograma.

Iríamos começar pelo ciclismo e como faltava cerca de trinta minutos para nos encontrarmos com o instrutor, voltamos a nossa tenda para um rápido banho e vestimos roupas confortáveis e tênis, pois durante o trajeto faríamos uma caminhada.

Seguindo as placas de instruções chegamos ao ponto de encontro onde já se encontravam o instrutor que não aparentava ter mais de quarenta anos, e mais outros dois casais. Nos apresentamos, e Ted, o instrutor, nos explicou o trajeto e nos deu algumas recomendações, após nos encaminhou até um estabelecimento onde havia uma variedade de bicicletas com equipamentos de segurança e garrafas d’água disponíveis.

Com tudo pronto, montamos em nossas bicicletas e passamos a segui-lo. Alex pedalava ao meu lado, algumas vezes arriscávamos juntar nossas mãos, mas acabava que nos desiquilibrávamos o que nos fazia cair em uma profunda gargalhada então nos afastávamos novamente. Algumas vezes parávamos para Ted nos explicar ou mostrar algo.

Cerca de uma hora depois, chegamos a um lugar que era um tipo de deposito onde deixamos as bicicletas e passamos a caminhar. Assim como Alex permaneci com as luvas e levei a garrafa d’água junto. Por todo o percurso podíamos ouvir o canto dos pássaros durante a trilha pela extensa mata, mas agora que estávamos andando conseguíamos observá-los.  Ted conhecia algumas espécies e nos contava sobre elas.

Caminhamos mais um pouco e ouvimos um urro, e ao longe avistamos um urso e um filhote brincando. De pelagem bem negra, o urso maior rolava o pequenino na grama como se ele fosse uma bola de futebol e vez ou o fazia de um lado para o outro. O filhotinho parecia adorar aquilo, pois quando o mais velho parava ele se levantava agarrando uma das patas do maior como se estivesse pedindo por mais. Era uma cena adorável. O instrutor pediu que se fôssemos fotografar que não usássemos flash, porque apesar da distancia podíamos atrair á atenção para nós. Ele também nos disse que era comum avistar ursos pelo local, mas o filhote era novidade.

E com mais essa experiência indescritível, caminhamos de volta para buscar nossas bicicletas e retornar ao resort. Quando chegamos lá já passava das duas e meia da tarde, e fomos direto almoçar.

- O que está achando? – Alex perguntou-me depois que havíamos nos servido e estávamos acomodadas em uma mesa.

- Nem consigo expressar em palavras o quão incrível tem sido esse tempo que estamos passando aqui, Al. Sinto-me mais encantada por esse lugar a cada passo que dou – segurei sua mão que estava sobre a mesa – Obrigada por isso, baby.

- Amor não se agradece lembra? – sorriu e passou sua outra mão sobre a minha acariciando – Estou feliz que esteja se divertindo, e isso é só o começo – piscou.

Conversamos sobre a experiência que vivenciamos minutos atrás enquanto almoçávamos, pegamos sobremesa e ficamos no restaurante até dar a hora da nossa próxima atividade. Iriamos ao píer, onde tomaríamos um barco para observar as baleias.

No horário marcado estávamos lá e desta vez haviam mais casais e até duas crianças. Novas instruções nos foram dadas e após todos a bordo o barco que era do tipo Trawler, deu inicio a viagem. As pessoas se espalharam por toda a extensão, puxei Alex até o casco do barco onde me apoiei nas barras de ferro enquanto ela me abraçava por trás e permanecemos assim, sentindo o contato de nossos corpos enquanto aquela brisa gostosa atingia nossos rostos e nos balançavam os cabelos. O barco avançou mais um pouco até parar e foi quando as vimos.

- Amor... Amor olha ali! – eu apontava as baleias que estavam a nossa frente, com a mesma felicidade de uma criança que ganha o tão esperado presente de natal.

- Sim, meu bem, estou vendo – Alex se divertia com minha agitação.

Deus, elas eram tão grandes! Mergulhavam e emergiam, deviam ter pelo menos umas três. O condutor do barco veio até nós e passou a nos contar algumas curiosidades sobre elas.

Que baleias podem ser tão grandes quanto os dinossauros, e é o animal mais pesado que existe, chegando a pesar 140 toneladas. Uma das formas de comunicação das baleias é a música. No entanto, suas canções não podem ser escutadas pelo ouvido humano, pois se comunicam em uma frequência mais baixa do que as pessoas conseguem escutar. E são as fêmeas as figuras mais importantes na sociedade das baleias, quem lideram os grupos e ficam com seus filhotes durante a vida inteira.

Elas têm um órgão próximo ao queixo, que não existe em nenhum outro animal, e é responsável por ajudá-las a filtrar os alimentos que elas capturam no mar. E por também nos disse que elas vivem muito, cientistas descobriram uma espécie de baleia que pode ter vivido cerca de 200 anos.

Depois dessa aula do mundo animal, permanecemos ali até que as perdemos de vista e assim o barco deu mais uma volta até retornamos.

Ainda este dia, passearíamos de cavalo até a montanha para ver o por do sol bem de perto. Assim que chegamos só tivemos tempo de confirmar o ponto de encontro e seguimos até o estábulo. Havia cerca de dez cavalos e três instrutores além dos cuidadores dos animais.

Antes de escolhermos, eles nos explicaram o básico sobre montaria, passaram recomendações, algumas dicas e trouxeram um cavalo para que pudéssemos fazer um “treinamento” para que ninguém corresse risco durante o passeio. Eu e Alex sabíamos montar, mas mesmo assim demonstramos a eles que poderiam ficar despreocupados conosco. Outro casal que estava presente, disseram que também sabiam e fizeram o mesmo. Sendo assim nos liberaram para escolhermos os cavalos.

Após checar se todos estavam seguros, dois instrutores montaram em seus cavalos e demos inicio ao passeio. Durante o trajeto até as montanhas, passamos por um riacho, o cenário parecia uma pintura, com aguas cristalinas que era possível ver o chão. Cerca de quarenta minutos mais tarde chegamos a nosso destino, deixamos os cavalos por perto, descansando.

Alex puxou-me para perto de si e nos sentamos na grama de forma que fiquei entre suas pernas enquanto ela me abraçava apertado. Todo céu estava coberto por tons alaranjados e o sol parecia próximo a nós, era uma visão de tirar o fôlego. Ficamos ali até o sol desaparecer completamente no horizonte. 

Quando retornamos ao resort, fomos direto para tenda tomar um banho e nos aprontar para o jantar. Despi-me antes de Alex e caminhei para o banheiro e ela veio rapidamente atrás.

- Deixa que farei isso – disse tomando a esponja da minha mão e a deslizando pelo meu corpo, enquanto sua outra mão percorria o mesmo caminho.

- Isso é tão bom – fechei os olhos e me concentrei naquela sensação deliciosa.

- Não é? – abandonou a esponja e levou sua mão de encontro ao meu sexo.

- Al... – ofeguei assim que a senti acaricia-lo – Temos um jantar.

- Sei disso, meu amor.

O banho estendeu-se para algumas horas a mais, e muito prazer que oferecemos uma a outra. Após nos trocarmos, caminhamos até o restaurante para o jantar. O trajeto estava todo iluminado por lamparinas, desta vez acesas. Um sommelier apresentou-se á mesa nos dando dicas sobre os vinhos que o resort oferecia e qual combinaria mais com o prato que escolhemos.

Depois que fomos servidas, o jantar transcorreu da forma mais agradável possível. Pontuávamos o que mais tínhamos gostado de fazer, o quão enriquecedor estava sendo a experiência, assunto não faltou, tanto que quando nos demos conta já estávamos à mesa por duas horas. Satisfeitas, retornamos a tenda.

- Pipes, a noite está tão agradável e olha esse céu – disse olhando para cima – Pensei em deitarmos um pouco aqui fora, o que acha?

- Seria muito bom.

Entramos na tenda para pegar algumas cobertas, nos trocamos e nos acomodamos ao lado de fora. Sob um céu completamente estrelado, tão perto que parecia que poderíamos tomar as estrelas em nossas mãos, estava deitada sobre um braço de Alex que me abraçava pela cintura. Sentia-me leve, em paz e tão feliz como nunca fui um dia, por um longo tempo ficamos só observando.

- Imaginei que depois de todas essas atividades estaria morrendo de cansaço, mas esse lugar parece querer nos manter acordado e “ligado no duzentos e vinte” – disse a Alex.

- Curioso Pipes, sinto-me tão acesa quanto você, se é que me entende... – respondeu de forma sugestiva.

- É mesmo Al? – ela assentiu sorrindo de canto – Conheço um método incrível para gastar energia.

- Gostaria de compartilhá-lo?

- Oh sim – sentei em seu colo e sussurrei em seu ouvido – Chama-se fazer amor com uma bela mulher.

- Hm... Acredito que me ensinará como se pratica essa atividade, tenho muita energia acumulada para liberar.

- Você nem imagina o quanto te ensinarei, para que depois pratique comigo também – mordi o lóbulo de sua orelha.

- Serei uma boa aluna, prometo.

Concentrei-me em beijar seu pescoço enquanto descia a mão por seu corpo até chegar aos seios, não me demorei ali o objetivo era outro e como havia tendas próximas, não poderíamos arriscar sermos pega.

Ao verifica-la já a sentia molhada em meus dedos, voltei até minha boca e os chupei antes de leva-los de volta ao seu sexo. Passamos a nos beijar intensamente enquanto a estimulava, era delicioso senti-la quente em meus dedos, quando se remexia buscando mais contato, a forma como prendia o lábio entre os dentes para não gemer alto... Depois de aumentar a velocidade das estocadas ao mesmo tempo em que dava atenção ao seu maior ponto de prazer já rijo e pulsando não demorou muito para que Alex atingisse seu ápice. Ofegante e com um sorriso no rosto, a beijei mais uma vez.

- Vem amor, vamos continuar essa prática na cama – levantei-me e juntamos as cobertas que deixamos largadas em qualquer lugar.

Comecei a despi-la acariciando cada parte de seu corpo por onde minha mão passava, deixando a completamente nua tirei minhas roupas ficando de lingerie. Deitando na cama por sobre ela que me fitava com olhos amorosos e cheios de desejo, tão entregue, confiando a mim seu corpo e prazer, senti-me transbordar de sentimentos.

- Eu amo você – beijei sua testa – Amo a forma como me olha – beijei seus olhos – Como se preocupa com meu bem estar – beijei o nariz – Em como tudo parece mais bonito por ter você por perto – beijei suas bochechas – E um dos motivos que fazem meu coração descompassar, seu sorriso – por fim beijei demorando seus lábios.

Alex apenas sorria enquanto desci os beijos por seu corpo, e desta vez dei a devida atenção aos seus seios fartos um de cada vez, sem pressa de mantê-los longe de minha boca. Descendo um pouco mais, beijei seu baixo ventre passando direto por sua intimidade e distribuindo beijos por suas coxas, subi para a virilha até enfim chegar a seu sexo onde deixei um beijo estalado, a fazendo ofegar. Com a língua passei a acariciar seu clitóris, vagarosamente, o sentindo pulsar em minha boca, Alex apoiou-se nos cotovelos enquanto eu a estimulava.

- Linda – me disse e eu a chupei com mais força o que desencadeou um gemido alto, então sorri.

A penetrei com um dedo mantendo minha boca em seu ponto pulsante, Alex rebolava no ritmo das lentas e profundas estocadas gemendo palavras indecifráveis.

- Amor... mais – pediu.

Então acrescentei mais um dedo, Alex jogou a cabeça para trás se remexendo ainda mais em meus dedos, mas colocou seus olhos nos meus novamente. Tornei a estoca-la rapidamente e quando a senti apertando-se em meus dedos, os retirei a penetrando com minha língua até fazê-la gozar o que não foi preciso muito. Tomei cada gota de seu prazer e subi beijando-a na boca.

Quando se recuperou, Alex deitou-se sobre mim e sussurrou em meu ouvido:

- Eu te amo mais do que achei que fosse possível amar alguém um dia.

E nos amamos noite adentro até nossos corpos estarem exaustos, então abraçadas uma a outra adormecemos fechando com maestria à noite naquele paraíso.


Notas Finais


Como já tinha dito antes a fic se aproxima do fim, depois desse haverá apenas mais dois capítulos um está pronto (que é a continuação desse fim de semana delas) e o último está pela metade, por conta do meu emprego está sendo difícil escrever, mas tentarei terminá-lo agora e postar o próximo amanhã e o último na terça!
Ah sim, o resort na estória é real mesmo, fiquei pensando que se eu juntar dinheiro pelos próximos dez anos talvez seja o suficiente para pagar um lugar desse uhauah
Se encontraram algum errinho, incoerência etc perdoem, não revisei o capítulo.
Enfim lindxs acho que é só.
Beijinhos e ate já já.


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