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História The Model And The Photographer - Jikook - Busan


Escrita por: NamieK

Notas do Autor


Olá, pessoinhas lindas <3 Me desculpem pelo atraso, mas eu realmente não cheguei a parar em casa direito esses dias ;-;
Bom, um Feliz Natal atrasado, mas o que importa é a intenção XD Espero que tenham tido ótimas festas, muita comida boa <3
Sem mais delongas... Boa leitura.

Capítulo 16 - Busan


- Está doendo demais - Funguei - Eu não pensei que me importava tanto assim, para doer desse jeito.

- Apenas libere tudo, eu estou aqui por você - Afagou minha cabeça e apertou-me mais contra seu corpo.

- Ele não lutou por mim, Hobi - Eu não conseguia mais cessar as lágrimas que escorriam, de um jeito tão forte, que até eu me assustei - Eu sou tão idiota.

---

- Tente se acalmar, Jungkook! - Pediu Hoseok, e tirou o copo de minha mão.

- Não, me devolve - Resmunguei - Só mais um.

- Você já bebeu muito, nem sei por que aceitei te trazer aqui.

- Porque você é um bom amigo - Tentei dizer, com a voz embarganhada - Eu ainda não estou satisfeito, me passa mais uma dose, vai.

- Chega de álcool - Entregou o copo para outra pessoa - Você já está bêbado o suficiente.

- Não estou, não - Abaixei minha cabeça, e a apoiei na mesa - Eu quero mais.

- Mal consegue continuar e pé, pare com esse drama.

- Drama? Que drama? - Levantei a cabeça com tudo, e acabei por ficar enjoado - Eu não sei do que está falando, eu só quero mais um copo com uma bebida bem forte.

- Por que não toma seus Toddynhos? - Ventilou-me um pouco, com um papel qualquer.

- Eles são inúteis, não os quero mais - Chamei o barmen - Pode me dar mais um.

- Não, chega - Se virou para o cara - Não dê mais nada para ele.

- Pare de ser chato - Eu estava um tanto bêbado.

- Chega!

Hoseok se levantou rapidamente, e puxou meu braço com força, me tirando de onde estava sentado. Ele estava com uma feição irritada, e logo tratou de me enfiar em seu carro, logo trancando-o para que eu não fugisse.

- Acha que Park Jimin gostaria de te ver assim?

- Quem é Park Jimin, você enlouqueceu, Hoseok?

- Pare de ser infantil - Deu um pequeno tapa em minha testa - Posso não saber muito bem o que ocorreu, mas tenho certeza que se embebedar não é o melhor caminho.

- E qual seria o melhor caminho? - Perguntei, com o olhar na paisagem, evitando seu rosto.

- Conversar com ele?

- Eu não tenho mais nada para falar com ele - Encostei a testa no vidro - Ele não quis me ouvir antes, não será agora que irá querer.

- Ele estava com o pai, é lógico que não iria querer.

- Foda-se, o pai dele é um verme. E ele não faz porra nenhuma.

- Tal...

- Hoseok, por favor. Pare - Suspiro - Só me deixe pensar em paz.

***

Hoseok me deixou em casa, e eu pedi para que não subisse. Ele concordou hesitante, e foi embora.

Abri a porta, com um certo pesar. O apartamento em si, já trazia as maravilhosas memórias, que eu não precisava agora. Eu não queria chorar. Eu não queria ser um fraco, mas depois de tantas coisas que Jimin me disse, e fez... Eu não consigo acreditar que ele aceitou de boa, sem contestar. E meu coração estava machucado, talvez até quebrado, em pequeno cacos, que ninguém teria coragem de se voluntariar para juntá-los novamente.

A porta me lembrava de nossos momentos. A cozinha me lembrava de suas palavras. O quarto era o nosso canto em que fazíamos o amor fluir. E em pensar que ele já vinha praticamente todos os dias aqui, parecendo um morador de vários anos... O apartamento pareceu tão solitário.

O chão estava tão frio, os cômodos tão escuros... Não me parecia o lugar que eu costumava morar.

Puxei meu celular de meu bolso, conforme me apoiava no chão, com as costas na porta. Olhei o objeto tão útil e com diversos passa-tempo, que nos salvava do tédio, em várias situações.

Suspirei, e tornei a digitar os números que me eram tão conhecidos.

Tocou uma...Duas... Três vezes até ela atender.

- Alô, quem fala? - Sua voz soou pelo aparelho, trazendo-me lágrimas novamente. Continuava igual, mesmo depois de quatro anos.

- Mãe? - Chamei.

- Jungkook? Meu filho, é você? - Perguntou, afobada.

- Sim, mãe - Ri um pouco, sendo atrapalhado pelas lágrimas.

- O que houve, querido? - Ouvi uns barulhos no fundo - Está tudo bem?

- Não - Disse, baixinho - Nada bem.

- Oh, querido...

- Será que seria muito tarde para uma visita? - Arrisquei - Ficar em Busan por alguns dias?

- Mas é claro que não, querido. Pode vir a hora que quiser.

- A senhora não se importaria?

- Lógico que não, eu estou com tantas saudades - Senti sua voz fraquejar um pouco, como se tivesse prestes a chorar - Seria muito bom ter meu bebê aqui, depois de anos.

- Eu sinto muito... Por não ter ido antes.

- O que importa é que você estará vindo para cá - Pude imaginar o sorriso em seu rosto, e sorri junto.

- Mãe - Chamei - Eu também estou com saudades. 

Depois de alguns segundos, desliguei. 

Suspirei e dei um pequena batida da porta, com a minha cabeça. Talvez eu precisasse de um tempo para mim mesmo. Para pensar. 

***

No dia seguinte, liguei para a empresa e falei que precisava me afastar um pouco. Fiz uma pequena mala, apenas contendo o necessário, e deixei o meu celular em cima da mesa, não queria entrar em contato com mais ninguém. Rumei para o carro sem nem olhar para trás. Querendo ou não, eu estava ansioso. Iria ver minha mãe. depois de alguns anos.

Fui precipitado? Fui, resolvi fugir do problema real, porém, eu não me arrependia. Seria bom ter o chamego de minha mãe, e dos conhecidos. Fazia anos que não os via. Saí de lá com dezesseis anos, para estudar em um lugar mais adequado, e não voltei mais.

Dirigi com todo cuidado possível, e evitei passar em lugares  em que seria reconhecido. Tentei ocupar minha mente com a música, e evitar pensar em meus problemas. Mesmo que estivesse difícil.

***

Estacionei o carro na garagem, e observei em volta. Havia mudado bastante, as flores agora sobreviviam, já que minha mãe sempre conseguia matá-las. 

Ri, me lembrando dos pequenos momentos simples e tão divertidos.

Ali mesmo naquele jardim, eu costumava brincar com meu primo, e sempre acabávamos brigando, para ver quem seria o herói. Eu sempre fui o vilão, o que me deixava bem emburrado durante as brincadeiras. E isso acarretava em mais discussões e chororô. No fim, sempre levávamos broncas, e íamos dormir emburrados, pelo resto do dia.

Lembro-me também de rir de vários momentos em que meu primo gritava com medo das lagartixas e abelhas. Ele era um cagão, mas eu também não me voluntariava para ir até ali e salvá-lo, vai que eu levava a pior.

- Vai ficar rindo sozinho? - Aquela voz tão melódica me tirou de meus devaneios, e logo eu já estava correndo para abraçá-la.

- Continua linda, mamãe! - Enchi-lhe de beijos.

- E você então, está tão grande e lindo - Apertou-me em seus braços - Eu esperei tanto por esse dia.

- Sabe que poderia ter vindo me procurar - Afastei-me um pouco - Em qualquer momento.

- Querido, bem que eu gostaria... Mas a sua avó estava com uns problemas de saúde e não deu.

- A vovó está doente? - Perguntei, preocupado.

- Nada para se preocupar - Alisou meu braço - Ela já está bem melhor agora.

- Queria que tivesse me dito que ela estava ruim.

- Eu não queria que voltasse correndo para cá - Puxou meu braço - Vamos entrar.

A casa continuava a mesma de sempre, tão aconchegante e simples.

- Olha se não é o meu primo favorito - Exclamou o rapaz, um pouco mais alto que eu.

- Kwan! - Exclamei contente - Está diferente.

- Mas é claro que estou - Riu, e nos abraçamos - Você também não está nada mal.

- Mas... você está com o cabelo raspado - Ri - E você sempre reclamava de que tocassem em seu "precioso" cabelo.

- Foram os piolhos! - Exclamou minha tia Yangi Mi - Ele não teve opção senão raspar.

- Mãe! - Exclamou Kwan envergonhado - Não acredite nela, primo, não é verdade.

- Oh, está negando a verdade? - A tia Yangi Mi continuava a provocar.

Todos rimos um pouco, e nos sentamos no sofá.

- E o que você está fazendo da vida, querido? - Perguntou-me minha mãe, ao meu lado.

- Ah, eu não sei se ficaram sabendo, mas estou trabalhando na empresa Park's Flower.

- Ah, é mesmo! - Kwan bateu com a palma da mão em sua testa - Eu te vi em uma revista, na capa.

- Na capa? - Surpreendeu-se minha tia e minha mãe.

- É modelo? Sempre pensei que quisesse ser fotógrafo.

- E eu sou - Ri - Bom... aconteceram umas coisas e eu tive que cobrir o modelo.

- Está gostando de trabalhar lá?

- O trabalho não é ruim em si - Sorri amarelo - Só pensei que poderia ser melhor.

- Mãe, tia, não seria melhor vocês começarem o almoço? - Perguntou Kwan - Eu e o Kookie teremos uma conversa de primos. E eu to morrendo de fome.

- Mas que filho mandão - Reclamou tinha Yangi Mi, se levantando e levando minha mãe junto - Se comportem, sim?

- Até parece que somos criança - Resmungou baixinho.

- Conversas de primos, é? - Arqueei a sobrancelha e ri.

- Ah - Riu envergonhado - Tem assuntos que nossas mães não podem ouvir, e sem contar que eu estou com saudades de meu Dongsaeng.

- Está mais sentimental com o tempo, primo? - Cutuquei.

- Ah, que isso - Jogou-me uma almofada - Faz anos que não nos falamos.

- Está trabalhando com o que? - Arrumei-me em uma das pontas do sofá, irritando-o um pouco, ao colocar meus pés em seu colo.

- Mas é um folgado - Riu, e como vingança, puxou todos os meus dedos do pé, e os estralou, recebendo um mini chute meu - Estou trabalhando com o que eu sempre quis.

- Conseguiu se formar em medicina?

- Sim, sou cardiologista - Pegou uma bala do pote de doces - Apesar de ainda não ser tão reconhecido assim.

Reparei em seu dedo conforme ele abria a embalagem da bala.

- Isso seria um anel de compromisso? - Apontei para o objeto em seu dedo - Logo você, o maior mulherengo que eu conheço?

- Ah, isso - Apontou para o anel - Sim, eu estou em um relacionamento sério.

- Quanto tempo?

- Uns dois anos - Admirou o anel brilhante - Foi muito conturbado, mas eu finalmente a consegui.

- Ah, que bonitinho, está amando - Provoquei, pensando que ele reclamaria e ficaria com vergonha.

- Sim, eu a amo muito - Sorriu - Mas e você?

- O quê?

- Está saindo com alguém?

- S... - Interrompi-me, eu havia por um segundo, me esquecido do que havia acontecido - Não, não estou saindo com ninguém.

- Mas que sorriso triste é esse? - Aproximou-se e apertou minhas bochechas.

- Pare - Empurrei-lhe levemente, e ri - Sempre com essa mania.

- Parece sempre dar certo - Riu, se afastando - Você sempre sorri, quando faço isso.

- Eu devia arrancar esses seus dedos - Fingi mordê-lo.

- Ah, que nojo - Gargalhou - Sempre com essas ideias de canibalismo.

- Só com você - Pulei em cima dele, tentando atacá-lo.

- Ih, pode parar, mermão - Derrubou-me do sofá - Eu tenho uma namorada agora, pare de me agarrar - Zombou.

- Idiota - Ri.

***

O almoço foi divertido, parecíamos a mesma família de anos atrás, sempre com as brincadeiras leves pelo jantar, sempre iniciadas, na maioria das vezes, por Kwan. A diferença foi que Mi Hi, sua namorada, apareceu para o almoço, se mostrando uma garota muito bela, e educada.

- Mãe? Como a senhora está? - Perguntei assim que todos foram embora.

- Eu estou bem, querido, não se preocupe - Sorriu, gentil - Estou é mais preocupada com você.

- Comigo?

- Sim, não estou por perto para ver se está comendo e dormindo direito.

Ri de seu bico, e me aninhei em seu colo. O sofá estava pequeno para nós dois agora, mas ainda sim era muito bom receber seu cafuné.

- Estou sim, mãe, não se preocupe - Fechei os olhos - Aprendi a me virar.

- Queria estar mais presente em sua vida - Suspirou.

- À partir de agora, estará. Eu prometo.

Eu estava quase ronronando em seu colo, fazia tanto tempo que eu sentia falta desse carinho.

- Está se dando bem em Seoul? 

- Sim, eu gosto de lá. Hoseok veio comigo, lembra dele?

- Claro que eu me lembro - Riu, nostálgica - Ele era uma peste quanto criança, sempre aprontando e levando vocês para as brincadeiras loucas dele.

- Sim - Ri junto - Ele continua o mesmo, só que agora vive me dando broncas também.

- E o que o senhorzinho faz para receber broncas dele? - Apertou meu nariz, como se fingisse estar brava.

- Nada - Remexi-me em seu colo - Ele que é um louco, vive invadindo meu apartamento.

- Como sempre - Riu.

- Sim, como sempre - Eu estava exausto. Horas de viagem, e pensamentos sendo reprimidos - Mãe, será que eu poderia dormir? Amanhã conversamos mais.

- Claro, querido. Vou te levar até o seu quarto.

- Obrigado.

***

Acordei com a claridade em meu quarto. Por um momento, eu havia me esquecido de onde estava, e entrei em pânico.

- Dormiu bem? - Minha mãe perguntou, e me acalmei,  lembrando-me de onde estava.

- Sim, muito bem - Sorri, e me espreguicei - A senhora dormiu bem?

- Sim, muito, só de lembrar que meu filhinho está aqui.

- Não exagere, mamãe - Levantei-me rindo, indo a abraçar - Ah - Suspirei - Como eu estava com saudades.

- Venha descer, o café da manhã está pronto.

- Irei, só deixe eu me arrumar.

- Estarei esperando lá embaixo.

Assim que minha mãe saiu, fui para o banheiro, e fiz minhas higienes. Olhei no espelho, e senti-me um pouco estranho. Eu havia fugido sem avisar ninguém, nem mesmo Hoseok. Eu estaria fodido quando voltasse.

Desci as escadas, relutante. Eu havia feito a coisa certa? 

Parei na porta da cozinha e sorri ao ver meu primo e minha tia ali. Estavam felizes.

A campainha tocou, e eu me virei na direção da porta.

- Eu atendo, mãe - Exclamei alto.

Abri a porta, curioso, e notei um homem alto, e que por sinal, eu nunca havia visto antes.

- Jugnkook? - O homem em minha frente parecia me conhecer.

Franzi o cenho,

- Quem é você? - Perguntei, um pouco rude.

Minha mãe apareceu na porta logo depois, secando suas mãos em uma toalha.

- Quem é, filho? - Empurrou-me um pouco para lado, para que tivesse visão do homem - O que faz aqui?

Ela parecia irritada e um pouco espantada e eu não entendi o motivo.

- Quem é ele, mãe?

- J-Jungkook - Ela olhou-me preocupada.

- O que foi, mãe? Está me assustando.

O homem se aproximou mais, e tocou em meus ombros.

- Eu sou o seu pai, Jungkook.


Notas Finais


Espero que tenham gostado <3 e até o próximo :3 Bjkass <3
Muito obrigada pelos comentários do capitulo anterior, foram tantos que me alegrei pra caramba <3
E Obrigada pelos 250 favoritos <3 Sério, mesmo... <3
E ainda terá um especial Taeyoonseok, em algum lugar da fic, em algum momento <3 É só aguardarem :3


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